A atriz Margot Robbie revelou a sua perplexidade em relação ao desempenho fraco de “Babylon” nas bilheteiras, durante uma entrevista ao podcast “The Talking Pictures”. O filme de 2022, realizado por Damien Chazelle, contava com um elenco de peso, incluindo Brad Pitt e Diego Calva, mas arrecadou apenas 63 milhões de dólares em todo o mundo, contra um orçamento de 80 milhões.
Um mistério para a atriz “Não consigo entender por que as pessoas não gostaram do filme”, admitiu Robbie. “Tenho um carinho enorme pelo projeto e acredito que ele será redescoberto no futuro, tal como aconteceu com ‘The Shawshank Redemption’.” A atriz comparou a receção de “Babylon” com outros filmes que, apesar de serem fracassos iniciais, tornaram-se clássicos cultuados ao longo do tempo.
Damien Chazelle: um realizador exigente Robbie destacou a paixão de Chazelle pelo projeto, elogiando o seu estilo de direção. “Damien nunca se contentava com menos. Ele estava sempre a pedir mais de todos nós, e isso tornou o processo incrivelmente desafiador, mas recompensador.”
Um legado por construir Embora “Babylon” não tenha tido o impacto esperado, Robbie acredita que o tempo pode mudar a perceção do público. “Às vezes, é preciso uma década ou mais para que um filme encontre o seu lugar na história do cinema”, refletiu a atriz.
“Babylon” pode não ter conquistado as bilheteiras, mas permanece como uma obra visualmente arrojada e um tributo à era de ouro de Hollywood.
Stephen King é amplamente reconhecido como o mestre indiscutível do horror, tendo influenciado gerações de escritores e cineastas desde a publicação do seu primeiro romance, “Carrie”, em 1974. Embora muitos associem o nome de King principalmente ao terror, o autor também se destacou em contar histórias que exploram a condição humana de maneiras profundas e emocionantes, indo muito além do gênero que o tornou famoso.
Entre as várias adaptações cinematográficas de suas obras, King revelou que suas favoritas não são necessariamente as mais assustadoras, mas sim aquelas que capturam a complexidade dos personagens e as nuances emocionais de suas histórias. Quando questionado sobre suas adaptações preferidas de seus livros numa entrevista em 2016, King mencionou duas que ainda ressoam fortemente com ele: “Stand By Me” e “The Shawshank Redemption”.
“The Shawshank Redemption”: Um Retrato Emocional de Amizade e Esperança
Dirigido por Frank Darabont e lançado em 1994, “The Shawshank Redemption” é baseado na novela “Rita Hayworth and Shawshank Redemption” de King. O filme é amplamente considerado uma das melhores adaptações de King, apesar de ter inicialmente fracassado nas bilheteiras, ofuscado por lançamentos como “Forrest Gump” e “Pulp Fiction”. No entanto, ao longo dos anos, “Shawshank” ganhou um status quase lendário, muitas vezes comparado a clássicos como “It’s a Wonderful Life” devido à sua capacidade de navegar por temas sombrios enquanto oferece uma mensagem final de esperança e redenção.
O filme conta a história da longa amizade entre os presos Andy Dufresne (Tim Robbins) e Ellis Boyd “Red” Redding (Morgan Freeman), explorando temas de liberdade, justiça e resiliência. King expressou seu apreço por “The Shawshank Redemption” e pela colaboração com Darabont, afirmando: “Eu amo ‘The Shawshank Redemption’ e sempre gostei de trabalhar com Frank. Ele é um cara doce.”
“Stand By Me”: Um Emocionante Filme de Formação
“Stand By Me”, dirigido por Rob Reiner e lançado em 1986, é baseado na novela “The Body” de King, que faz parte de sua coletânea “Different Seasons”. O filme é um drama de formação que se passa nos anos 50 e segue quatro jovens amigos que partem em uma aventura para encontrar o corpo de um menino desaparecido. Durante essa jornada, eles enfrentam seus próprios medos e demônios internos, resultando em uma narrativa que é ao mesmo tempo engraçada, comovente e intensa.
Reiner estava no auge da sua carreira como realizador nos anos 80, e “Stand By Me” tornou-se rapidamente um dos filmes mais celebrados do gênero, sendo considerado o padrão de ouro para os filmes de amadurecimento. O elenco jovem, que inclui Wil Wheaton, Corey Feldman, Jerry O’Connell e o falecido River Phoenix, oferece atuações memoráveis que capturam a inocência e a complexidade emocional da juventude.
Stephen King admitiu que “Stand By Me” o deixou profundamente emocionado desde a primeira vez que o viu e que continua a ter um impacto significativo nele até hoje. Como ele mesmo resumiu: “E eu amo o trabalho de Rob Reiner, ‘Stand By Me’.”
O Impacto Duradouro das Adaptações de King
O carinho de King por “Stand By Me” e “The Shawshank Redemption” destaca sua apreciação por histórias que, embora possam conter elementos sombrios ou perturbadores, se concentram mais na exploração das complexidades da natureza humana do que no horror direto. Ambos os filmes continuam a ser celebrados por suas representações autênticas e comoventes de amizade, resiliência e crescimento pessoal, demonstrando que o talento de King para contar histórias transcende os limites do gênero de terror.
Essas adaptações não só reforçam a versatilidade de King como escritor, mas também mostram como as suas histórias, mesmo fora do reino do horror, podem tocar profundamente o público e oferecer insights poderosos sobre a experiência humana.