Modelo Original de E.T. – O Extraterrestre Fica Sem Lar… Pelo Menos Para Já 👽📦

Nem todos os ícones de Hollywood encontram um novo lar à primeira tentativa — e o mais famoso extraterrestre dos anos 80 parece estar a viver, literalmente, uma cena de rejeição. O modelo original de E.T. – O Extraterrestre, utilizado no clássico de Steven Spielberg, foi a leilão esta semana… mas ninguém lhe quis pegar. Nem mesmo com o dedo iluminado.

Um Clássico de Ficção Científica… sem licitadores?

Criado em 1981 pelo lendário artista de efeitos especiais Carlo Rambaldi — sim, o mesmo que ajudou a dar vida ao Aliende Ridley Scott — este modelo específico de E.T. foi um dos três utilizados na rodagem do filme de 1982. É também aquele que surge na icónica “cena do armário”, onde o pequeno extraterrestre se esconde entre peluches, disfarçando-se de brinquedo com a subtileza de um mestre do esconde-esconde intergaláctico.

ver também : Monty Python and the Holy Grail: 50 Anos Depois, Ainda Estamos Todos a Fugir do Coelho Assassino 🐰⚔️

Com pouco mais de um metro de altura e com um currículo que inclui um dos maiores sucessos de bilheteira da história do cinema, esperava-se que o modelo atingisse um valor entre os 550.000 e os 831.000 euros. Mas, apesar do prestígio, ninguém subiu a parada. O leilão, promovido pela Sotheby’s em Nova Iorque, terminou sem qualquer lance vencedor.

“Phone home”, mas sem roaming

Cassandra Hatton, vice-presidente da Sotheby’s, mostrou-se diplomática e otimista:

“O querido modelo do E.T. de Rambaldi é uma peça extraordinária da história do cinema (…). Embora não tenha encontrado comprador no leilão de hoje, a sua importância não diminuiu. Confiamos que este precioso ícone encontrará em breve o seu lar.”

A verdade é que o extraterrestre mais adorável do cinema já provou ser valioso no mercado de colecionismo. Em 2022, um boneco animatrónico de E.T., com esqueleto de metal, também utilizado nas filmagens, foi vendido por uns impressionantes 2,56 milhões de dólares (cerca de 2,45 milhões de euros). Desta vez, talvez a timidez do modelo — ou da carteira dos licitadores — tenha sido mais forte.

E.T., casa quer-se!

Apesar deste pequeno percalço, o modelo continua a ser uma peça histórica rara. Além de ser feito à mão por Rambaldi — artista três vezes vencedor do Óscar — este E.T. representa uma época dourada dos efeitos práticos no cinema, muito antes dos tempos do CGI e das criaturas digitais hiper-realistas.

O filme E.T. – O Extraterrestre é uma das mais ternurentas fábulas de amizade já vistas no grande ecrã, e o boneco protagonista, com os seus olhos tristes e dedos luminosos, entrou para a memória colectiva de milhões de espectadores.

Não é difícil imaginar um coleccionador apaixonado (ou mesmo um museu de cinema) a abrir os braços — ou as finanças — para dar finalmente um lar ao pequeno alienígena que conquistou corações em 1982.

ver também : 🎮 “A Minecraft Movie” Pode Ser o Bloco de Sucesso Que Hollywood Andava a Procurar

E se não acontecer… bem, talvez ele ligue para casa e peça boleia de regresso.

Quando Carl Weathers Deu Um Murro em Stallone (e Ganhou o Papel)

🎬 Existem audições que ficam na história de Hollywood não só pelo talento demonstrado, mas também pelo KOinesperado. A de Carl Weathers para o papel de Apollo Creed em Rocky (1976) é uma dessas lendas – e começa, literalmente, com um murro no queixo.

ver também: O Poema Que Fez Chorar Johnny Carson: A Comovente Despedida de Jimmy Stewart ao Seu Cão Beau

Durante o casting para o filme que viria a redefinir o cinema desportivo, Weathers, antigo jogador profissional de futebol americano e então ator pouco conhecido, entrou na sala determinado a mostrar a sua fibra. Num exercício de improviso, foi convidado a simular uns golpes com um certo Sylvester Stallone — que, na altura, ainda não era uma estrela. Ao desferir um soco que acertou em cheio no queixo de Stallone, o ambiente aqueceu.

“Calma, é só uma audição”, avisou Stallone. Mas Weathers, sem reconhecer o ator (e muito menos o guionista da história que tinha em mãos), soltou uma pérola:

“Se eu pudesse fazer isto com um ator verdadeiro, fazia melhor.”

O realizador John G. Avildsen sorriu. E então revelou:

“Este é o ator. E o escritor.”

Depois de um momento de silêncio, Weathers respondeu com franqueza e um toque de ironia:

“Bem, talvez ele melhore.”

A resposta directa, cheia de insolência, conquistou Stallone. E foi assim que Carl Weathers se tornou Apollo Creed — o rival, depois aliado, de Rocky Balboa.


Uma coreografia com 32 páginas… e muitos hematomas

Com o elenco escolhido, havia um desafio técnico por resolver: como filmar combates de boxe que fossem mais intensos, autênticos e emocionantes do que os que o cinema já conhecia?

As primeiras tentativas falharam. Avildsen, Stallone e Weathers tentaram coreografar os golpes num ringue, mas o resultado parecia falso, ensaiado, sem ritmo. Os coordenadores de duplos Paul Stader e George P. Wilbur acabaram por abandonar a produção devido a divergências criativas.

