“The Gilded Age”: A Terceira Temporada É Um Espelho Dourado Que Reflecte o Presente

🎩💔 Intrigas familiares, ambição social e patriarcado disfarçado de elegância: The Gilded Age está de volta, e desta vez com mais espelhos do que janelas.

A terceira temporada da série criada por Julian Fellowes (Downton Abbey) já chegou à Max, e promete continuar a sua missão de mostrar que, por trás dos vestidos exuberantes e das casas senhoriais de finais do século XIX, estavam (e estão) os mesmos dramas, desigualdades e contradições que ainda moldam o século XXI. Nesta nova etapa, as tensões entre o “velho dinheiro” e os novos ricos reacendem-se com força, ao mesmo tempo que se abrem caminhos para diálogos muito atuais sobre o papel da mulher, o racismo e as batalhas sociais ainda por vencer.

Luxo, poder… e óperas

O palco está montado. Depois da Guerra das Óperas, os Russell estão mais fortes do que nunca. Bertha ambiciona um lugar no Olimpo da elite nova-iorquina, e George arrisca tudo numa jogada que pode transformar — ou arruinar — o império ferroviário da família. Do outro lado da rua, os Brook enfrentam uma revolução doméstica: Ada assume finalmente as rédeas da casa, para desconforto da intransigente Agnes.

Mas não pensemos que o mundo da série se limita às elites brancas. Peggy, interpretada por Denée Benton, continua a ser o coração moral da história, enfrentando os desafios de ser uma mulher negra e emancipada num mundo que insiste em não a querer ver. Um novo interesse amoroso promete apimentar a sua jornada — e colocar em confronto os limites do progresso social da época.

A precisão histórica como acto de rebelião

Em conversa com o SAPO Mag, Julian Fellowes e Sonja Warfield (argumentista) explicam que a fidelidade histórica não é apenas uma questão de rigor: é uma forma de provocar reflexão. Ao evitarem “modernizar” as personagens ou fazer com que pensem como pessoas do século XXI, conseguem revelar com mais clareza os paralelos entre passado e presente.

“Quando admiramos uma mulher que simplesmente saiu de casa e foi viver sozinha, estamos a perder o contacto com a sociedade que devemos representar”, afirma Fellowes. Mas isso não significa que a série ignore figuras transgressoras. Pelo contrário: são essas personagens, como Bertha Russell ou Peggy, que iluminam as fissuras da estrutura social em que vivem — e as nossas também.

Mulheres que mandam (mas dentro das regras dos homens)

Um dos temas mais fascinantes da temporada é o papel contraditório das mulheres nas estruturas de poder social. Como Warfield salienta, mesmo quando as mulheres lideravam os salões da elite, eram frequentemente mais duras umas com as outras do que com os homens. Um fenómeno que, infelizmente, ressoa até aos dias de hoje. “As mulheres internalizam o patriarcado tal como todas as outras pessoas”, resume a argumentista.

Fellowes aponta ainda para um contraste cultural relevante: enquanto a Europa já tinha exemplos históricos de mulheres no poder (de Catarina, a Grande a rainhas britânicas), os EUA — país forjado na cultura pioneira masculina — ainda demonstram dificuldades em aceitar mulheres com verdadeiro poder político. Uma reflexão que, num ano eleitoral nos EUA, ganha particular peso.

“The Gilded Age” como drama político disfarçado de novela de época

Se pensas que The Gilded Age é apenas mais uma série com figurinos bonitos e criados de olhar cabisbaixo, enganas-te. A terceira temporada investe mais fundo nos dilemas morais das suas personagens e nas camadas ideológicas por trás de cada chá servido com etiqueta.

As óperas são guerras, os jantares são campos de batalha, e os salões dourados escondem as dores de uma sociedade que, apesar dos colares de pérolas, continua profundamente desigual. Tal como em Downton Abbey, Julian Fellowes transforma os detalhes da etiqueta e da tradição em terreno fértil para debater o presente.

