Glenn Close Responde Aos Críticos de All’s Fair Com Humor — e Uma Referência a Atração Fatal

A atriz de 78 anos não ficou calada perante as duras críticas à nova série de Ryan Murphy — e usou um toque de humor negro inspirado no seu clássico de 1987 para defender Kim Kardashian.

As críticas a All’s Fair, a nova série de Ryan Murphy protagonizada por Kim Kardashian e um elenco de luxo que inclui Glenn CloseSarah PaulsonNaomi Watts e Niecy Nash-Betts, têm sido arrasadoras. Mas Glenn Close, fiel à sua reputação de mulher de garra, não deixou o ataque passar em branco.

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Num gesto carregado de ironia e referências cinematográficas, a atriz partilhou no Instagram um desenho da equipa da série junto de uma panela com um coelho a ferver, acompanhada pela legenda: “👏👏👏👏👏😂”.

A ilustração é uma clara alusão a Atração Fatal (Fatal Attraction, 1987), o thriller psicológico que lhe valeu uma nomeação ao Óscar e onde a sua personagem, Alex Forrest, infamemente cozinha o coelho de estimação da filha do amante.

🔥 Uma resposta à altura

A publicação surgiu dias depois de a crítica norte-americana ter arrasado a série, chamando-a de “um desastre total”, “a pior série do ano” e “televisão feita em modo automático”. All’s Fair estreou com um devastador 0% no Rotten Tomatoes, e embora a pontuação do público tenha subido ligeiramente, o consenso entre os críticos continua longe de ser positivo.

O gesto de Close foi recebido com entusiasmo pelos colegas de elenco — Naomi Watts e Teyana Taylor reagiram com emojis de aplausos e gargalhadas, apoiando o espírito bem-humorado da veterana atriz.

⚖️ All’s Fair — entre o escândalo e a sátira

Criada por Ryan Murphy (American Horror StoryGlee), a série segue um grupo de advogadas poderosas que abrem o seu próprio escritório para representar mulheres ricas e influentes em casos de divórcio e vingança.

Kim Kardashian, que interpreta Allura Grant, uma advogada de divórcios implacável inspirada na sua própria experiência com o sistema judicial, tem sido o principal alvo das críticas — especialmente pela sua interpretação considerada “rígida” e “sem emoção”. Ainda assim, a série tem atraído audiências curiosas, impulsionada pelo seu tom camp e pela presença de nomes de peso no elenco.

💬 Glenn Close e o poder da ironia

Ao brincar com um dos papéis mais icónicos da sua carreira, Glenn Close mostrou que continua a dominar a arte de responder sem precisar de palavras — apenas com uma imagem provocadora.

A atriz, nomeada oito vezes ao Óscar, parece não se deixar abalar pelas críticas: se All’s Fair divide opiniões, a sua publicação uniu fãs e colegas numa gargalhada cúmplice.

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E, como disse um dos comentários mais populares no Instagram:

“Se Glenn Close está a cozinhar coelhos, é sinal de que a coisa vai aquecer.”

Jeremy Renner Nega Acusações de Má Conduta Feitas pela Realizadora Yi Zhou

A cineasta chinesa afirma que o ator lhe enviou fotos íntimas não solicitadas e a ameaçou com as autoridades de imigração após o fim da relação — alegações que o representante do ator classifica como “totalmente falsas”.

O ator Jeremy Renner, conhecido pelo papel de Hawkeye no universo Marvel, foi novamente alvo de polémica após a realizadora e artista Yi Zhou o ter acusado de má conduta e intimidação. Zhou afirma que o ator lhe enviou fotografias íntimas não solicitadas e, mais tarde, a ameaçou com um contacto à imigração norte-americana (ICE) quando o relacionamento entre ambos se deteriorou.

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As acusações surgiram através de uma série de publicações no Instagram, seguidas de uma entrevista concedida ao Daily Mail. Segundo Zhou, a relação com Renner terá começado nas redes sociais no início deste ano, depois de o ator alegadamente lhe ter enviado fotografias de teor sexual. Os dois teriam posteriormente colaborado parcialmente no documentário “Chronicles of Disney”, lançado recentemente e que, de acordo com Zhou, incluía entrevistas com várias figuras associadas à empresa — entre elas, o próprio Renner, usado no material promocional do filme.

Zhou afirma que o conflito começou quando o ator recusou promover o documentário, incluindo o pedido de que desmentisse publicamente rumores de que o projeto teria sido feito com recurso a inteligência artificial.

“Quando o confrontei em privado sobre o seu comportamento e pedi respeito, ele ameaçou contactar o ICE sobre mim”, escreveu a realizadora, acrescentando que ficou “profundamente chocada e assustada”.

A resposta de Renner

Em resposta às acusações, um representante de Jeremy Renner declarou à revista Rolling Stone que as alegações são “totalmente imprecisas e falsas”, sublinhando que o ator nega qualquer tipo de assédio, ameaça ou má conduta.

