Stephen Graham e a lição mais valiosa de Hollywood: “É bonito ser bonito”

🎥 Quando pensamos em histórias de ascensão em Hollywood, geralmente imaginamos um casting meticulosamente preparado, uma lista de agentes ao telefone e audições de cortar a respiração. Mas Stephen Graham? Ele tropeçou literalmente num dos papéis mais icónicos da sua carreira… por engano.

ver também: 🎬 Helen Mirren Contra a 007 Feminina: “James Bond É Um Produto de Profundo Sexismo”

Tudo começou com Snatch – Porcos e Diamantes, de Guy Ritchie. Graham nem sequer ia a audição. Estava só a acompanhar um amigo, como quem vai só ver se a fila anda depressa. Mas o realizador olhou para ele e disse, com aquele charme tipicamente britânico: “Queres tentar também?” Resultado? “Começas na segunda-feira.” Sim, foi assim simples.

E foi nesse set que conheceu Brad Pitt, que, em vez de se refugiar numa caravana cheia de toalhas egípcias e smoothies orgânicos, estava sentado no chão. Pitt olhou para o jovem Graham e perguntou, com um sorriso que provavelmente poderia vender seguros de vida:

“Como estás? Isto é divertido, não é?”

Mas não ficou por aí. Pitt largou uma daquelas frases que mudam uma carreira:

“Tens muitas personagens dentro de ti. Consigo ver isso.”

📽️ Desde então, os dois mantêm uma amizade sólida – o tipo de coisa rara em Hollywood, onde as amizades duram menos que um contrato de streaming gratuito.

Mas Stephen Graham não ficou por aí. Pelo caminho, cruzou-se com nomes como Leonardo DiCaprio, durante Gangs of New York, e Al Pacino, em The Irishman. E o que é que estes ícones têm em comum? Surpresa: zero ego. Nada de exigências ridículas ou exigência de baldes de Skittles por cor. Pelo contrário, receberam-no como igual, trocaram ideias sobre a vida, o ofício de representar e até a sociedade.

E é aí que Graham revela o verdadeiro segredo da sua longevidade na indústria: ser humano antes de ser estrela. Ele lembra-se das palavras da mãe (e aqui vai uma salva de palmas para as mães sábias):

“Maneiras não custam nada. É bonito ser bonito.”

Uma frase que podia muito bem ser o slogan do próximo Oscar, não achas?

Hoje, com uma carreira recheada de papéis intensos, colaborações com os maiores nomes do cinema e um estatuto de “ator dos atores”, Graham continua a guiar-se por aquela máxima simples: respeito, humildade e autenticidade.

ver também: 💥 Arianna Rivas e Jason Statham Lado a Lado em A Working Man: “Senti-me Libertada”

E no meio de uma indústria onde o brilho dos holofotes pode cegar até o mais talentoso, talvez o maior ensinamento seja mesmo este: o verdadeiro talento brilha mais quando vem acompanhado de empatia.

🎬 Os Filmes de Máfia Estão a Ser “Apanhados”? Hollywood Pode Estar a Assistir ao Fim de Uma Era

Durante décadas, os filmes sobre a máfia foram o coração palpitante de Hollywood: repletos de intrigas, violência, famílias disfuncionais com códigos de honra retorcidos, e atuações memoráveis que elevaram atores como Robert De Niro, Al Pacino e Joe Pesci ao estatuto de lendas. Mas ao assistir ao fracasso de The Alto Knights — com Robert De Niro a falar… consigo próprio, literalmente — é inevitável perguntar: estará este subgénero a respirar por aparelhos?

ver também: 🎬 Crítica – Black Bag: Espionagem, Ironia e o Casamento como Campo de Batalha

🕵️ A Era de Ouro Que Já Foi

A glória começou com O Padrinho (1972), de Francis Ford Coppola, um filme que conseguiu o raro feito de unir a crítica e o grande público: venceu o Óscar de Melhor Filme e arrecadou 250 milhões de dólares na bilheteira, ou mais de 700 milhões ajustados à inflação. Seguiram-se Goodfellas (1990), Casino (1995) e Donnie Brasco (1997), entre outros, obras com enredos complexos, personagens intensas e uma realização magistral.

