Netflix vs França: A Nova Guerra do Streaming Travada a 24 Imagens por Segundo

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Há muito que o mundo do cinema deixou de ser apenas sobre realizadores, estrelas de Hollywood e prémios dourados. Hoje, a verdadeira batalha acontece nos bastidores — entre algoritmos de plataformas e decretos governamentais. E a mais recente frente de combate situa-se em solo francês, onde a Netflix decidiu bater o pé (ou melhor, bater à porta do Conselho de Estado) contra aquilo que considera ser uma cronologia “arcaica” digna de uma bobine de celulóide empoeirada.

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15 Meses de Espera… Sacrilégio ou Proteção Cultural?

O cerne da questão? Um decreto francês, datado de 13 de fevereiro de 2025, que obriga as plataformas de streaming a esperar 15 meses para poderem exibir um filme após a sua estreia nos cinemas franceses. Sim, 15 meses. Tempo suficiente para nascer um bebé, plantar um vinhedo ou ver cinco temporadas de Emily in Paris — mas demasiado, segundo a Netflix, para manter o público interessado.

A plataforma norte-americana, que investe cerca de 50 milhões de euros por ano no cinema francês (equivalente a 4% das suas receitas no país), quer ver esse prazo reduzido para 12 meses — mas sem mexer no cheque. Ou seja, quer mais liberdade, mas sem aumentar a mesada. Levaram o caso ao Conselho de Estado, alegando que estão a ser obrigados a cumprir um acordo que nunca assinaram. Curiosamente, o acordo foi subscrito por France Télévisions, Canal+, TF1 e Disney. E é aqui que a coisa aquece…

Canal+ e Disney: Os Alinhados com Benefícios

O sistema francês é, na sua essência, uma troca: quanto mais uma empresa investe no cinema nacional, mais cedo pode exibir os filmes. Canal+, por exemplo, é o maior investidor e pode transmitir obras cinematográficas apenas seis meses após a estreia nas salas. Um luxo conquistado com um investimento de pelo menos 480 milhões de euros até 2027.

A Disney, não querendo ficar atrás no desfile gaulês, também negociou com mestria: reduziu o seu prazo de espera de 17 para 9 meses. Em troca, aumentou a sua contribuição para a criação audiovisual francesa de 20% para 25% das suas receitas líquidas no país. Um belo acordo, mas que exige sacrifícios — principalmente para quem, como a Netflix, prefere o modelo norte-americano de “estreia simultânea e já agora aqui vai uma minissérie documental sobre o assunto”.

A Europa Ainda Resiste

Nos EUA, os filmes saltam para o streaming em 45 dias, quando não em simultâneo com os cinemas. Na Europa, e sobretudo em França, a lógica é diferente. Por muito que os tempos mudem, o país mantém o seu estatuto de bastião da proteção cultural. Antes de 2022, as plataformas tinham de esperar 36 meses (!) para transmitir um filme. Sim, três anos. Uma eternidade digital.

E não é só saudosismo. Trata-se de proteger o ecossistema cinematográfico: as salas, os festivais, os pequenos distribuidores. A França vê o cinema como património nacional — e não como mais um conteúdo na grelha entre Bridgerton e o novo reality show de cozinheiros e cães falantes.

Uma Luta Pela Janela… Mas Também Pelo Futuro

Chamam-lhe “a janela de exibição” — mas esta não tem cortinas leves, tem grades de ferro. E se a Netflix quer alargá-la (ou arrombá-la, dependendo da perspetiva), fá-lo com intenções claras: adaptar o mercado europeu ao seu modelo de negócio global.

O problema? Nem todos os países estão dispostos a transformar os seus cinemas em anexos de um catálogo digital. O que está em jogo aqui não é apenas um número de meses, mas sim a soberania cultural, o financiamento da produção local e a própria definição de “cinema” em tempos de binge-watching.