Foi então que Avildsen desafiou Stallone:

“Vai para casa e escreve o combate. Golpe por golpe.”

No dia seguinte, Stallone apareceu com um guião inusitado: 32 páginas só sobre o combate final. Um verdadeiro ballet de socos, esquivas e movimentos perfeitamente cronometrados. Weathers e Stallone ensaiaram durante semanas, num total de mais de 35 horas, para que cada momento do duelo parecesse espontâneo — mas fosse, na verdade, meticulosamente planeado.

E não saíram ilesos: Stallone acabou com costelas negras e Weathers com o nariz danificado. Curiosamente, os ferimentos foram os opostos dos sofridos pelos personagens durante o combate no ecrã.


Muito mais do que um filme de boxe

O sucesso de Rocky é hoje indiscutível. Lançado em 1976 com um orçamento reduzido, tornou-se um fenómeno cultural, venceu o Óscar de Melhor Filme e catapultou Stallone para a ribalta. Mas o que o distingue de tantos outros filmes do género é precisamente o que aconteceu nos bastidores: a paixão, a dedicação, e, claro, o murro involuntário que deu início a tudo.

Apollo Creed não seria Apollo sem a garra de Carl Weathers. E Rocky não seria o mesmo sem aquela química inicial — feita de tensão, choque de egos e uma dose generosa de suor e sangue — entre os dois protagonistas. Ao olhar para trás, percebemos que a história do filme começa, de facto, antes das câmaras rolarem. E que às vezes, um soco no queixo é tudo o que é preciso para se entrar na história do cinema.

🎬 Adeus, Utah: Festival de Sundance muda-se para o Colorado após 46 anos

Preservar os Irmãos Lumière: O Passado e o Futuro do Cinema Unidos num Documentário de Thierry Frémaux

Os irmãos Lumière não inventaram apenas o cinema – criaram uma forma de ver o mundo. E agora, Thierry Frémaux, diretor do Festival de Cannes, regressa com um novo documentário que dá continuidade à sua missão de preservar e celebrar estas pequenas joias da história da Sétima Arte. Lumière, l’aventure continue (Lumière! A Aventura Continua!) resgata uma centena de filmes dos pioneiros do cinema, restaurando imagens que capturam momentos simples, mas profundamente significativos.

ver também : Jesse Eisenberg como o Novo James Bond? Primeiro, Treino Militar na Polónia!

Para Frémaux, cuidar do cinema é cuidar da própria humanidade. “O cinema carrega um rasto de algo que foi sincero, honesto, não manipulado”, afirma o também diretor do Instituto Lumière, entidade responsável por preservar mais de dois mil filmes dos visionários Auguste e Louis Lumière.

Dos Primeiros Filmes ao Presente: A Fascinação Continua

A história do cinema começou com imagens quotidianas: trabalhadores a sair de uma fábrica, um comboio a chegar à estação, dois bebés a disputar comida. Pequenos instantes que, no final do século XIX, deixavam as audiências maravilhadas.

Mas será que o impacto destas imagens se perdeu com o tempo? Para Thierry Frémaux, a resposta é clara: não. Ele próprio carrega consigo uma pen drive com estas curtas-metragens e, sempre que tem um momento livre, volta a vê-las. “Mas também digo a mim mesmo: ’Não vou guardar isto só para mim’”, confessa.

O primeiro documentário, Lumière! A Aventura Começa (2016), trouxe de volta ao grande ecrã os primeiros filmes da história. Agora, esta segunda parte promete mergulhar ainda mais fundo na importância da preservação cinematográfica e na forma como estas imagens continuam a influenciar a nossa perceção do mundo.

Cinema: O Antídoto para a Manipulação da Imagem?

Frémaux vê no cinema um papel essencial na defesa da verdade visual. “O cinema limpa os nossos olhos, que estão contaminados pela manipulação de imagens”, argumenta.

Vivemos numa era em que a imagem digital pode ser alterada com facilidade, onde a inteligência artificial pode criar rostos falsos e onde os vídeos deepfake desafiam a nossa noção de realidade. Frente a esta avalanche de manipulação, os filmes dos Lumière surgem como um refúgio – um registo autêntico da vida como era, sem filtros ou truques.

O próprio Thierry Frémaux lembra que o cinema já foi dado como morto várias vezes. Com o advento da televisão, da internet e das plataformas de streaming, vaticinou-se o fim da experiência coletiva nas salas. A pandemia de COVID-19 fechou os cinemas, algo que “duas guerras mundiais não haviam conseguido”, recorda. Mas o cinema resiste. “Tem uma casca grossa e defende-se por conta própria. E é ótimo pensar que será salvo por artistas, por filmes e pelo público”, diz, com otimismo.

Dos Lumière ao TikTok: O Vírus da Curiosidade

Os vídeos curtos dos irmãos Lumière poderiam ser vistos como os precursores dos atuais reels e vídeos do TikTok? Frémaux reconhece a semelhança: “As pessoas ficam fascinadas com os clips do TikTok. Queremos ver mais um, mais um, mais um. E é isso que os Lumière fazem também.”

A diferença está no alcance e no impacto. Enquanto os Lumière lançaram as bases do cinema realista e documental, outro pioneiro francês, Georges Méliès, explorou o lado fantástico e ilusório da Sétima Arte – algo que Frémaux vê como os dois polos fundamentais da história do cinema. “Não se trata de uma oposição. Eles não são inimigos. Posso adorar os filmes de James Cameron e os filmes de Chantal Akerman, porque sou esse tipo de cinéfilo”, afirma.