Zhou, por sua vez, publicou no Instagram capturas de ecrã de mensagens e fotografias onde Renner alegadamente surge, apresentando-as como provas do que aconteceu. Nenhuma dessas evidências foi ainda verificada de forma independente.

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Contexto e reações

Yi Zhou é uma realizadora e artista multimédia de origem chinesa, conhecida pelos seus projetos ligados à arte digital e por explorar o impacto da inteligência artificial na criação artística. O seu próximo filme, “Stardust Future”, é uma produção animada com IA — e, segundo relatos, Renner teria inicialmente estado envolvido nesse projeto antes do desentendimento.

O caso ainda não deu origem a qualquer processo judicial ou queixa formal. Até ao momento, o ator — que regressou recentemente ao trabalho após o grave acidente de mota de neve em 2023 — não se pronunciou publicamente sobre o tema.

Tempestade em Hawkins: Millie Bobby Brown Terá Acusado David Harbour de Bullying no Set de Stranger Things

Segundo o Daily Mail, a jovem estrela de Enola Holmes terá apresentado uma queixa formal contra o actor que interpreta Jim Hopper — um caso que poderá abalar o clima nos bastidores da última temporada da série da Netflix.

As luzes de Hawkins voltaram a piscar — mas desta vez, não é por causa do Demogorgon. Millie Bobby Brown, estrela de Stranger Things, terá acusado o seu colega de elenco David Harbour de comportamento abusivo e bullying durante as filmagens da série da Netflix.

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De acordo com uma investigação publicada pelo Daily Mail, a actriz de 21 anos apresentou uma queixa formal contra Harbour antes do início das gravações da quinta e última temporada. Fontes citadas pelo jornal afirmam que “houve páginas e páginas de acusações” e que a investigação interna “durou meses”.

Embora o desfecho dessa investigação não tenha sido divulgado, é referido que Millie Bobby Brown terá filmado o episódio final acompanhada por um representante pessoal no set — uma medida pouco habitual em produções deste calibre. Importa sublinhar que o actor, de 50 anos, não foi acusado de qualquer tipo de impropriedade sexual.

Um elo paternal que agora parece quebrado

A notícia surpreende sobretudo porque, durante anos, Harbour falou abertamente sobre a relação de carinho e protecção que sentia pela jovem actriz. “Conheci a Millie quando ela ainda era uma criança. Tenho um sentimento de protecção por ela, preocupo-me com o que a fama lhe pode causar”, disse o actor em 2021, no podcast That Scene with Dan Patrick.

Harbour tinha então 41 anos e Brown apenas 12, quando Stranger Things se tornou um fenómeno global em 2016. A química entre ambos — como a improvável dupla pai e filha, Hopper e Eleven — foi um dos pilares emocionais da série.

Drama fora do ecrã

A polémica surge num momento particularmente conturbado para Harbour. O actor, que se separou recentemente da cantora Lily Allen, vê agora a sua vida pessoal exposta. Allen terá deixado várias referências à infidelidade do ex-marido no seu novo álbum West End Girl, lançado a 24 de Outubro. Na faixa Dallas Major, canta sobre uma relação “aberta” e um parceiro que “levava uma vida dupla”.

Nos bastidores, fontes próximas garantem que Allen “o apoiou durante todo o processo” de investigação interna conduzida pela Netflix, apesar das dificuldades conjugais.

Netflix mantém silêncio absoluto

Contactada pelo Daily Mail, a Netflix recusou-se a comentar, alegando que “nunca faz declarações sobre investigações internas”. Ainda assim, uma fonte próxima do estúdio deixou escapar uma frase reveladora: “O facto de não terem negado diz muito.”

O lançamento da temporada final de Stranger Things continua agendado para 26 de Novembro, e dentro da plataforma há confiança de que “nada vai ofuscar este momento”. Afinal, trata-se do grande encerramento de uma série que ajudou a colocar a Netflix no mapa e que se tornou um fenómeno cultural à escala global.

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Mas, com as acusações agora a circular, é difícil evitar a sensação de que a recta final de Stranger Things poderá ser tão tensa fora do ecrã quanto dentro dele.

🪄 Polémica nos bastidores da série Harry Potter: cães farejadores chamados após suspeitas de droga no set

A nova produção da HBO inspirada no universo de J. K. Rowling enfrenta acusações de consumo de substâncias ilícitas — e a Warner Bros. já reagiu com medidas drásticas.

Nem todas as histórias mágicas acontecem em Hogwarts — e esta está mais próxima de um feitiço de descontrolo do que de qualquer encanto. A nova série inspirada em Harry Potter, atualmente em filmagens nos estúdios da Warner Bros. Leavesden, no Reino Unido, viu-se envolta em polémica após surgirem suspeitas de consumo de drogas entre elementos da equipa técnica.

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De acordo com o jornal britânico The Sun, a produção decidiu contratar cães farejadores treinados para patrulhar o local, depois de denúncias internas apontarem para o uso de cocaína durante o trabalho. O caso torna-se ainda mais delicado tendo em conta que grande parte do elenco é composta por menores de idade.

