“The Chronology of Water”: Kristen Stewart Surpreende Cannes e Prepara-se Para Estrear em Portugal em Janeiro

Depois da forte recepção em Cannes, a primeira longa de Stewart passou pelo LEFFEST e aproxima-se agora da estreia nacional — prevista para 22 de Janeiro de 2026.

Kristen Stewart já tinha mostrado, em curtas-metragens e experiências anteriores, que a realização era um território que queria explorar. Mas foi com “The Chronology of Water”, apresentado este ano em Cannes, que a actriz se afirmou definitivamente como cineasta. A estreia recebeu uma ovação de seis minutos e meio, ganhou estatuto de obra arrojada e rapidamente se tornou um dos títulos mais comentados da secção Un Certain Regard.

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Baseado no memoir de Lidia Yuknavitch, o filme é uma viagem confessional, fragmentada e emocionalmente intensa. Stewart adapta o texto com a mesma energia interior que marcou várias das suas interpretações, mas agora colocada ao serviço de uma linguagem visual própria: filmado em 16mm, cru, táctil, inquieto, cheio de nervo e vontade de experimentar.

Imogen Poots no papel mais exigente da carreira

A protagonista é interpretada por Imogen Poots, que encarna Lidia desde a adolescência marcada por um pai abusivo até ao mergulho literal e metafórico numa vida feita de amores falhados, vícios, perdas e reinvenções.

A personagem encontra na natação de competição um escape, mas o corpo cede, o sonho colapsa e o filme segue a protagonista numa procura urgente por voz, identidade e perdão.

O elenco inclui ainda Thora BirchJim BelushiEarl CaveTom SturridgeCharlie Carrick e Kim Gordon — nomes que ajudam a compor um retrato íntimo, por vezes abrasivo, sempre profundamente humano.

Uma passagem discreta mas significativa pelo LEFFEST

Após o impacto em Cannes, The Chronology of Water foi exibido em Portugal durante o LEFFEST 2025, onde integrou a programação oficial — uma apresentação que reforçou o interesse do público cinéfilo e chamou a atenção pela ousadia formal do filme.

Foi uma das sessões mais comentadas do festival, sobretudo pela forma como Stewart descreveu o projecto:

“Não é sobre o que aconteceu a Yuknavitch. É sobre aquilo que acontece a todas nós — porque é violento ser mulher.”

Um filme que bate de frente — não com grandiloquência, mas com verdade.

Estreia nacional a aproximar-se

Com a exibição no festival já concluída, a expectativa vira-se agora para a estreia comercial.

Segundo a informação disponibilizada pela distribuidora Medeia Filmes, The Chronology of Water tem estreia prevista em Portugal a 22 de Janeiro de 2026.

Não é uma data oficial-final, mas é a indicação mais consistente até ao momento — e a mais plausível no alinhamento de lançamentos independentes do início do ano.

Um novo capítulo para Kristen Stewart

Se esta é, como muitos críticos disseram, a “primeira grande obra” de Stewart enquanto realizadora, então 2026 poderá marcá-la como uma das vozes autorais mais interessantes da nova geração.

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The Chronology of Water é cinema confessional, por vezes selvagem, mas sempre emocionalmente íntegro. Um filme que não se limita a adaptar uma vida; tenta, com todos os riscos envolvidos, compreender o que significa sobreviver.

E agora, finalmente, aproxima-se do público português.

🎬 Kristen Stewart em Cannes: “Ser mulher é uma experiência violenta”

Atriz estreia-se como realizadora com The Chronology of Water, um retrato visceral da sobrevivência feminina

No Festival de Cannes 2025, Kristen Stewart apresentou a sua estreia na realização com The Chronology of Water, uma adaptação das memórias de Lidia Yuknavitch. O filme, exibido na secção Un Certain Regard, aborda temas como abuso, trauma e a busca por identidade, através de uma narrativa sensorial e fragmentada. 

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🎥 Uma estreia audaciosa

Stewart, conhecida por papéis em filmes como Crepúsculo e Spencer, assume agora a cadeira de realizadora, trazendo à tela a história de Yuknavitch, uma nadadora e escritora que enfrentou abusos na infância e encontrou na arte uma forma de redenção. A atriz Imogen Poots interpreta Yuknavitch, oferecendo uma performance intensa e comovente. 

