O humorista britânico voltou a atacar duramente a administração de Donald Trump, criticando tanto os bombardeamentos a embarcações no Caribe como a demolição parcial da Casa Branca para construir um salão de baile “estilo Versailles de clínica estética”.
O sempre afiado John Oliver voltou ao programa Last Week Tonight com um dos seus monólogos mais ferozes dos últimos tempos.
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O alvo? Donald Trump e as decisões cada vez mais bizarras da sua nova administração — desde ataques militares sem explicação no Mar das Caraíbas até à destruição do East Wing da Casa Branca, tudo ao som de piadas cirúrgicas e sarcasmo britânico no ponto.
🎭 “Medspa Versailles”: o novo capricho de Trump
Oliver começou por comentar a recente notícia de que Trump planeia demolir parte da Casa Branca para construir um salão de baile de 8.300 metros quadrados, um projecto de 300 milhões de dólares supostamente financiado por “doações privadas”.
“Um espaço em estilo melhor descrito como Versailles versão clínica de estética”, ironizou o apresentador.
“A demolição da Casa Branca — uma metáfora que, se alguma coisa, é demasiado óbvia.”
🚤 “Interceptar, não afundar”: críticas aos ataques no Caribe
Mas o tom rapidamente passou do cómico ao indignado.
Oliver condenou as operações navais dos EUA no Caribe, onde, segundo o governo, embarcações suspeitas de tráfico de droga foram atacadas e destruídas sem aviso prévio, resultando em mais de 40 mortes.
“A administração não apresentou provas públicas das suas alegações”, disse o humorista.
“Mas mesmo que as tivesse, eu vi episódios suficientes de JAG para saber que a abordagem normal é interceptar os barcos e prender os suspeitos — não assassiná-los sem qualquer devido processo.”
Oliver acusou Trump de agir como “juiz, júri e carrasco de cidadãos estrangeiros”, num estilo que classificou de “arrogante e perigoso”, criticando também a passividade do Congresso e dos tribunais norte-americanos.
💀 “Vamos apenas matar pessoas” — o horror nas próprias palavras de Trump
O apresentador também reagiu à declaração de Trump de que pondera lançar ataques terrestres na Venezuela, afirmando que não pedirá autorização ao Congresso, porque “vamos apenas matar pessoas. Vão ficar… mortas”.
“É o tipo de frase que esperamos ouvir de um assassino em série — ou do génio por trás da limonada energética da Panera Bread”, brincou Oliver, arrancando gargalhadas do público.
🥞 “Onde está o meu maldito cheque?”
No final, Oliver recuperou um momento anterior do programa, em que comentara um vídeo bizarro de George Santos, o ex-congressista envolvido em escândalos, filmado num IHOP (a popular cadeia americana de panquecas).
O comediante encerrou com uma metáfora ácida:
“Trump nomeou-se a si próprio juiz, júri e executor, e é revoltante que nem o Congresso nem os tribunais queiram travá-lo.
Vivemos num país que supostamente tem freios e contrapesos — e, citando a nova diva porta-voz do IHOP: ‘Onde está o meu maldito cheque?’”
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Com o seu humor corrosivo e timing infalível, John Oliver volta a ser a voz mais incómoda da televisão americana, lembrando que, por detrás das gargalhadas, há sempre um alerta sério sobre o estado da democracia.
