A reinvenção do agente secreto mais famoso do cinema está longe de ser simples
O futuro de James Bond está oficialmente em turbulência. Segundo novos rumores vindos dos bastidores da Amazon MGM Studios, a equipa criativa responsável pelo próximo capítulo da franquia está a enfrentar aquilo que fontes descrevem como uma “enorme dor de cabeça criativa” — tudo graças ao final explosivo de No Time to Die (2021), onde o 007 interpretado por Daniel Craig morreu de forma inequívoca.
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O plano inicial parecia sólido: com a saída de Craig, a Amazon MGM Studios assumiu maior controlo criativo da saga, recrutou Denis Villeneuve (da trilogia Dune) para realizar o novo filme e contratou Steven Knight (Peaky Blinders) para escrever o argumento. Mas antes de avançar com casting ou narrativa, a equipa esbarrou num dilema que está a dar volta à cabeça dos escritores.
“Ele não caiu de um penhasco. Ele explodiu.”
De acordo com o Radar Online, o impacto emocional e comercial do final de No Time to Die está agora a transformar-se num problema logístico: como ressuscitar um personagem que foi literalmente pulverizado em cena?
Uma fonte próxima da produção descreve a situação de forma crua:
“Bond não caiu de um penhasco nem fingiu a morte — ele foi reduzido a pedaços. Todos concordam que foi um enorme erro, porque Bond devia ser eterno. Agora estão presos a tentar encontrar uma forma credível de o trazer de volta, e está a revelar-se quase impossível.”
Embora sejam apenas rumores, a tensão faz sentido. Bond, ao contrário de outras personagens icónicas, sempre viveu numa espécie de continuidade flexível — novos actores entravam, o universo prosseguia e ninguém perguntava demasiado.
Mas desta vez, a saga decidiu cortar o fio da tradição: Bond morreu mesmo.
E, como alerta o escritor Anthony Horowitz, autor de três romances oficiais de 007:
“Como é que se ultrapassa o facto de ele estar morto com D maiúsculo? Bond é uma lenda, pertence a todos. Torná-lo mortal foi um erro.”
Horowitz acrescentou ainda que seria incapaz de escrever a continuação:
“Não dá para fazê-lo acordar no duche e dizer que foi tudo um sonho.”
Reinventar? Ignorar? Recomeçar do zero?
Entre as hipóteses que circulam nos bastidores, há três cenários possíveis:
- Ignorar completamente o final de No Time to Die e seguir a tradição da franquia: novo actor, novo Bond, sem explicações.
- Criar uma justificação narrativa — seja tecnológica, simbólica ou quase mística — para a “ressurreição” de Bond. (Uma solução que, para muitos fans, arrisca cair no ridículo.)
- Reboot total, com outro tom, outra era e outra continuidade — algo que poderia entusiasmar Denis Villeneuve, mas que mexeria no ADN da saga.
A verdade é que, apesar da polémica, os fãs continuam a esperar um Bond renovado, mas fiel aos pilares clássicos: carisma, mistério, acção elegante e aquele toque de arrogância irresistível.
O maior desafio em décadas para 007
Com Villeneuve ainda ocupado com Dune: Part Three e sem ator anunciado, há tempo para decisões ponderadas. Mas uma coisa é clara: o próximo filme de Bond não pode falhar.
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Entre reconquistar o público, honrar uma personagem intocável por seis décadas e corrigir o que muitos consideram ter sido um tiro no pé criativo, a Amazon MGM Studios tem pela frente uma missão digna do próprio 007.
E desta vez, não há gadgets de Q que possam salvar a situação.


