TIFF 2025: Chris Evans, Sydney Sweeney, Angelina Jolie e Vince Vaughn lideram a lista quente de estreias

Um mercado cauteloso mas esperançoso

50.º Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF) abre com um ambiente de “otimismo cauteloso”, como descrevem os vendedores no arranque de mais uma temporada de aquisições. As atenções dividem-se entre a secção artística e o mercado, que volta a reunir estúdios, plataformas de streaming e novos distribuidores em busca do próximo grande título.

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Entre os filmes mais aguardados estão projetos com Chris Evans, James McAvoy, Vince Vaughn, Amanda Seyfried, Angelina Jolie e Sydney Sweeney, numa edição repleta de estrelas a tentar seduzir compradores.

Streamers, salas e novas regras do jogo

Depois de anos marcados por negócios milionários fechados a alta velocidade, o cenário mudou. Hoje, tanto streamers como distribuidores analisam cuidadosamente o retorno sobre investimento:

  • Apple prefere desenvolver conteúdos in-house.
  • Amazon foca-se em direitos internacionais.
  • Netflix ainda investe pesado em aquisições globais — pagou 20 milhões de dólares por Hit Man de Richard Linklater e 11 milhões por Woman of the Hour, de Anna Kendrick, no TIFF 2023.

Já os distribuidores independentes enfrentam dificuldades acrescidas, sobretudo aqueles sem parcerias pay-one com plataformas. Ainda assim, players como Sony Pictures Classics (Netflix)Searchlight (Hulu)Focus Features (Peacock)Neon (Hulu) e A24 (HBO Max) mantêm espaço para investir.

Novos compradores em cena

Há também espaço para novidades: Black Bear Finance e Row K, apoiados pela Media Capital Technologies e liderados por Megan Colligan (ex-Paramount), entram este ano no circuito com vontade de mexer no mercado.

Além disso, o “novo Paramount” de David Ellison já assumiu o objetivo de lançar 15 filmes em 2026 e 20 por ano no futuro — um sinal de vitalidade que pode mexer no panorama.

Casos de estudo recentes

Um bom exemplo do impacto de uma compra certeira foi The Brutalist, estreado em Veneza e comprado pela A24 por 10 a 15 milhões. O filme rendeu 16,4 milhões de dólares no mercado doméstico e conquistou 10 nomeações ao Óscar, incluindo Melhor Filme, arrecadando três estatuetas, entre elas Melhor Ator para Adrien Brody.

Em contraste, Eden (de Ron Howard, com Sydney Sweeney, Jude Law e Ana de Armas), após críticas mornas no TIFF, demorou quase um ano a chegar às salas via Vertical Entertainment.

O que esperar em 2025

O festival abre com o documentário John Candy: I Like Me (Amazon MGM), mas os olhares estão também sobre Motor City, de Potsy Ponciroli, com Ben Foster e Shailene Woodley. O gangster thriller, notável por ter pouco diálogo, estreou em Veneza e chega agora a Toronto para testar o seu poder no mercado.

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Outros títulos vão tentar atrair distribuidores com olho no Óscar ou no box office, sabendo que, no pós-pandemia, o sucesso já não se mede apenas pelo número pago no calor do festival, mas pela estratégia de lançamento a longo prazo.

T-shirts, tangas e marketing milionário: como Anora gastou três vezes o seu orçamento para vencer o Óscar 🏆💰

A vitória de Anora na última edição dos Óscares não foi apenas um feito artístico, mas também um verdadeiro triunfo de estratégia de marketing. O filme de Sean Baker, que custou apenas 6 milhões de dólares a produzir, viu o seu distribuidor indie Neon investir 18 milhões em campanhas promocionais – três vezes mais do que o orçamento da própria obra!

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Este investimento astronómico rendeu frutos: Anora superou pesos pesados como The BrutalistConclave e A Complete Unknown, e levou para casa o prémio de Melhor Filme. Mas como é que a Neon conseguiu este feito?

Marketing de guerrilha: Gen Z e cultura pop no centro da campanha 👑🔥

Em vez de apostar em campanhas tradicionais direcionadas a críticos e membros da Academia, a Neon apostou num marketing voltado para a cultura jovem e digital. Um dos exemplos mais notáveis foi uma pop-up store temporária, montada num estacionamento de Los Angeles, onde os fãs puderam comprar merchandise exclusivo do filme.

