“Animale”: Thriller Feminino Passado na Arena dos Touros Estreia a 31 de Julho nos Cinemas

🐂 A realizadora Emma Benestan, revelação do cinema francês com Fragile, regressa com um novo filme que promete desafiar convenções, cruzando o instinto animal, o medo e a força feminina. Animale, um thriller tenso com raízes no quotidiano rural da região francesa da Camarga, estreia nas salas de cinema portuguesas a 31 de julho, com distribuição da NOS Audiovisuais.

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Uma história de coragem no meio de homens e touros

A protagonista é Nejma, uma jovem de 22 anos que sonha vencer a tradicional corrida de touros local — um universo masculino onde o risco é constante e o respeito é medido em bravura. Mas o seu percurso sofre uma reviravolta quando um touro foge e começam a surgir jovens mortos. O que era apenas um sonho pessoal transforma-se num enfrentamento colectivo com o medo, o pânico e o peso de tradições que se tornam ameaçadoras.

“É o retrato de uma mulher que tenta conquistar o seu espaço num mundo que a exclui — tanto na arena como fora dela”, resume a produção.

Um filme entre o realismo e o instinto

Com estreia na Semana da Crítica do Festival de Cannes, Animale mistura tensão psicológica com crítica social, embalado pela atmosfera única da Camarga, uma região onde touros e cavalos partilham o protagonismo com os habitantes.

Emma Benestan constrói um thriller intimista e ousado, que usa o cenário rural como palco de transformações interiores e conflitos sociais, e onde o corpo da protagonista se torna símbolo de resistência e instinto de sobrevivência.

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Estreia nos cinemas portugueses a 31 de julho

Depois de ter integrado a seleção oficial da 18.ª edição do MOTELX, Animale chega finalmente ao público português. Com uma estética sensorial e um argumento que se desenrola entre o silêncio do campo e os gritos da arena, é uma aposta forte para quem procura cinema europeu com nervo, corpo e pensamento.

🗓️ Data de estreia: 31 de julho
📍 Nos cinemas de todo o país

Atrizes atingem paridade com homens como protagonistas nos filmes de maior bilheteira de 2024 🎬

📢 Uma conquista histórica para as mulheres no cinema! Pela primeira vez em décadas, o número de protagonistas femininas igualou o de protagonistas masculinos nos filmes de maior bilheteira do ano.

Paul Rudd e Tim Robinson tentam forçar uma amizade no trailer da comédia “Friendship” da A24 🎭

Um marco no cinema… mas será duradouro?

De acordo com o relatório anual It’s a Man’s (Celluloid) World, da investigadora Dr. Martha Lauzen42% dos 100 filmes mais rentáveis nos EUA em 2024 foram protagonizados por mulheres, um número idêntico ao de filmes com protagonistas masculinos. Os restantes 16% apresentaram elencos equilibrados.

Este é um aumento significativo face a 2023, onde apenas 28% dos filmes tinham protagonistas femininas, marcando uma recuperação face ao declínio registado nos anos anteriores (33% em 2022 e 31% em 2021).

💬 “2024 trouxe uma das seleções mais ricas de filmes com protagonistas femininas em anos recentes. Vimos personagens femininas a lutar contra relações insatisfatórias e ambientes de trabalho discriminatórios. Filmes como The Substance desafiaram fortemente uma cultura que encara as mulheres como descartáveis.” — Dr. Martha Lauzen

No entanto, a especialista alerta que esta vitória pode não ser sustentável. As estatísticas revelam que a presença feminina em papéis secundários e falas ainda está longe da igualdade:

📌 Personagens femininas com falas: aumento de apenas 2 pontos percentuais, passando de 35% em 2023 para 37% em 2024.

📌 Personagens femininas com destaque: aumento de 1 ponto percentual, de 38% para 39%.

📌 72% dos filmes ainda têm mais personagens masculinas do que femininas com falas.

A barreira do etarismo no cinema 🎭

Embora algumas atrizes acima dos 50 anos tenham conquistado papéis de destaque – como Demi Moore em The Substance – a disparidade entre homens e mulheres continua gritante com o aumento da idade:

📉 Protagonistas femininas em filmes:

✅ 35% estão na casa dos 30 anos

❌ Apenas 16% chegam aos 40 anos

📈 Protagonistas masculinos em filmes:

✅ 25% estão nos 30 anos

✅ 31% estão nos 40 anos (ou seja, um aumento com o envelhecimento)

À medida que envelhecem, os homens continuam a ter mais oportunidades no cinema, enquanto as mulheres desaparecem das narrativas principais.

