Os Tesouros de Downton Abbey Vão a Leilão: Do Vestido de Lady Mary ao Carro dos Grantham

O universo aristocrático de Downton Abbey vai abrir as portas, não em Highclere Castle, mas na casa de leilões Bonhams, em Londres. Uma seleção de adereços, figurinos e peças icónicas da série britânica — e até um automóvel histórico — está em exibição gratuita até 16 de setembro, antes de ser vendida ao melhor licitante.

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Entre os destaques está o vestido de noiva de Lady Mary Crawley, usado por Michelle Dockery no casamento com Matthew (Dan Stevens). A peça em chiffon pêssego, com bordados de renda e cinto drapeado, é acompanhada de sapatos em cetim, tiara e véu em tule. O conjunto poderá render entre 3.000 e 5.000 libras, revertendo o valor para a instituição de solidariedade Together for Short Lives, que apoia crianças com doenças graves.

Diversos figurinos podem ser licitados e as receitas irão reverter a favor da instituição de solidariedade Together for Short Lives

O glamour de Lady Edith e a elegância da família Grantham

Outro figurino que promete dar que falar é o famoso vestido de pavão de Lady Edith (Laura Carmichael), exibido no primeiro episódio da quarta temporada, quando conhece Michael Gregson. Bordado com missangas em tons de turquesa, dourado e pérolas falsas, tem uma estimativa de venda entre 2.000 e 3.000 libras.

O vestido de Lady Mary

E se os vestidos são fascinantes, há uma peça que poderá acelerar corações de colecionadores: o carro da família Grantham, um Sunbeam Saloon de 1925, avaliado entre 25.000 e 35.000 libras.

O Carro da família Grantham está com um valor estimado entre as 25.000 £ e as 35.000 £

Relíquias de bastidores

O leilão inclui ainda objetos que os fãs da série reconhecerão de imediato, como a icónica parede dos sinos da sala dos criados e até um guião do primeiro episódio, assinado por parte do elenco, incluindo nomes como Maggie SmithHugh Bonneville e Samantha Bond. Este último poderá atingir um valor entre 600 e 800 libras.

Além dos vestidos e do carro também estão a leilão alguns objectos da produção

Um legado que continua

Downton Abbey estreou em 2010, prolongou-se por seis temporadas (não cinco, como alguns resumos referem), e deu origem a dois filmes de sucesso. O terceiro, intitulado Downton Abbey: The Grand Finale, estreia nos cinemas britânicos a 12 de setembro, prometendo encerrar em grande estilo a saga que conquistou fãs em todo o mundo.

Para Gareth Neame, produtor executivo da série, este leilão é mais do que uma venda:

“Estes itens icónicos fazem parte da história de Downton Abbey e agora vão contribuir para o trabalho vital de uma causa nobre.”

Os objetos podem ser vistos até 16 de setembro em Londres e já se encontram disponíveis para licitação online.

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Toby Stephens Explica Porque Nunca Contracenou com a Mãe, Maggie Smith

O ator britânico Toby Stephens, conhecido pelo seu papel como o vilão Gustav Graves em Die Another Day (2002), revelou recentemente a razão pela qual nunca atuou ao lado da sua mãe, a lendária Dame Maggie Smith. Apesar do sucesso de ambos no cinema e no teatro, decidiram cedo manter as suas carreiras separadas.

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Uma Escolha Deliberada 🎭

Em entrevista ao The Times of London, Stephens explicou que a decisão de nunca partilharem o ecrã foi tomada de forma mútua:

“Ambos achámos que seria um pouco ‘naff’. Eu adoraria ter trabalhado com ela, mas teria sido algo muito marcante.”

A escolha foi também influenciada pelo desejo de Stephens de se afirmar por mérito próprio, evitando acusações de nepotismo, uma sombra que pairou sobre o início da sua carreira, sendo filho não apenas de Maggie Smith, mas também do realizador Robert Stephens.

“Dentro da indústria, havia um certo julgamento, do tipo ‘isto só está a acontecer porque ele é filho de quem é’. Foi sufocante durante algum tempo.”