💬 “Ser mulher é uma experiência violenta”

Em entrevista à AFP, Stewart afirmou: 

“Ser mulher é uma experiência realmente violenta (…) mesmo que não se tenha o tipo de experiência extrema que retratamos no filme ou que a Lidia suportou e da qual saiu lindamente.”  

A realizadora destacou que, embora não tenha vivido as mesmas experiências de Yuknavitch, compreende profundamente a sensação de ter a voz silenciada e a luta para recuperar a confiança em si mesma. 


🎞️ Uma narrativa sensorial

The Chronology of Water é descrito como um filme que mergulha o espectador numa experiência sensorial, utilizando imagens oníricas e uma montagem não linear para transmitir as emoções da protagonista. A crítica tem elogiado a abordagem ousada de Stewart, que opta por sugerir em vez de mostrar explicitamente, criando um impacto emocional profundo. 


🌊 Um projeto pessoal

Stewart revelou que lutou durante anos para concretizar este projeto, enfrentando dificuldades em obter financiamento devido à natureza do tema e à sua falta de experiência como realizadora. Apesar dos obstáculos, ela manteve-se fiel à sua visão, resultando num filme que é tanto uma obra de arte quanto um ato de resistência. 

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🎬 Cannes 2025: Jennifer Lawrence, Robert Pattinson e Kristen Stewart Brilham na Seleção Oficial

O Festival de Cannes 2025 acaba de reforçar a sua programação com três nomes de peso: Jennifer Lawrence, Robert Pattinson e Kristen Stewart. Os atores protagonizam e realizam filmes que prometem marcar presença no certame, que decorre de 13 a 24 de maio na Riviera Francesa. 

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🏆 “Die My Love” e “Mother and Child” em Competição pela Palma de Ouro

O thriller Die My Love, realizado por Lynne Ramsay (Precisamos Falar Sobre o Kevin), junta Jennifer Lawrence e Robert Pattinson num enredo intenso que promete conquistar o júri. O filme foi adicionado à competição principal, concorrendo ao prestigiado prémio Palma de Ouro. 

Outro destaque é Mother and Child, do iraniano Saeed Roustaee, que regressa a Cannes após a exibição de Os Irmãos de Leila. O realizador enfrenta novamente os holofotes internacionais, três anos após ter sido condenado a seis meses de prisão no seu país por causa do seu trabalho anterior. 

Este ano, dos 21 filmes em competição, sete são realizados por mulheres, estabelecendo um novo recorde no festival. 


🎥 Kristen Stewart Estreia-se na Realização com “The Chronology of Water”

Kristen Stewart apresenta a sua primeira longa-metragem como realizadora, The Chronology of Water, na secção “Un Certain Regard”. O filme acompanha uma jovem que cresce num ambiente devastado pela violência e pelo álcool, encontrando refúgio na literatura. A produção promete uma abordagem sensível e poética, refletindo a transição de Stewart para trás das câmaras. 

Na mesma secção, destaca-se também Eleanor the Great, estreia na realização de Scarlett Johansson, que enfrentará Stewart numa competição que celebra novos talentos e visões emergentes. 


🌙 Sessões Especiais e Homenagens

Cannes 2025 inclui ainda a exibição à meia-noite de Honey Don’t!, segundo filme de Ethan Coen sem o irmão Joel, protagonizado por Margaret Qualley. O festival prestará homenagem ao veterano ator e realizador francês Pierre Richard, de 90 anos, com a apresentação do seu novo filme L’homme qui a vu l’ours qui a vu l’homme, o primeiro em quase três décadas. 

A atriz Juliette Binoche, vencedora de prémios em Cannes, Berlim e nos Óscares, presidirá ao júri que avaliará os filmes em competição pela cobiçada Palma de Ouro. 

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Kristen Stewart Admite: “Odiei Fazer Anjos de Charlie”

Kristen Stewart, uma das estrelas mais reconhecidas da sua geração, não escondeu o seu arrependimento por ter participado no reboot de Anjos de Charlie (As Panteras, no Brasil), lançado em 2019. Apesar de ter sido uma oportunidade para regressar ao cinema comercial após uma fase de filmes independentes, a experiência ficou longe de corresponder às expectativas da atriz.

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O Contexto de um Reboot Ambicioso

Anjos de Charlie, dirigido por Elizabeth Banks, contou com um orçamento de 50 milhões de dólares e pretendia revitalizar a franquia icónica dos anos 2000, que tinha Cameron Diaz, Drew Barrymore e Lucy Liu como protagonistas. O filme, porém, teve uma receção mista e alcançou apenas 73 milhões de dólares em bilheteira mundial, um resultado dececionante para uma produção de ação com tantas ambições.

