Richard Dreyfuss Afastado de Três Filhos Há Quase Uma Década — Filho Mais Velho Revela a Razão

Ben Dreyfuss revela que a ruptura familiar começou em 2017, durante o movimento #MeToo, e que a relação nunca mais recuperou.

Richard Dreyfuss, um dos actores mais marcantes da geração de Jaws, está afastado dos três filhos — Emily, Ben e Harry — há quase dez anos. A revelação foi feita pelo próprio filho mais velho, Ben, que decidiu falar publicamente sobre a situação, depois de anos a evitar a exposição mediática do conflito.

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A distância entre pai e filhos começou em 2017, numa altura em que o movimento #MeToo estava no auge e o debate sobre comportamentos impróprios no meio artístico estava especialmente intenso. Naquele ano, Harry, o filho mais novo, acusou Kevin Spacey de o ter assediado em 2008. Ben, que então geria a conta oficial de Twitter do pai, publicou uma mensagem de apoio ao irmão — gesto que, segundo afirma, desencadeou a ruptura dentro da própria família. Ao tornarem público o relato de Harry, abriram inadvertidamente espaço para que terceiros fizessem acusações dirigidas ao próprio Richard Dreyfuss. Foi esse momento, diz Ben, que deixou o actor profundamente ressentido e marcou o início de anos de tensão.

Desde aí, a relação deteriorou-se de forma contínua. Ben explica que existe uma perceção comum de que os filhos beneficiam financeiramente do trabalho do pai, algo que rejeita de forma categórica. Segundo ele, Richard Dreyfuss não tem fortuna para distribuir e, mesmo que tivesse, o afastamento prolongado tornaria esse cenário impossível. Ainda assim, insiste que nunca procurou compaixão pública. Apagou os tweets originais não por vergonha, mas pela forma como as reacções o fizeram sentir — uma mistura de desconforto e receio de estar a alimentar uma narrativa de vitimização que, garante, não corresponde ao seu estado de espírito.

O filho mais velho decidiu depois partilhar a última troca de e-mails que teve com o pai, descrevendo-a como amarga e marcada por mal-entendidos. Afirma ter enviado várias mensagens nos últimos anos, mas só uma recebeu resposta — e tornou-se, até hoje, a última comunicação directa entre ambos. Nessa resposta, redigida em maiúsculas, Richard Dreyfuss questiona as motivações do filho, acusa-o de alimentar distorções sobre a família e termina dizendo que não voltará a escrever-lhe enquanto Ben não assumir responsabilidades por aquilo que o actor considera terem sido falsas interpretações de um jantar em família ocorrido anos antes.

Ainda assim, Ben não esconde o afecto que mantém pelo pai. Diz que sempre o admirou, que sempre o amou, e que acredita que o actor é melhor do que aquela mensagem dura e definitiva. Mas também reconhece que, após anos a tentar restabelecer o diálogo, a sensação é de que a distância se tornou estrutural e não um simples desentendimento passageiro. Não há, por enquanto, qualquer indício de reconciliação.

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Richard Dreyfuss não comentou publicamente as afirmações do filho. O silêncio do actor prolonga um afastamento que parece ter nascido de um conjunto de equívocos, mágoas e reacções intempestivas que nunca chegaram verdadeiramente a ser abordados de frente — e que hoje se traduzem numa distância quase irreversível dentro da família.

Kevin Spacey Diz Que Está Sem Casa — e Hollywood Continua Sem Saber o Que Fazer Com Ele

O actor afirma viver entre hotéis e Airbnbs após sete anos de processos, cancelamentos e projectos mínimos — mas garante que um telefonema certo pode mudar tudo.

Kevin Spacey voltou a ser notícia — e não por um novo papel, mas pela brutal sinceridade de uma entrevista recente ao The Telegraph. O actor, outrora um dos nomes mais influentes de Hollywood, vencedor de dois Óscares, afirma estar sem casa, a viver “onde há trabalho”, depois de anos de batalhas legais que consumiram praticamente todas as suas finanças.

“Estou a viver em hotéis, a viver em Airbnbs. Vou onde há trabalho. Literalmente não tenho casa.”

Spacey explica que a sua antiga residência em Baltimore, cidade onde viveu durante as filmagens de House of Cards, foi leiloada, deixando-o num cenário financeiro que descreve como “não grande”.

