Paul Bettany Confessa Que Nunca Mais Viu A Knight’s Tale: “Tenho Muitas Razões, Mas a Principal É Que Sinto Demasiadas Saudades do Heath” 💔🎬

O ator de WandaVision emocionou o público ao recordar o amigo e colega Heath Ledger, falecido em 2008

Durante uma conversa com fãs na L.A. Comic Con, Paul Bettany revelou um detalhe profundamente comovente sobre a sua carreira: nunca mais reviu A Knight’s Tale (Destino de Cavaleiro, 2001) desde a estreia. O motivo? As saudades do seu colega e amigo Heath Ledger.

“Vi o filme quando saiu. Nunca mais o revi. Há muitas razões para isso… e uma delas é que sinto demasiadas saudades do Heath”, confessou Bettany, visivelmente emocionado.

O ator, hoje conhecido por dar vida a Vision no universo Marvel, partilhou o momento ao lado da sua colega de WandaVisionElizabeth Olsen, durante um painel que misturou humor, nostalgia e, por momentos, uma sincera melancolia.

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Uma amizade que nasceu nas filmagens

Em A Knight’s Tale, realizado por Brian Helgeland, Bettany interpretou o poeta Geoffrey Chaucer, enquanto Ledger deu vida a William Thatcher — o jovem escudeiro que desafia o destino e se faz passar por cavaleiro em torneios medievais. O elenco incluía ainda Rufus SewellAlan Tudyk e Shannyn Sossamon.

O filme, uma mistura improvável de aventura medieval e espírito rock’n’roll, marcou o início da ascensão de Ledger em Hollywood — e também a de Bettany, que se tornaria um rosto recorrente no cinema americano.

Em 2021, o ator já havia falado sobre o colega, descrevendo-o como alguém absolutamente luminoso:

“Ele tinha uma luz que irradiava. Era um verdadeiro astro. Bastava conhecê-lo e era impossível não se apaixonar por aquela energia. Era brincalhão, cheio de alegria, um espírito livre.”

Um início humilde e uma memória eterna

Bettany contou ainda que aceitou o papel em A Knight’s Tale simplesmente porque precisava de trabalho:

“Na altura, só queria pagar a renda e aprender. Tinha uma fome enorme de perceber como tudo funcionava num set.”

Mas o que começou como uma oportunidade profissional acabou por se tornar numa das experiências mais marcantes da sua vida. E é precisamente por isso que o ator evita voltar a ver o filme — porque cada cena lhe lembra a amizade com Heath Ledger, falecido tragicamente em 2008, aos 28 anos.

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Entre o luto e o legado

Ledger, que viria a ganhar o Óscar póstumo por The Dark Knight, continua a ser lembrado com carinho por colegas e fãs em todo o mundo. Para Bettany, a melhor forma de homenagear o amigo é manter viva a lembrança do tempo que partilharam — mesmo que isso signifique nunca mais ver o filme que os juntou.

“Foi como outra vida”, disse. “Mas ele continua comigo, de alguma forma.”

Michelle Williams Relembra Brokeback Mountain e a Derrota que Ainda Hoje nos Deixa de Coração Partido 💔🎬

Quase duas décadas depois da estreia de Brokeback Mountain, o filme continua a marcar quem o viu. E não somos só nós a sentirmo-nos assim: Michelle Williams, uma das protagonistas, também não esquece a emoção — nem a polémica — que acompanhou a estreia deste verdadeiro marco do cinema.

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Num episódio recente do programa Watch What Happens Live With Andy Cohen, a actriz esteve a promover a série Dying for Sex, mas acabou por revisitar aquele que é, para muitos, o filme mais importante da sua carreira. E bastou um elogio sincero do apresentador para abrir as comportas da memória.

Brokeback Mountain foi e continua a ser um dos meus dois filmes preferidos de sempre”, disse Andy Cohen. “Teve um impacto profundo em mim.” E Michelle Williams respondeu com uma afirmação certeira: “Sim, sabíamos que ia ser especial. Porque as pessoas foram muito abertas sobre o que significava para elas.”

“Nunca tinha visto homens adultos chorarem assim”

Williams recorda um momento marcante durante a promoção do filme: “Lembro-me de fazer o junket e pensar — não temos muitas oportunidades de ver homens adultos a chorar. Foi nesse momento que percebemos que o filme ia tocar as pessoas de forma muito especial.”

E tocou mesmo. Realizado por Ang Lee e baseado num conto de Annie Proulx, Brokeback Mountain conta a história de amor entre dois cowboys, Jack Twist (Jake Gyllenhaal) e Ennis Del Mar (Heath Ledger), num percurso íntimo, belo e devastador, ao longo de 20 anos. Michelle Williams e Anne Hathaway interpretaram as esposas das personagens principais — e ambos os casais viveram vidas assombradas por segredos e frustrações.

O filme estreou em 2005 e conquistou o mundo. Ganhou três Óscares (Melhor Realizador, Argumento Adaptado e Banda Sonora Original) e foi nomeado para outros cinco. Mas perdeu aquele que todos davam como certo: Melhor Filme. A vitória de Crash continua a ser uma das decisões mais controversas da história da Academia.

“Quem é que fala de Crash hoje em dia?”

Durante a entrevista, Andy Cohen não escondeu a sua indignação: “Estava tão irritado com aquela derrota. Crash?! Isso é que ganhou?” — ao que Michelle respondeu com ironia: “O que era mesmo Crash?”

O momento gerou gargalhadas, mas o tom de fundo era de frustração. Brokeback Mountain foi (e continua a ser) um dos filmes mais aclamados da sua geração. O impacto cultural, emocional e simbólico da obra é inegável. Já Crash… bem, poucos se lembram da história — e menos ainda se referem a ela com entusiasmo.

Uma derrota anunciada… nos bastidores

Anos mais tarde, o realizador Ang Lee revelou que estava, literalmente, a um passo de vencer o Óscar de Melhor Filme. Depois de receber o prémio de Melhor Realizador, foi instruído por um assistente de palco a permanecer nos bastidores. “Disseram-me: ‘Fica aqui. Toda a gente assume que vais ganhar.’ Fiquei ali, mesmo ao lado do palco. Vi o Jack Nicholson abrir o envelope. E depois ele disse: Crash.”

Lee foi também confrontado com a possibilidade de o filme ter perdido por causa de preconceito contra a história de amor gay. A resposta foi clara: “Sim, acho que sim.”

Uma ferida que ainda não sarou

Apesar de todas as conquistas, a derrota de Brokeback Mountain nos Óscares de 2006 continua a ser uma espinha cravada na história da Academia. Foi um momento de viragem, que revelou tanto sobre os limites da indústria quanto sobre os seus preconceitos.

Hoje, o filme permanece como símbolo de progresso — um dos primeiros a apresentar com sensibilidade e profundidade uma história de amor entre dois homens, numa altura em que isso era tudo menos comum em Hollywood. E o seu legado só cresce com o tempo.

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Como bem disse Michelle Williams, o impacto do filme foi visível nos olhos de quem chorava nos junkets. E continua a sê-lo nos nossos corações, cada vez que ouvimos “I wish I knew how to quit you.