Jason Statham Regressa em “Shelter”: O Novo Thriller de Acção Que o Puxa de Volta ao Passado — e Para a Luta

Jason Statham está de volta ao grande ecrã e, como sempre, não vem em missão de paz. O primeiro trailer de “Shelter”, realizado por Ric Roman Waugh, mostra-nos um Statham em modo clássico: silencioso, ferido, isolado… e perigosíssimo quando provocado.

Depois do sucesso recente de A Working Man e The BeekeeperShelter promete ser a nova dose de acção muscular que já quase faz parte do ritual cinematográfico de Janeiro — e pelo que o trailer apresenta, não deverá desapontar os fãs de testaestorona.

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Depois do sucesso recente de A Working Man e The BeekeeperShelter promete ser a nova dose de acção muscular que já quase faz parte do ritual cinematográfico de Janeiro — e, pelo que o trailer revela, talvez a mais sólida desta fase tardia da carreira do actor.

Um homem isolado, um passado a arder e uma criança apanhada no fogo cruzado

A história começa numa ilha escocesa remota, onde o protagonista — um antigo assassino profissional — tenta desaparecer do mundo. Mas a paz termina quando resgata do mar uma jovem prestes a morrer numa tempestade.

Esse acto de humanidade desencadeia exactamente o contrário: uma cadeia de violência e perseguições que o força a sair do esconderijo.

A casa é atacada, o passado regressa a rugir, e o homem que tentava enterrar a própria história é obrigado a protegê-la — e, por extensão, a proteger a criança que entrou sem querer no seu caminho.

O trailer destaca uma relação improvável entre os dois: ela, vulnerável; ele, quase feral depois de anos de isolamento. O resultado é uma jornada brutal que atravessa a Escócia e desce ao submundo londrino, misturando road movie, thriller de vingança e drama de redenção.

Ric Roman Waugh volta à sua zona de conforto — e articula-a com mais maturidade

O realizador Ric Roman Waugh — antigo duplo e veterano do cinema de acção — parece determinado a fazer de Sheltero seu trabalho mais visceral desde Shot Caller. Tudo no trailer sugere essa intenção: os ambientes agrestes que reflectem a solidão do protagonista, a violência seca e sem artifícios que marca cada confronto, as perseguições filmadas com uma tensão quase tátil e uma mise-en-scène centrada no corpo, no peso dos gestos e na urgência emocional das decisões.

Waugh aposta de novo numa combinação que domina: heróis lacónicos, paisagens severas e um sentido de fatalidade que paira sobre cada combate. Mas aqui há algo mais contido, quase penitencial, como se o filme procurasse não apenas adrenalina, mas as rachaduras morais deixadas por décadas de violência.

Statham encaixa na perfeição. Surge menos “máquina” e mais humano — um homem habituado ao combate, mas cansado dele, cuja dureza esconde feridas que o trailer apenas deixa entrever.

Um elenco que adiciona textura emocional

Além de Statham, o filme conta com Naomi Ackie, uma das actrizes mais estimulantes da nova geração britânica, Bill Nighy, sempre exímio na subtileza, Tom Wu, presença habitual no cinema de acção, e a jovem Bodhi Rae Breathnach, que parece concentrar grande parte do coração da narrativa.

Ackie e Nighy, em particular, elevam o filme para além do mero exercício muscular. Há, no trailer, indícios de conflitos pessoais, ameaças políticas e sombras familiares que ampliam o campo emocional do protagonista.

Statham em renascimento cinematográfico

Não deixa de ser curioso que Shelter volte a apresentar Statham como o arquétipo que o tornou famoso — o assassino reformado, o homem de passado turbulento, o solitário que tenta desaparecer. Mas desta vez, o trailer devolve-lhe uma gravidade que muitos dos seus últimos filmes haviam diluído. Aqui, Statham parece trabalhar num registo mais introspectivo, com o corpo e o olhar a denunciarem uma velhice precoce emocional.