Ele acrescentou que esta situação causou algum desconforto à sua mãe:

“Acho que para a minha mãe era embaraçoso. Ela sabia que eu tinha de fazer o meu próprio caminho.”

Orgulho e Reconhecimento ⭐

Com o tempo, Stephens conseguiu construir a sua própria identidade artística e, atualmente, vê o passado com orgulho:

“Chegas a um ponto em que percebes: estou simplesmente tão orgulhoso dela. E fiz o suficiente para saber que o meu trabalho não dependeu disso.”

A Carreira de Toby Stephens 🎬

Para além do seu icónico papel em Die Another Day, Toby Stephens destacou-se recentemente na série Alex Rider, da Amazon, onde interpretou o bilionário vilão Damian Cray. A sua versatilidade e talento permitiram-lhe conquistar o seu espaço na indústria, independentemente do peso do seu apelido.

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Morre Joan Plowright: Lenda do Teatro e Cinema Britânicos e Viúva de Laurence Olivier

Joan Plowright, uma das mais icónicas atrizes britânicas e uma figura incontornável dos palcos e ecrãs, faleceu na passada quinta-feira, 16 de janeiro de 2025, aos 95 anos. A sua família confirmou a notícia à BBC, referindo que a atriz morreu pacificamente em Denville Hall, rodeada por entes queridos. Plowright deixa um legado de sete décadas de brilhantismo artístico, marcado pela versatilidade e uma presença cativante tanto no teatro como no cinema.

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Uma Carreira Brilhante ao Lado de Gigantes

Nascida a 28 de outubro de 1929, Joan Plowright destacou-se como uma das grandes senhoras do teatro britânico, ao lado de nomes como Maggie Smith e Judi Dench. O seu talento inegável levou-a aos palcos do West End nos anos 1950, onde conheceu o lendário Laurence Olivier durante a produção de O Comediante (1957). Este encontro marcaria não apenas a sua vida profissional, mas também pessoal, culminando no casamento com Olivier em 1961, após o ator se divorciar de Vivien Leigh.

Juntos, tornaram-se pilares do National Theatre, fundado por Olivier, com Plowright a consolidar a sua reputação como uma das maiores intérpretes da sua geração. No entanto, a sua carreira não se limitou aos palcos. No cinema, destacou-se em filmes como Três Irmãs (1970), realizado por Olivier e John Sichel, e Equus (1977), de Sidney Lumet. Apesar de uma longa trajetória no grande ecrã, foi apenas após a morte de Olivier, em 1989, que alcançou maior notoriedade internacional, culminando numa nomeação ao Óscar de Melhor Atriz Secundária por Viagem Sentimental (1991).

Um Legado Cinematográfico Memorável

Joan Plowright deixa uma vasta filmografia, repleta de obras que marcaram diferentes gerações. Desde o drama histórico Avalon (1990) até a comédia familiar Dennis, o Pimentinha (1993), passando por 101 Dálmatas (1996) e Chá com Mussolini (1999), a atriz demonstrou uma capacidade única de transitar entre géneros. Também se destacou em adaptações literárias como Jane Eyre (1996) e no aclamado telefilme Stalin (1992), pelo qual recebeu elogios unânimes da crítica.

O seu último grande trabalho foi em As Crónicas de Spiderwick (2008), encerrando a sua carreira cinematográfica antes de se retirar oficialmente em 2014 devido à perda da visão.

Despedida de uma Mulher Singular

Num comunicado emocionado, a família de Plowright sublinhou o impacto da atriz tanto como artista quanto como pessoa: “Joan era uma mulher adorável e inclusiva, que enfrentou os desafios da vida com coragem e determinação. Estamos profundamente orgulhosos de tudo o que fez e do que representou.”

A morte de Joan Plowright segue-se à de figuras igualmente marcantes da sua era, como Maggie Smith, falecida em setembro, e Angelo Badalamenti, compositor frequente de David Lynch. Estas perdas recentes sublinham o fim de uma era dourada do cinema e teatro britânicos.

