George Clooney Enfrenta o Lado Sombrio da Fama em Jay Kelly

(Estreia nos EUA hoje; chega à Netflix em todo o mundo a 5 de dezembro)

George Clooney não tem medo de interpretar homens complicados, mas Jay Kelly coloca-o perante um espelho distorcido: o de um actor tão famoso que perdeu quase tudo — principalmente a família — enquanto corria atrás do estrelato. O novo filme de Noah Baumbach, escrito com Emily Mortimer e produzido para a Netflix, estreia hoje nos cinemas norte-americanos e chega à plataforma a 5 de dezembro, também em Portugal.

A premissa é incómoda, quase provocadora: Clooney interpreta um actor cuja fama global é tão avassaladora que engoliu tudo à sua volta, desde amizades até à relação com as filhas. Para muitos, a personagem pode parecer um reflexo suavemente ficcionado do próprio Clooney — uma estrela mundial, omnipresente, acarinhada por várias gerações. Mas Clooney cortou essa ideia pela raiz durante a conferência de imprensa em Los Angeles, onde esteve presente a agência Lusa.

Ler também : O Pátio da Saudade — O Fenómeno Nacional de 2025 Já Chegou ao Streaming

“Dizem-me que estou a fazer de mim próprio”, afirmou, “mas eu não tenho os arrependimentos que este tipo tem. Os meus filhos ainda gostam de mim”. O actor descreve Jay Kelly com uma franqueza quase desconfortável: “Ele é um idiota. O desafio era perceber se conseguiria torná-lo simpático apesar disso.”

Baumbach, com o seu olhar habitual sobre a vulnerabilidade humana, confessa que a intenção do filme é outra: explorar aquele momento da vida em que a mortalidade deixa de ser uma ideia abstracta e passa a ser um facto concreto. É o instante em que a pessoa percebe que não há um segundo tempo, que as escolhas feitas foram as escolhas feitas — e que tudo aquilo que foi adiado pode já não voltar.

O filme acompanha não apenas Jay Kelly, mas também o seu círculo íntimo: Ron Sukenick, o agente interpretado por Adam Sandler, e Liz, a assessora que ganha vida pela mão de Laura Dern. Baumbach sublinha que todos eles gravitam em torno de Jay, como se a sua carreira fosse um sol demasiado quente para abandonar — mas que, com o tempo, começa a queimar quem está demasiado perto.

Laura Dern inspirou-se directamente na sua própria assessora, Anett Wolf, para construir Liz, incluindo o lenço Hermès sempre preso à mala. “Estas pessoas são como família e mentores”, disse. “Têm de ser insuportavelmente pacientes.” Adam Sandler, por seu lado, vê a sua participação como uma espécie de espelho profissional: “A minha fala favorita é quando digo ‘Tu és o Jay Kelly, mas eu também sou o Jay Kelly’. Acho que as nossas equipas sentem o mesmo.”

A verdade é que Jay Kelly promete muito mais do que o típico drama sobre Hollywood. É um retrato da máquina da fama e, sobretudo, das suas consequências invisíveis — aquilo que se perde quando todos pensam que se tem tudo. Clooney, sempre perspicaz, sempre confortável a brincar com a própria imagem, oferece aqui uma performance que parece tanto uma provocação como uma reflexão.

ler também : Keeper — O Novo Pesadelo de Osgood Perkins Chega Envolto em Mistério… e Com um Score Que Já Está a Dividir Críticos

E enquanto o filme chega primeiro às salas norte-americanas, será na Netflix, a 5 de dezembro, que o mundo inteiro — Portugal incluído — poderá ver Clooney desfiar este actor falhado de si mesmo, nesta história onde o glamour, a culpa e a auto-ilusão se misturam sem piedade.

Diane Ladd Morre aos 89 Anos, Três Meses Depois da Morte do Marido Robert Charles Hunter

A veterana actriz, mãe de Laura Dern e três vezes nomeada ao Óscar, morreu em casa na Califórnia. A perda chega pouco depois da morte do seu companheiro de 26 anos, o ex-CEO da PepsiCo Food Systems, Robert Charles Hunter.

ler também . Jennifer Aniston Assume Novo Romance nas Redes: “Feliz Aniversário, Meu Amor” 💞

O cinema americano despede-se de uma das suas figuras mais queridas. Diane Ladd, lendária actriz nomeada três vezes ao Óscar e mãe de Laura Dern, morreu este domingo, aos 89 anos, na sua casa em Ojai, Califórnia — apenas três meses após a morte do maridoRobert Charles Hunter, com quem partilhou 26 anos de casamento.

A notícia foi confirmada pela própria Laura Dern, que prestou homenagem à mãe através de um comunicado emocionado:

“A minha mãe faleceu esta manhã, comigo ao seu lado, na nossa casa. Foi a melhor filha, mãe, avó, actriz, artista e alma empática que alguém poderia sonhar. Tivemos a bênção de tê-la connosco. Agora está a voar com os anjos.”

