Willem Dafoe Vai Receber o Coração Honorário de Sarajevo — E Dar uma Masterclass Inesquecível

Com mais de 150 filmes no currículo, o actor norte-americano regressa ao Festival de Sarajevo 25 anos depois para ser homenageado pela sua carreira lendária

🎬 Nome maior do cinema mundial, Willem Dafoe vai ser distinguido com o Coração Honorário de Sarajevo na próxima edição do Festival de Cinema de Sarajevo, a decorrer entre 15 e 22 de Agosto de 2025. O galardão reconhece o contributo excepcional do actor para a arte cinematográfica, numa carreira que atravessa cinco décadas, inúmeros géneros e alguns dos maiores nomes da realização mundial.

ver também : 1000 Homens e Eu: O Documentário de Bonnie Blue Que Chocou o Reino Unido… Mas Não Respondeu ao Essencial

Mas Dafoe não vai apenas receber prémios: vai também conduzir uma masterclass no festival, onde partilhará reflexões sobre a sua carreira, o ofício da representação e a arte em tempos contemporâneos.


Um actor com 150 rostos e nenhum igual

Desde que foi despedido de Heaven’s Gate, de Michael Cimino, em 1979, Willem Dafoe construiu um percurso impressionante, tanto em grandes estúdios como no cinema independente — sempre com uma entrega total e uma versatilidade que poucos actores da sua geração podem reclamar.

A lista de realizadores com quem trabalhou é, por si só, um monumento ao cinema moderno:

  • Martin Scorsese
  • David Lynch
  • Lars von Trier
  • Wes Anderson
  • Guillermo del Toro
  • Yorgos Lanthimos
  • Tim Burton
  • Hayao Miyazaki
  • Werner Herzog
  • Spike Lee
  • Kathryn Bigelow, entre muitos outros.

Dafoe é daquelas raras presenças que consegue ser intensamente humano num blockbuster e assombrosamente inquietante num filme experimental.


Nomeações, prémios e um legado em construção

Willem Dafoe foi já nomeado quatro vezes ao Óscar — por PlatoonShadow of the VampireThe Florida Project e At Eternity’s Gate. Venceu dois Independent Spirit Awards, foi distinguido pelos críticos de Nova Iorque, Los Angeles e pela National Board of Review, recebeu o Urso de Ouro Honorário da Berlinale e mais recentemente o Prémio Íris da Academia de Cinema da Grécia, pelo seu desempenho em Inside, de Vasilis Katsoupis.

Em 2025 e 2026, será ainda director artístico da secção de teatro da Bienal de Veneza, reafirmando a sua ligação ao palco e às artes performativas, uma paixão antiga que começou com o colectivo experimental The Wooster Group, onde trabalhou entre 1977 e 2005.


Novos filmes no horizonte

Aos 70 anos, Dafoe continua a ser um actor em plena forma criativa. Entre os próximos projectos destacam-se:

  • Cuddle, de Bárbara Paz
  • Werwulf, de Robert Eggers
  • Uma nova colaboração com Eggers em A Christmas Carol, para a Warner Bros.

Não se vislumbra reforma à vista — e ainda bem.


Um regresso 25 anos depois

“Willem Dafoe regressa ao Festival de Sarajevo após 25 anos e é uma grande honra para nós atribuir-lhe o Coração Honorário de Sarajevo”, declarou Jovan Marjanović, director do festival.

“O seu trabalho é uma inspiração para qualquer actor. Sempre que está frente à câmara, prova ser um verdadeiro mestre. Em grandes produções ou em filmes independentes, as suas personagens são sempre complexas, emocionais e inesquecíveis.”

ver também : Brad Pitt Bate Recorde Pessoal com F1, Fantastic Four Ruma aos 370 Milhões, e Naked Gun Arranca com Força nas Bilheteiras

Coração de Sarajevo junta-se assim a uma lista já longa de distinções — mas com um significado especial, numa região onde o cinema tem sido forma de resistência, memória e reconciliação.

Robert Eggers Recusa-se a Fazer Filmes Contemporâneos: “Filmografar um Telemóvel é Morte” 🎥🚫📱

O realizador Robert Eggers, conhecido pelo seu estilo cinematográfico imersivo e ambientado em épocas passadas, não esconde o seu desinteresse por projetos contemporâneos. Em entrevista recente ao Rotten Tomatoes, o criador de The Witch (2015), The Lighthouse (2019) e The Northman (2022) afirmou que a ideia de filmar carros ou telemóveis o faz sentir-se “doente”.

Uma Paixão pelo Passado 🎭⏳

Eggers é amplamente aclamado pela sua dedicação ao detalhe histórico e ao design visual autêntico. O seu último trabalho, Nosferatu (2023), ambientado na Transilvânia do século XIX, conquistou quatro nomeações aos Óscares e consolidou ainda mais o seu lugar entre os grandes realizadores da atualidade. Quando questionado sobre a possibilidade de explorar períodos mais recentes, Eggers respondeu:

“Posso ir até à década de 1950, mas antes da Segunda Guerra Mundial é onde a minha imaginação se sente mais à vontade.”

ver também : “Flight Risk” Atinge o Topo do Box Office com $4,4 Milhões no Primeiro Dia 🎥✈️

Para Eggers, contar histórias contemporâneas implica lidar com elementos que considera desinspiradores, como a omnipresença de telemóveis, algo que ele evita a todo custo.

