“Mr. Scorsese” ia ser um filme de 2 horas — até Rebecca Miller perceber que isso era “impossível”

O retrato definitivo de Martin Scorsese chega à Apple TV+ este mês — cinco episódios, memórias inéditas e uma história de amor ao cinema 🎬🍎

Quando Rebecca Miller se sentou com Martin Scorsese, pensou que estava a fazer um filme documental de duas horas. Minutos (e muitas conversas) depois, percebeu o óbvio: reduzir uma vida e uma filmografia destas a 120 minutos era… “impossível”. O resultado é “Mr. Scorsese”, uma docuserie de cinco horas que estreou no New York Film Festival e chega à Apple TV+ a 17 de Outubro de 2025.  

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De longa-metragem a série-evento

Miller contou ao IndieWire como o projecto evoluiu: começou com uma proposta simples, ganhou acesso ao arquivo pessoal do cineasta e, após cerca de 20 horas de entrevistas, tornou-se uma série que “tem de respirar” para acompanhar a vida e a obra de Scorsese. A montagem revelou-se o verdadeiro campo de batalha: manter a fluidez das ideias, cruzar filmes e biografia, e evitar o temido “lista de filmes”.  

Cinco horas, mil histórias

A série percorre dos dias de Little Italy até Killers of the Flower Moon, passando por Mean StreetsTaxi DriverRaging BullThe Aviator e The Wolf of Wall Street. Há a presença indispensável de Thelma Schoonmaker, parceira de edição que “quebrou regras” em Raging Bull; e depoimentos de Robert De NiroLeonardo DiCaprioJay CocksNicholas PileggiPaul Schrader e mais — com Scorsese a guiar, na primeira pessoa, um olhar íntimo sobre fé, violência, ética e arte.  

Os “anjos” de Marty 😇

Um dos fios condutores é a ideia dos “anjos” que aparecem nos pontos de rutura: De Niro a empurrá-lo para Raging Bullquando a saúde fraquejou; Schoonmaker, recuperada do documentário para redefinir a gramática de montagem; e DiCaprio, cuja parceria tornou viáveis projectos ambiciosos como Gangs of New YorkThe Aviator e The Wolf of Wall Street. É um retrato de como talento, obsessão e colaboração salvaram (várias vezes) uma carreira que nunca abdicou de visão autoral.  

O que fica de fora (e porquê)

Apesar do fôlego, Miller tomou decisões duras: “Hugo” e parte do trabalho televisivo/documental ficam de fora, para preservar o eixo temático que cose “vida e obra em tango”. A série evita o inventário e aposta na estrutura emocional — regresso aos amigos de infância, episódios de crise, reinvenções — para explicar como Scorsese se tornou um autor que “não desvia o olhar”, mesmo quando o mundo quer olhar para outro lado.  

NYFF, aplausos e o que aí vem

estreia no NYFF encheu a Alice Tully Hall e veio acompanhada de críticas muito positivas, destacando o ritmo e a proximidade que Miller alcança com o cineasta. Para quem não esteve em Nova Iorque, a boa notícia é simples: os cinco episódios (tempo total ~285 minutos) chegam já a 17 de Outubro à Apple TV+. Popcorns prontos. 🍿  

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Ficha essencial

  • Título: Mr. Scorsese
  • Formato: Docuserie em 5 partes (aprox. 285 min no total)
  • Realização: Rebecca Miller
  • Estreia: 17 de Outubro de 2025 na Apple TV+
  • Estreia mundial: New York Film Festival, 4 de Outubro de 2025  

Robert De Niro: Um Legado Cinematográfico e Imobiliário

Robert De Niro não só deixou uma marca indelével em Hollywood, mas também fez um impacto significativo no domínio imobiliário. Renomado pelos seus papéis versáteis e atuações icónicas, a jornada de De Niro estende-se para além do grande ecrã, incluindo uma narrativa cativante de posse de propriedades e disputas legais.

