Cillian Murphy Troca Oppenheimer por Professor em Colapso no Novo Drama da Netflix Steve

O actor irlandês interpreta um director escolar em crise num filme intenso que chega em setembro ao cinema e em outubro à Netflix.

Depois de conquistar o Óscar pela sua interpretação magistral em Oppenheimer, de Christopher NolanCillian Murphycontinua a surpreender com as suas escolhas. Após o intimista Small Things Like These, sobre os horrores das lavanderias de Magdalene, Murphy volta a trabalhar com o realizador Tim Mielants num drama intenso e claustrofóbico: Steve.

Baseado no livro Shy, de Max Porter, o filme transporta-nos para meados dos anos 90, onde Murphy interpreta Steve, director de um colégio interno de reabilitação em dificuldades. A história decorre ao longo de um único e decisivo dia para a escola, num ambiente carregado de tensão e confrontos verbais nada dignos de O Clube dos Poetas Mortos.

Um professor à beira do limite

Na sinopse oficial, Steve acompanha “um dia crucial na vida do director Steve (Murphy) e dos seus alunos, numa escola de última oportunidade num mundo que já os abandonou. Enquanto luta para preservar a integridade da instituição e impedir o seu encerramento, Steve confronta-se com os seus próprios problemas de saúde mental.”

Paralelamente, conhecemos Shy (interpretado por Jay Lycurgo), um adolescente problemático preso entre um passado marcado por dor e um futuro incerto, tentando reconciliar a sua fragilidade interior com impulsos de autodestruição e violência.

Reencontro criativo

O filme marca a segunda colaboração entre Murphy e Tim Mielants, depois de Small Things Like These. Ao contrário da abordagem centrada no estudante presente no livro original, a adaptação muda a perspetiva para o professor, abrindo espaço para uma análise profunda de um homem que tenta desesperadamente chegar a jovens que nunca foram realmente ouvidos — mas que sempre fizeram demasiado barulho para escutar os outros.

O elenco conta ainda com Tracey Ullman e Emily Watson, acrescentando peso dramático a esta narrativa já carregada de intensidade.

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Estreia em sala antes de chegar à Netflix

Steve terá estreia limitada nos cinemas a 19 de setembro, antes de chegar à Netflix a 3 de outubro, para distribuição global.

The Thing with Feathers – O Horror do Luto Que Nunca Atinge o Alvo 🎭🪶

The Thing with Feathers, a aguardada adaptação da novela Grief is the Thing with Feathers, de Max Porter, estreou no Festival de Sundance com grande expectativa. Contudo, o filme, realizado por Dylan Southern e protagonizado por Benedict Cumberbatch, não conseguiu captar a magia sombria e emocional do material original, resultando num drama convencional que fracassa como metáfora de horror e como retrato autêntico do luto.

Uma Promessa Não Cumprida 🎥

Dylan Southern apresentou o filme como algo fora do comum, distante dos típicos dramas de luto. No entanto, o resultado é surpreendentemente familiar e, em muitos momentos, aborrecido. Enquanto filmes como The Babadook exploraram com eficácia o equilíbrio entre o horror literal e o emocional, The Thing with Feathers falha em ambos os aspetos.

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A história segue um pai (Cumberbatch), devastado pela morte da esposa, enquanto tenta cuidar dos seus dois filhos e trabalhar num novo romance gráfico. A chegada de um corvo falante, dublado por David Thewlis, promete ser um catalisador de transformação, mas a execução torna-se um ciclo repetitivo de sustos ineficazes e diálogos sarcásticos que pouco acrescentam à narrativa.

Personagens Mal Desenvolvidos e Falta de Emoção 💔

Um dos maiores problemas do filme é a falta de profundidade emocional e de construção dos personagens. O protagonista é apresentado através de clichês: esquecer o leite, queimar torradas, gritar ao telefone e recusar ajuda. A sua esposa, descrita apenas como gentil e cheirosa, nunca ganha uma presença significativa, tornando a sua perda pouco tangível para o público.

Enquanto o corvo deveria ser uma figura central que desafia e transforma o pai, a relação entre eles carece de substância ou progresso. Apesar do compromisso de Cumberbatch com o papel, o roteiro limita o seu desempenho a uma repetição de cenas de desespero – gritar, chorar, rabiscar. O resultado é um protagonista emocionalmente exausto que reflete a própria experiência do público.

Um Horror Que Não Assusta 👻

Embora Southern tenha prometido elementos absurdos e ridículos, como Cumberbatch dançando e imitando o corvo, essas cenas parecem datadas e não atingem o impacto esperado. O filme falha em encontrar um equilíbrio entre o grotesco e o emocional, e nunca esclarece completamente o papel do corvo ou as suas intenções, deixando o público mais confuso do que envolvido.

Mesmo com momentos de potencial, como a breve aparição de Vinette Robinson, o filme não consegue sustentar a sua narrativa, tornando-se cada vez mais monótono e desinteressante.

Um Retrato de Luto Que Não Emociona 😞

O maior fracasso de The Thing with Feathers é a sua incapacidade de transmitir a verdadeira dor do luto. Um filme sobre perda deveria envolver-nos emocionalmente, criando um vínculo entre os personagens e o público. No entanto, este filme falha em capturar a tristeza esmagadora ou a complexidade emocional que o material original prometia.

Conclusão: Uma Oportunidade Perdida 🎭❌

The Thing with Feathers tinha todos os elementos para ser uma adaptação poderosa, mas acaba por ser uma experiência frustrante. A falta de detalhes na narrativa, a execução desequilibrada e a ausência de emoção autêntica tornam este filme uma história sobre luto que, ironicamente, não consegue reter o público.

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Enquanto Grief is the Thing with Feathers permanece como uma obra marcante na literatura, a sua adaptação cinematográfica deixa muito a desejar, falhando em encontrar a mesma magia no grande ecrã.