Prazeres Paralelos: a série onde um momento íntimo muda tudo (e nos põe a pensar)

Uma premissa ousada — mas contida

Prazeres Paralelos, criada, realizada e protagonizada por Zoe Lister-Jones, estreia a 2 de outubro, às 22h10, no TVCine Edition e no TVCine+. A série parte de um conceito inesperado: cada vez que a protagonista vive um momento íntimo muito intenso, ela acorda numa realidade alternativa onde a sua vida tomou outro rumo. É uma ideia estranha e divertida, tratada aqui com leveza e sensibilidade.

ver também : The Social Reckoning: Sequela de A Rede Social Estreia em 2026 com Aaron Sorkin na Realização

Entre o absurdo e a ternura

Mae (Lister-Jones) está num relacionamento de longa data com Elijah — há afecto e conforto, mas faltava algo que reacendesse a chama. Um encontro com Eric faz-lhe cruzar uma fronteira: despi-se do quotidiano e entra numa sequela de vidas paralelas. Em cada nova realidade encontra casamentos improváveis, escolhas profissionais inesperadas e versões de si mesma que a obrigam a questionar o que realmente a define.

A série equilibra situações absurdas com momentos de genuína emoção. O humor surge com naturalidade, sem cair na caricatura gratuita; a ternura aparece quando menos se espera. Prazeres Paralelos consegue, com diálogos afiados e alguma ironia, transformar uma premissa fantástica numa reflexão sobre identidade e escolhas.

Um elenco que traz calor humano

Além de Zoe Lister-Jones, o elenco inclui Whitmer Thomas, Tymika Tafari, Amar Chadha-Patel e Emily Hampshire, todos a contribuir para um tom que alterna entre a comédia e a melancolia. A realização privilegia ritmo e surpresa, sem perder de vista a carga emocional das personagens.

Para ver e conversar

Prazeres Paralelos é uma proposta refrescante no género da comédia romântica contemporânea: original, bem escrita e com momentos sinceros que podem acolher diferentes públicos. Uma boa sugestão para quem gosta de séries que fazem rir e pensar — e que lembram que, muitas vezes, a vida certa pode ser aquela que ainda não vivemos.

ver também : Globo Reinventa a Telenovela: Primeira Produção em Formato Vertical Chega ao TikTok e Globoplay

Krysten Ritter está de volta — como Jessica Jones e como assassina de luxo em Dexter: Resurrection

✨ A actriz fala sobre o regresso a Jessica Jones, a química com Michael C. Hall e o prazer de ser uma serial killer com bom gosto vínico

Krysten Ritter está a viver um ano de sonho. Literalmente. Entre o regresso triunfal ao papel de Jessica Jones e uma reinterpretação sangrenta em Dexter: Resurrection, a actriz norte-americana confirma que está a atravessar um dos momentos mais estimulantes da sua carreira.

ver também : O Último Videoclube: Diogo Morgado Celebra o Cinema em “O Lugar dos Sonhos”

Durante a San Diego Comic-Con, Ritter participou no painel dedicado a Dexter: Resurrection, onde surge como Mia Lapierre, uma sommelier com gosto refinado… por vinhos e por homicídios. Ao lado de Michael C. Hall (o eterno Dexter), David Zayas, James Remar, Jack Alcott, David Dastmalchian e os produtores Clyde Phillips e Scott Reynolds, Ritter brilhou na apresentação do episódio especial “Call Me Red”, protagonizado por um jantar requintado para serial killers — sim, leu bem — e que já está a ser celebrado como um dos melhores episódios de televisão do ano.

De regresso à heroína que veste cabedal e sarcasmo

Mas a cereja em cima do bolo para os fãs da Marvel é outra: Krysten Ritter está oficialmente de volta ao universo cinematográfico da Marvel como Jessica Jones, numa nova temporada de Daredevil: Born Again, actualmente em filmagens para a Disney+. “Foi fácil voltar a ser a Jessica”, confessou Ritter em entrevista à Deadline. “É uma personagem que vive no meu corpo, nas minhas células. Voltá-la a interpretar foi entusiasmante e divertido.”