Preservar o Cinema para o Futuro

A missão de Thierry Frémaux é clara: garantir que estas imagens não se perdem e que continuam a inspirar novas gerações. A restauração dos filmes dos Lumière não é apenas um exercício de nostalgia – é um ato de resistência contra o esquecimento e uma celebração da arte de contar histórias através da imagem em movimento.

Agora, resta saber qual será o impacto de Lumière, l’aventure continue. Será que o público moderno ainda se deixará encantar por estas curtas-metragens centenárias? Se depender de Thierry Frémaux, a resposta será um sonoro sim.

ver também : “Wonka” chega aos Canais TVCine: a história mágica do icónico chocolateiro estreia a 21 de março 🍫✨

📽️ E tu, já viste os filmes dos irmãos Lumière? Achas que continuam relevantes hoje?

Quando Charlie Chaplin Conheceu Albert Einstein: O Encontro de Dois Génios 🌟🎥


Se há momentos na história do cinema que parecem saídos de um argumento genial, o encontro entre Charlie Chaplin e Albert Einstein é um deles. Em 1931, na antestreia de City Lights (Luzes da Ribalta), os dois homens que definiram a sua era – um no mundo da arte e o outro na ciência – trocaram um diálogo tão simples quanto brilhante.

ver também: “Opus”: John Malkovich Transforma-se Num Ícone Pop num Thriller Sombrio da A24 🎶🖤

Einstein, o homem que revolucionou a física com a Teoria da Relatividade, teria dito a Chaplin:

“O que mais admiro na tua arte é a sua universalidade. Não dizes uma palavra e, mesmo assim, o mundo inteiro compreende-te!”

Ao que Chaplin, mestre do humor silencioso e do drama humano, respondeu com um toque de ironia:

“É verdade. Mas a tua glória é ainda maior! O mundo inteiro admira-te, apesar de ninguém entender uma palavra do que dizes.”

Esta troca de palavras não foi apenas uma demonstração de inteligência e humor, mas também um reflexo da universalidade da arte e da ciência – duas linguagens diferentes, mas ambas capazes de mudar o mundo.

O Encontro Entre Dois Símbolos do Século XX 🎞️🔬

Charlie Chaplin era, em 1931, o maior nome do cinema mudo, tendo criado o icónico personagem Charlot, um vagabundo sonhador que conquistou audiências de todas as idades e classes sociais. Já Albert Einstein, Prémio Nobel da Física de 1921, era o homem que ajudara a humanidade a compreender o universo de uma forma completamente nova.

A diferença entre ambos? Chaplin fazia rir sem dizer uma palavra; Einstein era celebrado por teorias que poucos conseguiam compreender.

O encontro aconteceu na antestreia de City Lights, um dos filmes mais aclamados de Chaplin, no Los Angeles Theater, onde ambos foram fotografados juntos. A cena parecia quase saída de um filme: o maior génio da comédia e o maior génio da física, lado a lado, trocando elogios de forma espirituosa.

A Relevância de “City Lights” na História do Cinema 🎬✨

O filme que Einstein assistiu naquela noite não era um filme qualquer. City Lights é considerado uma das maiores obras-primas da história do cinema, misturando comédia e emoção num enredo profundamente humano.

No centro da história está Charlot, um vagabundo que se apaixona por uma florista cega e tenta ajudá-la sem que ela saiba quem ele realmente é. O filme não tem diálogos, mas consegue transmitir emoções com uma força que muitos filmes falados não conseguem igualar.

O impacto do filme foi tão grande que, apesar de ter sido lançado já na era do cinema sonoro, continuou a ser um sucesso de bilheteira e crítica. Chaplin recusou-se a aderir ao som, acreditando que o seu humor era universal sem precisar de palavras – e Einstein concordava.

O Que Significa Este Encontro? Reflexões Sobre Arte e Ciência 🤔🎭

O diálogo entre Chaplin e Einstein é mais do que um momento curioso da história de Hollywood. Ele encapsula a essência da arte e da ciência:

✔ A arte é universal – Não precisa de palavras para ser compreendida. O humor e a emoção de Chaplin transcendem culturas e línguas.

✔ A ciência é admirada, mas muitas vezes incompreendida – As descobertas de Einstein mudaram o mundo, mas poucos conseguem realmente entender a sua profundidade.

✔ Ambos desafiam os limites do pensamento humano – Chaplin desafiou as regras do cinema e da narrativa visual, enquanto Einstein desafiou a nossa compreensão do tempo, espaço e energia.

Este encontro continua a inspirar artistas e cientistas até hoje. Afinal, o que seria da humanidade sem criatividade e sem curiosidade?

Chaplin, Einstein e o Legado que Perdura 🌍🎭

Décadas após este encontro, Chaplin e Einstein continuam a ser figuras icónicas. As suas contribuições para a arte e a ciência ainda moldam o nosso mundo e mostram que, independentemente da área de atuação, a genialidade e a criatividade são ferramentas poderosas para transformar a realidade.

Se Einstein revolucionou a forma como vemos o universo, Chaplin fez-nos rir e chorar ao mostrar o lado mais humano da existência.

E no final das contas, talvez os dois tenham sido mais parecidos do que pensamos.

ver também : “Ted Lasso” Está de Volta! Apple TV+ Confirma Quarta Temporada da Série de Sucesso ⚽🎭

🎥 Afinal, o que é o cinema, senão a física do movimento transformada em arte?