A fila começou a formar-se às 10h da manhã, mesmo que a loja só abrisse às 15h – sinal do entusiasmo gerado pela campanha. Entre os produtos vendidos, destacam-se:

• T-shirts com frases icónicas do filme 🎽 – Slogans como “Stay jealous, babe!”“You hit the lotto, bitch!” e “Fuckin’ Cinderella” tornaram-se virais.

• Tangas vermelhas com a inscrição “Little Wifey” 💋 – Vendidas a 15 dólares, tornaram-se um símbolo do filme.

• Posters e impressões de edição limitada 🖼️ – Alguns mostrando a protagonista Mikey Madison em poses sensuais inspiradas nos anos 70.

Além disso, a primeira exibição de Anora em Hollywood contou com uma plateia repleta de trabalhadoras do sexo, uma jogada estratégica que reforçou a autenticidade da narrativa do filme.

E os concorrentes? Estratégias (e orçamentos) bem diferentes 🎬💸

Enquanto Anora apostava numa abordagem jovem e irreverente, outros concorrentes seguiram caminhos distintos:

• The Brutalist – Produzido por 10 milhões de dólares, teve um orçamento de marketing semelhante ao de Anora, mas optou por uma campanha mais clássica. A24 lançou um merchandise discreto, incluindo T-shirts minimalistas e um modelo em miniatura do centro comunitário projetado pelo arquiteto da história (inspirado num campo de concentração). Apenas 500 unidades foram fabricadas, ao preço de 75 dólares – e esgotaram rapidamente.

• A Complete Unknown – O filme protagonizado por Timothée Chalamet como Bob Dylan teve um orçamento de 70 milhões e um investimento promocional que ultrapassou esse valor. Para recuperar os custos, apostou em produtos de luxo, como um casaco de camurça da Levi’s por 1.200 dólares e uma moto Triumph igual à do filme por 12.895 dólares. Além disso, o famoso bar Dante, em Nova Iorque, criou um cocktail inspirado na lenda da música, batizado Like a Rolling Stone.

• Conclave – O drama sobre a eleição de um novo Papa, com um orçamento de 20 milhões, teve um marketing mais discreto e sem merchandising oficial. No entanto, os fãs trataram de criar os seus próprios produtos, como T-shirts com a frase “Messy Bitch Convention” e autocolantes dos cardeais fumando vape.

O impacto da estratégia de Anora no cinema independente 🚀📈

O sucesso de Anora demonstra como o público e a própria Academia estão a mudar. O filme foi o de menor orçamento entre os nomeados, mas conseguiu competir de igual para igual com produções muito mais dispendiosas.

Além disso, a aposta da Neon no marketing low-cost mas viral (com forte apelo ao público jovem) é um sinal claro de que o cinema independente pode ser tão competitivo como as grandes produções de Hollywood.

Com a sua vitória no Óscar e um sucesso estrondoso no streamingAnora já garantiu o seu lugar como um dos filmes mais falados do ano. E, claro, a campanha promocional ajudou a transformar este pequeno filme numa verdadeira sensação global.

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🔥 O que achaste da estratégia de marketing de Anora? Será que este é o futuro do cinema independente?

22 Anos Depois: Halle Berry Surpreende Adrien Brody com Beijo nos Óscares e o Momento Torna-se Viral! 😱🎬”

Passaram 22 anos desde que Adrien Brody surpreendeu Halle Berry com um beijo inesperado na cerimónia dos Óscares de 2003, após vencer o prémio de Melhor Ator por “O Pianista”. Esse momento tornou-se um dos mais icónicos da história dos prémios da Academia.

Na cerimónia dos Óscares de 2025, Halle Berry decidiu retribuir a surpresa. Durante a passadeira vermelha, ao encontrar Adrien Brody, que estava nomeado para Melhor Ator pelo seu papel em “The Brutalist”, Berry aproximou-se e, com a aprovação da companheira de Brody, Georgina Chapman, deu-lhe um beijo inesperado. Este gesto divertido e inesperado foi recebido com aplausos e risos pelos presentes.  

