“Sisu: Road to Revenge” Aumenta a Escala, a Velocidade e a Brutalidade — E Conquista 96% no Rotten Tomatoes

A saga finlandesa regressa com mais acção, mais sangue e um humor negro que faz tremer até os mais resistentes.

A franquia mais selvagem de caça-a-nazis dos últimos anos está de volta. Sisu: Road to Revenge, novamente escrito e realizado por Jalmari Helander, retoma a história dois anos após os acontecimentos do primeiro filme. Aatami (Jorma Tommila) regressa a casa mais rico, mas profundamente marcado pelo assassinato brutal da família às mãos do oficial soviético Igor Draganov (Stephen Lang). O fim da guerra não lhe trouxe descanso — e muito menos segurança.

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Quando o KGB decide libertar Draganov e dar-lhe meios quase ilimitados para eliminar “o homem que se recusa a morrer”, Aatami vê a sua tentativa de recomeçar ser substituída por uma corrida explosiva através da Finlândia. E não é metáfora: é literalmente uma perseguição feita de camiões, motas, comboios, metal retorcido e violência visceral.

Uma nova abordagem: mais movimento, mais escala — e muito mais velocidade

Se o primeiro Sisu tinha uma estrutura mais próxima de John Wick, a sequela abraça por completo o espírito de road movie, com claras influências de Mad Max: Fury Road. Segundo Helander, esta mudança foi totalmente intencional:

“A resposta é velocidade.”

“Queria mais movimento, mais energia. Era algo que sentia faltar nos meus filmes anteriores.”

Aatami desmonta a própria casa, coloca tudo num camião e atravessa o país em busca de um novo começo. Mas a cada quilómetro, Draganov aproxima-se, apoiado por um pequeno exército e por uma determinação quase sobrenatural.

Helander admitiu que filmar sequências com veículos em movimento foi exaustivo e demoradíssimo: “Cada nova tomada era um suplício de resets”, explicou. Mas também confessou que as grandes explosões foram as partes mais entusiasmantes de planear — ainda que só exista “uma hipótese” para acertar no momento da filmagem.

Mais coração, mais história — e um vilão construído a partir do vazio

Ao contrário de muitas séries de acção centradas num único herói, Sisu: Road to Revenge expande o passado de Aatami e aprofunda a dor que o move. Para Helander, esta dimensão emocional era essencial para justificar uma sequela:

“Precisava de uma ideia que igualasse — ou superasse — o primeiro filme. Torná-lo mais pessoal era o caminho certo.”

E para equilibrar um protagonista praticamente mitológico, o realizador sabia que precisava de um antagonista à altura. Stephen Lang, conhecido por Avatar, assume o papel de Igor Draganov — uma força fria, calculada e desprovida de empatia.

Lang contou que criou Draganov a partir de uma espécie de “vazio psicológico”, imaginando-o como um produto do Estado desde a infância: alguém moldado para eliminar emoções e cultivar crueldade sistemática.

A luta final entre Tommila e Lang, filmada dentro de um comboio destruído e cheio de perigos físicos, exigiu coordenação impecável. O actor descreve o processo como “um dueto perigoso”, onde ambos tinham um acordo tácito de proteger o outro. Ainda assim, não faltam golpes, quedas e… facadas com colheres, que Lang recorda com humor.

A morte do vilão? Brutal, estilizada — e planeada desde o início

Helander confirma que sempre soube que Draganov morreria de forma épica:

“O comboio movido pelo motor de um míssil veio-me à cabeça, e percebi logo: é assim que ele tem de morrer.”

É uma morte exagerada, visualmente delirante e totalmente adequada ao universo de Sisu: onde tudo é maior, mais violento e mais inesperado do que parece possível.

Crítica rendida, público entusiasmado

Com 96% no Rotten Tomatoes, a recepção crítica tem sido esmagadoramente positiva. O filme foi elogiado pela criatividade das cenas de acção, pelo humor negro e pela capacidade de expandir o mundo da saga sem perder a essência. A estreia na Finlândia rendeu quase 2 milhões de dólares, e a abertura nos EUA está prevista para atingir os 3 milhões — um resultado impressionante para um orçamento de 12 milhões.

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Se havia dúvidas de que Sisu se tornaria uma saga de culto, Road to Revenge confirma que Helander tem nas mãos algo especial: brutal, estilizado, loucamente inventivo — e com velocidade para dar e vender.

Avatar: Fire and Ash — Novo Trailer Revela as Origens da Vilã Varang e Promete um Capítulo Explosivo da Saga de James Cameron

O calor volta a Pandora

A contagem decrescente para o regresso a Pandora já começou. A menos de três meses da estreia, a Disney divulgou o novo trailer de Avatar: Fire and Ash, o terceiro capítulo da saga épica de James Cameron. E a julgar pelas primeiras imagens, a palavra de ordem é intensidade: batalhas em terra, mar e céu, novos clãs em destaque e uma vilã que promete marcar a franquia.

Varang e os Mangkwan entram em cena

O grande destaque do trailer vai para Varang, interpretada por Oona Chaplin. A personagem lidera o clã Mangkwan, cuja fé em Eywa foi destruída após uma erupção vulcânica devastadora. As suas motivações ganham aqui mais profundidade, posicionando-a como uma antagonista complexa que ameaça não só os Sully, mas todo o equilíbrio de Pandora.

Vemos ainda a família de Jake Sully (Sam Worthington) e Neytiri (Zoe Saldaña) confrontada com este novo inimigo, bem como o regresso do clã aquático dos Metkayina, liderado por Ronal (Kate Winslet), agora aliados no conflito.

Fogo, guerra e dilemas familiares

O trailer mostra que Cameron não abdica de explorar os grandes temas que sempre acompanharam Avatar: colonialismo, trauma geracional e a destruição de ecossistemas pela ganância humana. Mas junta-lhes agora uma escala ainda mais grandiosa, com sequências de ação que desafiam a imaginação.

Entre os momentos mais marcantes, destacam-se:

  • O reencontro de Spider (Jack Champion) com o recombinante Quaritch (Stephen Lang), numa relação cada vez mais ambígua entre pai e filho.
  • Confrontos a bordo da nave mercante do capitão Peylak (David Thewlis).
  • O espectro de uma guerra total a incendiar Pandora em todas as frentes.

O desafio do “capítulo do meio”

Se havia receios de que Fire and Ash pudesse sofrer da típica “síndrome do capítulo intermédio”, o trailer trata de os dissipar. Cameron promete um espetáculo visual ao nível de TitanicAliens ou T2, com a mesma mestria em conjugar ação arrebatadora e emoção humana.

Com os dois primeiros filmes a ultrapassarem os 2 mil milhões de dólares cada um, as expectativas para este novo capítulo são altíssimas. Mas, ao que tudo indica, o realizador está pronto para as superar.

Estreia em dezembro

As respostas a muitas das questões — incluindo quem sobreviverá a esta nova guerra — só chegarão no final do ano.

Avatar: Fire and Ash estreia nos cinemas a 19 de dezembro de 2025. Até lá, a ordem é clara: Sivako!