Um amor de 26 anos, interrompido por duas despedidas

Diane Ladd e Robert Charles Hunter casaram-se em 1999, o mesmo ano em que fundaram juntos a sua produtora, Excel Entertainment. Hunter, antigo CEO da PepsiCo Food Systems, morreu em 31 de julho, aos 77 anos, durante uma visita aos filhos no Texas.

Ladd partilhou então uma imagem da notícia da morte de Hunter nas redes sociais, mas sem comentário — um gesto discreto, revelador de uma dor íntima. O casal manteve sempre uma relação marcada por cumplicidade e por uma parceria criativa: Hunter chegou mesmo a participar como actor em Inland Empire (2006), de David Lynch, onde contracenou com Ladd e Laura Dern.

ver também :Jennifer Lawrence: “Já Não Sei Se Devo Falar Sobre Trump — Só Estou a Lançar Mais Lenha para o Fogo”

Um percurso lendário no grande ecrã

Nascida no Mississippi em 1935, Diane Ladd construiu uma das carreiras mais sólidas e respeitadas de Hollywood. Foi nomeada ao Óscar por Alice Doesn’t Live Here Anymore (1974), Wild at Heart (1990) e Rambling Rose (1991) — este último, ao lado da filha Laura Dern, num dos raros casos em que mãe e filha foram nomeadas na mesma cerimónia.

Colaborou várias vezes com David Lynch, brilhou na série Alice (baseada no filme de Scorsese), e deixou a sua marca tanto no cinema independente como nas grandes produções televisivas. Entre 2011 e 2013, voltou a partilhar o ecrã com Laura em Enlightened, da HBO.

Laura Dern: uma herança de talento e ternura

A relação entre mãe e filha foi tão intensa fora como dentro do ecrã. Em 2023, publicaram juntas o livro Honey, Baby, Mine: A Mother and Daughter Talk Life, Death, Love (and Banana Pudding), um registo de conversas íntimas sobre família, doença, envelhecimento e fé.

Foi durante longas caminhadas que Ladd e Laura fortaleceram o vínculo entre si — depois de a actriz ter sido diagnosticada com fibrose pulmonar idiopática, uma doença grave do pulmão.

Nos Óscares de 2020, quando Laura Dern venceu a estatueta de Melhor Actriz Secundária por Marriage Story, dedicou-a aos pais:

“Alguns dizem ‘nunca conheças os teus heróis’, mas eu digo: se tiveres sorte, eles serão os teus pais.”

Um último filme e um legado eterno

Antes da sua morte, Diane Ladd tinha concluído a rodagem de Blue Champagne, filme de Blaine Novak ainda em pós-produção, onde contracena com Jennifer Nicholson, filha de Jack Nicholson.

ler também : Jennifer Lawrence: “Já Não Sei Se Devo Falar Sobre Trump — Só Estou a Lançar Mais Lenha para o Fogo”

O seu legado, contudo, já está gravado no coração de Hollywood: uma mulher de força, talento e compaixão, que atravessou décadas de cinema com a mesma intensidade com que viveu — e amou.

George Clooney Fugiu de Hollywood para Dar uma Vida “Normal” aos Filhos: “Em França, Ninguém Quer Saber da Fama” 🇫🇷🌾

O ator explica por que trocou Los Angeles por uma quinta isolada e fala sobre o novo filme que o pode levar novamente aos Óscares

George Clooney sempre foi sinónimo de charme, glamour e sucesso — mas, segundo o próprio, nada disso interessa quando se trata de ser pai. Em entrevista à Esquire, o ator e realizador revelou que decidiu abandonar Hollywood após o nascimento dos filhos gémeos, Alexander e Ella, para os criar longe das câmaras, da pressão mediática e da cultura de celebridade.

ver também : 10 Autores que Detestaram as (Más) Adaptações dos Próprios Livros — e Disseram-No Sem Rodeios 🎬📚

“Vivemos numa quinta em França. Tive uma infância em parte assim, e na altura odiava. Agora, percebo o valor disso — eles não passam o dia no iPad, jantam connosco e lavam a própria loiça. Têm uma vida muito melhor”, confessou Clooney.

🌴 “Los Angeles não era o sítio certo para crescer”

O ator explicou que temia o impacto de Hollywood na infância dos filhos.

“Estava preocupado com a ideia de criá-los em Los Angeles, naquela cultura. Sentia que nunca iam ter uma hipótese justa na vida. Em França, ninguém quer saber da fama. Não quero que cresçam preocupados com paparazzi ou a serem comparados com os filhos de outras pessoas famosas.”

