Sarah McLachlan Recusa Actuar na Estreia do Documentário Lilith Fair em Apoio à Liberdade de Expressão 🎶✊

Uma noite que não correu como planeado

O tapete vermelho do documentário Lilith Fair: Building a Mystery, produzido pela ABC News Studios e disponível na Hulu, deveria ter sido uma celebração nostálgica do lendário festival criado por Sarah McLachlan. No entanto, a noite transformou-se num acto de protesto político.

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McLachlan, acompanhada por outras artistas como Jewel, decidiu cancelar a actuação prevista para a estreia em solidariedade com Jimmy Kimmel, cujo programa Jimmy Kimmel Live! foi suspenso indefinidamente pela ABC após os comentários do apresentador sobre a morte do activista conservador Charlie Kirk.

“Estamos todos temerosos do que vem a seguir”

Em palco, antes da exibição do documentário, a cantora canadiana explicou a decisão:

“É um presente podermos ver este filme, mas também tenho lutado com a ideia de estar aqui hoje perante a situação que todos enfrentamos: a erosão insidiosa dos direitos das mulheres, dos direitos trans e queer, e a tentativa de silenciar a liberdade de expressão. Acho que estamos todos temerosos do que vem a seguir.”

McLachlan destacou ainda o papel da música como ponte de união: “Se Lilith me ensinou alguma coisa, foi que existe uma grande força em unirmo-nos para nos elevarmos mutuamente em vez de nos destruirmos.”

Solidariedade no lugar da música

Ao lado de Jewel e outras artistas presentes, McLachlan anunciou a decisão de não subir ao palco para cantar:

“Eu sei que esperavam uma actuação esta noite e agradeço por estarem aqui. Peço desculpa se é decepcionante, mas decidimos colectivamente não actuar, em solidariedade e em apoio à liberdade de expressão.”

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Um protesto com peso simbólico

O gesto surge num momento em que a suspensão de Kimmel é amplamente criticada como uma manobra de censura política, motivada pela pressão da FCC após os seus comentários sobre Kirk. Para McLachlan, a memória de Lilith Fair, um festival que nos anos 90 foi símbolo de união e afirmação feminina na música, continua viva como plataforma de resistência cultural e política.

Jimmy Kimmel suspenso pela ABC após comentários sobre Charlie Kirk 📺🔥

Uma suspensão que agita o debate político e mediático nos EUA

ABC anunciou a suspensão indefinida de Jimmy Kimmel, após os comentários polémicos do apresentador sobre o assassinato de Charlie Kirk, influente ativista de direita norte-americano. “Jimmy Kimmel Live será preterido indefinidamente”, confirmou um porta-voz da estação detida pela Disney.

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Durante o seu monólogo de segunda-feira, Kimmel acusou a chamada “Maga gang” de tentar tirar proveito político da morte de Kirk e criticou também as homenagens oficiais prestadas, incluindo as bandeiras a meia-haste. A reação não tardou: tanto Donald Trump como várias estações afiliadas à ABC elogiaram a decisão de afastar o apresentador.

As palavras que incendiaram a polémica

Na emissão, Kimmel ironizou a forma como Trump reagiu ao homicídio, dizendo:

“Isto não é a forma como um adulto lamenta a morte de alguém que chama amigo. É a forma como uma criança de quatro anos chora a perda de um peixinho dourado.”

Apesar de ter condenado o ataque e enviado “amor” à família de Kirk no próprio dia do crime, o tom do seu discurso em antena foi considerado “ofensivo e insensível” por vários grupos mediáticos, incluindo a gigante Nexstar Media, que se recusou a transmitir o programa “no futuro próximo”.

Trump celebra, sindicatos condenam

O ex-presidente Donald Trump festejou a suspensão como “ótima notícia para a América”, chamando ao programa de Kimmel um “show falido de audiências”.

Por outro lado, sindicatos como a Writers Guild of America (WGA) e a Sag-Aftra classificaram a decisão como uma ameaça à liberdade de expressão. “Vergonha para aqueles no governo que se esquecem desta verdade fundacional”, declarou a WGA.

FCC dividida sobre o caso

O presidente da FCC (Comissão Federal de Comunicações)Brendan Carr, nomeado por Trump, afirmou que Kimmel demonstrou “a conduta mais doentia possível” e elogiou os canais que cancelaram a emissão. Defendeu ainda que, no mínimo, o apresentador deveria apresentar um pedido de desculpas.

Em contrapartida, Anna Gomez, a única comissária democrata da FCC, criticou as declarações de Carr, sublinhando que um ato de violência individual não pode ser usado como desculpa para justificar censura alargada.

Um futuro incerto para o “Jimmy Kimmel Live”

Segundo fontes próximas citadas pela CNBC, Kimmel não foi despedido. A intenção da ABC será conversar com o apresentador antes de um eventual regresso ao ar. Ainda assim, o futuro do programa é incerto, numa altura em que os talk shows noturnos enfrentam a concorrência feroz do streaming e veem a sua relevância diminuir.

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Enquanto isso, algumas estações anunciaram que irão substituir o programa por especiais dedicados a Charlie Kirk, reforçando o peso político da polémica.