A Fala de Star Wars Que Mark Hamill Pediu Para Cortar — E George Lucas Aceitou

Quase meio século depois, o ator revela a fala que nunca quis dizer

Mark Hamill pode ter encarnado um dos heróis mais icónicos da história do cinema, mas nem todas as falas de Luke Skywalker lhe soaram bem. Quase meio século depois da estreia de Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança, o ator revelou que implorou a George Lucas para cortar uma determinada fala — e, surpreendentemente, o realizador aceitou.

Em entrevista ao Hollywood Reporter, Hamill confessou que ficou aliviado com a decisão:

“Graças a Deus que foi cortada. Nunca a esqueci.”

Uma fala demasiado complicada para Luke

A cena em causa acontece a bordo da Millennium Falcon, quando Han Solo (Harrison Ford) decide abandonar a missão após a destruição de Alderaan. No guião original, Luke teria uma resposta carregada de jargão técnico sobre defesas planetárias e estratégias militares.

ver também : O Grupo de WhatsApp Mais Explosivo de Hollywood: Glen Powell e os Segredos (ou a Falta Deles) de Top Gun

A fala era assim:

“Mas não podemos fazer meia-volta. O medo é a sua melhor defesa. Duvido que a segurança seja maior lá do que em Aquilea ou Sullust. E o que existe é provavelmente destinado a um assalto de grande envergadura.”

Hamill recorda-se de pensar: “Quem fala assim?” Para o jovem ator, a frase era demasiado rebuscada e difícil de dizer com naturalidade, o que poderia quebrar o ritmo da cena.

O pedido inesperado

Apesar de ser ainda um desconhecido em Hollywood, Hamill ganhou coragem e pediu a George Lucas que eliminasse a fala. Contra todas as expectativas, o realizador concordou.

Curiosamente, esta não foi a primeira vez que Hamill partilhou a história — já em 1977, no Tonight Show de Johnny Carson, mencionou o episódio. Mas só agora voltou a detalhar a forma como a cena poderia ter ficado muito diferente.

E se a fala tivesse ficado?

Fica a questão: teria Luke Skywalker soado mais erudito e menos humano se tivesse dito aquelas palavras? Talvez. O certo é que a decisão de George Lucas tornou o personagem mais próximo do público e ajudou a cimentar o tom simples e direto que tornou Star Wars num fenómeno intemporal.

ver também : Adam Sandler e George Clooney Juntos em Jay Kelly: A Nova Aposta da Netflix Para os Óscares

Mark Hamill Confessa Arrependimento: “Devia Ter Ficado Calado Sobre o Último Jedi”

O eterno Luke Skywalker faz as pazes com Rian Johnson e revela a história sombria que criou para justificar a versão controversa do seu personagem

ver também: Hollywood Quer-se de Volta à Califórnia: Estado Aumenta Incentivos Fiscais para Travar a Fuga de Produções

Mark Hamill, o rosto icónico de Luke Skywalker na saga Star Wars, voltou a falar sobre The Last Jedi… e desta vez com outra postura. Depois de anos a expressar reservas públicas sobre o rumo da personagem em Os Últimos Jedi, o ator de 72 anos reconhece agora que talvez tenha ido longe demais nas suas críticas.

Em entrevista ao podcast Bullseye with Jesse Thorn, Hamill declarou:

“Gostava de esclarecer isto – o Rian Johnson é um dos realizadores mais talentosos com quem já trabalhei. O facto de ter falado publicamente sobre a minha insatisfação com as motivações do Luke pode ter afectado as coisas de uma forma que, talvez, eu devesse ter mantido para mim.”

“Jedis não desistem”… mas este desistiu

No filme de 2017, Luke é retratado como um eremita derrotado, que se auto-exilou depois de falhar na formação de Ben Solo (Kylo Ren). Para muitos fãs — e para o próprio Hamill — esta abordagem chocava com o espírito combativo do personagem.

“Disse ao Rian: ‘Isto só faria com que o Luke redobrasse os seus esforços.’ Ele respondeu: ‘Mas a tua academia foi dizimada.’ E eu repliquei: ‘Eu vi planetas inteiros a serem destruídos! O Luke aguentava-se firme perante a adversidade.’”

Ainda assim, o ator deixou claro que, apesar da discordância, sempre trabalhou com total dedicação para dar vida à visão do realizador.

O Luke de Hamill: uma tragédia familiar

Sem encontrar justificação no argumento, Hamill decidiu criar o seu próprio passado sombrio para explicar o comportamento apático do Jedi.

A sua versão? Luke teria abandonado a Ordem Jedi por amor. Casou-se, teve um filho, mas tudo ruiu quando a criança se matou acidentalmente com um sabre de luz. A esposa, consumida pela dor, suicidou-se.

“Essas histórias de crianças que morrem por armas deixadas ao alcance tocaram-me profundamente”, confessou Hamill. “Queria algo que fizesse sentido para mim, algo que justificasse alguém abandonar uma crença quase religiosa.”

Apesar de esta narrativa alternativa nunca ter sido explorada no ecrã, Hamill diz que Rian Johnson deu-lhe liberdade para trabalhar o seu próprio “método interior”.

“O problema é que pareço estar contra o Rian. E não estou”

Hamill aproveitou a entrevista para afastar a ideia de que tenha qualquer má relação com Johnson. Pelo contrário, elogiou a criatividade do realizador e afirmou que a sua mágoa era puramente criativa, não pessoal.

“O único aspeto infeliz nisto tudo é que ouvi comentários de fãs a pensar que eu não gosto do Rian. E nada podia estar mais longe da verdade.”

O veredicto final

Hoje, Hamill olha para trás com maturidade. Assume que The Last Jedi é “um grande filme” e que, apesar das suas reservas iniciais, o mais importante era servir a história e colaborar com respeito.

ver também : Surpresa na Pole Position: F1 com Brad Pitt Acelera para o Topo das Bilheteiras

Uma lição de humildade Jedi — com anos de atraso, mas sempre bem-vinda.