Despedida de Olivia Hussey: A Eterna Julieta do Cinema

Olivia Hussey, a atriz britânica que capturou corações como a jovem Julieta na icónica adaptação de Romeu e Julieta de 1968, realizada por Franco Zeffirelli, faleceu aos 73 anos. A notícia foi anunciada pela família, que destacou a bondade, sabedoria e calor humano que definiam a atriz, cuja carreira deixou uma marca indelével na história do cinema.

ver também : Sony Pictures Defende “Madame Web” e Aponta Críticas como Principal Razão para o Fracasso nas Bilheteiras

A Ascensão ao Estrelato

Nascida em Buenos Aires, Argentina, Olivia Hussey ganhou reconhecimento internacional ao interpretar Julieta na obra de Zeffirelli, que se tornou uma das mais aclamadas adaptações da tragédia de William Shakespeare. Com apenas 15 anos, a atriz conquistou um Globo de Ouro na categoria de “Nova Estrela do Ano”, e o filme arrebatou dois Óscares, pelos melhores figurinos e melhor fotografia.

Hussey e Leonard Whiting, que interpretou Romeu, eram adolescentes quando deram vida aos apaixonados amantes de Verona. A sua química, autenticidade e intensidade emocional conferiram ao filme uma dimensão poética que tocou gerações de espectadores e consolidou o seu lugar na história do cinema.

Carreira Além de Julieta

Embora Julieta tenha sido o papel que definiu a sua carreira, Hussey protagonizou outros filmes notáveis, como o clássico de terror Black Christmas (1974) e a adaptação de Morte no Nilo (1978), baseada na obra de Agatha Christie. No entanto, foi sempre à personagem de Julieta que o público e a crítica regressaram, reconhecendo-a como o rosto de um amor eterno e trágico.

Controvérsia e Legado

A carreira de Olivia Hussey também foi marcada por uma controvérsia recente. Em 2023, ela e Leonard Whiting processaram o estúdio Paramount Pictures devido a uma cena de nudez no filme Romeu e Julieta, alegando que foram filmados sem o seu consentimento, o que constituiu abuso e exploração. Apesar de o processo ter sido arquivado por uma juíza de Los Angeles, o caso levantou debates significativos sobre a proteção de menores na indústria cinematográfica e os limites éticos no cinema.

Hussey sempre manteve uma relação complexa com a fama que o papel lhe trouxe. Embora o sucesso de Romeu e Julieta tenha imortalizado a sua performance, a atriz falou abertamente sobre os desafios emocionais e as angústias associadas ao impacto do filme na sua vida.

Um Tributo à Imortalidade Artística

Olivia Hussey será recordada como uma das grandes intérpretes do cinema, especialmente pela sua interpretação de Julieta, que continua a ser exibida em escolas e universidades como uma porta de entrada para o mundo de Shakespeare. A sua atuação capturou o espírito de uma juventude apaixonada e vulnerável, perpetuando a história de amor mais célebre da literatura.

ver também: Mel Gibson: De Mad Max ao Grande Herói dos Anos 90

O seu legado é uma prova do poder do cinema em imortalizar emoções humanas e conectar gerações. Olivia Hussey, a eterna Julieta, despede-se do palco da vida, mas a sua estrela continuará a brilhar no firmamento cinematográfico.

O Cinema com Cheiro: Uma Experiência que Falhou Redondamente

A ideia de envolver todos os sentidos no cinema, incluindo o olfato, parecia uma revolução inevitável para a sétima arte. O “cinema com cheiro” — também conhecido como Smell-O-Vision — surgiu como uma promessa inovadora para tornar as experiências cinematográficas mais imersivas. Contudo, esta tentativa audaciosa rapidamente se tornou numa das maiores falhas da história do entretenimento.

ver também : 1989: O Ano em que Winona Ryder, Jodie Foster e Julia Roberts Redefiniram Hollywood

Smell-O-Vision: O Futuro do Cinema em 1960

O conceito de integrar aromas no cinema remonta à década de 1910, mas foi em 1960 que a ideia ganhou forma concreta com o sistema Smell-O-Vision. Desenvolvido por Hans Laube, o Smell-O-Vision foi promovido como a próxima grande revolução cinematográfica, estreando com o filme Scent of Mystery, produzido por Mike Todd Jr..

A tecnologia consistia numa rede de tubos instalada nos cinemas, que lançava fragrâncias específicas em momentos-chave do filme. Por exemplo, quando uma personagem acendia um cigarro ou caminhava por um campo de flores, o público era “transportado” para a cena através do cheiro correspondente.

Grandes Expectativas, Resultados Desastrosos

Apesar do entusiasmo inicial, a estreia de Scent of Mystery revelou as fraquezas do Smell-O-Vision. Os problemas técnicos foram evidentes desde o início:

1. Sincronização Deficiente: Muitas vezes, os aromas chegavam atrasados ou muito antes da cena correspondente.

2. Cheiros Persistentes: Algumas fragrâncias permaneciam no ar por demasiado tempo, misturando-se de forma desagradável.

3. Experiência Desconfortável: O sistema era barulhento, e muitos espectadores queixaram-se de dores de cabeça ou enjoo devido à intensidade dos cheiros.

A experiência, longe de ser imersiva, tornou-se confusa e, por vezes, até cómica. Os espectadores acabaram mais distraídos com a tecnologia do que com o enredo do filme.