“Odiei Fazer Esse Filme”

Em entrevista à Variety, Kristen Stewart foi direta ao partilhar os seus sentimentos sobre o projeto. Durante um jogo em que foi desafiada a reconhecer frases de antigos filmes seus, foi-lhe recordada uma linha do início de Anjos de Charlie: “Sabias que os homens levam sete segundos a mais para perceber as mulheres como uma ameaça do que outros homens?”

Stewart, embora ainda se lembrasse da frase, mostrou a sua frustração com o projeto. “Queríamos começar bem, sabes? Queríamos mostrar sobre o que realmente era este filme. Foi uma boa ideia na altura. Mas eu odiei fazer esse filme”, confessou a atriz.

Respeito pela Versão Original

Parte da resistência de Kristen Stewart em relação ao reboot deve-se ao carinho que tem pela adaptação de 2000. A atriz revelou a sua admiração por Cameron Diaz, Drew Barrymore e Lucy Liu, protagonistas do sucesso original. “Não sei o que te dizer. Tu simplesmente não consegues chegar perto dessas três. Cameron, Lucy e Drew… eu amo esse filme”, afirmou.

Este respeito pela versão anterior destacou a dificuldade de recriar a magia da franquia original e pode ter contribuído para a sua visão crítica sobre o reboot.

O Legado de Kristen Stewart

Embora Anjos de Charlie não tenha sido o marco esperado na sua carreira, Kristen Stewart continuou a consolidar-se como uma atriz de prestígio, destacando-se em projetos como Spencer, onde interpretou a Princesa Diana, e em filmes independentes que têm valorizado o seu talento.

O caso de Anjos de Charlie reflete as dificuldades de equilibrar expectativas comerciais com escolhas artísticas, algo que Stewart tem explorado de forma mais assertiva nos últimos anos.

Onde Ver?

Para os fãs curiosos, o reboot de Anjos de Charlie está disponível para compra e aluguer em plataformas digitais, enquanto o clássico de 2000 com Cameron Diaz, Drew Barrymore e Lucy Liu pode ser visto na Netflix, Max e Prime Video.

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Edward ou Jacob? O Debate de “Twilight” Continua a Fascinar Fãs

A saga “Twilight” continua a capturar corações e a gerar discussões fervorosas, mesmo quase duas décadas após o seu lançamento. Este fim de semana, Taylor Lautner, o ator que deu vida ao carismático Jacob Black, reacendeu a célebre questão que divide os fãs há anos: com quem deveria Bella Swan (Kristen Stewart) ter ficado – Edward Cullen (Robert Pattinson) ou Jacob?

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Tudo começou com um vídeo no TikTok, onde Lautner utilizou uma icónica cena de “A Saga Twilight: Amanhecer – Parte 1”, que retrata o casamento de Bella e Edward. Sobreposto à imagem, surge um comentário fictício escrito com o típico tom apaixonado (e zangado) de um fã: “Sinceramente, o Edward que se lixe. A Bella devia ter ficado com o Jacob.” Segundos depois, Lautner vira a câmara para si, fingindo ter sido apanhado, como se confessasse ser o autor anónimo desta opinião controversa.

O vídeo tornou-se um fenómeno imediato. Apesar de Lautner ter “apenas” 3,2 milhões de seguidores no TikTok, a publicação superou todas as expectativas, acumulando impressionantes 144 milhões de visualizações e mais de três milhões de ‘likes’ no Instagram. Este sucesso mostra que, mesmo anos depois, “Twilight” ainda é um tema que ressoa profundamente entre os fãs.

Enquanto isso, Kristen Stewart, que interpretou Bella Swan, ofereceu uma perspetiva diferente sobre o debate. Em março, num episódio do podcast “Not Skinny But Not Fat”, Stewart afirmou que Edward apresentava comportamentos controladores e que, na vida real, teria terminado a relação. “Ele estava a tentar decidir as escolhas dela, e eu nunca aceitaria isso,” comentou a atriz, relembrando que cada pessoa deve ser livre para tomar as suas próprias decisões.

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O triângulo amoroso entre Bella, Edward e Jacob continua a ser um marco na cultura pop, trazendo discussões sobre amor, escolhas e dinâmicas de poder. O vídeo de Lautner não só trouxe nostalgia como também reforçou a força desta narrativa na memória coletiva dos fãs.