Viúva Clicquot: A Mulher que Transformou o Champanhe Numa Lenda

Baseado numa história verídica, o filme retrata Barbe-Nicole Ponsardin Clicquot, uma das primeiras grandes empresárias da era moderna — e o rosto por trás de uma das marcas mais icónicas do mundo.

Chega aos cinemas portugueses no dia 13 de novembro o aguardado drama histórico Viúva Clicquot, inspirado na biografia bestseller do New York Times que celebra a vida e o legado de Barbe-Nicole Ponsardin Clicquot, a visionária que revolucionou o universo do champanhe.

Após a morte prematura do marido, Barbe-Nicole recusa-se a seguir o destino convencional reservado às mulheres do início do século XIX. Em vez disso, decide tomar as rédeas da pequena adega familiar e transformá-la num império. Determinada, enfrenta guerras, intrigas e preconceitos, mas acaba por criar um dos nomes mais prestigiados do mundo do luxo: Veuve Clicquot.

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🍾 Uma história de coragem e inovação

Protagonizado por Haley Bennett, no papel da jovem viúva que desafia o seu tempo, o filme conta também com Tom Sturridge e Sam Riley. A realização está a cargo de Thomas Napper, com produção de Joe Wright (Orgulho e PreconceitoA Hora Mais Negra).

A narrativa acompanha as batalhas pessoais e profissionais de uma mulher que, num mundo dominado por homens, ousou liderar e inovar — criando um método de produção que redefiniu o champanhe e transformou o nome Clicquot num símbolo internacional de audácia e excelência.

🎬 Uma produção com sabor francês

Filmado inteiramente em França, Viúva Clicquot leva o espectador ao coração da região de Reims e Chablis, na Borgonha, locais onde o champanhe nasceu. O Château de Béru serve de cenário à propriedade da família Clicquot, e o filme contou com apoio direto dos arquivos da Maison Clicquot, garantindo um rigor histórico e visual excecionais.

Entre paisagens bucólicas, detalhes de época e uma fotografia que evoca o brilho dourado do champanhe, o filme é tanto uma homenagem à bebida quanto à mulher que ousou desafiar o impossível.

💛 Uma celebração do espírito feminino

Mais do que uma biografia, Viúva Clicquot é uma história sobre resiliência, ambição e amor — uma viagem emocional através das perdas e conquistas de uma mulher que deixou a sua marca na história e abriu caminho para gerações futuras de empreendedoras.

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Com distribuição da NOS Audiovisuais, o filme estreia a 13 de novembro nas salas de cinema nacionais.

🎬 Emma Thompson, a Argumentista Fantasma que Deu Voz a Charlotte Lucas em Pride and Prejudice

Poucos sabem, mas por detrás de uma das cenas mais emocionantes da adaptação de Pride and Prejudice (2005), realizada por Joe Wright, está a pena — e a sensibilidade — de Emma Thompson. A actriz e argumentista britânica, já vencedora de um Óscar pela adaptação de Sense and Sensibility (1995), foi chamada a dar uma ajuda informal no guião da nova versão de Jane Austen — e o resultado foi uma das falas mais humanas e tocantes do filme.

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Durante o processo de refinamento do argumento, Joe Wright e a argumentista Deborah Moggach contaram com Thompson para ajudar a “polir” alguns momentos mais delicados. E foi num passeio por Hampstead Heath, em Londres, que a magia aconteceu: Thompson improvisou diálogos, sugeriu estruturas e ofereceu, num momento de pura intuição criativa, o coração de Charlotte Lucas.


🗣️ “Tenho 27 anos. Não tenho dinheiro nem perspetivas…”

A cena em causa pertence a Charlotte Lucas (interpretada por Claudie Blakley), quando explica à sua amiga Lizzy (Keira Knightley) por que razão aceitou casar com o insuportável Mr. Collins. A frase é brutal de tão real:

“Tenho 27 anos. Não tenho dinheiro nem perspetivas. Já sou um fardo para os meus pais… e estou assustada.”

“Não me julgues, Lizzy. Não te atrevas a julgar-me.”

Estas palavras, hoje icónicas, não constavam do guião original de Moggach — foram improvisadas por Thompson. E tocaram tão fundo o realizador que Joe Wright confessou ter ficado quase em lágrimas quando as ouviu pela primeira vez.

A força desta cena reside na sua crueza e empatia. Ao contrário da visão romântica que frequentemente envolve Austen, esta fala recorda-nos que o casamento, no século XIX, era muitas vezes uma questão de sobrevivência — não de amor.


🤝 A elegância das colaborações invisíveis

Emma Thompson não foi creditada oficialmente como argumentista de Pride and Prejudice (2005), mas a sua mão sente-se, especialmente nesta cena de Charlotte Lucas. O gesto é tanto mais notável quanto discreto — uma artista premiada, a contribuir nos bastidores, sem procurar reconhecimento. Apenas para que a história fosse mais verdadeira.

Este tipo de colaboração secreta, embora rara, é um lembrete de que o cinema é, por natureza, um esforço colectivo. E quando as vozes certas se encontram, mesmo nas sombras, algo notável pode acontecer.


✨ 20 anos depois, um regresso ao grande ecrã

A propósito do 20.º aniversário da estreia do filme, Pride and Prejudice (2005) será relançado nos cinemas do Reino Unido na próxima semana. A celebração servirá não só para revisitar a química entre Keira Knightley e Matthew Macfadyen, mas também para homenagear o cuidado com que esta adaptação foi construída — incluindo contributos preciosos como o de Thompson.

Porque às vezes, as frases que mais nos ficam na memória… vêm de onde menos se espera.

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