Um regresso colossesco a Pandora
Aconteceu finalmente: Avatar: Fire and Ash foi exibido a um grupo restrito de jornalistas, e as primeiras reacções não deixam margem para dúvidas — James Cameron volta a provar que, quando se fala em cinema-espectáculo, o trono continua solidamente seu. O terceiro capítulo da saga foi imediatamente descrito como um “espectáculo cinematográfico definitivo”, capaz de levar “os limites técnicos a terrenos que ninguém imaginava”.
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Courtney Howard, crítica de cinema, não poupou elogios, frisando que Cameron continua a dominar a arte do blockbuster como poucos:
“Três filmes depois, James Cameron ainda tem o condão. Continua a fazer do épico algo emocionalmente impactante. Brilhante, ousado e glorioso — é para isto que os cinemas foram criados.”
Sean Tajipour, igualmente impressionado, sublinhou que cada fotograma parece desafiar o possível:
“Cameron continua a ultrapassar fronteiras. Fire and Ash é ousado, envolvente, inesquecível e movido por pura ambição.”
Uma viagem, não apenas um filme
Perri Nemiroff, do Collider, destacou o que muitos críticos confirmam: a imersão é tão poderosa que o filme “parece uma viagem”. O regresso a Pandora acontece de forma quase instantânea, e a complexidade narrativa e técnica ganha novos patamares.
A jornalista notou ainda uma evolução significativa em vários aspectos de produção, incluindo a construção de mundo, os cenários e a forma como o filme integra emoção e acção num só movimento. Segundo ela, a magia do universo Avatarpermanece intacta — e, melhor ainda, mais rica.
Michael Lee foi mais crítico em relação ao enredo, que considerou menos robusto do que o impacto visual. Contudo, a avaliação geral mantém-se extremamente positiva:
“O espectáculo visual é gigantesco, especialmente em 3D. A expansão de Pandora e a introdução de novas tribos elevam o world-building. A história pode não ser perfeita, mas o filme ultrapassa fronteiras técnicas de formas inimagináveis.”
Novas ameaças, novas tribos, a mesma ambição de Cameron
Situado após os eventos de Avatar: The Way of Water, este novo capítulo acompanha a família Sully ainda em luto pela morte de Neteyam. É neste momento de vulnerabilidade que emerge uma nova ameaça: a tribo do Fogo, um grupo de Na’vi que habita zonas vulcânicas e é liderado pela vingativa Varang, interpretada por Oona Chaplin, que assim se estreia na franquia.
Ao elenco regressam Sam Worthington, Zoe Saldaña, Sigourney Weaver, Stephen Lang e Kate Winslet, reforçando a continuidade épica da narrativa. Cameron, fiel ao seu estilo, promete um capítulo emocional, visualmente impressionante e construído com uma escala que desafia as capacidades do cinema moderno.
O futuro de Avatar: tudo depende do público
James Cameron tem sido claro e pragmático: o futuro da franquia depende do desempenho de Fire and Ash nas bilheteiras. O realizador imaginou desde o início cinco filmes, e uma parte substancial de Avatar 4 já está filmada. Contudo, o projecto só avançará com força total se o terceiro capítulo conseguir conquistar novamente o público global.
Vale lembrar que Cameron tem motivos para confiar:
— Avatar é o filme mais lucrativo de sempre com 2,9 mil milhões de dólares;
— The Way of Water ocupa o terceiro lugar, com 2,3 mil milhões.
Mesmo assim, aos 71 anos, Cameron reconhece que o trabalho nos próximos filmes exigirá uma energia considerável:
“Se conseguir, faço. Não excluo nada. Estou saudável e pronto a avançar — mas tenho de ter vigor para mais seis ou sete anos disto.”
Cameron continua a ser Cameron — e isso diz tudo
As primeiras reacções a Avatar: Fire and Ash sugerem que os fãs vão encontrar tudo aquilo que esperam de James Cameron: ambição, escala, emoção, tecnologia de ponta e um domínio absoluto da grande imagem. Mesmo com algumas reservas sobre o enredo, o impacto visual e a imersão parecem ser tão extraordinários que a experiência global se impõe.
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A 18 de Dezembro, Pandora volta a abrir as portas. E, se as reacções iniciais forem indicadoras do que aí vem, Cameron pode muito bem estar a preparar-se para mais uma conquista histórica — técnica, artística e, quem sabe, financeira.









