Atrizes atingem paridade com homens como protagonistas nos filmes de maior bilheteira de 2024 🎬

📢 Uma conquista histórica para as mulheres no cinema! Pela primeira vez em décadas, o número de protagonistas femininas igualou o de protagonistas masculinos nos filmes de maior bilheteira do ano.

Paul Rudd e Tim Robinson tentam forçar uma amizade no trailer da comédia “Friendship” da A24 🎭

Um marco no cinema… mas será duradouro?

De acordo com o relatório anual It’s a Man’s (Celluloid) World, da investigadora Dr. Martha Lauzen42% dos 100 filmes mais rentáveis nos EUA em 2024 foram protagonizados por mulheres, um número idêntico ao de filmes com protagonistas masculinos. Os restantes 16% apresentaram elencos equilibrados.

Este é um aumento significativo face a 2023, onde apenas 28% dos filmes tinham protagonistas femininas, marcando uma recuperação face ao declínio registado nos anos anteriores (33% em 2022 e 31% em 2021).

💬 “2024 trouxe uma das seleções mais ricas de filmes com protagonistas femininas em anos recentes. Vimos personagens femininas a lutar contra relações insatisfatórias e ambientes de trabalho discriminatórios. Filmes como The Substance desafiaram fortemente uma cultura que encara as mulheres como descartáveis.” — Dr. Martha Lauzen

No entanto, a especialista alerta que esta vitória pode não ser sustentável. As estatísticas revelam que a presença feminina em papéis secundários e falas ainda está longe da igualdade:

📌 Personagens femininas com falas: aumento de apenas 2 pontos percentuais, passando de 35% em 2023 para 37% em 2024.

📌 Personagens femininas com destaque: aumento de 1 ponto percentual, de 38% para 39%.

📌 72% dos filmes ainda têm mais personagens masculinas do que femininas com falas.

A barreira do etarismo no cinema 🎭

Embora algumas atrizes acima dos 50 anos tenham conquistado papéis de destaque – como Demi Moore em The Substance – a disparidade entre homens e mulheres continua gritante com o aumento da idade:

📉 Protagonistas femininas em filmes:

✅ 35% estão na casa dos 30 anos

❌ Apenas 16% chegam aos 40 anos

📈 Protagonistas masculinos em filmes:

✅ 25% estão nos 30 anos

✅ 31% estão nos 40 anos (ou seja, um aumento com o envelhecimento)

À medida que envelhecem, os homens continuam a ter mais oportunidades no cinema, enquanto as mulheres desaparecem das narrativas principais.

💬 “A idade é um fator crucial. Se limitarmos a idade das personagens femininas no ecrã, também limitamos as histórias que podemos contar. O cinema ainda não aproveita a profundidade da experiência de vida das mulheres.”— Dr. Lauzen

O caminho para a igualdade

🟢 Apesar dos desafios, 2024 marca um passo significativo rumo à igualdade de representação no cinema. A questão agora é se esta conquista se tornará a norma ou se foi apenas um feito isolado.

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Com mais filmes de sucesso a desafiar estereótipos e a apresentar mulheres como figuras centrais das histórias, Hollywood pode finalmente estar a abrir portas para uma mudança duradoura.

📅 Será que 2025 vai manter esta tendência?

Jenna Ortega Defende a Criação de Novas Franquias de Cinema Lideradas por Mulheres

Jenna Ortega, uma das jovens estrelas em ascensão de Hollywood, tem usado a sua voz para defender mais representatividade feminina em papéis principais no cinema. Em vez de simplesmente assumir personagens masculinos numa versão de género invertido, Ortega argumenta que é essencial criar novas franquias pensadas e projetadas especificamente para mulheres.

Durante uma entrevista à MTV, enquanto promovia o filme Beetlejuice Beetlejuice, no qual contracena com Catherine O’Hara, Ortega discutiu o aumento de protagonistas femininas em Hollywood. Ela expressou entusiasmo pela mudança, mas também apontou a necessidade de desenvolver personagens femininas originais, ao invés de transformar personagens masculinos existentes. “Eu amo que há muito mais protagonistas femininas hoje em dia, acho isso tão especial. Mas devemos ter o nosso. Eu não gosto quando é como um spinoff – eu não quero ver como ‘Jamie Bond’. Você sabe? Eu quero ver outro fodão”, disse Ortega.

Um Novo Caminho para as Mulheres em Hollywood

A discussão de Ortega surge num momento em que Hollywood está a reavaliar o papel das mulheres tanto na frente quanto atrás das câmaras. Filmes como Mulher-Maravilha e Capitã Marvel mostraram que filmes liderados por mulheres podem ser grandes sucessos de bilheteira, desafiando o antigo paradigma de que os homens devem estar no centro das histórias de ação e aventura. Além disso, o recente sucesso de Barbie, um filme com uma protagonista feminina que não só foi um sucesso comercial mas também um fenômeno cultural, reforça o argumento de Ortega de que o público está pronto e ansioso por mais histórias lideradas por mulheres.

Ortega, que já provou a sua capacidade de liderar uma produção através do seu papel em Wednesday, série de sucesso da Netflix, exemplifica uma nova geração de atrizes que não só querem protagonizar grandes histórias, mas também desejam influenciar o tipo de histórias que Hollywood conta. Ela é frequentemente vista como uma das jovens atrizes mais promissoras de Hollywood, conhecida por trazer intensidade e profundidade aos seus papéis, e por escolher projetos que ressoam com temas de empoderamento feminino.

O Futuro das Franquias Femininas

O comentário de Ortega sobre querer “outra fodona” ao invés de um “Jamie Bond” destaca um desejo por originalidade e autenticidade em personagens femininas fortes. Este desejo reflete uma mudança mais ampla na indústria cinematográfica, que está a começar a reconhecer a importância de criar papéis significativos e variados para mulheres, além de evitar o simples reposicionamento de papéis originalmente escritos para homens.

A discussão também remete para debates anteriores sobre a criação de personagens femininas icónicas sem a necessidade de estarem ligadas a contrapartes masculinas. A produtora da série James Bond, Barbara Broccoli, já afirmou que não acredita que uma mulher deva interpretar James Bond, preferindo que personagens novas e interessantes sejam criadas para mulheres. Esta visão alinha-se com a de Ortega, que clama por histórias novas e ousadas que tragam algo único e específico para a experiência feminina.

Com a crescente demanda por diversidade e inclusão no cinema, as palavras de Ortega têm o potencial de inspirar uma nova onda de histórias originais lideradas por mulheres. Estes personagens não só desafiarão os estereótipos de género, mas também enriquecerão o panorama cinematográfico com narrativas mais variadas e profundas.

Conclusão

Enquanto Hollywood continua a evoluir e a adaptar-se às mudanças sociais, o apelo de Jenna Ortega por franquias mais diversificadas e originais lideradas por mulheres é um lembrete poderoso da necessidade de inovação na indústria. Com a audiência global a mostrar um claro interesse por narrativas inclusivas e diversificadas, há uma oportunidade significativa para criadores de cinema desenvolverem novas histórias que não só entretenham, mas que também inspirem as próximas gerações.