Cães à porta… e tensão nos corredores 🐕

Fontes próximas da produção revelaram que os cães se encontram agora junto às entradas dos estúdios entre as 7h e as 8h da manhã, precisamente quando a maioria da equipa chega para trabalhar.

“Há cães todas as manhãs para apanhar pessoas que tentam trazer droga. Algumas pessoas estão a consumir enquanto trabalhamos, e isso tem deixado o ambiente tenso”, disse uma fonte ao The Sun.

A notícia causou desconforto entre os profissionais, com alguns funcionários a tentar contornar as verificações, chegando ao estúdio antes da hora prevista para evitar os controlos de segurança.

Warner Bros. reage e tenta manter a calma

Uma porta-voz da Warner Bros. Leavesden confirmou a presença dos cães e justificou a medida como parte de um protocolo de segurança já existente, minimizando a gravidade da situação.

“Como parte dos protocolos de segurança há muito estabelecidos, qualquer pessoa que entre nos estúdios está sujeita a verificações intermitentes de segurança e bem-estar, incluindo o uso de cães farejadores”, afirmou.

Apesar da tentativa de tranquilizar o público, a notícia gerou preocupação entre os fãs e os pais dos jovens atores, que temem que o ambiente de filmagens possa estar comprometido.

A série mais vigiada do ano ✨

A adaptação televisiva de Harry Potter, produzida pela HBO Max, é um dos projetos mais aguardados dos próximos anos. A série pretende recontar toda a saga dos sete livros ao longo de dez anos, com novos atores nos papéis principais e um tom mais fiel aos livros.

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Mas esta polémica veio lançar uma sombra sobre o início das filmagens. Entre cães farejadores, rumores e medidas de contenção, o mundo mágico de Hogwarts parece ter ganho um toque bem mais terreno — e menos encantador — do que o esperado.

Disney+ e Hulu Sofrem Aumento de Cancelamentos Após Polémica com Jimmy Kimmel e Subidas de Preço 📉📺

Dados revelam um pico de cancelamentos nas plataformas de streaming da Disney — mas o escândalo acabou por impulsionar a audiência de Kimmel

As últimas semanas têm sido agitadas no império Disney. Após a suspensão temporária de Jimmy Kimmel pelo canal ABC, as plataformas Disney+ e Hulu registaram um aumento significativo no número de cancelamentos de subscrições, segundo dados divulgados pela empresa de análise Antenna.

Em setembro, a taxa de cancelamento do Disney+ duplicou de 4% para 8%, enquanto a do Hulu subiu de 5% para 10%, valores acima da média de 7% registada no setor. A polémica coincidiu com o momento em que ambas as plataformas anunciaram novos aumentos de preço, o que tornou difícil perceber qual dos fatores teve maior peso na decisão dos utilizadores.

Apesar da queda, o relatório também aponta um aumento de novos subscritores: 2,18 milhões para o Disney+ e 2,11 milhões para o Hulu, mostrando que, mesmo com a controvérsia, o ecossistema de streaming da Disney continua a atrair público.

O caso Jimmy Kimmel

O incidente teve origem nas declarações polémicas de Jimmy Kimmel sobre a morte do ativista conservador Charlie Kirk, que levaram várias estações afiliadas da ABC a suspender temporariamente o Jimmy Kimmel Live!. A decisão provocou uma onda de boicotes online por parte de fãs e figuras públicas, entre elas o radialista Howard Stern, que anunciou em direto a sua decisão de cancelar a subscrição do Disney+.

“Pode parecer estúpido, mas cancelei o meu Disney+. É a minha forma de mostrar que não apoio o que fizeram ao Jimmy”, declarou Stern no seu programa na SiriusXM.

A suspensão, porém, durou pouco: Kimmel regressou ao ar no dia 23 de setembro, e o episódio marcou um recorde de audiência, com mais de 6 milhões de telespectadores, tornando-se um dos mais vistos da história recente do Jimmy Kimmel Live!.

Do boicote ao sucesso digital

Se o escândalo abalou a imagem da Disney, também acabou por impulsionar a popularidade de Kimmel. De acordo com Luca Forlin, responsável pela área de Estratégia e Operações do YouTube para a região EMEA, o aumento da audiência televisiva “empalidece” quando comparado com os números no YouTube: o monólogo de regresso do apresentador ultrapassou os 22 milhões de visualizações até 20 de outubro.

O episódio serviu para ilustrar um fenómeno curioso da era digital: o boicote televisivo transformou-se em fenómeno viral online. O que começou como uma tentativa de silenciamento acabou por ampliar a audiência do comediante — e, ironicamente, reforçar a relevância da marca Jimmy Kimmel Live! dentro e fora da televisão.