Mais tarde, em entrevista, Halle Berry comentou: “Aquela foi uma noite incrível para ele e para mim também. Fazer parte do momento dele… esta noite, tive que retribuir.” Este reencontro mostrou o sentido de humor e a camaradagem entre os dois atores, transformando um momento controverso do passado numa lembrança divertida.

Este episódio relembra-nos que, no mundo do cinema, as histórias evoluem e os protagonistas também. E vocês, recordam-se do beijo original de 2003? O que acharam desta reviravolta na cerimónia deste ano? Partilhem a vossa opinião nos comentários!

Guy Pearce Recorda Experiências Perturbadoras com Kevin Spacey em L.A. Confidential

O ator Guy Pearce emocionou-se durante uma entrevista recente ao recordar as suas experiências desconfortáveis ao lado de Kevin Spacey durante as filmagens do clássico L.A. Confidential (1997). Pearce, que atualmente está nomeado para um Óscar pelo seu papel em The Brutalist, revelou que só muitos anos depois conseguiu processar o impacto desses encontros.

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Um Despertar Emocional e Doloroso 🎭💔

Em conversa com Scott Feinberg, no podcast Awards Chatter, Pearce explicou como o movimento #MeToo lhe deu uma nova perspetiva sobre o que havia experienciado ao trabalhar com Spacey.

“Estava em Londres quando comecei a ler as notícias sobre o Kevin e desatei a chorar. Não conseguia parar. Foi um verdadeiro despertar para mim, perceber o impacto daquilo e como tinha ignorado ou bloqueado essas memórias.”

Embora não tenha sido vítima de abuso sexual, Pearce deixou claro que se sentiu “visado” por Spacey nos bastidores do filme:

“Ele é extremamente carismático e brilhante, mas é também um homem agressivo. Eu era jovem e vulnerável, e ele escolheu-me como alvo, sem dúvida alguma.”

A Dinâmica no Set de L.A. Confidential 🎬

Pearce, que interpretou o agente Ed Exley, revelou que se sentia desconfortável sempre que Spacey estava presente nas gravações. O único momento em que se sentia mais seguro era quando o colega Simon Baker (O Mentalista) estava no set:

“Eu dizia à minha mulher: ‘Os únicos dias em que me sinto seguro são os dias em que o Simon está no set, porque o Kevin me ignora e foca-se nele. Ele era dez vezes mais bonito do que eu.’”

Apesar da sua relutância inicial em falar publicamente sobre o assunto, Pearce admitiu que já teve “algumas confrontações” com Spacey, que “ficaram feias”.

Entre a Indústria e a Justiça ⚖️

Desde 2017, várias acusações contra Spacey vieram a público, incluindo as do ator Anthony Rapp, que alegou que Spacey tentou aliciá-lo quando este tinha 14 anos. O caso resultou num julgamento, mas Spacey foi considerado não responsável. Em 2023, foi também absolvido de nove acusações de agressão sexual num tribunal britânico.

Ainda assim, Pearce mantém a sua posição crítica e explica que agora prefere “ser mais honesto e chamar as coisas pelos nomes”.

A Ascensão e o Reconhecimento de Pearce 🎥🏆

O ator australiano, que começou em novelas como Neighbours, consolidou-se como um talento de referência em Hollywood, com papéis icónicos em Priscilla, Rainha do Deserto, Memento e agora The Brutalist, nomeado para 10 Óscares. No filme da A24, Pearce interpreta um industrialista americano envolvido em assédio sexual, um papel que ganhou relevância face à sua própria experiência na indústria.

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Com a sua crescente franqueza e reconhecimento, Pearce continua a afirmar-se como um ator de enorme versatilidade, disposto a encarar tanto os desafios da ficção como as realidades da vida real.

Brady Corbet Revela Que The Brutalist Não Lhe Rendeu Um Único Dólar – Mas Portugal Ajudou a Salvar as Suas Finanças

Apesar de ser um dos filmes mais nomeados nesta temporada de prémios, The Brutalist, de Brady Corbet, não trouxe qualquer retorno financeiro para o realizador. No entanto, Portugal teve um papel inesperado na sua sobrevivência profissional.