Segundo a actriz, a expectativa dos fãs e da própria equipa criativa foi enorme. “Agora há mais camadas para explorar e novas direcções. É um privilégio revisitar esta personagem, por quem trabalhei tanto e que tantas pessoas adoram.”

Um casting secreto e bem planeado

Durante meses, Ritter manteve em segredo a sua participação em Daredevil, mesmo quando os rumores começaram a circular por ter sido vista em Nova Iorque. “Foi uma jogada para despistar toda a gente”, admite. A confirmação oficial só chegou nos Upfronts da Disney — cuidadosamente planeada para não ser “só mais um leak na Internet”.

Curiosamente, foi também por causa de Jessica Jones que Ritter chegou ao universo Dexter. Scott Reynolds, produtor executivo de Dexter: Resurrection, foi argumentista da série da Marvel. “Estávamos a trocar mensagens sobre restaurantes em Pasadena, e quando me contou o que estava a escrever, perguntei na brincadeira se havia algo para mim. Acabou por haver!”

Lady Vengeance: serial killer de alto gabarito

Com o papel de Mia Lapierre, Ritter encarna uma personagem tão elegante quanto letal. Apesar dos compromissos com o lançamento do seu livro (Retreat: A Novel) e da preparação física para Jessica Jones, Ritter aceitou o desafio. “O papel era delicioso demais para recusar. Há cenas que são verdadeiros banquetes dramáticos.”

A actriz ficou ainda mais entusiasmada ao ver os nomes que se juntavam ao elenco: Peter Dinklage, Uma Thurman, Eric Stonestreet, Neil Patrick Harris… todos a participar no já icónico episódio “Call Me Red”.

“Foi um momento marcante de carreira para todos os envolvidos. Estar naquela sala, naquele jantar fictício, foi uma experiência incrível”, revelou. E deixa o aviso: “Vêm aí mais episódios insanos esta temporada.”

Um ano em cheio — entre super-heroína e psicopata

“Criativamente, foi um sonho tornado realidade. Poder voltar a ser a Jessica, essa heroína complexa, e ao mesmo tempo dar vida a uma assassina carismática como a Mia… é como ter o melhor dos dois mundos”, resume Ritter.

ver também : Geração V”: A universidade mais caótica do universo The Boys regressa já em Setembro 🧬💥

Com Daredevil: Born Again em produção e novos episódios de Dexter: Resurrection a estrear todas as sextas-feiras na Paramount+ com Showtime, 2024/25 está a ser, sem dúvida, o ano de Krysten Ritter. E os fãs só têm a ganhar.

🚀 Andor Temporada 2: A Revolução de Star Wars Alcança o Seu Auge

A segunda e última temporada de Andor estreia hoje, 22 de abril, na Disney+, e as primeiras críticas já a posicionam como uma das melhores produções do universo Star Wars. Com uma impressionante pontuação de 98% no Rotten Tomatoes, a série criada por Tony Gilroy e protagonizada por Diego Luna é aclamada por elevar a narrativa da franquia a novos patamares. 

ver também : 🍽️ Larry David Imagina Jantar com Hitler para Criticar Encontro de Bill Maher com Trump


🧨 Uma Conclusão Explosiva

Os críticos destacam que Andor não só mantém a qualidade da primeira temporada, como a supera. Alan Cerny, do VitalThrills.com, afirma que a série “acende o rastilho para o barril de pólvora” da rebelião galáctica, enquanto Maggie Lovitt, da Collider, considera que Gilroy e a sua equipa de argumentistas “superaram-se a si mesmos” nesta temporada . 


