Shia LaBeouf está novamente no centro da polémica — e desta vez, nem o método mais extremo pode justificar os episódios agora revelados. Um novo documentário mostra o ator norte-americano a agredir e a ameaçar alunos… da sua própria escola de representação.

ver também: “Sozinho em Casa”, Abandonado na Vida Real? Macaulay Culkin rompe o silêncio sobre o pai ausente

Sim, leu bem. A estrela de Transformers e Honey Boy não se limitou a ensinar acting — parece que também treinou algum “contacto físico”, com intensidade a mais e limites éticos a menos. O documentário chama-se Slauson Rec, em referência ao Slauson Recreation Center, onde LaBeouf manteve a sua peculiar escola entre 2018 e 2020.

aqui :

800 Horas de Registos e Uma Câmera Sempre Ligada 🎥

O filme é realizado por Leo Lewis O’Neil e assenta num vasto arquivo de cerca de 800 horas de filmagens gravadas… com autorização do próprio LaBeouf. Segundo o realizador, o ator encorajou a captação de todos os momentos. Isso inclui, por exemplo, uma cena descrita pela revista Vanity Fair, onde LaBeouf é visto a empurrar um aluno contra a parede, ameaçando-o verbalmente. O aluno em questão ficou com arranhões e marcas pelo corpo.

E não, não foi cortado na sala de edição. O próprio Shia permitiu que a cena ficasse no documentário. “Ele tinha todos os motivos para o impedir. É um dos artistas mais vulneráveis que já vi”, explicou o realizador. Vulnerável… ou perigosamente indulgente?

Um Mestre Inconvencional ou Apenas Mais um Escândalo?

Shia LaBeouf não é estranho à controvérsia. Do estrelato precoce na Disney à carreira oscilante entre grandes produções e cinema indie, tem sido protagonista tanto nos ecrãs como nos tribunais e nas manchetes. Já enfrentou acusações de agressão, comportamento abusivo e má conduta — mas abrir uma escola de representação para depois agredir alunos é, sem dúvida, um novo capítulo sombrio.

Em declarações à Vanity Fair, o ator defendeu-se com o habitual tom de guru artístico fora-da-caixa: “Os meus métodos de ensino podem não ser convencionais, mas estou orgulhoso dos feitos destes miúdos. Transformámos um grupo de teatro numa empresa.”

Ora, a linha entre “não convencional” e “comportamento inaceitável” parece ter sido definitivamente ultrapassada.

A Arte Justifica Tudo?

A pergunta é legítima: até que ponto os métodos extremos — comuns em certos círculos do método de representação — podem ser tolerados em nome da “arte”? Estará Shia LaBeouf a tentar seguir os passos de gurus como Lee Strasberg ou apenas a usar a criatividade como desculpa para justificar abuso?

The Slauson Rec promete ser uma viagem desconfortável ao interior de uma mente artística imprevisível, mas também levanta sérias questões sobre ética, responsabilidade e o papel do artista enquanto mentor.

também ver : O Jardineiro: Thriller espanhol da Netflix cultiva assassinos… e segredos

Se há lição a tirar deste novo escândalo, é que a paixão pela arte não deve ser um escudo para agressão. E que ensinar, acima de tudo, exige respeito. Algo que, aparentemente, faltou em várias sessões no centro de Shia LaBeouf.


Recommended Posts

No comment yet, add your voice below!


Add a Comment