Outras Tentativas e o Declínio do Cinema Olfativo

Após o fracasso do Smell-O-Vision, outros sistemas tentaram implementar o conceito de cheiros no cinema. Um deles foi o AromaRama, que difundia fragrâncias pelo sistema de ar condicionado do cinema. Apesar de ligeiras melhorias, a tecnologia também não conseguiu capturar a atenção do público.

ver também : Sapatos de Rubi de “O Feiticeiro de Oz” Vendidos por 28 Milhões de Dólares em Leilão Histórico

Nos anos seguintes, o conceito foi ocasionalmente revisitado com adaptações mais simples, como cartões arranháveis (os Scratch and Sniff), usados em filmes como Rugrats Go Wild (2003). Contudo, estas tentativas eram vistas mais como curiosidades do que como inovações sérias.

Por Que Falhou o Cinema com Cheiro?

O fracasso do Smell-O-Vision e das suas variantes está ligado a vários fatores:

1. Limitações Técnicas: A tecnologia da época não era avançada o suficiente para distribuir aromas de forma precisa e eficiente.

2. Preferências do Público: O olfato é um sentido extremamente subjetivo, e o que pode ser agradável para uns pode ser irritante ou desconfortável para outros.

3. Custo e Complexidade: A instalação e manutenção dos sistemas de distribuição de cheiros eram caras, tornando a ideia economicamente inviável.

A Fascinação pelo Olfato no Entretenimento

Embora o cinema com cheiro tenha falhado, a fascinação por envolver o olfato no entretenimento continua. Recentemente, experiências de realidade virtual começaram a explorar formas de integrar aromas para tornar as simulações mais realistas. No entanto, o sucesso destas iniciativas ainda é limitado e enfrenta desafios semelhantes aos do passado.

Legado do Smell-O-Vision: Uma Lição para o Futuro

O Smell-O-Vision tornou-se um exemplo clássico de como a inovação tecnológica nem sempre é sinónimo de sucesso. Apesar de ter sido uma ideia visionária, a execução ficou aquém das expectativas. No entanto, a história do cinema com cheiro é também um testemunho do desejo humano de expandir os limites da experiência artística, mesmo quando isso envolve riscos e fracassos.

Quem sabe? Talvez um dia o cheiro volte a ser introduzido no cinema, desta vez com uma abordagem mais eficaz e menos invasiva. Até lá, o Smell-O-Vision permanece como um lembrete de que nem todas as inovações são tão boas na prática quanto no papel.

Sapatos de Rubi de “O Feiticeiro de Oz” Vendidos por 28 Milhões de Dólares em Leilão Histórico

Os icónicos sapatos de rubi usados por Judy Garland no clássico de 1939, O Feiticeiro de Oz, foram arrematados por um impressionante valor de 28 milhões de dólares num leilão recente. Este par é um dos quatro que sobreviveram às décadas desde o lançamento do filme e tornou-se num dos itens mais desejados por colecionadores de memorabilia cinematográfica.

ver também :As Melhores Séries de 2024: Um Ano Memorável para a Televisão

Um Ícone do Cinema

Os sapatos de rubi desempenham um papel central na narrativa de O Feiticeiro de Oz, sendo o objeto que guia Dorothy na sua jornada mágica até casa. Mais do que um adereço, eles simbolizam esperança e determinação, tornando-se um dos artefactos mais reconhecidos da história do cinema.

O elevado valor alcançado no leilão demonstra o fascínio contínuo pelo filme, que se mantém como um marco cultural e uma referência no cinema de fantasia.

A Preservação de um Tesouro Cinematográfico

Além do valor monetário, os sapatos de rubi têm um significado histórico e sentimental para fãs e historiadores de cinema. Os restantes pares estão espalhados entre museus e coleções privadas, com este par em particular a ser considerado um dos mais bem preservados.

A venda reflete não só o amor pela obra-prima de Victor Fleming, mas também uma crescente valorização da memorabilia de Hollywood, especialmente de uma época considerada o “período dourado” do cinema.

O Legado de Judy Garland e de O Feiticeiro de Oz

Judy Garland, que tinha apenas 16 anos quando interpretou Dorothy, permanece uma das figuras mais adoradas da história do cinema. O Feiticeiro de Oz continua a inspirar gerações, e esta venda recorde é uma prova do impacto duradouro do filme e dos seus icónicos adereços.

ver também : Filme Perdido de John Ford Redescoberto no Chile Após Um Século

Para os fãs, a venda dos sapatos de rubi é mais do que uma transação; é um testemunho do poder do cinema em criar objetos que transcendem o tempo e a tela.

Sean Connery: O Ícone Inesquecível do Cinema que Definiu uma Era

Sean Connery, cujo nome está intimamente ligado ao lendário papel de James Bond, foi muito mais do que o agente secreto 007. Com uma carreira que atravessou mais de cinco décadas, Connery tornou-se um ícone do cinema, conhecido pelo seu charme, carisma e presença única no ecrã. Nascido em Edimburgo, a 25 de agosto de 1930, o ator começou a vida em circunstâncias humildes, mas o seu talento e perseverança levaram-no a conquistar os mais altos píncaros da indústria cinematográfica.

ver também : Os 10 Piores Filmes de Super-Heróis de Todos os Tempos

Connery tornou-se internacionalmente famoso quando assumiu o papel de James Bond, uma personagem que interpretaria em sete filmes da franquia, começando com Dr. No (1962). A sua interpretação do espião britânico moldou o imaginário popular do agente secreto: sofisticado, mas perigoso, galante, mas letal. Connery personificou Bond de uma forma que nenhum outro ator conseguiu igualar. Mesmo após a sua saída da série, a sombra do seu Bond original continuou a pairar sobre as versões subsequentes da personagem. Contudo, reduzir Connery apenas a James Bond seria subestimar o seu imenso alcance como ator.

