Na passada quinta-feira, Gal Gadot subiu ao palco de uma gala em Los Angeles da United Hatzalah of Israel e deixou o público de 1.300 pessoas em silêncio quando, em lágrimas, pediu orações pelos reféns israelitas ainda detidos em Gaza desde o ataque ao Festival Nova, a 7 de outubro do ano passado.
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“Não podemos esquecer os 48 reféns israelitas que continuam em Gaza. O seu regresso em segurança tem de ser a nossa oração urgente e a nossa missão partilhada”, declarou a atriz, visivelmente emocionada.
Conhecida mundialmente por Wonder Woman e pelo futuro Snow White, Gadot descreveu a presença no evento como “um verdadeiro privilégio”, sublinhando que a organização reflete valores essenciais do povo judeu: “No coração disto está a compaixão, a escolha pela vida e a solidariedade em momentos de necessidade.”
Uma Mensagem de Esperança e Coexistência
Gadot recordou a educação recebida em Israel, marcada por valores de coragem, responsabilidade e bondade, destacando que a United Hatzalah reúne voluntários de todas as religiões e origens em torno de uma missão comum: salvar vidas.
“Sempre acreditei no poder da paz e da coexistência. O que mais me comove nesta organização é como junta judeus, muçulmanos, cristãos, homens e mulheres de todas as origens num só propósito: ajudar quando mais importa.”
A Homenagem a Yuval Raphael
A atriz reservou ainda um momento especial para Yuval Raphael, sobrevivente do massacre no Festival Nova e revelação do último Festival da Eurovisão, onde alcançou o segundo lugar. Gadot entregou-lhe o Hero Award da United Hatzalah, elogiando a capacidade da cantora em transformar dor em força e dar esperança a milhões de pessoas.
“Yuval poderia ter sido definida pela tragédia, mas escolheu transformar a sua dor em propósito. Representou Israel e lembrou-nos que a resiliência pode brilhar mais forte do que o ódio. A sua força ensina-nos que mesmo na noite mais escura, um novo dia é sempre possível.”
Entre a Política e a Cultura
O discurso de Gadot acontece num momento de grande tensão internacional. Enquanto a guerra em Gaza prossegue, cresce em Hollywood um movimento de boicote às instituições culturais israelitas, com milhares de trabalhadores do cinema a subscreverem um apelo promovido pelo coletivo Film Workers for Palestine. O ator Javier Bardem juntou-se recentemente à causa, afirmando que “o que se passa em Gaza é genocídio”, segundo a Associação Internacional de Estudiosos de Genocídio (IAGS).
Gadot, no entanto, evitou pronunciar-se sobre esta polémica, preferindo centrar-se na mensagem de solidariedade e homenagem aos que resistem à violência.