📺 Jimmy Kimmel Live! — de segunda a sexta-feira, às 23h35 (hora local), na ABC

Julia Fox em Polémica: Interrompe Marlon Wayans em Debate Sobre “Homens de Verdade” e é Acusada de “Feminismo Branco” 🎬🔥

A actriz foi criticada por interromper repetidamente o colega de elenco durante uma entrevista sobre masculinidade — e as redes sociais não perdoaram

O que era para ser uma conversa tranquila sobre masculinidade e cinema acabou por se transformar num debate viral sobre “feminismo branco” e respeito em conversas inter-raciais. Julia Fox, conhecida tanto pelas suas escolhas de moda arrojadas como pelas opiniões fortes, voltou a ser o centro das atenções — desta vez, por ter interrompido várias vezes o actor Marlon Wayans durante uma entrevista ao BAFTA.

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A dupla, acompanhada pelo actor Tyriq Withers, promovia o novo filme HIM, descrito como um thriller desportivo com toques de terror. A dada altura, a conversa desviou-se para um tema mais profundo: o que significa ser um “homem de verdade”. Foi então que tudo descambou.

Wayans começou por dizer que “um verdadeiro homem é um homem responsável”, mas mal conseguiu terminar a fraseantes de Fox o interromper com um sorriso irónico e a pergunta provocatória:

“Mas o que são ‘homens de verdade’?”

A partir daí, cada tentativa de Wayans para desenvolver o seu raciocínio foi interrompida por Fox, que argumentava que o conceito de “homem real” é apenas uma desculpa para comportamentos tóxicos. O actor, conhecido pelo humor afiado, ainda reagiu com bom espírito, atirando:

“Dito como um verdadeiro homem!”

Curiosamente, Fox não interrompeu o colega Tyriq Withers, que apresentou uma resposta semelhante à de Wayans, mas com um tom mais académico sobre vulnerabilidade e masculinidade — o que levou muitos internautas a apontar uma diferença de atitude que não passou despercebida.

O debate nas redes: empatia ou ego?

Nas redes sociais, o vídeo tornou-se viral e dividiu opiniões. Alguns elogiaram Fox por desafiar rótulos de género, com comentários como “Interrupt him, queen” ou “Ela tem razão, todos os homens são reais, independentemente do comportamento”.

Mas a outra metade da internet foi menos simpática. Muitos acusaram Fox de “feminismo performativo” e falta de respeito, especialmente por ter interrompido um homem negro enquanto ele falava sobre masculinidade — um tema que, como vários utilizadores sublinharam, tem camadas de vivência racial que Fox aparentemente ignorou.

Um comentário muito partilhado resumia assim o desconforto:

“Isto é o problema do feminismo branco. Julia não percebe que o feminismo tem contextos diferentes quando se fala com homens negros. Não é só uma mulher a interromper um homem — é uma mulher branca a falar por cima de um homem negro.”

Outros recordaram ainda que Wayans é pai de um filho transgénero, e que já falou publicamente sobre desconstruir o que significa “ser homem” através dessa experiência — algo que, segundo muitos, Fox deveria ter considerado antes de o interromper.

Um “debate” que se tornou espelho cultural

No fim, o episódio acabou por ser mais do que uma simples entrevista desastrada. Tornou-se um espelho das tensões dentro do próprio feminismo contemporâneo — entre empatia e ego, entre escuta e interrupção, entre a vontade de falar e a necessidade de ouvir.

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Julia Fox, fiel à sua reputação, ainda não comentou a polémica. Mas se o objectivo era “provocar conversa”, missão cumprida: o público está a falar — e muito.

“O Falso Juiz”: Filme polémico de Sérgio Tavares promete agitar o Brasil com duras críticas ao Supremo Tribunal 💣

Produção do influenciador português, apoiador de Jair Bolsonaro, estreia a 1 de novembro e acusa Alexandre de Moraes de “ditadura judicial”

Está a chegar um dos filmes mais controversos do ano. “The Fake Judge: The Story of a Nation in the Hands of a Psychopath” — em português, “O Falso Juiz: A História de uma Nação nas Mãos de um Psicopata” — tem estreia marcada para 1 de novembro, e promete incendiar o debate político no Brasil.

A produção é assinada por Sérgio Tavares, jornalista e influenciador português assumidamente apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, e visa, segundo o próprio, “expor a ditadura imposta pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes”. O filme é falado em inglês e foi gravado em dez países, incluindo o Brasil, Portugal, Estados Unidos, Argentina e Reino Unido.

O trailer, já disponível no YouTube, anuncia uma série de depoimentos de figuras próximas ao bolsonarismo, como o próprio Jair Bolsonaro, o senador Eduardo Girão e os deputados Eduardo BolsonaroNikolas FerreiraGustavo GayerMarcel van Hattem e Bia Kicis. Entre os entrevistados surgem ainda nomes conhecidos da extrema-direita mediática, como Michael ShellenbergerAllan dos SantosSilas Malafaia e Paulo Figueiredo, além de “refugiados do 8 de Janeiro”, expressão usada para descrever os participantes nos ataques de 2023 em Brasília.