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Desde 2017, quando começaram a surgir múltiplas acusações de má conduta sexual, Spacey viu a carreira colapsar de um dia para o outro. Mais de uma dezena de homens o acusaram publicamente; o actor negou sempre todas as alegações. Em tribunal, foi absolvido no caso londrino de 2023 e considerado não responsável no processo civil movido por Anthony Rapp em 2022.

Legalmente, saiu ileso. Profissionalmente, nunca mais recuperou.

Sete anos, milhões perdidos e uma carreira reduzida a projectos mínimos

Depois de ser afastado de produções de alto perfil, Spacey trabalhou apenas em filmes independentes, muitos deles realizados por estreantes — projectos discretos, alguns quase experimentais, todos longe da máquina mainstream que o coroou em American Beauty e The Usual Suspects.

Chegou mesmo a fazer um espectáculo de variedades em Chipre, numa tentativa improvável de se manter activo artisticamente.

O actor descreve os últimos anos como um período de gastos constantes e rendimento quase nulo:

“Os custos destes últimos sete anos foram astronómicos. Entrou muito pouco e saiu tudo.”

O que falta para Hollywood o aceitar de volta? Segundo Spacey, “permissão”

Apesar de tudo, Spacey mantém-se optimista — talvez até surpreendentemente. Garante que continua em contacto com “pessoas extremamente poderosas” que querem vê-lo trabalhar novamente, mas acredita que a indústria está a aguardar um sinal verde de alguém com enorme peso artístico.

“A indústria está à espera de receber permissão — de alguém com respeito e autoridade.”

E é aqui que Spacey revela a ideia mais polémica da entrevista: se Martin Scorsese ou Quentin Tarantino ligassem ao seu agente, a sua carreira seria instantaneamente reabilitada.

“Se Scorsese ou Tarantino ligarem, acabou. Eu adoraria — seria uma honra.”

O regresso ainda é possível?

A pergunta divide Hollywood e a opinião pública.

Spacey foi juridicamente ilibado, mas isso não anulou o impacto da avalanche mediática, nem a forma como a sua imagem ficou gravemente danificada. Perante isso, a indústria continua numa espécie de paralisia moral: ninguém quer ser o primeiro a contratá-lo — mas também ninguém exclui categoricamente um possível retorno.

O próprio actor parece saber isso. Por isso vive num limbo: sem casa fixa, sem garantias, mas com a firme esperança de que um único projecto, assinado por “um gigante”, possa reescrever o seu destino.

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Até lá, Kevin Spacey continua a deslocar-se entre hotéis, Airbnbs e pequenos sets — aguardando o telefonema que, acredita, poderá restaurar o que perdeu.

O Filme de Kevin Spacey que Está no Centro de uma Tempestade — e Portugal Entra no Enredo Fora do Ecrã

“The Portal of Force”, previsto para estrear no próximo ano, tornou-se inesperadamente protagonista de uma investigação por branqueamento de capitais envolvendo criptomoedas, Hollywood e uma produtora instalada em Lisboa.

Há filmes que começam com polémica ainda antes de chegarem às salas — e depois há “The Portal of Force”. O novo projecto protagonizado por Kevin Spacey, previsto para estrear no final do próximo ano, acaba de ganhar um capítulo paralelo que em nada tem a ver com ficção científica: uma investigação real, conduzida pelo DIAP de Lisboa, por suspeitas de branqueamento de capitais envolvendo a produtora responsável pelo filme.

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O caso foi revelado no âmbito da investigação internacional “The Coin Laundry”, do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ), em colaboração com o Expresso. No centro desta teia está Elvira Paterson, empresária ucraniana, residente em Lisboa há oito anos e dona da produtora portuguesa Elledgy Media — entidade que financia o filme. A produtora, criada em Novembro de 2023 com apenas 500 euros de capital social e um apartamento em Benfica como morada inicial, tornou-se súbita e inexplicavelmente receptora de milhões.

Milhões que entram, explicações que não convencem

Os documentos analisados pelo ICIJ mostram que, desde que Elvira Paterson conheceu Vladimir Okhotnikov, um empresário russo ligado ao universo das criptomoedas, mais de 4 milhões de dólares “passaram” pela Elledgy Media — palavras da própria num conjunto de mensagens trocadas com um advogado. E acrescentou: “O resto foi em cripto.”

