Glenn Close Responde Aos Críticos de All’s Fair Com Humor — e Uma Referência a Atração Fatal

A atriz de 78 anos não ficou calada perante as duras críticas à nova série de Ryan Murphy — e usou um toque de humor negro inspirado no seu clássico de 1987 para defender Kim Kardashian.

As críticas a All’s Fair, a nova série de Ryan Murphy protagonizada por Kim Kardashian e um elenco de luxo que inclui Glenn CloseSarah PaulsonNaomi Watts e Niecy Nash-Betts, têm sido arrasadoras. Mas Glenn Close, fiel à sua reputação de mulher de garra, não deixou o ataque passar em branco.

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Num gesto carregado de ironia e referências cinematográficas, a atriz partilhou no Instagram um desenho da equipa da série junto de uma panela com um coelho a ferver, acompanhada pela legenda: “👏👏👏👏👏😂”.

A ilustração é uma clara alusão a Atração Fatal (Fatal Attraction, 1987), o thriller psicológico que lhe valeu uma nomeação ao Óscar e onde a sua personagem, Alex Forrest, infamemente cozinha o coelho de estimação da filha do amante.

🔥 Uma resposta à altura

A publicação surgiu dias depois de a crítica norte-americana ter arrasado a série, chamando-a de “um desastre total”, “a pior série do ano” e “televisão feita em modo automático”. All’s Fair estreou com um devastador 0% no Rotten Tomatoes, e embora a pontuação do público tenha subido ligeiramente, o consenso entre os críticos continua longe de ser positivo.

O gesto de Close foi recebido com entusiasmo pelos colegas de elenco — Naomi Watts e Teyana Taylor reagiram com emojis de aplausos e gargalhadas, apoiando o espírito bem-humorado da veterana atriz.

⚖️ All’s Fair — entre o escândalo e a sátira

Criada por Ryan Murphy (American Horror StoryGlee), a série segue um grupo de advogadas poderosas que abrem o seu próprio escritório para representar mulheres ricas e influentes em casos de divórcio e vingança.

Kim Kardashian, que interpreta Allura Grant, uma advogada de divórcios implacável inspirada na sua própria experiência com o sistema judicial, tem sido o principal alvo das críticas — especialmente pela sua interpretação considerada “rígida” e “sem emoção”. Ainda assim, a série tem atraído audiências curiosas, impulsionada pelo seu tom camp e pela presença de nomes de peso no elenco.

💬 Glenn Close e o poder da ironia

Ao brincar com um dos papéis mais icónicos da sua carreira, Glenn Close mostrou que continua a dominar a arte de responder sem precisar de palavras — apenas com uma imagem provocadora.

A atriz, nomeada oito vezes ao Óscar, parece não se deixar abalar pelas críticas: se All’s Fair divide opiniões, a sua publicação uniu fãs e colegas numa gargalhada cúmplice.

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E, como disse um dos comentários mais populares no Instagram:

“Se Glenn Close está a cozinhar coelhos, é sinal de que a coisa vai aquecer.”

Tudo é Justo — A Nova Série de Ryan Murphy com Kim Kardashian é Arrasada pela Crítica Internacional

O drama jurídico estrelado por Kim Kardashian já estreou na Disney+ em Portugal, mas as primeiras reações da crítica lá fora são demolidoras.

A mais recente criação de Ryan MurphyTudo é Justo (All’s Fair no original), já chegou à Disney+ em Portugal, mas o lançamento foi tudo menos pacífico. A série, protagonizada por Kim Kardashian no papel da advogada de divórcios Allura Grant, tem sido alvo de duras críticas internacionais — e o público está profundamente dividido.

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O que dizem lá fora

Logo após a estreia, Tudo é Justo registou um impressionante 0 % de aprovação no Rotten Tomatoes, número que entretanto subiu ligeiramente para 6 %, mas que continua a refletir uma receção crítica desastrosa.