Sérgio Tavares, que ganhou destaque no Brasil depois de ter sido barrado pela Polícia Federal no aeroporto de Guarulhos, em fevereiro de 2024, descreve o documentário como uma “obra pela liberdade de expressão”. Na altura, o português foi impedido de entrar no país por questões de visto, episódio que serviu de combustível para a sua aproximação à base bolsonarista.

A estreia do filme acontecerá diretamente no canal de YouTube de Sérgio Tavares, numa clara tentativa de contornar plataformas tradicionais e atingir o público digital que o segue. Segundo o próprio realizador, “O Falso Juiz” é “um grito global contra a censura e o autoritarismo”.

A reação oficial do Supremo Tribunal Federal e de Alexandre de Moraes ainda não foi divulgada, mas tudo indica que este lançamento será apenas o início de uma nova tempestade política mediática — e que, uma vez mais, as fronteiras entre o cinema e a propaganda se tornarão perigosamente difusas.

Polémica em torno de O Arquiteto: Rui Melo alvo de ataques por interpretar personagem inspirada em Tomás Taveira

Uma estreia envolta em controvérsia

A série O Arquiteto, inspirada no escândalo sexual de Tomás Taveira nos anos 90, estreou-se a 22 de setembro na TVI, com todos os episódios já disponíveis na Amazon Prime Video. Desde o anúncio, a produção tem sido alvo de críticas e debates intensos nas redes sociais, sobretudo pelo receio de que o tema do abuso de mulheres pudesse ser romantizado ou tratado de forma ligeira.

O principal visado foi o ator Rui Melo, que dá vida a Tomé Serpa, a personagem central da trama. Desde a divulgação do projeto, o intérprete tem sido alvo de críticas duras, ameaças e até insultos, algo que rapidamente escalou em polémica pública.

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Nuno Markl sai em defesa do elenco

Entre os que decidiram intervir está Nuno Markl, humorista e locutor de rádio, que recorreu ao Instagram para defender a série, o elenco e, em particular, Rui Melo.

“Assim que a série foi anunciada, choveu fúria instagrâmica sobre ele, a equipa da série e a TVI. Pela razão mais insólita: pessoas que não tinham visto a série meteram na cabeça que ela iria fazer do protagonista um herói”, escreveu Markl.

O comunicador sublinhou ainda que as críticas ignoraram fatores essenciais: o argumento de Patrícia Müller (Madre Paula), a realização de João Maia (Variações) e um elenco de atores reconhecidos pela sua sensibilidade artística.

As vítimas em primeiro plano

Segundo Markl, quem assistiu ao primeiro episódio percebeu rapidamente que as vítimas não foram esquecidas nem desvalorizadas. O episódio terminou mesmo com a divulgação do contacto da APAV – Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, reforçando o enquadramento social e a responsabilidade do projeto.

“Percebo: o tema é delicado, os receios são legítimos. Mas o caso tem pano para mangas para uma boa e útil série de ficção. Disparar primeiro e só perceber depois se a bala foi ou não bem gasta não me parece boa política”, concluiu o humorista.

Debate aberto

A polémica em torno de O Arquiteto mostra como temas sensíveis continuam a dividir opiniões e a gerar reações extremas. Ao mesmo tempo, abre espaço para discutir a forma como a ficção pode revisitar episódios marcantes da história recente portuguesa, sem cair em simplificações ou em discursos perigosos.

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Snoop Dogg retrata-se após polémica com Lightyear: “Errei, ensinem-me a aprender”

Depois das críticas geradas pelos seus comentários sobre a representação LGBTQ+ em Lightyear, Snoop Dogg veio a público pedir desculpa e reafirmar o seu apoio à comunidade.

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O rapper tinha dito recentemente que a cena em que Alisha Hawthorne (voz de Uzo Aduba) surge com a sua esposa o deixou “desconcertado” e “com medo de levar os netos ao cinema”. A declaração causou forte reação, incluindo uma resposta direta de uma das argumentistas do filme.

Numa publicação em redes sociais, Snoop procurou esclarecer a sua posição:

“Todos os meus amigos gays sabem que sou aliado. Fui apanhado de surpresa e não soube responder às perguntas dos meus netos de seis anos. A culpa foi minha. Ensinem-me a aprender, não sou perfeito.”

Enquanto isso, Lauren Gunderson, uma das guionistas que trabalharam em versões iniciais do argumento, explicou a importância da decisão de incluir a personagem de Alisha com a sua esposa e filho:

“Foi tão natural escrever ‘ela’ em vez de ‘ele’. Pequeno detalhe, grande impacto. Estou orgulhosa de ter contribuído para que uma relação feliz entre duas mulheres aparecesse no grande ecrã, mesmo que por poucos segundos. O amor é amor.”

A escritora recordou ainda que a cena, embora breve, teve um efeito representativo significativo, sobretudo num filme pensado para um público jovem.

