Cinco Detidos Pela Morte do Neto de Robert De Niro e da Filha do Músico dos Blondie

A tragédia que abalou Hollywood ganha novos contornos: os suspeitos faziam parte de uma rede que distribuía comprimidos falsificados com fentanil em Nova Iorque.

Um ano depois da morte de Leandro De Niro-Rodriguez, neto do lendário actor Robert De Niro, e de Akira Stein, filha de Chris Stein — o co-fundador da icónica banda Blondie —, a investigação deu um passo decisivo. As autoridades norte-americanas anunciaram a detenção de cinco pessoas suspeitas de pertencerem a uma rede criminosa responsável pela distribuição de comprimidos falsificados de opioides, misturados com fentanil, uma droga sintética de potência letal.

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Segundo a ABC News, os detidos — Grant McIver, Bruce Epperson, Eddie Barreto, John Nicolas e Roy Nicolas — são acusados de integrar um esquema de tráfico que fazia circular milhares de comprimidos falsos de medicamentos como o Percocet por toda a cidade de Nova Iorque, aliciando sobretudo adolescentes e jovens adultos.

Fentanil: a epidemia invisível que continua a matar

De acordo com a acusação, as pílulas vendidas pelo grupo resultaram na morte de três jovens de 19 anos, entre eles Leandro De Niro-Rodriguez e Akira Stein. Ambos morreram em 2023, vítimas de overdose, após consumirem o que acreditavam ser analgésicos comuns. As autoridades confirmaram as identidades das vítimas, ainda que o processo judicial tenha omitido os nomes.

O caso remete para uma figura já conhecida das investigações: Sofia Marks, apelidada pela imprensa norte-americana de Percocet Princess. Marks tinha sido detida em 2023, acusada de vender as drogas que levaram à morte do neto de Robert De Niro.

O fentanil, substância cem vezes mais potente do que a morfina, continua a ser uma das principais causas de morte por overdose nos Estados Unidos. Misturado em comprimidos falsificados, é praticamente impossível de detectar — e fatal em doses minúsculas.

Tragédias com rosto

Leandro, filho da actriz Drena De Niro (filha de Robert De Niro) e do artista Carlos Rodriguez, era um jovem actor com um futuro promissor, tendo participado no filme A Star Is Born. Já Akira Stein era filha de Chris Stein, guitarrista e co-fundador dos Blondie, e de Barbara Sicuranza.

As duas mortes, que abalaram o mundo do cinema e da música, simbolizam uma crise muito maior: a banalização do consumo de comprimidos falsificados entre jovens.

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Com estas novas detenções, as autoridades esperam desmantelar parte de uma rede responsável por múltiplas mortes. Mas a dor das famílias — e o alerta sobre o fentanil — continuam mais vivos do que nunca.

Quem é a “Rainha da Cetamina” acusada no caso da morte de Matthew Perry?

Jasveen Sangha, uma mulher de 41 anos, encontra-se no centro de um dos casos criminais mais mediáticos dos últimos tempos nos Estados Unidos. Apelidada de “Rainha da Cetamina” pelos procuradores norte-americanos, Sangha é uma alegada traficante de droga acusada de ter desempenhado um papel crucial na morte do ator Matthew Perry, famoso pela sua participação na série “Friends”. A sua detenção sem possibilidade de fiança, até ao julgamento marcado para outubro, revela a gravidade das acusações que enfrenta.

O Império de Droga em Hollywood

Jasveen Sangha não é uma figura desconhecida nas redes sociais, onde cultivava uma imagem de luxo e glamour. No entanto, por detrás dessa fachada, as autoridades alegam que Sangha liderava uma operação de tráfico de drogas a partir da sua casa em North Hollywood, conhecida entre os investigadores como a “Sangha Stash House”. Segundo o procurador Martin Estrada, esta residência funcionava como um verdadeiro “império de venda de drogas”, com Sangha a fornecer substâncias ilícitas a uma clientela de alto perfil, incluindo celebridades.

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Durante uma busca realizada em março de 2024, as autoridades encontraram mais de 80 frascos de cetamina, além de uma grande quantidade de comprimidos de diversas drogas, como anfetaminas, cocaína e Xanax. Estas substâncias eram alegadamente embaladas e distribuídas por Sangha, que se especializava em atender clientes com elevado poder aquisitivo. De acordo com Erik Fleming, um dos co-acusados no caso, Sangha “só lida com pessoas de classe alta e celebridades”.

A Ligação a Matthew Perry

A acusação contra Jasveen Sangha é particularmente grave devido à alegada ligação à morte de Matthew Perry. Documentos judiciais revelam que Sangha teria vendido ao ator 50 frascos de cetamina, por um total de 11 mil dólares (cerca de 10 mil euros). A cetamina, um anestésico dissociativo com fortes propriedades alucinogénicas, é uma substância perigosa, especialmente quando utilizada fora de um ambiente controlado por profissionais de saúde. No caso de Perry, as autoridades acreditam que a cetamina fornecida por Sangha foi a causa direta da sua morte por overdose em outubro de 2023.

A gravidade do caso é sublinhada pelo facto de Sangha enfrentar nove acusações, incluindo conspiração para distribuir cetamina e distribuição de cetamina resultando em morte. Apesar de se ter declarado inocente durante a sua apresentação a tribunal, o pedido de fiança foi negado, refletindo a seriedade das acusações.

A Vida de Luxo nas Redes Sociais

Além das suas atividades ilícitas, Jasveen Sangha era uma presença ativa nas redes sociais, onde partilhava o seu estilo de vida luxuoso. Com uma vida marcada por viagens a destinos exóticos como México, Espanha, Itália, Japão, Dubai e França, Sangha exibia nas redes o resultado financeiro das suas atividades criminais. Desde automóveis de alta gama até a uma casa de luxo em North Hollywood, tudo fazia parte da imagem que ela projetava online.

Nas redes sociais, Sangha também era vista em eventos exclusivos como os Globos de Ouro e os Óscares, e em companhia de várias celebridades, algumas delas conhecidas pelos seus problemas com o consumo de drogas. Charlie Sheen, por exemplo, é uma das figuras com quem Sangha foi fotografada. Esta imagem pública, no entanto, contrastava fortemente com as atividades que lhe são agora atribuídas pelas autoridades.

Outras Alegações e Futuro de Sangha

As acusações contra Jasveen Sangha não se limitam ao caso de Matthew Perry. A influenciadora é também suspeita de estar envolvida na morte de outra pessoa em 2019, relacionada com o uso de cetamina. Um dos irmãos de Cody McLaury, a suposta vítima, teria confrontado Sangha através de uma mensagem, acusando-a de vender a cetamina que resultou na morte do seu irmão. Esta nova revelação só veio aumentar a pressão sobre Sangha, que poderá enfrentar uma pena que varia de 10 anos de prisão até prisão perpétua.

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O julgamento de Jasveen Sangha, marcado para outubro, promete ser um dos mais acompanhados do ano, não só pela gravidade das acusações, mas também pela notoriedade da vítima e pela vida dupla que a “Rainha da Cetamina” parecia levar.

Conclusão

Jasveen Sangha surge como uma figura complexa e enigmática, cujo estilo de vida extravagante ocultava uma alegada rede de tráfico de drogas com consequências mortais. À medida que o julgamento se aproxima, a atenção mediática sobre o caso cresce, com muitos a aguardarem ansiosamente pelo desenlace deste trágico episódio que ceifou a vida de um dos atores mais queridos de Hollywood.