A incursão de De Niro no imobiliário inclui a transformação de um celeiro antiquado numa mansão moderna e vanguardista, uma propriedade posteriormente avaliada em impressionantes 6 milhões de dólares. No entanto, esta obra-prima arquitetónica ficou envolvida numa disputa legal com a cidade de Gardiner sobre impostos prediais que o ator contestou.

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Enquanto mantém uma presença ativa em Hollywood, De Niro encontra consolo e alegria na companhia dos seus filhos e netos. Frequentemente visto a desfrutar de um simples prazer, como partilhar um gelado com a família perto da sua residência em Nova Iorque, De Niro abraça tanto o glamour de Hollywood quanto a calorosa convivência familiar.

Ao longo dos anos, De Niro possuiu várias casas luxuosas, algumas atingindo preços impressionantes de até 25 milhões de dólares. Nascido a 17 de agosto de 1943, a carreira ilustre do ator abrange géneros com desempenhos notáveis em filmes de Martin Scorsese e uma reputação pela sua brilhante comédia ao lado das suas interpretações dramáticas.

A Jornada Cinematográfica de De Niro

A jornada cinematográfica de De Niro começou com um movimento audacioso ao abandonar a escola aos 16 anos para perseguir a carreira de ator. A transição das peças Off-Off-Broadway para o grande ecrã marcou o início de uma carreira notável. As suas colaborações com Martin Scorsese, incluindo “Mean Streets” e “The Godfather Part II”, catapultaram-no para a vanguarda da indústria cinematográfica, rendendo-lhe elogios e um Oscar de Melhor Ator Secundário.

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Para além dos contos de gangsters, De Niro demonstrou a sua destreza na representação em papéis diversificados, como “The Deer Hunter” e “Taxi Driver”, ganhando outro Oscar de Melhor Ator. Os anos 80 viram-no explorar papéis de comédia, consolidando a sua reputação como um ator versátil com filmes como “The King of Comedy” e “Midnight Run”.

Um Retiro Palaciano em Nova Iorque

A residência principal de De Niro, situada em Gardiner, Nova Iorque, é um testemunho do seu gosto exigente. Adquirindo a propriedade em 1997 por 1,5 milhões de dólares, a mansão de 2222 metros quadrados em 98 acres passou por uma remodelação extensiva. O celeiro metamorfoseou-se num centro recreativo de 14000 metros quadrados, com uma sala de boxe, estúdio de cinema, sala de jogos, piscina, sala de vapor e sauna.

O complexo estende-se para além da mansão, englobando celeiros adicionais convertidos em oficina e escritório, duas casas de hóspedes, um campo de ténis e até uma pista de esqui. Apesar da opulência, a propriedade tornou-se o epicentro de uma batalha legal de três anos sobre impostos prediais. A avaliação inicial de 1,5 milhões de dólares aumentou para 6 milhões, levando De Niro a contestar os encargos.

Robert De Niro: Um Legado Cinematográfico e Imobiliário

Um Homem de Família em Hollywood

Para além dos seus triunfos cinematográficos e empreendimentos imobiliários, De Niro é um pai devoto de sete filhos de várias relações. O seu primeiro casamento com a cantora Diahnne Abbot rendeu um filho, Raphael, enquanto a sua relação com a modelo Toukie Smith resultou em gémeos, Julian e Aaron. O seu casamento com Grace Hightower trouxe dois filhos, Elliot e Helen, ao mundo.

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Navegando pelas complexidades da paternidade, De Niro valoriza momentos com os seus filhos, fomentando conversas abertas sobre tópicos cruciais como direitos civis e o movimento Black Lives Matter. Apesar dos desafios, ele encontra alegria na companhia da família e incentiva os seus filhos a perseguirem as suas paixões, alertando-os para não “se subestimarem”.

Enquanto a propriedade de Gardiner de De Niro se tornou um ponto focal de contenção legal, o seu compromisso duradouro com a família, uma carreira multifacetada e um legado de brilhantismo cinematográfico pintam um retrato abrangente de um ator cuja influência transcende os limites de Hollywood.