A revista The Hollywood Reporter não poupou palavras, descrevendo a performance de Kardashian como “rígida e sem uma única nota autêntica”. Já o The Telegraph foi ainda mais mordaz, chamando a série de “crime contra a televisão”.

The Guardian, que atribuiu zero estrelas, escreveu:

“Nem Glenn Close consegue salvar este desastre de Ryan Murphy, com enredos miseráveis, personagens sem rumo — e as piores cenas de beijo alguma vez filmadas.”

Ainda assim, nem tudo é negativo. O público comum parece estar mais aberto à experiência: o índice de audiência da Rotten Tomatoes (o chamado Popcorn Meter) indica cerca de 62 % de aprovação, sugerindo que há quem esteja a apreciar o caos camp e o tom exagerado da produção.

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Glenn Close e o Final Alterado de “Atração Fatal”: Uma Batalha Perdida que Mudou o Cinema

Passaram mais de três décadas desde a estreia de Atração Fatal (1987), mas para Glenn Close, a memória da batalha em torno do final do filme continua viva. Durante uma conversa no programa de Drew Barrymore, a atriz revisitou o impacto cultural do thriller psicológico e a revolta que sentiu ao ver o destino da sua personagem, Alex Forrest, ser radicalmente alterado por motivos comerciais.

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O Final Original: Complexidade e Tragédia

No guião original, o final apresentava Alex a atacar Dan Gallagher (Michael Douglas) com uma faca de cozinha antes de usar a mesma arma para se suicidar. Este desfecho trágico tinha como objetivo sublinhar a fragilidade psicológica de Alex e criar um dilema moral ao incriminar Dan, cujas impressões digitais ficariam na faca.

“A pesquisa que fiz mostrou-me que Alex era uma mulher profundamente perturbada, mas não uma psicopata,” explicou Glenn Close. “Ela teria escolhido o suicídio antes de cometer um homicídio.”

A Mudança Imposta e a Luta de Glenn Close

Com base em testes de audiência, o estúdio decidiu alterar o final para que Alex voltasse a atacar a família de Dan, culminando numa luta que resultava na sua morte às mãos da esposa, Beth (Anne Archer). A decisão visava satisfazer um público que “odiava Alex por se intrometer na família perfeita de Dan,” como revelou Close.

A atriz opôs-se fervorosamente à mudança, argumentando que o novo final traía a essência da personagem. Glenn recordou a reunião com o realizador Adrian Lyne, Michael Douglas e produtores: “Eu perguntei-lhes: ‘E se fosse a tua personagem? O que farias?’” Contudo, a resposta de Douglas foi pragmática: “Querida, sou uma prostituta. Quero que o filme seja um sucesso.”

Apesar das suas objeções, Close acabou por ceder após uma conversa com o colega e amigo William Hurt, que a incentivou a seguir em frente com a equipa.

Um Final Polémico e um Fenómeno Cultural

A versão alterada tornou Alex Forrest numa das vilãs mais icónicas do cinema, marcando a personagem como “a mulher mais odiada da América.” Atração Fatal transcendeu as salas de cinema, gerando debates sobre infidelidade, saúde mental e dinâmicas de género.

Embora tenha sido nomeada para o Óscar de Melhor Atriz pelo papel, Glenn Close continua a defender que Alex era uma mulher vulnerável e não a “psicopata” retratada no final do filme. Em 2018, numa conferência na Universidade de Oxford, reconheceu que o final alternativo foi crucial para o sucesso comercial do filme, ao oferecer ao público uma catarse emocional e a esperança de uma “família unida” após o pesadelo.

Legado de “Atração Fatal”

Mais do que um thriller de sucesso, Atração Fatal tornou-se um marco cultural, abordando temas complexos com interpretações memoráveis. Apesar de ter perdido a batalha pelo final, Glenn Close destacou-se como uma força criativa, dando profundidade a uma personagem que continua a ser tema de discussão décadas depois.

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