💬 “A idade é um fator crucial. Se limitarmos a idade das personagens femininas no ecrã, também limitamos as histórias que podemos contar. O cinema ainda não aproveita a profundidade da experiência de vida das mulheres.”— Dr. Lauzen

O caminho para a igualdade

🟢 Apesar dos desafios, 2024 marca um passo significativo rumo à igualdade de representação no cinema. A questão agora é se esta conquista se tornará a norma ou se foi apenas um feito isolado.

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Com mais filmes de sucesso a desafiar estereótipos e a apresentar mulheres como figuras centrais das histórias, Hollywood pode finalmente estar a abrir portas para uma mudança duradoura.

📅 Será que 2025 vai manter esta tendência?

1989: O Ano em que Winona Ryder, Jodie Foster e Julia Roberts Redefiniram Hollywood

No final da década de 1980, Hollywood vivia uma transformação, e três jovens atrizes emergiam como símbolos dessa mudança: Winona RyderJodie Foster e Julia Roberts. Cada uma, com o seu talento singular e escolhas de papéis ousados, estava a moldar o futuro do cinema. O ano de 1989 tornou-se um marco, consolidando-as como nomes essenciais da indústria cinematográfica.

Winona Ryder: O Ícone da Geração Rebelde

Com apenas 18 anos, Winona Ryder já havia conquistado o público com performances memoráveis em Beetlejuice (1988) e Heathers(1989). Os seus papéis eram marcados por uma intensidade única, misturando vulnerabilidade com uma rebeldia magnética. Ryder representava uma nova geração de atores dispostos a explorar personagens complexas e fora do convencional, capturando o espírito dos jovens da época.

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Ao assumir personagens que desafiavam os estereótipos femininos, Ryder tornou-se não apenas uma estrela em ascensão, mas também uma voz autêntica no cinema, refletindo temas de alienação e resistência que ressoavam com o público jovem.

Jodie Foster: A Mente Brilhante de Hollywood

Já com uma carreira estabelecida, Jodie Foster consolidou-se como uma das atrizes mais respeitadas de Hollywood ao vencer o Óscar de Melhor Atriz por The Accused (1988). Em 1989, Foster havia transcendido os papéis de criança prodígio para se afirmar como uma artista metódica e intelectualmente rigorosa.

Escolhendo papéis que desafiavam o status quo, Foster não só demonstrava talento dramático, mas também um profundo entendimento do impacto cultural das suas escolhas. Esta abordagem visionária preparava o caminho para o seu futuro em papéis icónicos, como Clarice Starling em O Silêncio dos Inocentes (1991).

Julia Roberts: A Promessa do Brilho Estelar

Enquanto Foster já acumulava prémios e Ryder representava a contracultura, Julia Roberts estava a dar os primeiros passos para se tornar uma das maiores estrelas de Hollywood. Após o seu papel cativante em Mystic Pizza (1988), Roberts cimentou a sua presença em Steel Magnolias (1989), que lhe valeu uma nomeação ao Óscar.

Com um sorriso cativante e uma energia vibrante, Roberts trazia um carisma único que prometia redefinir o arquétipo da protagonista feminina na década seguinte. Em breve, filmes como Pretty Woman (1990) fariam dela uma estrela global, mas 1989 marcou o início do seu brilhantismo cinematográfico.

Três Mulheres, Três Caminhos, Uma Nova Hollywood

Juntas, Ryder, Foster e Roberts simbolizavam a diversidade de talentos e estilos que estavam a transformar Hollywood no final dos anos 1980. Enquanto cada uma seguia a sua própria trajetória, as três mostraram que o sucesso feminino na indústria podia assumir formas variadas: a força intelectual de Foster, a ousadia e a autenticidade de Ryder, e o carisma magnético de Roberts.

Este trio não apenas marcou o cinema de 1989, mas também influenciou gerações futuras, provando que Hollywood era um palco aberto para mulheres que ousavam desafiar limites e expectativas.

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