O trailer brinca até com pequenos pormenores: depois de dois filmes seguidos com boné, Statham troca-o por um gorro ocasional, como se até o figurino sublinhasse este regresso a algo mais despido, cru, quase penitente.

Um thriller que quer mais do que adrenalina

O eixo emocional de Shelter vive no dilema que acompanha o protagonista: é possível proteger alguém quando já não acreditas que mereces sobreviver? A narrativa parece explorar culpa, instinto, desgaste e redenção — temas clássicos do género, mas aqui tratados através do olhar cansado de um homem que já viu demasiado.

O trailer não promete apenas acção; promete feridas abertas e decisões impossíveis. E isso, na filmografia de Statham, costuma ser um bom presságio.

Janeiro de 2026 vai começar com sangue, vento escocês e Jason Statham em modo mítico

Shelter estreia a 30 de Janeiro de 2026 e tudo indica que será um dos títulos de acção mais comentados do arranque do ano. Tem atmosfera, tem músculo, tem melancolia e tem, acima de tudo, a estrela certa para habitar este tipo de história: Jason Statham, numa das suas interpretações mais sombrias dos últimos anos.

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Se o trailer é indicador do que aí vem, Shelter não é apenas mais um thriller; é uma versão mais humana, ferida e madura da própria lenda Statham.

“The Collective”: A Nova Estreia do Cinemundo que Atira o Espectador para uma Caça ao Crime de Alto Risco

Tom DeNucci realiza um thriller de acção frenético onde assassinos de elite enfrentam uma rede de tráfico humano protegida por milionários intocáveis

O Canal Cinemundo reserva para dia 20 a estreia de The Collective, um thriller de acção realizado por Tom DeNucci que combina ritmo acelerado, tiros bem medidos e aquela estética moderna de operações clandestinas que continua a ser irresistível para muitos espectadores. O resultado é um filme que abraça o género sem complexos: directo, energético e centrado numa missão que escapa às vias legais tradicionais.

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No centro da história está Lucas Till, no papel de Sam Alexander, um jovem recruta que é integrado numa organização secreta de assassinos conhecida apenas como The Collective. Mal tem tempo para conhecer as regras da casa e já é atirado para o seu primeiro trabalho: infiltrar-se e destruir um esquema internacional de tráfico humano operado por bilionários com mais recursos do que escrúpulos. A missão é simples apenas na teoria — na prática, envolve traições, emboscadas, inteligência duvidosa e um mergulho num submundo tão lucrativo quanto repugnante.

Ruby RoseTyrese Gibson e Don Johnson completam o elenco, trazendo à mistura um trio que dá peso e alguma personalidade a uma narrativa construída para avançar sempre em velocidade de cruzeiro. Não há grandes pausas para filosofias moralistas — DeNucci prefere manter a câmara em movimento, apostar em confrontos rápidos e deixar espaço para pequenas ironias que ajudam a aliviar a tensão.

Com 1h26 de duraçãoThe Collective é o típico filme de acção que chega, cumpre e segue o seu caminho. Não pretende reinventar o género, mas oferece a adrenalina prometida, competindo na mesma liga dos thrillers de orçamento intermédio que privilegiam ritmo e energia acima da profundidade emocional. Para quem gosta deste tipo de narrativa — e há quem goste muito — é uma estreia a apontar na agenda.

A temática do tráfico humano confere-lhe um peso adicional, ainda que tratada com a distância necessária para não transformar o filme num drama social. A intenção é clara: entregar acção com consciência, mas sem desviar o foco do entretenimento.

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The Collective estreia no Cinemundo no dia 20, pronto para ocupar o serão de quem aprecia um thriller musculado, rápido e filmado com o espírito prático de quem sabe exactamente o que está a oferecer: 90 minutos de perseguições, tiros, agentes secretos e um vilão suficientemente odioso para justificar cada explosão.