Ao longo da sua carreira, Connery provou ser versátil, estrelando em diversos géneros, desde dramas históricos até comédias e filmes de ação. Ganhou um Óscar de Melhor Ator Secundário pelo seu papel em The Untouchables (1987), no qual interpretou um polícia veterano de Chicago. Connery sempre escolheu os seus papéis com um olho atento à qualidade, recusando estereótipos e desafiando-se a explorar novas facetas do seu talento. Outras obras memoráveis incluem Indiana Jones e a Última Cruzada (1989), onde desempenhou o papel do pai do famoso arqueólogo, e A Rocha (1996), onde mostrou que, mesmo aos 66 anos, ainda podia ser uma estrela de ação.

A decisão de se retirar do cinema em 2003, após o lançamento de A Liga de Cavalheiros Extraordinários, foi recebida com surpresa pelos fãs e pela indústria. Connery, frustrado com a produção do filme e desiludido com a evolução do cinema moderno, optou por afastar-se dos ecrãs. A indústria, que estava a mudar rapidamente, tornou-se um lugar que Connery já não reconhecia e, aos 73 anos, sentiu que era o momento certo para se afastar. Embora o seu amor pelo cinema nunca tenha desaparecido, Connery preferiu passar os seus últimos anos numa tranquilidade que há muito lhe escapava.

ver também : Os 10 Piores Filmes de Drama de Todos os Tempos, Segundo Roger Ebert

Após a sua retirada, Connery fixou residência nas Bahamas, onde viveu com a sua esposa, Micheline Roquebrune, uma pintora franco-marroquina com quem foi casado por mais de 40 anos. Durante o seu tempo de retiro, Connery manteve uma vida privada e discreta, aproveitando o tempo com a família e dedicando-se a hobbies como o golfe. Este período de paz contrastou fortemente com a intensidade da sua vida como estrela de cinema, permitindo-lhe encontrar um equilíbrio que muitas celebridades raramente alcançam.

No entanto, os últimos anos da vida de Connery foram marcados por um declínio de saúde. Em 2013, tornou-se público que o ator sofria de demência, uma condição que levou a uma diminuição das suas aparições públicas. A sua esposa, Micheline, foi um dos seus maiores apoios durante este período, garantindo que Connery recebia os melhores cuidados possíveis. Apesar da sua doença, Connery manteve-se o homem digno e orgulhoso que sempre fora, mesmo à medida que as suas memórias se desvaneciam.

A 31 de outubro de 2020, Connery faleceu pacificamente durante o sono, na sua casa nas Bahamas, aos 90 anos. A notícia da sua morte foi um golpe para fãs e colegas de todo o mundo, e as homenagens não se fizeram esperar. Daniel Craig, o mais recente ator a interpretar James Bond, descreveu Connery como um “homem com muito estilo e carisma”, enquanto Harrison Ford relembrou a sua amizade e parceria no set de Indiana Jones e a Última Cruzada. O mundo do cinema perdeu não apenas um ícone, mas um homem cuja paixão pela sua arte inspirou gerações.

Após a sua morte, a sua esposa revelou que Connery desejava um fim calmo e sem sofrimento, algo que felizmente conseguiu. Apesar do fardo da doença, a família de Connery assegurou que os seus últimos momentos fossem tranquilos e longe dos olhares do público, em linha com a sua natureza reservada.

O legado de Sean Connery no cinema é inegável. Ele não apenas definiu o papel de James Bond, mas também mostrou ao mundo que era um ator de uma profundidade incrível. A sua presença no ecrã, a sua voz inconfundível e o seu charme eterno continuarão a ser celebrados pelas gerações vindouras. Mais do que uma estrela de cinema, Connery foi um artista que trouxe dignidade, gravidade e carisma a cada papel que desempenhou, deixando uma marca indelével no mundo do entretenimento.

Dennis Hopper e David Lynch: Uma Parceria Inesperada em “Blue Velvet”

Em 1986, o filme “Blue Velvet” (Veludo Azul), realizado por David Lynch, abalou o cinema com a sua visão única e perturbadora do subúrbio americano. Uma das escolhas mais controversas e ao mesmo tempo geniais de Lynch para o filme foi o casting de Dennis Hopper no papel de Frank Booth, um vilão intenso e inesquecível. A decisão de Lynch de contratar Hopper foi, desde o início, envolta em controvérsia e risco, mas acabou por se tornar uma das decisões mais emblemáticas da sua carreira.

ver também : Gene Hackman: Uma Carreira de Altos e Baixos

A Escolha Audaciosa de Dennis Hopper

David Lynch enfrentou resistência quando expressou o desejo de contratar Dennis Hopper para o papel de Frank Booth. Hopper, na altura, era conhecido tanto pelo seu talento quanto pelos seus problemas com o abuso de substâncias. Em “Room to Dream”, o seu livro de memórias, Lynch relembra como foi desaconselhado por várias pessoas no set. “Disseram-me: ‘Não podes contratar o Hopper – ele vai ficar fora de si e nunca vais conseguir o que queres'”, recorda Lynch. No entanto, o realizador sentiu desde o início que Hopper era o único ator capaz de encarnar Frank Booth.