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🎬 Netflix vs França não é apenas um litígio técnico — é um novo episódio de uma série em andamento chamada “Quem Manda no Cinema?”. A resposta, para já, continua a ser… à la française.

Cinemas Americanos Querem Manter os Filmes Mais Tempo em Exclusivo! 🎬🍿

guerra entre os cinemas e o streaming continua e o maior exibidor dos Estados Unidos e do mundo não está satisfeito com a forma como os filmes são lançados atualmente. A AMC Theatres, que também detém as salas da UCI Cinemas, quer convencer os grandes estúdios de Hollywood a aumentar o tempo de exclusividade dos filmes nas salas de cinema antes de chegarem às plataformas digitais e ao streaming.

📢 “Gostaríamos de convencer todos os grandes estúdios de que deveriam manter os filmes nos cinemas por mais tempo”, declarou Adam Aron, CEO da AMC, durante a apresentação dos resultados do último trimestre de 2024 (via Deadline).

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Atualmente, os cinemas americanos estão a lutar para recuperar o mercado que tinham antes da pandemia, altura em que os estúdios experimentaram reduzir drasticamente as “janelas” de exibição (o período em que um filme está disponível exclusivamente nas salas antes de chegar ao VOD, streaming e TV).

🎥 Da Exclusividade ao Streaming: O Que Mudou?

Antes da pandemia, os filmes ficavam cerca de 74 dias em exibição nos cinemas antes de chegarem ao digital. Mas as mudanças forçadas pela crise sanitária fizeram esse número descer para uma média de 45 dias.

No caso da Universal Pictures, esse prazo ainda é mais curto: 17 dias para filmes comuns e 30 dias para grandes sucessos de bilheteira antes de passarem para o aluguer digital. Já a Disney mantém atualmente a janela mais longa do mercado, com 60 dias de exclusividade para as suas estreias.

Segundo Adam Aron, todas as partes envolvidas ganhariam mais dinheiro se o tempo de exclusividade voltasse a aumentar. “Continuaremos a ver o que podemos fazer para convencer a indústria de que deve ser firme à volta deste número dos 45 dias. E quando chegarmos lá, talvez possamos estendê-lo para 60 dias ou 74 dias, como era antes da pandemia.”

🍿 Os Streamers São Aliados ou Inimigos?

Adam Aron também destacou a relação complicada dos cinemas com os serviços de streaming. Para ele, “há streamers e depois há streamers”.

Ou seja, Apple e Amazon têm sido bons parceiros dos cinemas, apostando em estreias robustas e mantendo os filmes durante várias semanas nas salas antes de os levarem para as suas plataformas.

Já a Netflix, segundo o CEO da AMC, continua a ser um problema: “Gostaríamos de conseguir convencer a Netflix a fazer estreias de verdade nos cinemas, mas isso não aconteceu até agora.”

📊 A lógica por trás desta estratégia? Os filmes que estreiam primeiro no cinema acabam por ser os mais vistos nos serviços de streaming. Há um consenso crescente em Hollywood de que os maiores sucessos nas plataformas digitais são aqueles que passaram pelas salas de cinema primeiro e tiveram um grande impacto cultural e mediático.

🎬 Conclusão: O Futuro do Cinema Ainda Está em Jogo!

A luta entre os cinemas tradicionais e o streaming continua a moldar o futuro da indústria. Se a AMC conseguir convencer os estúdios a aumentar a janela de exclusividade, podemos ver um regresso ao modelo pré-pandemia, o que significaria mais tempo para os filmes brilharem nas salas antes de chegarem às plataformas digitais.

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Para os cinéfilos que adoram a experiência do grande ecrã, esta pode ser uma excelente notícia. Mas será que os estúdios estarão dispostos a voltar atrás? O tempo dirá! ⏳🎥

📢 E tu, achas que os filmes deviam ficar mais tempo nos cinemas antes de chegarem ao streaming? Deixa a tua opinião nos comentários! 🍿👇