Novo Documentário Sobre John Lennon Mostra o Seu Lado Mais Radical – E o Filho Sean Está Impressionado

O legado de John Lennon continua a ser explorado de formas inesperadas, e o novo documentário One To One: John & Yoko promete revelar uma das fases mais controversas e intensas da sua vida. Entre ativismo, medo, vigilância do FBI e música poderosa, o filme realizado por Kevin Macdonald e Sam Rice-Edwards estreia em abril e já está a gerar grande entusiasmo – sobretudo para Sean Lennon, que ficou “completamente chocado” ao ouvir gravações inéditas do pai.

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Apesar do lançamento estar confirmado para o Reino Unido (11 de abril) e exibições IMAX nos dias 9 e 10 de abrilainda não há informações sobre distribuição em Portugal.

Um Período de Agitação: Lennon Contra Nixon

O documentário cobre o período de 1971 a 1973, quando Lennon e Yoko Ono viviam num pequeno apartamento na Bank Street, em Nova Iorque, e estavam fortemente envolvidos com a esquerda radical americana. O ex-Beatle encontrava-se em guerra aberta com Richard Nixon e o governo dos EUA, o que levou a uma série de escutas e tentativas de deportação por parte do FBI.

Uma das cenas mais reveladoras do filme vem de gravações telefónicas inéditas, onde Lennon conversa com Jim Keltner, Allen Klein e John Sinclair sobre os perigos da sua luta política.

“O meu pai parecia muito entusiasmado, mas também se sentia ameaçado. Acho que as pessoas não percebem o quão perigoso foi aquele período para ele.” – Sean Lennon

As Gravações Inéditas Que Chocaram Sean Lennon

Para Sean Lennon, o documentário representa uma forma de estar mais próximo do pai, que morreu quando ele tinha apenas cinco anos.

“Para muitas pessoas, John Lennon é um ícone. Para mim, é o meu pai. Cresci a ver sempre as mesmas imagens e a ouvir os mesmos áudios. Agora, descobrir algo novo dele é quase como ganhar mais tempo com ele.”

Além das conversas políticas, o documentário também recupera imagens restauradas de um dos poucos concertos a solo de Lennon, o benefício para a Willowbrook School, em 1972, onde ele e Yoko atuaram com a banda Elephant’s Memory.

O concerto, muitas vezes criticado ao longo dos anos, surge aqui com nova remasterização, e Sean foi responsável por tratar do áudio:

“O meu pai está incrível neste concerto. A voz dele tem uma intensidade crua. Se eu estivesse numa banda com John Lennon, nunca me atreveria a fazer um solo enquanto ele cantava.”

O Ativismo Levado ao Extremo – E o Choque de Realidade

Lennon e Yoko estavam tão envolvidos com figuras como os Chicago Seven e os Black Panthers que chegaram a defender causas extremas. No entanto, o documentário mostra como o ex-Beatle gradualmente se afastou quando percebeu que alguns dos seus aliados defendiam métodos violentos.

“O meu pai percebeu que algumas pessoas do movimento eram tão violentas como aqueles contra quem estavam a lutar. E isso foi um verdadeiro choque para ele.” – Sean Lennon

Ao longo do documentário, ouvimos os próprios agentes do FBI a gravar chamadas telefónicas – um lembrete de que Lennon estava realmente a ser vigiado.

Da Revolução Para a Arte – E Um Toque de Loucura Pelo Meio

Mas nem tudo foi paranoia e tensão política. O filme também retrata o lado artístico e experimental de John e Yoko naqueles anos, incluindo a sua famosa procura por moscas para o filme Fly (1970) – sim, literalmente, procuravam moscas para filmar a voar pelo corpo nu de uma mulher.

“A ideia de que uma loja de animais pudesse vender moscas é hilariante.” – Sean Lennon

Entre radicalismo, humor e arte, One To One: John & Yoko mostra um Lennon em busca de identidade, longe dos Beatles, mas ainda à procura do seu papel no mundo.

Onde e Quando Ver?

📅 Exibições IMAX: 9 e 10 de abril

🎬 Estreia oficial no Reino Unido: 11 de abril

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📽️ E tu, estás curioso para ver este lado mais radical de John Lennon?