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Um Filme Premiado, Mas Sem Pagamento 💸🎬

Corbet, conhecido por Vox Lux, participou recentemente no podcast WTF de Marc Maron, onde discutiu o seu épico sobre a imigração nos EUA, nomeado para 10 Óscares. Durante a entrevista, revelou que, após anos sem rendimento, só recentemente conseguiu ganhar dinheiro através de campanhas publicitárias em Portugal.

“Fazer publicidade em Portugal foi a primeira vez em anos que consegui ganhar algum dinheiro,” admitiu o realizador, sublinhando a dificuldade em manter uma carreira independente no cinema.

Corbet, que escreveu The Brutalist em parceria com a sua esposa e colaboradora Mona Fastvold, confirmou que “não ganhámos um único dólar com os últimos dois filmes que fizemos”. Quando Maron demonstrou surpresa, Corbet reforçou: “Sim. Literalmente zero. Tivemos de sobreviver com um salário de há três anos.”

Diretores Nomeados para Óscar em Dificuldades Financeiras 🏆🏚️

Corbet destacou que muitos realizadores na mesma posição passam por dificuldades financeiras, mesmo tendo filmes em destaque na temporada de prémios:

“Já falei com muitos cineastas nomeados este ano que não conseguem pagar a renda.”

A razão? Os diretores passam meses em campanhas promocionais sem qualquer remuneração. Corbet sublinha que, desde a estreia do filme em setembro, tem viajado constantemente e não conseguiu aceitar nenhum outro trabalho, nem sequer um projeto de escrita.

“É um interrogatório de seis meses. Estás em viagem constante, mas também trabalhas aos sábados e domingos. Não tenho um dia de descanso desde o Natal. Fiz umas 90 entrevistas só na semana passada.”

O Reconhecimento de Natalie Portman 🎭✨

A atriz Natalie Portman, que trabalhou com Corbet em Vox Lux (2018), publicou um artigo no Deadline em que elogiou a sua abordagem cinematográfica:

“Os épicos de pequena escala de Brady — com The Brutalist à cabeça — estão a transformar a forma como os filmes são feitos na nossa era de conteúdo algorítmico e fadiga de franquias.”

The Brutalist: Um Filme de Peso na Temporada de Prémios 🎥🏛️

Com nomeações para Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Realização e Melhor Argumento, The Brutalist igualou Wicked como o segundo filme mais nomeado, apenas atrás de Emilia Pérez da Netflix.

A longa-metragem de 215 minutos, com um intervalo de 15 minutos, acompanha a história do arquiteto judeu húngaro László Tóth (Adrien Brody), que emigra para os EUA após sobreviver ao Holocausto. Instalado na Pensilvânia e à espera da chegada da sua esposa Erzsébet (Felicity Jones), Tóth é descoberto por um industrial rico (Guy Pearce). O filme percorre três décadas da América pós-guerra e aborda as relações entre criatividade, exploração e alienação.

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Com um impacto tão profundo no cinema contemporâneo, The Brutalist não só está a redefinir o género épico, como também está a expor a dura realidade da sobrevivência no mundo da realização independente. E, como prova, Portugal acabou por ser um aliado improvável na trajetória de Corbet, garantindo-lhe um pouco de estabilidade financeira enquanto promovia o seu filme.

“The Brutalist”: Diretor Defende Uso de IA em Pós-Produção para Aperfeiçoar Diálogos em Húngaro

O filme The Brutalist, dirigido por Brady Corbet e vencedor de três Globos de Ouro, tem sido alvo de debate após a revelação do uso de inteligência artificial (IA) durante a pós-produção. A tecnologia foi utilizada para aprimorar a precisão dos diálogos em húngaro dos protagonistas Adrien Brody e Felicity Jones. Em resposta às controvérsias, Corbet esclareceu os motivos e limites desse recurso.