Entre Abril de 2024 e Maio de 2025, uma conta da produtora no BCP recebeu cerca de 4,8 milhões de euros, distribuídos por mais de uma centena de transferências. A estes valores juntam-se 50 mil euros em depósitos de dinheiro vivo. Noutra conta, desta vez pessoal, no Novobanco, Elvira Paterson terá depositado 300 mil euros em numerário, além de três transferências de 143 mil euros cada. Justificação? Presentes dos pais destinados à compra ou amortização de uma casa. As autoridades ficaram pouco convencidas.

Foi aqui que entrou o DIAP de Lisboa, que abriu um inquérito-crime depois de receber alertas de movimentos financeiros suspeitos enviados por instituições bancárias.

Hollywood, criptoesquemas e eventos à grande

As suspeitas adensam-se quando se olha para as actividades da Elledgy Media nos últimos meses. De acordo com o ICIJ, a produtora organizou uma espécie de “tour promocional global” com presença de figuras de Hollywood para favorecer os interesses de Okhotnikov, tanto nos EUA como em França, Itália, Índia e Emirados Árabes Unidos.

O primeiro desses eventos decorreu em Saint-Tropez, em Julho do ano passado, promovendo o projecto de criptomoedas Meta Force — encerrado dois meses depois. Segundo a investigação, o filme “The Portal of Force” seria apenas mais um elemento de um plano mais vasto: construir um “universo cinematográfico” para o Meta Force, que incluísse banda desenhada, videojogos e ficção científica. Tudo isto com um objectivo muito claro: atrair investidores para os esquemas de Okhotnikov.

Quando o Meta Force colapsou, surgiu um substituto: o Holiverse. O “universo” mudava de nome, mas o propósito parecia manter-se intacto.

O que isto significa para o filme?

Até ao momento, nada indica que Spacey ou outros elementos criativos da produção estivessem ao corrente das alegadas movimentações financeiras ou das ligações de Okhotnikov. Mas a investigação coloca uma sombra evidente sobre um projecto que, por si só, já chegava ao público envolto em controvérsia — dado o regresso de Spacey ao cinema após vários anos afastado por acusações e polémicas.

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“The Portal of Force” continua anunciado para o final do próximo ano. Mas, neste momento, a história que se desenrola fora do ecrã ameaça tornar-se mais explosiva do que qualquer argumento de ficção científica.

“Porque Não Ganhaste um Óscar”: Robin Wright Revela a Verdade Crua Sobre House of Cards

Igualdade salarial? Só quando fores premiada — mesmo numa série “revolucionária”

Foi a série que mudou tudo. House of Cards não só lançou a Netflix para o mundo da produção de conteúdo original, como marcou o início de uma nova era para o streaming. Mas para Robin Wright, que protagonizou a série ao lado de Kevin Spacey, nem tudo foi revolução. Sobretudo no que toca ao salário.

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Durante o Festival de Televisão de Monte Carlo, a atriz revelou que teve de travar uma verdadeira batalha por igualdade salarial com o colega de elenco — e a resposta que recebeu dos produtores é digna de um episódio sombrio da própria série.

“Quando disse: ‘Acho que é justo [ganhar o mesmo que o Kevin Spacey], porque a minha personagem se tornou tão popular como a dele’, eles responderam literalmente: ‘Bem, não podemos pagar-te o mesmo enquanto atriz’”, contou Wright, citada pela Variety e pela Deadline.

A desculpa? Não tens um Óscar na estante

Robin Wright interpretava Claire Underwood, uma das personagens mais fascinantes da série, cuja ascensão ao poder foi tão impactante como a do próprio Frank Underwood. Mas, aparentemente, o impacto no ecrã não era suficiente para equilibrar os salários fora dele.

“Porque não ganhaste um Óscar”, foi a resposta que lhe deram.

Para contornar a situação sem, claro, pagar-lhe o mesmo, a proposta foi criativa: três salários diferentes — atriz, produtora executiva e realizadora de alguns episódios.

“Vamos dividir para igualar”, disseram-lhe. Uma frase que soa a justiça, mas que, no fundo, é um truque para evitar confrontar o verdadeiro problema.