A escolha de Clooney e da mulher, Amal Clooney, foi viver numa quinta francesa, onde levam uma vida simples e discreta. O casal evita a exposição mediática e aposta numa educação longe dos holofotes — um contraste absoluto com o estilo de vida das celebridades de Los Angeles.

🎭 Clooney entre palcos e festivais

Mesmo longe do centro da indústria, Clooney continua no auge profissional. Este ano, brilhou na Broadway com Good Night and Good Luck, que lhe valeu uma nomeação aos Tony Awards, e agora é apontado como potencial candidato ao Óscar pelo novo filme de Noah BaumbachJay Kelly.

O filme, que teve estreia mundial no Festival de Veneza, mostra Clooney como um astro de cinema na casa dos 60 que enfrenta uma crise pessoal durante um festival em Itália — um papel que o próprio descreve como “um espelho da fama”. Laura Dern e Adam Sandler completam o elenco.

🕶️ “Dizem que só interpreto a mim próprio? Não quero saber”

Numa entrevista paralela à Vanity Fair, o ator respondeu com o habitual humor às críticas de que “só interpreta a si mesmo”:

“Dizem que só faço de mim? Não quero saber. Há poucos tipos da minha idade que ainda fazem comédias como O Brother, Where Art Thou? e filmes sérios como Michael Clayton ou Syriana. Se isso é ser eu próprio, tudo bem. Já tentaram interpretar-se a si mesmos? É difícil.”

🌍 Clooney, o homem que preferiu o campo à passadeira vermelha

Entre o campo francês e os festivais internacionais, Clooney parece finalmente ter encontrado o equilíbrio entre a simplicidade e a glória.

ver também : Marty Supreme: Timothée Chalamet Brilha no Novo Filme de Josh Safdie — e as Primeiras Reações Já o Colocam no Pódio 🏓✨

Longe de Hollywood, mas mais perto daquilo que realmente o inspira — a família, a terra e um cinema que ainda se faz com alma.

George Clooney Abandona Veneza Mais Cedo do Que o Previsto — Mas o Novo Filme Já Tem Data de Estreia

O Festival de Cinema de Veneza estava preparado para receber George Clooney em grande estilo, mas a visita do ator terminou de forma inesperada. Aos 64 anos, o protagonista de Jay Kelly foi obrigado a reduzir a sua participação no certame italiano devido a problemas de saúde que, embora descritos como não graves, levantaram preocupação entre fãs e colegas de profissão.

ver também : Midas Man: O Filme Que Mostra Como o “Quinto Beatle” Mudou a Música Para Sempre

Da passadeira vermelha ao recuo forçado

Clooney chegou a Veneza a 26 de agosto acompanhado pela mulher, Amal Clooney, e o casal voltou a monopolizar os flashes com a sua habitual elegância: ele num polo preto de manga curta e calças bege slim fit, ela num vestido amarelo da Balmain Resort. Porém, a agenda de promoção de Jay Kelly sofreu um corte inesperado quando o ator teve de cancelar compromissos oficiais para descansar.

Segundo o The Hollywood Reporter, Clooney faltou ao jantar privado da equipa do filme, que contou com o realizador Noah Baumbach, os co-protagonistas Adam Sandler e Laura Dern, bem como executivos de topo da Netflix, incluindo Ted Sarandos. O ator regressou ao hotel mais cedo, embarcando num barco por volta das 16h, e acabou por ausentar-se do convívio noturno.

Fontes próximas garantem que o episódio não é motivo de alarme e que Clooney deverá retomar o ritmo normal ainda durante o festival.

O que esperar de Jay Kelly

Depois do thriller Wolfs, Clooney regressa agora com uma comédia dramática descrita pela Netflix como uma “comédia com coração partido”. No filme, interpreta um ator famoso que atravessa uma crise de identidade e se apoia na amizade com o seu gestor, Ron (Adam Sandler). Juntos, os dois embarcam numa viagem pela Europa que os levará a reavaliar escolhas, arrependimentos e segredos.

Além de Clooney, Sandler e Laura Dern, o elenco é reforçado por nomes como Billy Crudup, Riley Keough, Jim Broadbent, Stacy Keach, Greta Gerwig, Isla Fisher e Patrick Wilson.

Datas de estreia

Jay Kelly terá a sua antestreia no Festival de Londres, a 10 de outubro, antes de chegar às salas de cinema a 15 de novembro. Pouco depois, a partir de 5 de dezembro, estará disponível na Netflix, consolidando-se como uma das grandes apostas da temporada para a corrida aos prémios.

ver também : “Apanhado a Roubar”: Austin Butler levado ao limite num thriller imperfeito mas arrebatador de Darren Aronofsky

Mesmo com o contratempo de Veneza, Clooney continua a ser uma das presenças mais aguardadas no outono cinematográfico — e Jay Kelly promete ser mais uma prova de que, na sua maturidade, o ator sabe equilibrar humor, melancolia e uma presença magnética no ecrã.

