Idan Amedi, actor e reservista ferido em combate, acusa subscritores do manifesto de espalharem “notícias falsas” e defende o exército israelita
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O actor e cantor Idan Amedi, conhecido do público pela sua participação na série israelita Fauda (disponível na Netflix), veio a público criticar duramente uma petição assinada por cerca de mil artistas e escritores israelitas, que apelam a um cessar-fogo imediato em Gaza.
A petição, publicada no domingo e amplamente divulgada esta segunda-feira, 4 de Agosto, denuncia a guerra e a crise humanitária no enclave palestiniano, apelando à interrupção imediata das hostilidades e ao fim daquilo que descreve como “crimes de guerra”.
“Parem a guerra. Libertem os reféns.”
No documento, os subscritores afirmam:
“Enquanto homens e mulheres da cultura e da arte em Israel, vemo-nos, contra a nossa vontade e os nossos valores, cúmplices — enquanto cidadãos israelitas — da responsabilidade pelos horríveis acontecimentos que estão a ocorrer na Faixa de Gaza.”
A carta exige que os responsáveis políticos e militares “parem”, não deem “ordens ilegais”, nem “cometam crimes de guerra”, e apelam ainda à libertação dos reféns capturados pelo Hamas.
Entre os nomes mais conhecidos que subscreveram o texto estão os escritores David Grossman (que numa entrevista recente ao La Repubblica descreveu a situação como “genocídio”), Zeruya Shalev e Etgar Keret, as cantoras Ahinoam Nini (Noa) e Hava Alberstein, o coreógrafo Ohad Naharin e os realizadores Nadav Lapid (Ahed’s Knee) e Shlomi Elkabetz.
A resposta de Idan Amedi: “Entrem num túnel”
Idan Amedi, que serviu como reservista do exército israelita em Gaza e foi gravemente ferido em combate no início de 2024, insurgiu-se contra o teor da petição.
“Entrem num túnel por um momento. Mesmo que seja para combater apenas por um dia, como fazem dezenas de milhares de reservistas, e depois, sigam em frente, assinem petições”, escreveu nas redes sociais.
Amedi acusou ainda os signatários de difundirem “notícias falsas” e defendeu a actuação das Forças de Defesa de Israel:
“Não existe nenhum outro exército no mundo que opere numa zona tão densamente povoada com tão poucas baixas civis como o nosso.”
O actor de Fauda também afirmou que “em cada casa em Gaza há propaganda antissemita”, apontando o dedo ao controlo do Hamas sobre o território.
Apoio do governo israelita
As declarações de Amedi foram elogiadas por Miki Zohar, ministro da Cultura de Israel, que aplaudiu o “patriotismo” do actor e da actriz Moran Atias, também ela crítica da petição.
“Lucidez e coragem patriótica”, escreveu o governante, enaltecendo a frontalidade das figuras públicas que discordam do manifesto.
A divisão crescente entre artistas israelitas reflete o ambiente cada vez mais polarizado dentro do país, onde a guerra em Gaza — intensificada desde Outubro de 2023 — continua a gerar reacções apaixonadas, tanto em apoio à acção militar como na defesa de uma resolução pacífica e humanitária do conflito.
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