A convicção de Lynch não foi apenas uma questão de teimosia. Ele tinha uma admiração profunda pelo trabalho de Hopper em filmes como “Giant”, “Rebel Without a Cause”, e “The American Friend”. Estes filmes demonstravam a capacidade única de Hopper de combinar dureza com vulnerabilidade, características essenciais para o complexo papel de Frank Booth. Quando o agente de Hopper informou Lynch de que o ator estava sóbrio e a trabalhar com sucesso em outros projetos, Lynch não hesitou em contactá-lo. “Dennis ligou-me e disse: ‘Tenho de interpretar o Frank Booth porque eu sou o Frank Booth’,” recorda Lynch. Para ele, essa era uma revelação ao mesmo tempo “boa e má”, mas o realizador não teve dúvidas ao contratar o ator.

A Magia de Hopper no Set de Filmagens

Durante as filmagens de “Blue Velvet”, ficou claro que a intuição de Lynch estava correta. Dennis Hopper trouxe uma intensidade inigualável ao papel de Frank Booth, uma performance que capturou tanto o terror quanto a vulnerabilidade do personagem. Lynch descreve um momento memorável durante uma cena onde Frank Booth observa Dorothy Vallens, interpretada por Isabella Rossellini, a cantar. Hopper começa a chorar, uma expressão de emoção que Lynch considerou “totalmente perfeita”. Este momento encapsulou a essência do personagem, uma fusão de brutalidade e sensibilidade, algo raro de se ver no cinema contemporâneo.

ver também : Sequela de “Beetlejuice”, de Tim Burton, será o filme de abertura do Festival de Cinema de Veneza

Lynch refletiu sobre como essa performance encapsulava o espírito dos rebeldes dos anos 50, uma época em que “um homem podia chorar e isso era totalmente aceitável e depois bater em alguém no minuto seguinte”. Para Lynch, esta era a poesia que faltava nos personagens masculinos modernos, que muitas vezes são retratados de forma unidimensional.

A Sorte e as Surpresas Durante a Produção

Apesar das preocupações iniciais sobre a contratação de Hopper, a produção de “Blue Velvet” foi marcada por momentos de sorte e mudanças inesperadas que acabaram por beneficiar o filme. Originalmente, Hopper iria cantar “In Dreams”, mas devido a problemas de memória associados ao seu passado de abuso de drogas, o papel foi transferido para Dean Stockwell. Esta mudança revelou-se um golpe de sorte, pois a interação entre Hopper e Stockwell adicionou uma camada inesperada de profundidade e humor ao filme. Lynch relembra o momento: “Dennis estava a olhar para Dean, e pensei: ‘Isto é tão perfeito’, e tudo mudou.”

Um Respeito Peculiar no Set

A relação entre Lynch e Hopper foi marcada por um respeito mútuo, apesar das suas diferenças. Uma das memórias mais queridas de Hopper no set foi o facto de Lynch nunca usar a palavra “f*ck”, mesmo quando era uma parte essencial do diálogo de Frank Booth. Hopper brincava: “Ele pode escrevê-la, mas não a vai dizer. Ele é um homem peculiar.”

Conclusão

A decisão de David Lynch de confiar em Dennis Hopper para o papel de Frank Booth em “Blue Velvet” é um exemplo perfeito de como correr riscos pode resultar em magia cinematográfica. Hopper trouxe uma profundidade e intensidade ao papel que poucos outros atores poderiam ter alcançado, e a sua performance continua a ser um dos aspectos mais memoráveis do filme. A colaboração entre Lynch e Hopper destaca a importância da intuição e da fé nas decisões criativas, algo que qualquer clube de cinema deve valorizar e discutir.


Tags de SEO: Dennis Hopper, David Lynch, Blue Velvet, Frank Booth, cinema dos anos 80, Isabella Rossellini, filmes icónicos, abuso de substâncias, Dean Stockwell, história do cinema

Johnny Depp e o Papel de Edward Mãos de Tesoura: Uma Jornada de Insegurança a Emoção Profunda

Quando pensamos em Johnny Depp, um dos primeiros papéis que nos vem à mente é o icónico Edward Mãos de Tesoura, uma personagem que se tornou emblemática na sua carreira. No entanto, nem sempre foi certo que Depp conseguiria este papel que mudaria a sua vida. De facto, o ator inicialmente sentiu que não tinha hipóteses de ser escolhido para o papel e estava relutante até mesmo em se encontrar com o realizador Tim Burton, temendo que o seu passado como ator de televisão jogasse contra ele.

ver também : Ridley Scott Cita “Blade Runner” como um dos Seus Filmes Favoritos e Reflete Sobre o Impacto no Cinema

Numa entrevista para a Interview Magazine, Depp revelou: “Eu queria [encontrar-me com ele], mas pensei que era inútil. Tracey [Jacobs, a agente de Depp] forçou-me. Eu apenas disse, ‘De jeito nenhum, é embaraçoso.’ Sabes, algo que queres tanto e ele nunca vai ver-me como isso, nunca.” Na época, Depp era mais conhecido pelo seu papel na série dramática policial 21 Jump Street, e isso alimentava a sua insegurança sobre ser levado a sério para um papel tão diferente.

Depp contou que pensava que Tim Burton iria desconsiderar a sua audição devido ao seu histórico na televisão: “‘Aaw, um ator de televisão, que se lixe.’ Toda a gente queria aquele papel, por isso eu só pensei, ‘Por que raio ele o daria a mim?'” Apesar das suas dúvidas, Burton viu algo especial em Depp e acabou por lançá-lo no papel que viria a definir a sua carreira e a estabelecer uma longa colaboração entre os dois.