Mas agora, os nomes por trás destes clássicos estão, literalmente, a envelhecer. De Niro tem 81 anos. Al Pacino, 83. Martin Scorsese, 82. E Nicholas Pileggi, argumentista de Goodfellas e The Alto Knights, já conta com 92 primaveras. Com este elenco envelhecido e sem uma nova geração convincente para tomar o leme, os filmes de máfia parecem prontos para… pendurar o terno italiano.

🎭 Quando Já Só Resta o Espelho

Em The Alto Knights, De Niro interpreta dois mafiosos distintos (Frank Costello e Vito Genovese) e acaba a falar consigo mesmo. Não há parceiros à altura, nem um fio narrativo realmente cativante. O filme, recheado de clichés reciclados, está a ser um desastre de bilheteira, com apenas 3 milhões de dólares previstos no primeiro fim de semana. A comparação é dolorosa.

Mesmo o último filme “respeitável” do género, The Irishman (2019), exigiu tecnologia de CGI para rejuvenescer digitalmente os atores principais — um luxo narrativo que grita mais desespero do que inovação. E o resultado foi, para muitos, uma experiência mais artificial do que emocional.

🎬 A Geração Perdida

O problema não está apenas nos velhos nomes — está também na ausência de novos. Quem substituirá De Niro e Pacino? Timothée Chalamet a dar tiros enquanto devora spaghetti aos domingos? Difícil de imaginar.

Tentativas recentes falharam com estrondo: Gotti, com um John Travolta irreconhecível, ou Capone, com Tom Hardy a murmurar-se através de um enredo estagnado, são apenas dois exemplos. E o prequela de Os SopranosThe Many Saints of Newark, pouco ou nada acrescentou ao legado da série original.

James Gandolfini, que poderia ter sido o herdeiro legítimo do trono mafioso no grande ecrã, faleceu em 2013. A sua ausência é sentida não apenas pelos fãs, mas também por uma indústria sedenta de uma figura credível para liderar a próxima geração de wiseguys.

⚰️ O Fim de Uma Linha… ou Uma Reinvenção à Vista?

A verdade é que géneros cinematográficos também morrem. Os westerns, por exemplo, dominaram o cinema americano até aos anos 60, para depois cederem lugar a interpretações modernas, mais sombrias e revisionistas — como The Hateful Eight, de Quentin Tarantino.

ver também : 🎬 James Bond Está de Volta: Novo Filme Tem Data de Estreia Prevista e Produção Acelerada Após Investimento Bilionário da Amazon

Talvez o mesmo destino aguarde os filmes de máfia. Talvez o próximo passo seja deixar para trás a obsessão com famílias italianas e códigos de honra ultrapassados, e encontrar novas formas de explorar o crime organizado, mais ajustadas ao século XXI. A máfia de hoje não está em Little Italy — está nos corredores anónimos das grandes corporações, nas redes de tráfico digital e nos meandros do poder político global.

💡 Fuggedaboudit, Mas Com Classe

O género pode não estar morto, mas está claramente em coma. E talvez o que precisa seja precisamente de alguém com coragem para desligar as máquinas — e recomeçar do zero. Um realizador ousado, um argumentista de sangue novo, que olhe para os clássicos e, em vez de tentar imitá-los, diga com orgulho: Fuggedaboudit!

O futuro dos filmes de máfia talvez não esteja em replicar o passado… mas em enterrá-lo com honra.

Os 11 Melhores Filmes de Crime de Martin Scorsese segundo o site “Collider”

Martin Scorsese é um dos realizadores mais aclamados de sempre, e quando se fala de filmes de crime, é impossível ignorar o seu impacto no género. Ao longo de décadas, Scorsese trouxe ao grande ecrã histórias fascinantes sobre a vida no submundo do crime, oferecendo uma visão crua e muitas vezes brutal das suas personagens. O site internacional de cinema Collider fez uma lista dos 11 melhores filmes de crime de Martin Scorsese, e aqui estão eles, do menos para o mais memorável:

11. Boxcar Bertha (1972)

O primeiro filme de crime de Scorsese, Boxcar Bertha, não é considerado uma obra-prima. Com Barbara Hershey e David Carradine no elenco, o filme segue uma mulher rebelde que enfrenta o sistema ferroviário corrupto durante a Grande Depressão. Embora o filme seja interessante para quem quer ver as origens do estilo de Scorsese, é um dos seus trabalhos menos impactantes.