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Performances Autênticas e Respeito ao Trabalho dos Atores

Segundo o diretor, as interpretações de Brody e Jones foram mantidas intactas, e o uso da IA, por meio da tecnologia Respeecher, foi restrito à edição de diálogos em húngaro. “Adrien e Felicity trabalharam com um treinador de dialeto por meses para aperfeiçoar os sotaques. A IA foi usada apenas para refinar certos detalhes na pronúncia de vogais e letras. Não houve alterações em diálogos em inglês”, explicou Corbet, sublinhando que o processo foi manual e respeitou a autenticidade das atuações.

A decisão de adotar a IA surgiu após tentativas de gravações adicionais (ADR) não alcançarem o resultado desejado. O editor do filme, Dávid Jancsó, nativo de língua húngara, também participou ativamente do processo, alimentando o modelo de IA com sua própria voz para maior precisão. “Foi um trabalho minucioso para garantir que nem mesmo os locais percebessem diferenças. A IA agilizou um processo que, de outra forma, levaria anos,” disse Jancsó.

Uso de IA: Inovação ou Controvérsia?

O uso de IA em The Brutalist reacendeu debates sobre ética na indústria cinematográfica. Embora o uso de tecnologias para ajustar áudio em pós-produção seja comum, a introdução de IA em diálogos e outras áreas ainda é vista com cautela. No entanto, Corbet defendeu a inovação, afirmando que a tecnologia não eliminou empregos, mas os criou, permitindo que a produção se mantivesse dentro de um orçamento limitado.

Comparações foram feitas com outros filmes que também usaram tecnologia para melhorar performances. Bohemian Rhapsody (2018), por exemplo, combinou vozes de Rami Malek, gravações originais de Freddie Mercury e outros artistas para criar a ilusão da performance do vocalista do Queen. No caso de The Brutalist, o objetivo era garantir autenticidade cultural e fidelidade ao idioma húngaro, um dos elementos centrais do enredo.

Um Épico Sobre Resiliência e Reconstrução

Com 215 minutos de duração e uma narrativa que se estende por três décadas, The Brutalist acompanha László Tóth (Adrien Brody), um arquiteto judeu húngaro que emigra para os Estados Unidos após sobreviver ao Holocausto. A história aborda sua luta para reconstruir sua vida, carreira e casamento em um ambiente desconhecido, enquanto enfrenta os desafios de uma sociedade pós-guerra.

O filme, que estreou no Festival de Veneza e foi adquirido pela A24, já conquistou elogios por sua profundidade narrativa e estética visual. Além dos prêmios no Globo de Ouro, The Brutalist está na disputa por outras honrarias importantes, incluindo Melhor Diretor no DGA Awards e o prêmio de Melhor Filme no PGA Awards.

Reflexões Sobre o Futuro do Cinema

A controvérsia em torno do uso de IA em The Brutalist levanta questões sobre o papel da tecnologia no futuro do cinema. Jancsó resumiu o debate ao afirmar: “Devemos discutir abertamente como a IA pode ser uma ferramenta para o cinema. O que fizemos não é algo novo, apenas mais rápido. É sobre criar detalhes que não teríamos recursos para alcançar de outra forma.”

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Com uma combinação de inovação tecnológica e sensibilidade artística, The Brutalist se destaca não apenas como uma obra cinematográfica marcante, mas também como um marco no diálogo sobre o impacto da tecnologia na indústria criativa.

Guy Pearce Revela Por Que Não Voltou a Trabalhar com Christopher Nolan Após Memento

Guy Pearce, protagonista do aclamado thriller Memento (2000), revelou recentemente que um executivo da Warner Bros. bloqueou a sua carreira nos filmes de Christopher Nolan após o sucesso do filme. Em entrevista à Vanity Fair, o ator partilhou detalhes sobre a relação com o realizador e como foi afastado de grandes produções devido à opinião de um executivo do estúdio, que “não acreditava” no seu talento.

Uma Relação Promissora Interrompida

Depois de Memento, que catapultou Nolan para o sucesso em Hollywood, o realizador começou uma parceria de 18 anos com a Warner Bros., que resultou em obras icónicas como Insomnia (2002), a trilogia The Dark Knight, Inception (2010) e Tenet (2020). Apesar do impacto de Pearce no filme que iniciou esta trajetória, o ator nunca voltou a colaborar com Nolan.

