🎬 Ben Affleck Critica Hollywood: “Estamos a Deixar a Nossa Casa para Trás”

Ben Affleck voltou a abrir o jogo sobre os bastidores da indústria cinematográfica — e desta vez, com um tom particularmente amargo. À margem da antestreia de O Contador 2, o actor e realizador norte-americano teceu duras críticas ao atual modelo de produção de Hollywood, sublinhando que a meca do cinema está a perder cada vez mais terreno… dentro da própria Califórnia.

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🏭 A desertificação cultural de Los Angeles

“Hollywood está a mudar de sítio”, afirmou Affleck aos jornalistas. E não se referia a uma tendência criativa, mas sim à geografia da produção. Segundo o ator, a indústria cinematográfica tem abandonado progressivamente Los Angeles, em parte devido à incapacidade do estado da Califórnia de competir com os incentivos fiscais oferecidos noutras regiões.

A comparação é clara: enquanto a Califórnia oferece um retorno médio de 20 a 25% em incentivos, o Reino Unido chega a oferecer 40%. Resultado? Blockbusters, séries de prestígio e até produções independentes rumam cada vez mais para outros territórios — incluindo Geórgia, Novo México, Texas e Nova Jérsia.


🎥 Uma indústria em deslocalização

A reflexão de Affleck não é isolada. Muitos profissionais do setor têm vindo a alertar para a perda de identidade cultural e comunitária que acompanha esta “deslocalização” da indústria. Ao abandonar os estúdios históricos de Los Angeles, não se perdem apenas empregos locais, mas também parte da história e da atmosfera que sempre definiu o cinema americano.

“Tínhamos orgulho em fazer cinema aqui. Agora, estamos a levar tudo para sítios onde é mais barato. Perde-se alguma coisa com isso”, lamenta Affleck.


🎞️ O futuro do cinema… ainda é em Hollywood?

Ben Affleck é uma das vozes mais respeitadas da sua geração — e também uma das mais críticas. Com uma carreira que combina êxitos de bilheteira, Óscares e fracassos públicos, sabe melhor do que ninguém como a indústria se reinventa… e se compromete.

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As suas declarações voltam a colocar em cima da mesa uma pergunta essencial: conseguirá Hollywood manter-se como capital simbólica do cinema global, se a sua produção continuar a ser sistematicamente desviada para outros pontos do globo?


Portugal dá luz verde ao cinema com novo ‘cash rebate’ para 2025 — mas os bastidores ainda andam em câmara lenta

🎬 Dinheiro para filmar em Portugal? Sim, senhor! Mas com um enredo que mistura drama institucional, burocracia, orçamentos apertados e suspense à moda nacional. O Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) anunciou oficialmente a abertura da primeira fase de candidaturas ao incentivo financeiro à produção cinematográfica e audiovisual de 2025, mais conhecido por ‘cash rebate’. A boa notícia? Já está aberto! A má? Ainda estamos à espera dos resultados da segunda fase… de 2024.

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Pois é. Há guiões que se escrevem sozinhos.

Um incentivo com muitos planos — e alguns cortes

Este ‘cash rebate’ é um dos trunfos mais apetecíveis para atrair filmagens e coproduções para o nosso belo rectângulo à beira-mar filmado. Com uma dotação anual de 14 milhões de euros (a dividir por duas fases), o fundo é assegurado pelo ICA em parceria com o Turismo de Portugal. E se há coisa que este país tem de sobra, é luz natural, paisagens fotogénicas e talento técnico — falta é garantir que o dinheiro chegue a horas.

Por exemplo, ainda não foi divulgada a lista definitiva dos beneficiários da segunda fase de 2024. Apenas uma versão provisória, com data de 18 de dezembro, onde já constam nomes como “Ela olhava sem nada ver”, “Hera” e “Asas”, entre outros filmes e séries que, curiosamente, já andam em fase de estreia ou final de produção. Coincidência?

O lado B do incentivo

Em novembro passado, a Ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, reconheceu no Parlamento o que muitos no setor já murmuravam entre cafés e estreias: os atrasos nos pagamentos são reais. O sistema, dizem, está preso numa teia de burocracias — incluindo autorizações do Ministério das Finanças para desbloquear fundos. Uma espécie de thriller orçamental em que o dinheiro existe… mas demora a entrar em cena.

Ainda assim, o ‘cash rebate’ continua a ser um chamariz importante para produções estrangeiras. E a lista de projetos internacionais que já usufruíram do incentivo é impressionante: a série A Acólita do universo Star Wars, os filmes da Netflix A Donzela e Heart of Stone, e claro, o incontornável Velocidade Furiosa X, que fez rugir motores pelas ruas de Portugal.

Há mais no menu: o ‘cash refund’

Para produções mais ambiciosas — daquelas com efeitos especiais e orçamento à Hollywood — existe ainda o ‘cash refund’, com um valor máximo de 20 milhões de euros e requisitos mais robustos: é preciso gastar pelo menos 2,5 milhões de euros em território nacional.

Em 2024, foi a estreia deste segundo incentivo. Foram requisitados 11 milhões, ficando 9 milhões na prateleira. Em 2025, já foram pedidos 7,4 milhões, sinal de que há vontade — e talvez uma ou outra superprodução à espreita.

E agora?

Com a primeira fase do ‘cash rebate’ de 2025 oficialmente a decorrer (durante um mês), a segunda fase deverá abrir até 30 de setembro. Resta saber se desta vez os processos vão ser mais rápidos e menos kafkianos.

Portugal já provou que tem tudo para ser um estúdio de luxo à escala europeia. Agora só falta que a máquina burocrática acompanhe o talento dos profissionais e o potencial das paisagens. Que venha o próximo take — com menos drama nos bastidores, se faz favor.

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Se quiseres, posso criar também uma imagem para ilustrar o artigo — por exemplo, uma claquete com notas de euro a sair, ou uma equipa de filmagens com papéis à espera de aprovação burocrática. Avanço?