Lightyear, derivado do universo Toy Story e protagonizado na versão original por Chris Evans, estreou em 2022 e ficou marcado por esta cena de afeto entre Alisha e Kiko, o que levou à sua proibição em vários países do Médio Oriente.

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Apesar da polémica, a obra da Pixar continua a ser lembrada como um marco pela inclusão, e o mea culpa de Snoop Dogg surge como uma tentativa de transformar um momento de desconforto pessoal numa oportunidade de diálogo.

🎭 Academia Portuguesa de Cinema responde a Edgar Morais: “Lamentamos reações impulsivas”

A Academia Portuguesa de Cinema (APC) respondeu às críticas do ator Edgar Morais, que anunciou a sua saída da instituição após a divulgação dos nomeados para os Prémios Sophia 2025. Morais acusou a APC de falta de transparência e imparcialidade, especialmente por apenas o seu irmão gémeo, Rafael Morais, ter sido nomeado pelo filme Um Café e um Par de Sapatos Novos, onde ambos são coprotagonistas. 

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Em entrevista ao SAPO Mag, o presidente da APC, Paulo Trancoso, rejeitou as acusações, afirmando: 

“Rejeitamos totalmente essas críticas. É interessante perceber que o afastamento ocorreu após a primeira volta de nomeações, quando, ao perceber que não foi nomeado, o ator reagiu dessa forma. Lamentamos profundamente essa situação, pois, infelizmente, situações como esta acontecem em todas as academias. Quando há egos feridos, muitas vezes surgem reações impulsivas que poderiam ser mais ponderadas.”

Trancoso sublinhou ainda que a APC tem procurado melhorar continuamente a transparência e a eficácia dos seus processos internos.


🎬 O filme e a polémica

Um Café e um Par de Sapatos Novos, realizado por Gentian Koçi, conta a história de dois irmãos gémeos surdos-mudos que enfrentam uma doença genética rara que os levará à cegueira. Edgar e Rafael Morais interpretam os protagonistas, partilhando o mesmo tempo de ecrã e uma aparência física intencionalmente indistinguível. 

Edgar Morais questionou a decisão da APC de nomear apenas um dos irmãos, considerando-a uma falha grave nos princípios da instituição. Em carta aberta, o ator afirmou: 

“Ao ter tomado a decisão de nomear e anunciar publicamente a nomeação para apenas uma das interpretações (…) a Academia não só revelou e admitiu sem reserva alguma que os seus prémios e nomeações são ilegítimos e não se baseiam em mérito, como também não se preocupa com essa questão.”  

O ator apresentou ainda várias sugestões para reorganizar e restaurar a confiança na instituição, incluindo a reestruturação dos órgãos sociais da APC, a revisão da plataforma de votação, a contratação de uma entidade independente para validar os votos e a criação de um canal anónimo para denúncias. 


🏆 Reações e precedentes

A situação remete para um caso semelhante ocorrido em 2020, quando apenas Anabela Moreira foi inicialmente nomeada para Melhor Atriz Secundária pelo filme Diamantino, deixando de fora a sua irmã gémea, Margarida Moreira. Na altura, a APC reconheceu o erro e incluiu ambas na nomeação, considerando que a participação de ambas era indissociável.  

Até ao momento, a Academia Portuguesa de Cinema não anunciou qualquer alteração nas nomeações dos Prémios Sophia 2025. 

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🎭 Mickey Rourke Expulso (Com Elegância) do Celebrity Big Brother UK — E Não, Não Foi um Papel

Sim, leu bem. Mickey Rourke, o eterno rebelde de The Wrestler e Sin City, decidiu abandonar — ou melhor, foi “convidado a sair” — da casa do Celebrity Big Brother UK. A decisão foi confirmada após “uso continuado de linguagem imprópria” e um comportamento que a produção considerou “inaceitável”.

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Numa altura em que reality shows vivem do choque e da polémica, Rourke conseguiu mesmo assim ultrapassar os limites do aceitável para o programa da ITV. Se por um lado surpreende, por outro… é o Mickey Rourke.

Discussões, palavrões e desculpas à sua maneira

O actor de 71 anos teve vários momentos tensos na casa, mas tudo escalou após uma discussão durante uma tarefa com o colega Chris. Embora não tenha havido violência física, Rourke usou linguagem que foi classificada como “ameaçadora e agressiva”.

Ainda mais grave foi o episódio com JoJo Siwa, também concorrente no programa. Rourke, ao falar sobre a intenção de voto, terá dito: “Vou votar na lésbica já a seguir”, comentário que Siwa ouviu de imediato e respondeu com firmeza: “Isso é homofóbico, se essa for a tua razão.”

E não ficou por aí. Numa outra ocasião, Rourke terá dito “Preciso de um c***”, referindo-se à área de fumadores, mas logo apontou para Siwa, dizendo “Não estou a falar de ti”. No mínimo… desnecessário.