Um Sentimento Compartilhado por Outros Mestres do Cinema 🎬

Eggers não está sozinho na sua aversão a dispositivos modernos no cinema. Quentin Tarantino e Denis Villeneuve, por exemplo, proibiram o uso de telemóveis nos seus sets, argumentando que a presença de tecnologia moderna pode distrair o processo criativo e afetar a autenticidade das produções.

Além disso, a representação de smartphones no ecrã tem sido apontada como um desafio para muitos cineastas, pois exige um equilíbrio cuidadoso para não afastar o público ou datar rapidamente o filme.

O Futuro de Eggers no Cinema 🎥✨

Depois do sucesso de Nosferatu, Eggers já tem projetos ambiciosos no horizonte. O realizador está a trabalhar em Werewulf, uma nova colaboração com a Focus Features, com estreia marcada para o Natal de 2026. Além disso, Eggers irá realizar a aguardada sequela de Labyrinth (1986), um clássico de Jim Henson, para a TriStar Pictures.

Apesar de manter os pés firmemente no passado em termos de narrativas, a abordagem de Eggers continua a atrair a atenção da indústria e do público, provando que o cinema histórico ainda pode ser inovador e relevante.

Eggers: Um Autor com Visão Única 🎭🌌

A visão de Eggers, centrada em recriar mundos passados com autenticidade e atmosfera, diferencia-o no panorama do cinema atual. O seu desinteresse por filmes contemporâneos não limita o seu trabalho, mas, pelo contrário, reforça a sua identidade como um dos realizadores mais fascinantes da sua geração.

ver também : ver também : DiCaprio e Scorsese: O Projeto de The Devil in the White City Pode Finalmente Sair do Papel 🎥✨

Robert Eggers em Negociações para Realizar Sequência de “Labyrinth”: Um Novo Capítulo no Clássico de Fantasia?

O aclamado realizador Robert Eggers, conhecido pelos seus filmes sombrios como The WitchThe Lighthouse e Nosferatu, pode estar prestes a abraçar um desafio completamente diferente. Segundo rumores veiculados por Jeff Sneider, insider de Hollywood, Eggers estaria em conversações para dirigir a tão esperada sequência de Labyrinth, o clássico de fantasia de 1986 que contou com David Bowie no icónico papel de Jareth, o Rei dos Duendes.

ver também: Os Melhores Piores Filmes de Sempre: Uma Celebração do Involuntariamente Hilariante

O Clássico e os Anos de Expectativa

Realizado por Jim Henson, criador dos Muppets, e produzido por George Lucas, Labyrinth tornou-se um marco da cultura pop com a sua fusão única de marionetas, humor excêntrico e uma performance inesquecível de Bowie. Apesar do culto que se formou à sua volta, o filme nunca recebeu uma sequência, apesar de várias tentativas nos últimos anos.

Desde 2016, projetos para expandir o universo de Labyrinth têm sido discutidos. Primeiro, Nicole Perlman (Guardiões da Galáxia) esteve associada ao guião. Mais tarde, Fede Alvarez (Don’t Breathe) assumiu a direção, mas abandonou o projeto em 2020. Nesse mesmo ano, Scott Derrickson (Doctor Strange) foi anunciado como realizador, com rumores de que Jennifer Connelly, que interpretou Sarah, estaria em negociações para retornar.

Agora, Eggers parece ser o mais recente nome em consideração, com a sua abordagem única a sugerir uma visão potencialmente mais sombria para o mundo do Labyrinth.

Um Elenco e Equipa de Peso

A reportada equipa criativa promete uma reinvenção ousada. Eggers, caso aceite, colaborará novamente com Sjón, escritor islandês conhecido pelo seu trabalho em The Northman. Lisa Henson, filha de Jim Henson, estará envolvida na produção, acompanhada por Chris Columbus (Harry Potter). Entre as especulações, Alexander Skarsgård surge como o nome mais forte para assumir o papel de Jareth, uma escolha que promete criar um Rei dos Duendes inteiramente novo, mas igualmente magnético.

Eggers e o Desafio de “Labyrinth”

Eggers não é estranho a revisitar clássicos. O seu Nosferatu, uma reinterpretação do filme de 1922, já demonstrou o seu talento para combinar reverência ao material original com uma nova perspetiva. Contudo, trazer Labyrinth de volta à vida pode representar um desafio distinto, dado o seu tom mais leve e fantasioso.

Se os rumores se confirmarem, será interessante observar como Eggers equilibrará os elementos icónicos de humor e magia do original com a sua propensão por narrativas mais obscuras e atmosféricas.

O Que Esperar?

Apesar de nenhuma informação oficial ter sido confirmada pela Sony ou pelos envolvidos, o entusiasmo entre os fãs é palpável. A perspectiva de uma sequência para Labyrinth, dirigida por um cineasta tão visionário como Eggers, reacende a curiosidade sobre o que o futuro reserva para esta franquia.

ver também: Chevy Chase e Jason Reitman: Atritos Sobre “Saturday Night” e a Representação de uma Lenda do Humor

Enquanto aguardamos novidades sobre este projeto, os fãs podem ver Nosferatu nos cinemas norte-americanos e, a partir de 3 de janeiro, no Reino Unido.