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Homenagens e Reconhecimento

Além das suas contribuições artísticas, Plowright foi amplamente reconhecida ao longo da vida. Em 2019, recebeu um Óscar honorário pelo conjunto da obra, destacando-se como uma das vozes mais influentes do cinema britânico do século XX.

A Casa do Cinema, em Coimbra, atualmente a exibir um ciclo dedicado a David Lynch, já anunciou uma sessão especial em memória de Joan Plowright, uma oportunidade para celebrar uma carreira extraordinária e uma vida dedicada à arte.

“Downton Abbey 3”: Um Tributo a Maggie Smith e à Matriarca de Grantham

A saga de Downton Abbey prepara-se para voltar aos cinemas com um terceiro filme, marcado para estrear a 12 de setembro de 2025. Desta vez, a produção tem um propósito especial: prestar homenagem a Maggie Smith, a lendária atriz que deu vida à icónica Lady Violet Crawley, a condessa de Grantham. A atriz faleceu em setembro de 2024, aos 89 anos, deixando um legado que transcende gerações.

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A Pungência de Uma Homenagem Planeada

Maggie Smith conquistou corações como a espirituosa e mordaz Lady Violet, que encantou os fãs ao longo das seis temporadas da série (2010-2015) e dos dois filmes anteriores (Downton Abbey, 2019, e Downton Abbey: Uma Nova Era, 2022). No segundo filme, a personagem encontrou o seu fim, mas o terceiro capítulo da saga promete dar um novo significado a esse momento.

Gareth Neame, produtor executivo, revelou que a ideia de homenagear Lady Violet já fazia parte dos planos antes mesmo do falecimento da atriz. Contudo, a perda real de Maggie Smith trouxe um peso emocional adicional ao enredo.

“Com o desaparecimento da Dowager, parece agora muito mais significativo ver atores a interpretar personagens de luto pela matriarca da família,” disse Neame, destacando como essa homenagem será também um reflexo do próprio luto do elenco e da equipa pela atriz que marcou uma era.

Maggie Smith: Um Legado Incomparável

Maggie Smith foi um dos maiores nomes do cinema e da televisão, com uma carreira que atravessou mais de sete décadas. Dona de dois Óscares (Os Despojos do Dia, 1978; California Suite, 1979), quatro Emmys, três Globos de Ouro e sete BAFTAs, Maggie Smith destacou-se tanto no drama como na comédia, cativando o público desde os primeiros momentos no palco até aos seus últimos papéis no ecrã.

Neame descreveu a sua perda como “o fim de uma era,” acrescentando que “nunca mais veremos alguém como a ‘Dame’ Maggie Smith.”

O Que Esperar de “Downton Abbey 3”

Ainda sem título definitivo, o novo filme será novamente escrito por Julian Fellowes, criador da série, e realizado por Simon Curtis, que dirigiu o segundo filme. O elenco principal estará de regresso, com Hugh Bonneville, Michelle Dockery, Elizabeth McGovern e Laura Carmichael à cabeça. Dominic West, que se destacou em Downton Abbey: Uma Nova Era como Guy Dexter, também estará de volta.

Entre as novidades, destacam-se nomes como Paul Giamatti, recentemente nomeado para os Óscares, que reprisa o papel de Harold Levinson, irmão de Cora Crawley. Joely Richardson, Alessandro Nivola e Simon Russell Beale juntam-se à família Crawley para esta nova aventura.

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Apesar de ainda não haver detalhes específicos sobre a história, o filme promete explorar o impacto da ausência de Lady Violet, tanto na trama quanto nos bastidores, trazendo uma dimensão emocional que tocará o público de forma única.

Um Tributo à Altura de Uma Lenda

Downton Abbey 3 será mais do que um filme; será uma celebração da vida e do talento de Maggie Smith. Para os fãs de longa data, será uma oportunidade de revisitar uma das personagens mais amadas da história da televisão, enquanto honram a atriz que deu alma e humor à condessa de Grantham.