Uma Conexão Profunda com a Personagem

A insegurança inicial de Depp sobre o papel de Edward Mãos de Tesoura foi rapidamente superada quando ele mergulhou na personagem. Depp sentiu uma conexão profunda com Edward, um ser inocente e incompreendido, que ressoou com o próprio ator. Esta ligação emocional ficou especialmente evidente quando as filmagens estavam a chegar ao fim.

ver também : “O Cinema Está Muito Mal”: Brian Cox Critica Domínio dos Super-Heróis e Fala Sobre Hugh Jackman e Ryan Reynolds

“Eu lembro-me que era o 89º dia [de filmagens] — mesmo antes de fazer a minha última cena no filme, que era fazer a escultura de gelo com Kim, a personagem de Winona [Ryder],” Depp relembrou. “E eu lembro-me de colocar a maquilhagem, e tudo mais, e olhar no espelho mesmo antes de ir para o set, e estou a pensar, ‘Caramba, esta é a última vez que vou ver este tipo,’ sabes, é isso, esta é a última vez. Foi como dizer adeus.”

Este momento final foi muito emotivo para Depp, que sentiu uma tristeza profunda ao perceber que estava a despedir-se de uma personagem que ele tinha aprendido a amar. Ele descreveu o sentimento como “bizarro” e recordou como as lágrimas vieram enquanto se preparava para deixar Edward para trás.

O Legado de Edward Mãos de Tesoura

O papel de Edward Mãos de Tesoura não só lançou Depp ao estrelato, mas também cimentou o seu status como um ator versátil, capaz de interpretar personagens complexas e emotivas. A colaboração com Tim Burton abriu portas para muitos outros papéis memoráveis ao longo da sua carreira. O filme continua a ser uma peça fundamental no repertório de Johnny Depp, mostrando como uma conexão emocional profunda com uma personagem pode criar uma performance inesquecível.

Tags de SEO: .

Como uma Fotografia Mudou o Rumo da Franquia 007

Imagine ver uma fotografia tão impressionante que altera o curso de uma lendária franquia de filmes. Foi exatamente isso que aconteceu quando Dana Broccoli, esposa do produtor de 007, Albert “Cubby” Broccoli, deparou-se com uma imagem do jovem Sean Connery. Ao vê-la, exclamou imediatamente: “Aqui está o James Bond!”

Esta não foi uma observação casual; foi uma mudança de jogo. Ian Fleming, o criador de James Bond, inicialmente imaginou Cary Grant no papel. Cubby Broccoli, por sua vez, tinha Peter O’Toole em mente. Mas foi o olhar atento de Dana que fez a chamada de casting do século. A sua intuição levou Sean Connery a tornar-se o rosto icónico de James Bond, redefinindo o personagem para as gerações futuras.

veja também : Henry Cavill protagoniza reboot de “Highlander” com novidades reveladas pelo realizador de “John Wick”

A Origem do Momento Decisivo

Nos anos 60, a busca pelo ator perfeito para interpretar James Bond era intensa. A personagem, nascida das páginas dos romances de Ian Fleming, precisava de uma presença que encapsulasse charme, força e sofisticação. Cary Grant, uma estrela estabelecida, parecia uma escolha natural para Fleming, enquanto Peter O’Toole, com o seu talento dramático, era o favorito de Cubby Broccoli.

No entanto, tudo mudou com uma simples fotografia. Dana Broccoli estava a folhear uma coleção de imagens quando se deparou com Sean Connery. Naquele instante, ela viu algo que ninguém mais tinha visto – a essência de James Bond capturada em uma única imagem.

A Escolha que Redefiniu James Bond

Convencer Fleming e Cubby não foi tarefa fácil. Connery não era uma estrela de cinema consolidada na época, e muitos tinham dúvidas sobre se ele poderia dar vida ao agente secreto britânico de forma convincente. Contudo, a determinação de Dana Broccoli foi inabalável. Ela acreditava que Connery tinha o carisma e a presença necessários para tornar Bond um ícone cinematográfico.

Eventualmente, a visão de Dana prevaleceu. Sean Connery foi escolhido para o papel e fez a sua estreia como James Bond em “Dr. No” (1962). A sua interpretação de Bond combinava dureza com sofisticação, criando uma nova imagem para o espião que rapidamente conquistou o público. Connery não apenas desempenhou o papel; ele encarnou a personagem, estabelecendo um padrão que influenciaria todos os futuros intérpretes de 007.

veja também : 28 Years Later”: A Sequela de Ficção Científica com Cillian Murphy

O Impacto Duradouro de uma Fotografia

A decisão de casting tomada por Dana Broccoli teve repercussões profundas na franquia de James Bond. Sean Connery interpretou Bond em sete filmes, e o seu impacto é sentido até hoje. Cada ator que assumiu o manto de 007, desde Roger Moore a Daniel Craig, teve que medir-se contra o legado deixado por Connery.

Esta história ilustra o poder de uma fotografia bem-timed. Uma simples imagem foi suficiente para mudar a trajetória de uma das franquias mais duradouras do cinema. Dana Broccoli, com o seu olhar atento, não apenas escolheu um ator; ela ajudou a definir um legado que continua a cativar o público mundialmente.

Conclusão

A intuição e o olhar crítico de Dana Broccoli provaram ser um ponto de viragem na história do cinema. A escolha de Sean Connery como James Bond transformou não apenas a sua carreira, mas também a própria franquia 007. Este evento destaca como momentos aparentemente pequenos podem ter impactos monumentais, especialmente no mundo do cinema, onde a visão e a escolha certas podem criar lendas.