“Ascensão e Queda: John Galliano” estreia no TVCine Edition

No dia 27 de outubro, o canal TVCine Edition vai estrear em exclusivo o documentário “Ascensão e Queda: John Galliano”, uma produção que explora a vida e carreira do icónico designer de moda. Realizado por Kevin Macdonald, vencedor de um Óscar pelo documentário “Munique 1972: Um Dia em Setembro”, o filme promete uma visão íntima e franca sobre o percurso de John Galliano, um dos nomes mais influentes da alta-costura dos anos 1990 e 2000.

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O documentário examina a ascensão meteórica de Galliano, desde os anos 80 até 2011, quando era o aclamado designer-chefe da Dior, até à sua queda abrupta após um escândalo em 2011, que culminou com o seu despedimento. Galliano foi captado num vídeo a proferir insultos antissemitas num bar em Paris, o que levou ao seu afastamento da Dior, a críticas severas da comunidade judaica e ao seu ostracismo no mundo da moda. Este episódio marcou um ponto de viragem dramático na sua carreira e na sua vida pessoal.

“Ascensão e Queda: John Galliano” mergulha também nas lutas do designer contra o vício e a pressão intensa da indústria da moda. O filme inclui entrevistas profundas e reveladoras com figuras de peso, como Anna WintourEdward EnninfulKate MossPenélope CruzCharlize TheronBoris Cyrulnik e Sidney Toledano, e conta com depoimentos do próprio Galliano, que não teve controlo editorial sobre o conteúdo.

Para além de ser uma análise sobre a vida de um dos mais excêntricos e inovadores designers de moda, o documentário questiona se alguma vez conhecemos verdadeiramente o que se passa dentro das nossas próprias mentes. A produção foi recentemente exibida no festival Doclisboa e chega agora ao público português pela primeira vez através dos canais TVCine Edition e TVCine+.

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Descrito pela Indiewire como “um dos mais fascinantes arcos de ascensão e queda em formato de documentário dos últimos tempos”, “Ascensão e Queda: John Galliano” será transmitido às 22h de domingo, 27 de outubro, prometendo não deixar ninguém indiferente.

Oprah Winfrey Bloqueia o Documentário Sobre a Sua Vida na Apple TV+

A lenda da televisão norte-americana Oprah Winfrey decidiu bloquear a exibição de um documentário sobre a sua vida e carreira que estava prestes a estrear na Apple TV+. Segundo informações, a apresentadora comprou os direitos do filme para garantir que ele não seja exibido, encerrando assim uma colaboração de longa data com a plataforma de streaming.

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O documentário, dirigido pelo realizador vencedor de um Óscar, Kevin Macdonald, pretendia narrar 25 anos da vida de Winfrey, desde as suas humildes origens até se tornar uma das mulheres mais influentes do mundo. O filme estava dividido em duas partes e prometia oferecer um retrato aprofundado da carreira da empresária e filantropa, mas parece que Winfrey entrou em conflito com Macdonald e, insatisfeita com o resultado final, decidiu impedir a sua distribuição.

De acordo com o Page Six, Winfrey teria comprado os direitos à Apple TV+, colocando o documentário na “prateleira”. Embora tenha havido rumores de que a apresentadora desembolsou milhões para garantir este bloqueio, uma fonte próxima ao processo garantiu que o valor pago não chegou aos sete dígitos. A Apple ainda não comentou oficialmente sobre o assunto, mas fontes ligadas à produção indicam que Winfrey devolveu os honorários pagos a Macdonald.

Esta decisão marca o fim do acordo entre a Apple e Winfrey, que tinha começado em 2018 e terminou em setembro de 2022. O contrato entre a Apple e a apresentadora foi um dos primeiros grandes negócios anunciados pela plataforma de streaming, que estava a tentar assegurar conteúdos de peso para atrair assinantes. No entanto, parece que Winfrey decidiu que “não era o momento certo” para lançar um documentário sobre a sua vida, deixando em aberto a possibilidade de revisitá-lo no futuro.

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O realizador Kevin Macdonald, conhecido por Munique 1972: Um Dia em Setembro (1999) e Whitney (2018), recusou fazer as alterações solicitadas por Winfrey, o que levou à decisão final de cancelar a exibição. Macdonald conta com um histórico impressionante no cinema documental, tendo abordado figuras como Bob Marley e Whitney Houston em trabalhos aclamados pela crítica. No entanto, este projeto em particular parece ter encontrado um desfecho inesperado.