10. Cape Fear (1991)

Mais um thriller do que propriamente um filme de crime, Cape Fear conta com Robert De Niro a interpretar um criminoso que aterroriza a família de um advogado. O desempenho aterrador de De Niro torna o filme inesquecível, mas é considerado um dos filmes de crime “mais fracos” de Scorsese, segundo o Collider.

9. Gangs of New York (2002)

Apesar de não ser perfeito, Gangs of New York compensa as suas falhas com a atuação icónica de Daniel Day-Lewis como Bill, o Açougueiro. A história de vingança de Amsterdam Vallon (Leonardo DiCaprio) oferece um retrato brutal do crime no século XIX, sendo um dos filmes mais grandiosos de Scorsese.

8. Casino (1995)

Casino é uma épica de crime passada em Las Vegas nos anos 70 e 80, onde o submundo do crime controlava os casinos. Este filme de 179 minutos é uma viagem longa, mas a violência brutal e o enredo complexo são característicos do estilo de Scorsese. As interpretações de Robert De Niro, Sharon Stone e Joe Pesci elevam o filme a outro nível.

7. Mean Streets (1973)

Após o fracasso de Boxcar Bertha, Scorsese encontrou o seu estilo com Mean Streets. Este filme foi o início da sua longa colaboração com Robert De Niro e é considerado um dos primeiros grandes trabalhos de Scorsese no género do crime. Com uma narrativa solta e personagens memoráveis, o filme é um clássico que ainda hoje é reverenciado.

The Departed

6. The Departed (2006)

Este é o filme mais galardoado de Scorsese, tendo vencido o Óscar de Melhor Filme e Melhor Realizador. The Departedapresenta um enredo denso, com agentes infiltrados tanto na polícia como numa gangue de criminosos. Leonardo DiCaprio, Matt Damon e Jack Nicholson brilham neste thriller cheio de reviravoltas.

ver também : Val Kilmer Reflete Sobre o Desgaste de Interpretar Jim Morrison em “The Doors”

5. Killers of the Flower Moon (2023)

O mais recente filme de Scorsese, Killers of the Flower Moon, é um épico histórico baseado em factos reais. Passado na década de 1920, o filme aborda uma série de assassinatos na Nação Osage, em Oklahoma. Com performances incríveis de Leonardo DiCaprio, Robert De Niro e Lily Gladstone, este é um filme denso e emocionalmente devastador.

4. The Irishman (2019)

Com quase três horas e meia de duração, The Irishman é um filme sobre arrependimento e envelhecimento no mundo do crime. O filme conta com Robert De Niro, Al Pacino e Joe Pesci em papéis principais, e usa tecnologia de envelhecimento digital para mostrar os personagens em diferentes fases da vida. É um filme mais introspectivo do que outros trabalhos de Scorsese, mas igualmente poderoso.

3. The Wolf of Wall Street (2013)

Embora trate do mundo do crime de colarinho branco, The Wolf of Wall Street é um filme essencial de Scorsese. Com Leonardo DiCaprio no papel de Jordan Belfort, o filme é uma crítica feroz ao capitalismo desenfreado e à ganância, apresentado com um estilo extravagante e cenas de deboche quase ininterruptas.

ver também : “A River Runs Through It”: O Filme que Marcou o Início de uma Nova Estrela em Hollywood

2. Taxi Driver (1976)

Um dos filmes mais influentes de sempre, Taxi Driver mistura crime com um estudo psicológico profundo sobre alienação. Robert De Niro interpreta Travis Bickle, um veterano do Vietname que se afunda numa espiral de violência. Este é um filme perturbador e marcante, com uma das performances mais icónicas da carreira de De Niro.

1. Goodfellas (1990)

Considerado por muitos o melhor filme de crime de Scorsese, Goodfellas oferece um olhar sem glamour sobre a vida de um gangster. Com uma história centrada em Henry Hill (Ray Liotta), o filme explora as consequências devastadoras de uma vida no crime. Com atuações memoráveis de Joe Pesci e Robert De Niro, este filme é um marco na história do cinema e continua a influenciar realizadores até hoje.


Estes são, segundo o Collider, os 11 melhores filmes de crime de Martin Scorsese. A sua capacidade de explorar a complexidade moral das suas personagens e de criar enredos cativantes e, muitas vezes, brutais, fez dele um dos maiores nomes do cinema. E vocês, o que acham? Qual é o vosso filme de crime favorito de Scorsese? Deixem a vossa opinião nos comentários!