House of Guinness: A Nova Série da Netflix Que Junta Intrigas Familiares, Segredos e o “Swagger” de Peaky Blinders

Steven Knight volta a apostar em dinastias problemáticas

Depois de transformar um gangue de rua de Birmingham num fenómeno cultural com Peaky Blinders, o argumentista Steven Knight regressa agora com uma nova aposta: House of Guinness, que estreia esta quinta-feira na Netflix. A série mergulha nos bastidores da família Guinness, símbolo maior da indústria cervejeira irlandesa, no momento em que a morte de Sir Benjamin Guinness deixa os quatro filhos a disputar o controlo da famosa cervejaria — cada um deles com segredos obscuros que prometem incendiar a narrativa.

Knight reconhece que a história real da família foi o ponto de partida ideal: “Foi imediato perceber que isto era um drama incrível, cheio de personagens fascinantes e acontecimentos que se cruzam com a História.

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Entre a realidade e a ficção

Embora assente em factos históricos, House of Guinness não pretende ser um documentário: a fronteira entre verdade e imaginação é deliberadamente difusa. Como explica Knight, muitas vezes “os eventos verdadeiros são tão inacreditáveis que parecem inventados”.

Um exemplo é a criação da figura fictícia de Sean Rafferty, capataz da cervejaria interpretado por James Norton (Happy Valley). O ator, que descreve a experiência como irresistível desde a leitura dos primeiros guiões, confessa que o peso de representar ao lado de um elenco maioritariamente irlandês tornou a tarefa ainda mais desafiante, especialmente no domínio do sotaque.

Um elenco de luxo com sangue irlandês

A série conta ainda com Danielle Galligan no papel de Lady Olivia, uma aristocrata que se casa com um Guinness e que, apesar de ser a mulher mais rica da Grã-Bretanha e da Irlanda da época, é retratada como alguém em busca de algo que a fortuna não podia comprar. Galligan destaca que “foi muito especial contar uma história irlandesa numa escala global, uma experiência única na vida”.

Também fazem parte do elenco Niamh McCormack, ligada ao movimento rebelde Fenian Brotherhood, e Jack Gleeson— inesquecível como Joffrey em Game of Thrones. Ambos sublinham o orgulho em participar numa produção que coloca a Irlanda no centro das atenções, mesmo reconhecendo a pressão de corresponder às expectativas do público local.

Comparações inevitáveis

Com o seu tom sombrio, intrigas de poder e personagens intensas, House of Guinness já está a ser comparada a séries como SuccessionThe Crown e, claro, Peaky Blinders. Steven Knight, no entanto, mantém-se tranquilo: “Estou confiante de que esta série é algo único, com a sua própria identidade.

Ainda assim, reconhece sem rodeios que existem paralelismos com a sua criação mais famosa. O próprio está a ultimar o filme Peaky Blinders: The Immortal Man, que trará de volta Cillian Murphy como Tommy Shelby, e admite que a energia, o humor e a “atitude” acabaram por contaminar ambas as histórias.

O futuro de Knight: de Guinness a James Bond

Além de House of Guinness e do regresso dos Shelby, Steven Knight está também envolvido no argumento do novo filme de James Bond, que será realizado por Denis Villeneuve e produzido pela Amazon MGM. Questionado sobre o projeto, limita-se a sorrir e a dizer que não pode revelar detalhes, mas reconhece que o sucesso das suas séries lhe deu uma maior liberdade criativa.

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Com House of Guinness, Knight espera agora brindar o público com mais uma saga familiar marcada por poder, ambição e, claro, muito drama.

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O adeus à era Craig e um futuro em aberto

Depois de mais de 60 anos sob a tutela da família Broccoli, a saga James Bond entrou oficialmente numa nova fase: agora controlada pela Amazon MGM, a produção do 26.º filme já está em marcha, com estreia prevista para 2028. A despedida de Daniel Craig em 007 – Sem Tempo para Morrer deixou a fasquia alta, mas as informações que começam a circular apontam para um regresso às origens do personagem criado por Ian Fleming.

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Uma equipa de luxo por trás das câmaras

A 25 de junho, foi confirmada a escolha de Denis Villeneuve, realizador de Dune, para comandar o novo capítulo da saga. O argumento ficará nas mãos de Steven Knight, criador de Peaky Blinders, conhecido por personagens sombrias e violentas. Os produtores escolhidos pela Amazon foram Amy Pascal e David Heyman, nomes de peso que dão credibilidade ao projeto.

Enquanto Villeneuve termina Dune: Parte Três (estreia em 2026), Bond terá de esperar. Só depois disso começará a seleção do próximo ator que vai dar vida ao espião mais famoso do mundo.

O perfil do novo 007

Segundo fontes citadas pela Deadline, a decisão é clara: o novo Bond será homem, britânico e relativamente desconhecido. Esqueçam nomes como Timothée Chalamet, Jacob Elordi ou até Henry Cavill. A produção procura alguém nos seus 20 e poucos ou 30 anos, um “novo rosto” que se encaixe na descrição original de Fleming: um “instrumento contundente”, letal e aparentemente aborrecido, mas capaz de agir com frieza implacável.

Há abertura para que o ator escolhido não seja caucasiano, mas a prioridade é encontrar alguém que transmita, no imediato, a sensação de que “poderia matar com as próprias mãos num instante”.

O que esperar da nova história

Steven Knight está a regressar aos livros de Fleming para recuperar o espírito do Bond original. Fontes próximas sugerem que o filme poderá explorar a vida do protagonista como Comandante da Marinha Real, antes de ser recrutado pelo MI6. Contudo, nada está fechado: o argumento ainda está a ser escrito e a narrativa pode mudar de rumo.

O certo é que Bond 26 será um recomeço absoluto. Nada ficará ligado ao último filme, nem ao “antigo regime” da família Broccoli. É uma oportunidade para revitalizar a saga e conquistar uma nova geração de fãs.

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Estreia marcada para 2028

As filmagens deverão arrancar em 2027, com a estreia mundial prevista para novembro de 2028, mantendo a tradição de lançamentos nesta altura do ano. Até lá, a especulação continuará intensa: quem será o próximo James Bond?