Robin Wright reconhece que ficar zangada “não mudaria nada”. O protocolo — esse ente invisível que tudo justifica — continua a imperar.

“Se perguntarem: ‘Por que é que esta ou aquela atriz não recebeu o mesmo que o Will Smith?’, eles dizem: ‘Vai subir depois de ganhares [o Óscar]’.”

Nomeações? Isso não paga contas

A atriz mostrou-se pragmática ao relatar o absurdo da situação: nem uma nomeação servia de argumento para subir o salário. O mundo de Hollywood (e agora o do streaming) continua preso a critérios antiquados, onde o prestígio de uma estatueta dourada vale mais do que o sucesso da personagem, a popularidade da série ou o impacto cultural.

“Nomeação, nem tanto. O que é que isto tem a ver com receber um aumento?”, questionou com ironia.

A revolução foi só para alguns

House of Cards foi, sem dúvida, um marco na história da televisão — e uma aposta visionária de David Fincher, que lhe apresentou o projeto com entusiasmo: “Este será o futuro, será revolucionário”, disse-lhe.

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A revolução aconteceu, sim. Mas, como em tantas outras, nem todos ficaram do mesmo lado da barricada.

Guy Pearce Recorda Experiências Perturbadoras com Kevin Spacey em L.A. Confidential

O ator Guy Pearce emocionou-se durante uma entrevista recente ao recordar as suas experiências desconfortáveis ao lado de Kevin Spacey durante as filmagens do clássico L.A. Confidential (1997). Pearce, que atualmente está nomeado para um Óscar pelo seu papel em The Brutalist, revelou que só muitos anos depois conseguiu processar o impacto desses encontros.

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Um Despertar Emocional e Doloroso 🎭💔

Em conversa com Scott Feinberg, no podcast Awards Chatter, Pearce explicou como o movimento #MeToo lhe deu uma nova perspetiva sobre o que havia experienciado ao trabalhar com Spacey.

“Estava em Londres quando comecei a ler as notícias sobre o Kevin e desatei a chorar. Não conseguia parar. Foi um verdadeiro despertar para mim, perceber o impacto daquilo e como tinha ignorado ou bloqueado essas memórias.”

Embora não tenha sido vítima de abuso sexual, Pearce deixou claro que se sentiu “visado” por Spacey nos bastidores do filme:

“Ele é extremamente carismático e brilhante, mas é também um homem agressivo. Eu era jovem e vulnerável, e ele escolheu-me como alvo, sem dúvida alguma.”

A Dinâmica no Set de L.A. Confidential 🎬

Pearce, que interpretou o agente Ed Exley, revelou que se sentia desconfortável sempre que Spacey estava presente nas gravações. O único momento em que se sentia mais seguro era quando o colega Simon Baker (O Mentalista) estava no set:

“Eu dizia à minha mulher: ‘Os únicos dias em que me sinto seguro são os dias em que o Simon está no set, porque o Kevin me ignora e foca-se nele. Ele era dez vezes mais bonito do que eu.’”

Apesar da sua relutância inicial em falar publicamente sobre o assunto, Pearce admitiu que já teve “algumas confrontações” com Spacey, que “ficaram feias”.

Entre a Indústria e a Justiça ⚖️

Desde 2017, várias acusações contra Spacey vieram a público, incluindo as do ator Anthony Rapp, que alegou que Spacey tentou aliciá-lo quando este tinha 14 anos. O caso resultou num julgamento, mas Spacey foi considerado não responsável. Em 2023, foi também absolvido de nove acusações de agressão sexual num tribunal britânico.

Ainda assim, Pearce mantém a sua posição crítica e explica que agora prefere “ser mais honesto e chamar as coisas pelos nomes”.

A Ascensão e o Reconhecimento de Pearce 🎥🏆

O ator australiano, que começou em novelas como Neighbours, consolidou-se como um talento de referência em Hollywood, com papéis icónicos em Priscilla, Rainha do Deserto, Memento e agora The Brutalist, nomeado para 10 Óscares. No filme da A24, Pearce interpreta um industrialista americano envolvido em assédio sexual, um papel que ganhou relevância face à sua própria experiência na indústria.