George Clooney em Espiral Existencial no Primeiro Teaser de Jay Kelly , da Netflix 🎬

Realizado por Noah Baumbach, o filme junta Clooney a Adam Sandler numa viagem melancólica pela fama e identidade

George Clooney está em crise. Mas uma crise daquelas que promete dar cinema da melhor qualidade. Jay Kelly, o novo filme de Noah Baumbach para a Netflix, acaba de ganhar o seu primeiro teaser — e as imagens reveladas são suficientes para percebermos que este não será apenas mais um drama sobre celebridades. Estamos perante uma meditação cinematográfica sobre identidade, fama e o eterno dilema entre quem somos e quem mostramos ser.

ver também : A Nova “War of the Worlds” com Ice Cube Está a Ser Destruída… Mas Não Pelos Aliens 👽🔥

Clooney como nunca o vimos, Sandler em modo sério (de novo)

A trama centra-se em Jay Kelly (George Clooney), um actor veterano cuja carreira vive dias de turbulência emocional. Ao seu lado está Ron (Adam Sandler), o seu manager incansavelmente leal, que o acompanha numa viagem atribulada pela Europa. Ao longo do percurso, ambos vão sendo confrontados com os fantasmas das suas escolhas e com a natureza ambígua das suas identidades.

Laura Dern também integra o elenco, reforçando ainda mais o peso dramático de um filme que promete ser um dos grandes acontecimentos cinematográficos do final de 2025.

Uma frase, um murro no estômago

O teaser, curto mas impactante, oferece uma das linhas mais memoráveis dos últimos tempos. Numa conversa com uma jovem crítica, Jay é confrontado com a pergunta:

“O que responde às pessoas que dizem que só interpreta a si próprio?”

A resposta de Clooney, pausada e certeira:

“Sabes o quão difícil é seres tu mesmo? Tenta.”

Com esta simples frase, o filme promete explorar o lado mais humano por detrás da máscara da fama, num tom íntimo, irónico e profundamente tocante — tudo aquilo que esperamos de um filme de Noah Baumbach.

Quando e onde podemos ver Jay Kelly?

A estreia nos cinemas está marcada para 14 de Novembro de 2025, em lançamento limitado, e a chegada à Netflix acontece a 5 de Dezembro de 2025. Um mês ideal para mergulhar numa história sobre identidade, amizade e os altos e baixos da vida sob os holofotes.

Baumbach volta ao centro do palco

Depois de títulos como Marriage Story e White Noise, Baumbach regressa com a sua assinatura inconfundível: diálogos cortantes, sensibilidade emocional e personagens com falhas profundas, mas inesquecíveis. Desta vez, junta-se a dois pesos-pesados do cinema norte-americano que, à partida, parecem improváveis juntos — mas que, precisamente por isso, despertam tanta curiosidade.

ver também : Mel Gibson Vai Dividir “A Ressurreição de Cristo” em Dois Filmes — Estreiam na Páscoa e Ascensão de 2027 ✝️🎬

Com Jay Kelly, a Netflix volta a apostar em pares improváveis para contar histórias que desafiam convenções. E nós, do Clube de Cinema, já estamos com o bilhete (ou comando) na mão.

🎬 Bradley Cooper dirige comédia inspirada na vida do comediante britânico John Bishop

Bradley Cooper está de regresso à realização com Is This Thing On?, uma comédia dramática baseada na história de vida do comediante britânico John Bishop. O filme, que terminou recentemente as filmagens em Nova Iorque, conta com Will Arnett no papel principal e Laura Dern como sua ex-mulher. Cooper interpreta o melhor amigo do protagonista e assume também a realização e produção do projeto.  

ver também : 🎬 “Now You See Me: Now You Don’t” — Os Quatro Cavaleiros regressam com novos truques e aliados

A trama acompanha Alex, um homem recém-divorciado que descobre uma nova paixão pelo stand-up comedy enquanto tenta reconstruir a sua vida e manter uma relação saudável com os filhos e a ex-mulher. A história é inspirada na experiência real de John Bishop, que iniciou a sua carreira na comédia após uma separação conjugal. Bishop é produtor executivo do filme.  

O elenco inclui ainda Sean Hayes, Andra Day, Amy Sedaris, Ciarán Hinds, Peyton Manning e Chloe Radcliffe, que interpreta uma comediante que apoia o protagonista na sua nova jornada. O argumento foi escrito por Will Arnett, Bradley Cooper e Mark Chappell. A produção está a cargo de Cooper, Arnett e Kris Thykier, através da Archery Pictures.  

Is This Thing On? tem estreia prevista para o outono de 2025, distribuído pela Searchlight Pictures. 

ver também : 🎬 Robert De Niro revela apoio total à filha Airyn após anúncio como mulher transgénero 🌈