Andrew Garfield Reflete sobre “Spider-Man” e o Futuro da Carreira em Marraquexe

Enquanto membro do júri no Festival Internacional de Cinema de Marraquexe, o ator Andrew Garfield partilhou as suas experiências sobre equilibrar o estrelato de “Spider-Man” com projetos artísticos mais desafiantes. Durante uma conferência de imprensa, Garfield abordou a sua transição de blockbusters para colaborações com cineastas aclamados como Martin Scorsese.

A transição de Spider-Man para Scorsese
Garfield reconheceu que o papel em “Spider-Man” abriu portas, permitindo-lhe trabalhar com realizadores como Scorsese no filme “Silence”. “Acho maravilhoso que um filme de super-heróis tenha facilitado a produção de um projeto tão profundo e espiritual,” disse o ator, refletindo sobre como a popularidade da franquia influenciou o seu percurso.

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Colaborações com cineastas internacionais
O ator também destacou o seu entusiasmo por trabalhar com realizadores de diferentes culturas. “Cada experiência é uma oportunidade de ver o mundo através de uma nova lente,” afirmou, mencionando as colaborações com Ramin Bahrani e, mais recentemente, com Luca Guadagnino no thriller “After the Hunt”. Garfield revelou que ele e Guadagnino planeavam trabalhar juntos há 15 anos, o que tornou o projeto especialmente gratificante.

O papel do cinema como linguagem universal
Garfield foi acompanhado por Jacob Elordi, colega no júri, que expressou a sua ambição de colaborar com cineastas de todo o mundo. “O cinema é uma linguagem universal, e o meu sonho é aprender a dizer ‘olá’ em todos os idiomas,” disse Elordi, destacando o impacto transformador do cinema.

Andrew Garfield continua a equilibrar o sucesso comercial com projetos artísticos, reforçando o papel do cinema como ponte entre culturas e ideias.

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Luca Guadagnino Enfrenta Censura com “Queer” e Defende o Poder do Cinema

O realizador Luca Guadagnino falou abertamente sobre a censura enfrentada pelo seu mais recente filme, “Queer”, durante o Festival Internacional de Cinema de Marraquexe. A obra, baseada no romance de William S. Burroughs, foi banida em Istambul, Turquia, sob alegações de “conteúdo provocativo”.

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Uma visão controversa, mas necessária
“Queer” segue a história de Lee, interpretado por Daniel Craig, que se muda para a Cidade do México após um incidente em Nova Orleães, onde se apaixona por Allerton (Drew Starkey). Apesar da censura, Guadagnino reafirmou a sua crença no poder do cinema para desafiar normas sociais e provocar reflexão. “Se dizem que o meu filme pode causar colapso social, isso significa que o cinema ainda tem poder”, comentou o realizador.

A reação de Mubi e o impacto no festival
A plataforma de streaming Mubi, que organizava o Mubi Fest Istambul, decidiu cancelar todo o evento após a proibição do filme pela administração local. “Este tipo de censura é uma intervenção direta contra a arte e a liberdade de expressão”, afirmou a empresa em comunicado. O cancelamento gerou um debate global sobre os limites da censura e a importância de proteger a diversidade narrativa no cinema.

Uma mensagem de resistência
Guadagnino, que preside ao júri do festival de Marraquexe, prometeu continuar a lutar contra instituições que restringem a liberdade artística. “O cinema é uma ferramenta poderosa e nunca devemos deixar que seja silenciado”, disse.

“Queer” já se encontra disponível em territórios selecionados através da Mubi, permitindo que o público continue a explorar a visão provocadora de Guadagnino.

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