A última chamada no confessionário

Após estes episódios, o actor foi chamado ao confessionário e avisado de que, se os comportamentos continuassem, seria removido. Rourke apresentou um pedido de desculpas em tom descontraído (demasiado descontraído?):

“Peço desculpa. Não tive más intenções. Estava apenas a falar à parva. Não estava a levar isto muito a sério. Se ofendi alguém, lamento.”

Apesar do mea culpa, a produção decidiu que a sua presença era insustentável. Um porta-voz do programa confirmou à Variety:

“O Mickey Rourke aceitou sair da casa do Celebrity Big Brother esta noite, após uma conversa com o Big Brother sobre o uso continuado de linguagem imprópria e instâncias de comportamento inaceitável.”

A ITV defende os valores da casa

Em comunicado, a ITV reforçou que todos os concorrentes passam por formação em respeito e inclusão, com um briefing claro sobre o comportamento esperado. “Os concorrentes são monitorizados 24 horas por dia e todos os comportamentos impróprios são tratados com a devida diligência”, sublinharam.


🎬 Rourke, que nos habituou a personagens intensas e pouco convencionais, parece ter levado a autenticidade demasiado longe neste reality show britânico. Se procurava redenção mediática ou reinvenção pública, este certamente não foi o palco ideal.

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Mas numa coisa podemos estar de acordo: ninguém esperava um Mickey Rourke “normal” numa casa cheia de câmaras. E, sejamos honestos, os reality shows também vivem destes momentos de caos calculado. Só que desta vez, o caos passou a linha — e a porta da rua foi o limite.

Roseanne Barr Prepara Regresso à Televisão com Comédia Polémica: “Vão Salvar a América com Armas, Bíblia e Crime” 🎬🔥

Roseanne Barr, a comediante que em tempos foi a rainha das sitcoms americanas, está de volta – e com um projeto que promete levantar ainda mais polémica do que a sua saída da ABC em 2018.

A atriz revelou à Variety que escreveu uma nova série de comédia ao lado de Allan Stephan (RoseanneArli$$) e que pretende levá-la ao mercado nos próximos meses.

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“É uma mistura entre The Roseanne Show e Os Sopranos”, descreve Barr, garantindo que a série será recheada de humor negro, sátira e muitas provocações.

Do Cancelamento ao Regresso: O Novo Projeto de Roseanne Barr 📺⚡

A série, que deverá ter entre quatro a seis episódios, segue a vida de uma família de uma pequena cidade no Alabama, que luta para “salvar a América dos cartéis de droga e da China” – mas fazem-no de uma forma… pouco convencional.

💊 Cultivam e vendem drogas como cannabis e cogumelos alucinogénicos

📖 Usam a Bíblia como referência moral

🔫 Têm um vasto arsenal de armas

🥃 O álcool e o crime fazem parte da rotina familiar

“É absurda e fora da caixa. Terá ideias muito ofensivas e muito palavrão”, garante Roseanne.

A atriz afirma que se nenhum estúdio comprar a série, irá produzi-la por conta própria e distribuí-la no seu próprio site.

Rejeitada por Hollywood, Mas Pronta Para Dar a Volta 💥🚫

O regresso de Roseanne Barr acontece 15 anos depois do seu primeiro cancelamento, quando a Disney a despediu da sitcom Roseanne (mais tarde renomeada The Conners), após um tweet racista sobre Valerie Jarrett, ex-assessora de Michelle Obama.

Desde então, Barr tem-se mantido afastada dos grandes ecrãs, apostando no seu podcast “The Roseanne Barr Podcast”e em aparições pontuais em programas como Club Random With Bill Maher.

Mesmo assim, a atriz não poupa críticas à indústria do entretenimento:

“Hollywood tornou-se irrelevante para os americanos. Preferem perder dinheiro a criar conteúdos que o público quer ver.”

A sua nova série será uma tentativa de provar que há mercado para conteúdos politicamente incorretos e alinhados com o público conservador americano.

A “Nova Roseanne” Será Comprada Por Algum Canal? 📡🎭

Barr garante que não voltaria a trabalhar com a ABC, mas mantém-se aberta a outras opções.

🤔 Terá esta comédia um público fiel?

🏛 Será um sucesso junto dos apoiantes de Donald Trump?

📢 Ou será apenas mais um projeto cancelado antes de ir ao ar?

Para já, Roseanne Barr está determinada em voltar a fazer barulho – seja na TV ou na internet.

“Se ninguém comprar, faço eu mesma. Eu não preciso de Hollywood para existir.”

Uma coisa é certa: o regresso de Roseanne Barr promete ser tudo menos discreto. 🔥

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Polémica no Festival de Veneza Sobre Acesso da Imprensa aos Atores

O Festival de Cinema de Veneza deste ano, marcado por um desfile de estrelas no tapete vermelho, enfrenta críticas de jornalistas internacionais devido à falta de acesso às celebridades. Grandes nomes como Brad Pitt, Angelina Jolie, George Clooney, Nicole Kidman e Joaquin Phoenix estão presentes no evento, mas muitos optaram por não conceder entrevistas exclusivas à imprensa internacional, restringindo-se apenas às conferências de imprensa oficiais do festival.