Um elenco de luxo que brilha mais do que os candelabros

Carrie Coon, Christine Baranski, Cynthia Nixon, Morgan Spector e Denée Benton lideram um elenco de estrelas que sabe equilibrar subtilmente a pompa com a emoção. Os seus sorrisos medidos escondem tragédias silenciosas, ambições ferozes e fraquezas muito humanas — exactamente como as de qualquer um de nós.

Conclusão

Em tempos de mudança política, social e económica, The Gilded Age mostra-nos que já estivemos aqui antes. E talvez, só talvez, aprender com as lições de 1882 nos ajude a viver melhor em 2025. Ou, pelo menos, a reconhecer os padrões. Com um argumento afiado, interpretações soberbas e um olhar crítico embrulhado em seda, esta terceira temporada confirma o que já sabíamos: The Gilded Age é ouro puro — e não apenas no nome.

 The Last of Us Já Tem Terceira Temporada Confirmada — Antes Mesmo da Estreia da Segunda!

Os fãs de Joel e Ellie podem respirar de alívio (ou ansiedade?): a Max confirmou oficialmente a renovação de The Last of Us para uma terceira temporada, mesmo antes da estreia da nova leva de episódios, agendada para 14 de abril. Esta aposta antecipada mostra a confiança da HBO no poder narrativo e emocional desta que já é uma das séries mais aclamadas dos últimos anos. 🎮📺

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Com base no universo criado por Neil Druckmann no icónico videojogo da Naughty Dog, e adaptada para televisão por Craig Mazin (Chernobyl), a série continua a conquistar fãs e crítica com o seu retrato cru, visceral e profundamente humano de um mundo pós-apocalíptico.

Cinco Anos Depois…

segunda temporada, composta por sete episódios, avança cronologicamente cinco anos desde o final da primeira. Segundo a sinopse oficial, Joel e Ellie serão forçados a enfrentar novas ameaças, tensões internas e um mundo ainda mais caótico e imprevisível.

O elenco principal regressa em força com:

  • Pedro Pascal como Joel
  • Bella Ramsey como Ellie
  • Gabriel Luna como Tommy
  • Rutina Wesley como Maria

Mas há também reforços de peso no elenco:

  • Kaitlyn Dever como Abby
  • Isabela Merced como Dina
  • Young Mazino como Jesse
  • Ariela Barer como Mel
  • Tati Gabrielle como Nora
  • Spencer Lord como Owen
  • Danny Ramirez como Manny
  • Jeffrey Wright como Isaac
  • E uma participação especial de Catherine O’Hara como atriz convidada 🎭

Entusiasmo Dentro e Fora do Ecrã

Para a HBO, a renovação precoce faz todo o sentido. Francesca Orsi, vice-presidente executiva da estação, elogiou o trabalho de Craig e Neil e afirmou que a nova temporada representa “uma conquista extraordinária”, adiantando:

“Estamos entusiasmados por levar o poder da narrativa de Craig e Neil para o que sabemos que será uma terceira temporada igualmente comovente e extraordinária.”

Também os criadores mostraram confiança no futuro da série. Craig Mazin afirmou que os resultados da nova temporada superaram as expectativas:

“Abordámos a segunda temporada com o objetivo de criar algo de que nos pudéssemos orgulhar.”

Já Neil Druckmann, que continua a acompanhar de perto a adaptação do seu próprio universo, agradeceu o apoio dos fãs e da equipa:

“É um privilégio continuar a contar a história de The Last of Us.”

Um Universo em Expansão

A primeira temporada de The Last of Us foi um fenómeno global, com audiências massivas, aclamação crítica e múltiplas nomeações para prémios. O realismo cru, os dilemas morais e a profundidade emocional tornaram-na mais do que uma simples adaptação de videojogo — transformaram-na num marco da televisão contemporânea.

Com a segunda temporada quase a estrear e a terceira já confirmada, tudo indica que a série está a construir um legado duradouro, mantendo a fasquia elevada e o público ansioso por mais.

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🧳 Agora é só preparar o coração para a viagem — porque, como já sabemos, The Last of Us não perdoa emoções.