🧭 Uma Nova Perspetiva no Universo Star Wars

A série é elogiada por abordar temas mais sombrios e adultos, explorando o fascismo do Império de forma direta e sem rodeios. Jeremy Mathai, do Slashfilm, destaca que Andor “olha o fascismo do Império diretamente nos olhos”, enquanto Brendan Hodges, do Next Best Picture, refere que esta é “a série mais sombria de Star Wars” . 


🎭 Atuações Memoráveis

Diego Luna é novamente aclamado pelo seu desempenho como Cassian Andor, com Maggie Lovitt a sugerir que cada episódio merece uma nomeação ao Emmy. Outros destaques incluem Denise Gough como Dedra Meero e Elizabeth Dulau, que ganha mais destaque nesta temporada . 


🎞️ Estrutura Narrativa e Estreia

A temporada final é composta por 12 episódios, divididos em quatro arcos narrativos de três episódios cada. Os primeiros três episódios estão disponíveis a partir de hoje na Disney+, com novos episódios lançados semanalmente . 

ver também : 💑 George e Amal Clooney: Uma Década de Amor Sem Discussões


Ramson Canyon – Cowboys à Moda Antiga com a Mão Criativa de “Wednesday”

🤠 A Netflix continua a apostar forte na reinvenção de géneros clássicos, e o próximo alvo é o western. A nova série original, ainda sem título traduzido para português, chega da mente de um dos argumentistas de Wednesday, a popular série gótica da plataforma, e promete combinar o espírito de fronteira do velho oeste com um toque moderno e estilizado.

ver também : O Vírus Está de Volta: 28 Years Later Reacende o Terror Pós-Apocalíptico com Aaron Taylor-Johnson

Com estreia marcada para os próximos meses, esta produção inspira-se num western clássico esquecido — um daqueles que passavam nas matinés de domingo — mas será tudo menos nostálgica. Segundo os produtores, o objectivo é “honrar o passado sem ficar preso a ele”.


Uma nova visão sobre o velho oeste

O western é um género cíclico. Reinventado nos anos 90 por Unforgiven e mais tarde revigorado por Tarantino e os irmãos Coen, o regresso ao faroeste tem sido tímido nas plataformas de streaming — mas quando acontece, chama a atenção (GodlessThe Power of the DogOuter Range). Agora, a Netflix junta-se novamente à conversa com um projeto ambicioso que pretende unir drama, tensão e personagens moralmente ambíguas num cenário poeirento e marcado pela violência do território selvagem.

A presença de um dos criadores de Wednesday na equipa criativa sugere que não será um western tradicional. Espera-se uma estética vincada, personagens excêntricos e um subtexto social mais vincado do que o habitual. O argumento promete explorar temas de identidade, pertença, colonização e género — tudo embrulhado em duelos ao pôr do sol e cavalos a galopar por desertos implacáveis.


Um western para a era do streaming?

O western está longe de estar morto — está é a ser reinventado. Tal como o terror ou a ficção científica, também este género clássico se tem adaptado às exigências de uma nova geração de espectadores. Séries como 1883 e Yellowstoneprovaram que há apetite por histórias de fronteira, desde que sejam contadas com intensidade, subtileza e complexidade emocional.

O que esta nova série da Netflix parece prometer é precisamente isso: o sabor do faroeste, mas com ingredientes frescos. Ainda não são conhecidos muitos detalhes sobre o elenco ou o enredo central, mas a promessa de um western com ADN criativo vindo de Wednesday é, no mínimo, intrigante.


Porque é que isto importa?

A aposta neste novo western pode marcar mais um capítulo importante na evolução dos géneros dentro do streaming. A Netflix já provou que sabe jogar com convenções, e trazer a sua sensibilidade moderna para o mundo dos cowboys pode resultar num produto inesperado — e, quem sabe, memorável.

Para os fãs de Wednesday, é uma oportunidade de ver como o mesmo tipo de criatividade pode ser aplicado a um cenário completamente diferente. Para os fãs de westerns… é um lembrete de que o género nunca morre — apenas muda de sela.

ver também : Haley Joel Osment Detido em Resort de Esqui