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Esta decisão, tomada pelos estúdios e agentes de relações públicas, tem gerado insatisfação entre os jornalistas, especialmente os freelancers, que dependem dessas entrevistas para vender suas histórias a meios de comunicação regionais e internacionais. Uma carta aberta, assinada por mais de 50 jornalistas, foi publicada, protestando contra a política de “não entrevistas”, destacando a importância do trabalho jornalístico para o sucesso e a promoção dos filmes.

A ausência de entrevistas exclusivas ameaça o modelo de cobertura de festivais de cinema, que depende do acesso direto aos talentos para gerar interesse e cobertura mediática. Apesar das reclamações, o diretor artístico do Festival de Veneza, Alberto Barbera, prometeu investigar a situação, embora tenha lembrado que as decisões de marketing são tomadas pelas empresas privadas e não pelo festival em si.

Polémica Envolvendo J.K. Rowling no Festival de Edimburgo

O Festival de Edimburgo, conhecido por ser um dos maiores eventos de artes cénicas do mundo, este ano será palco de uma peça altamente polémica que aborda os comentários controversos de J.K. Rowling sobre pessoas transgénero. A obra, intitulada “TERF”, imagina os atores Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint discutindo com a autora sobre as suas opiniões controversas em relação ao género biológico.

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A peça “TERF”, acrónimo de “Trans-Exclusionary Radical Feminist”, termo utilizado para descrever feministas que excluem as pessoas transgénero, foi criada por Joshua Kaplan. Kaplan, autor e diretor da peça, afirma que o objetivo principal da obra é destacar os direitos das pessoas transgénero e como as redes sociais têm contribuído para a polarização das discussões sobre este tema sensível.

Trelawny Kean, que interpreta Emma Watson na peça, descreveu “TERF” como uma intervenção dos atores para persuadir Rowling a cessar os seus comentários ofensivos no Twitter. “É uma tentativa de Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint de dizer a J.K. Rowling que pare de dizer atrocidades nas redes sociais”, afirmou Kean à France-Presse.

As mensagens frequentes de Rowling no Twitter, agora rebatizado como X, têm sido amplamente criticadas e levaram à sua categorização como uma “feminista radical que exclui a comunidade trans” (TERF). Para Kaplan, a peça é uma resposta direta às suas declarações e uma forma de promover um diálogo mais inclusivo e compreensivo sobre a identidade de género.

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Para garantir a segurança e minimizar possíveis controvérsias, a produção de “TERF” tomou medidas preventivas, como a alteração do título original e a mudança do local de apresentação. Além disso, a personagem transgénero na peça permanecerá em anonimato durante toda a temporada, uma decisão tomada para proteger a integridade do elenco e da produção.

Berry Church Woods, produtor da obra e co-fundador da companhia de produção Civil Disobedience, expressou preocupações quanto à violência das discussões online sobre a questão transgénero. “Esperamos que a nossa companhia seja forte o suficiente para lidar com todas as patetices sobre este assunto”, comentou Woods, destacando a importância de abordar temas sociais delicados com sensibilidade e responsabilidade.

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J.K. Rowling, que reside em Edimburgo, ainda não se pronunciou publicamente sobre a peça. No entanto, a autora já esteve envolvida em várias polémicas desde dezembro de 2019, quando expressou apoio a uma investigadora que foi demitida por afirmar que as pessoas transgénero não podem mudar o seu sexo biológico. Esta posição provocou uma reação significativa por parte da comunidade trans e dos seus aliados, incluindo os próprios atores da saga “Harry Potter”.

Daniel Radcliffe, que interpretou Harry Potter, revelou que já não mantém contacto com Rowling e expressou tristeza pelos acontecimentos. Emma Watson e Rupert Grint também se distanciaram da autora, mesmo quando esta detalhou a sua posição e revelou ter sido vítima de agressão sexual e violência doméstica. Apesar das controvérsias, Rowling continua a ser uma figura proeminente e influente, dividindo opiniões entre feministas radicais que a veem como uma heroína e ativistas trans que a consideram uma adversária.

A peça “TERF” promete ser um ponto alto no Festival de Edimburgo deste ano, refletindo o intenso debate em torno dos direitos das pessoas transgénero na Escócia. Em 2022, o governo escocês aprovou uma lei para facilitar a transição de género, que foi posteriormente bloqueada pelo governo central em Londres, sublinhando as divisões políticas e sociais sobre o tema.

Joshua Kaplan, ao criar “TERF”, pretende explorar a complexidade das discussões nas redes sociais e a perda de nuances nas conversas sobre identidade de género. A peça alterna cenas do presente com momentos do passado de Rowling, oferecendo uma visão sobre os motivos que podem ter influenciado as suas opiniões. A produção espera que, ao enfrentar diretamente estas questões, possam promover uma maior compreensão e empatia entre os diferentes pontos de vista.