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Segundo Pearce, o realizador chegou a considerá-lo para papéis em filmes como o primeiro Batman Begins e The Prestige. Contudo, um alto executivo da Warner Bros. rejeitou abertamente a ideia de voltar a trabalhar com o ator. “Houve um executivo que disse ao meu agente: ‘Eu não percebo o Guy Pearce. Nunca vou perceber o Guy Pearce. Nunca vou contratá-lo’,” revelou o ator. “De certa forma, é bom saber. Existem atores que eu também não entendo. Mas isso significava que nunca podia trabalhar com o Chris.”

Voos Frustrados e Oportunidades Perdidas

Pearce revelou que foi convidado a Londres para discutir o papel de Ra’s al Ghul em Batman Begins, que acabou por ser interpretado por Liam Neeson. No entanto, o destino foi decidido antes mesmo de aterrar. “Voaram-me para Londres para discutir o papel, mas acho que decidiram durante o meu voo que não ia estar no filme,” recordou Pearce. “Quando cheguei, o Chris disse: ‘Ei, queres ver o Batmobile e jantar?’.”

Apesar destas decepções, Pearce manteve uma relação amigável com Nolan e reconheceu que as decisões eram muitas vezes fora do controlo do realizador. A saída de Nolan da Warner Bros. após o lançamento de Tenet abriu possibilidades para futuras colaborações, uma vez que o cineasta agora trabalha com a Universal Pictures.

Novos Caminhos para Ambos

Enquanto Christopher Nolan continua a sua jornada com a Universal, tendo lançado o vencedor de Óscares Oppenheimer e com um novo projeto em desenvolvimento para 2026, Guy Pearce encontrou o seu próprio espaço. O ator está a ser fortemente elogiado pelo seu papel em The Brutalist, considerado por muitos como uma performance digna de uma nomeação ao Óscar de Melhor Ator Secundário.

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Por outro lado, o próximo filme de Nolan inclui um elenco estelar, com nomes como Matt Damon, Tom Holland, Zendaya, Charlize Theron e Anne Hathaway. Este projeto misterioso promete ser mais uma obra marcante na carreira do realizador.

Uma Carreira Definida por Resiliência

Embora a relação de Guy Pearce com os grandes estúdios tenha tido altos e baixos, o ator demonstrou resiliência ao longo dos anos, construindo uma carreira sólida em produções independentes e papéis aclamados pela crítica. A história da sua exclusão das obras de Nolan é um lembrete de como decisões de bastidores podem impactar a trajetória de um artista, mas também da capacidade de Pearce de prosperar apesar das adversidades.

“The Brutalist” e Adrien Brody Conquistam os Prémios NYFCC

O épico histórico “The Brutalist”, realizado por Brady Corbet e produzido pela A24, foi o grande destaque dos New York Film Critics Circle Awards (NYFCC) deste ano. O filme levou para casa o prémio de Melhor Filme, enquanto Adrien Brody venceu o prémio de Melhor Ator pela sua performance impactante. Estes prémios reforçam o prestígio de Brody como um dos grandes nomes da atuação e consolidam o filme como uma das apostas mais fortes para a temporada de prémios.

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Brody, que já marcou a história ao vencer o Óscar de Melhor Ator por “O Pianista” em 2002, voltou a cativar a crítica com a sua performance em “The Brutalist”, descrita como uma das melhores da sua carreira. Este novo triunfo aumenta as expectativas para uma potencial nomeação aos Óscares, onde Brody pode tornar-se o mais jovem ator a vencer dois prémios nesta categoria.

Além de “The Brutalist”, outros vencedores dos NYFCC incluem Marianne Jean-Baptiste como Melhor Atriz por “Hard Truths”Kieran Culkin como Melhor Ator Secundário por “A Real Pain” e Carol Kane como Melhor Atriz Secundária por “Between the Temples”. A cerimónia destacou, mais uma vez, produções independentes, como “Flow”, um filme de animação sem diálogos, e “No Other Land”, um documentário sobre o conflito israelo-palestiniano.

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Estes prémios, frequentemente vistos como um barómetro para os Óscares, colocam “The Brutalist” e o seu elenco na linha da frente da corrida pela maior honra do cinema.