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Com a sua crescente franqueza e reconhecimento, Pearce continua a afirmar-se como um ator de enorme versatilidade, disposto a encarar tanto os desafios da ficção como as realidades da vida real.

“A Vida de David Gale”: Um Drama Provocador Sobre a Pena de Morte

Realizado por Alan Parker, A Vida de David Gale é um drama intenso que aborda a controversa questão da pena de morte. Com interpretações notáveis de Kevin Spacey, Kate Winslet e Laura Linney, o filme combina suspense, dilemas éticos e uma carga emocional poderosa para criar uma narrativa que prende do início ao fim.

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Uma Trama que Questiona Justiça e Moralidade

A história segue David Gale (Kevin Spacey), um antigo professor de filosofia e ativista contra a pena de morte, que se encontra no corredor da morte acusado do assassinato da sua colega e também ativista, Constance Harraway (Laura Linney). Com a sua execução iminente, Gale concede uma entrevista exclusiva à jornalista Bitsey Bloom (Kate Winslet). À medida que Bitsey investiga o caso, começa a descobrir contradições que colocam em causa a culpa de Gale e, consequentemente, o sistema judicial.

O filme destaca-se especialmente quando explora as ambiguidades morais em torno da pena capital, confrontando o público com questões sobre justiça, ativismo e as falhas humanas. O desempenho de Spacey é particularmente convincente, retratando um homem cuja paixão idealista tem consequências devastadoras. Winslet brilha como a jornalista determinada a descobrir a verdade, enquanto Linney entrega uma interpretação comovente como Constance, que adiciona profundidade emocional à trama.

Uma Reviravolta Divisiva

O desfecho do filme divide opiniões. Para alguns, a reviravolta final é uma crítica poderosa ao sistema de justiça e ao ativismo extremo. Para outros, o final compromete as motivações das personagens, enfraquecendo a mensagem central. O ritmo, em certos momentos, parece arrastar-se, e os diálogos, embora incisivos, por vezes recaem numa abordagem excessivamente didática.

Impacto e Relevância

Apesar das suas imperfeições, A Vida de David Gale é uma obra cinematográfica provocadora que desafia o espectador a refletir sobre os temas abordados. Não é apenas um filme sobre a pena de morte, mas sobre as complexidades das escolhas humanas e os limites do ativismo. A narrativa audaciosa e as interpretações poderosas fazem deste filme uma experiência marcante e inesquecível.

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Para os fãs de dramas éticos e histórias que desafiam convenções, este é um título que vale a pena revisitar, especialmente numa época em que o debate sobre a pena capital continua relevante em muitas partes do mundo.

Denzel Washington e a Amargura com os Óscares

Denzel Washington, um dos atores mais respeitados da sua geração, revelou recentemente à revista Esquire que ficou desiludido após perder o Óscar de Melhor Ator para Kevin Spacey em 2000. A performance de Washington em “The Hurricane” foi amplamente elogiada, tendo-lhe valido um Globo de Ouro, mas não foi suficiente para superar Spacey em “Beleza Americana”.

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Numa entrevista sincera, Washington admitiu que a derrota o afetou profundamente. “Senti-me como se ninguém se importasse comigo,” disse o ator. “Cheguei a um ponto em que deixei de ver os filmes candidatos aos Óscares. Pedi à minha mulher, Pauletta, que votasse por mim. Eu já não queria saber.”

Esta derrota marcou a segunda vez que Washington perdeu o prémio de Melhor Ator, tendo sido nomeado pela primeira vez por “Malcolm X” em 1992, quando o Óscar foi para Al Pacino. Contudo, a amargura deu lugar à redenção em 2002, quando Denzel venceu finalmente o Óscar de Melhor Ator por “Dia de Treino”, tornando-se o segundo ator afro-americano a conquistar este prémio.

Atualmente, Washington está novamente na corrida aos Óscares na categoria de Melhor Ator Secundário, graças à sua participação em “Gladiador II”. Apesar do passado tumultuoso com a Academia, o ator continua a ser uma figura central em Hollywood, reconhecido tanto pelo talento como pela resiliência.

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Esta história relembra que até os maiores talentos enfrentam obstáculos e decepções, mas também como a perseverança pode abrir caminho para o sucesso duradouro.