Djimon Hounsou Expõe a Realidade de Hollywood: “Ainda Luto Para Sobreviver”

Apesar de ter sido nomeado duas vezes para os Óscares e de ter participado em alguns dos maiores blockbusters das últimas décadas, Djimon Hounsou revelou que ainda luta para se sustentar financeiramente em Hollywood.

O ator beninense, conhecido pelas suas performances em filmes como Gladiador (2000), Diamante de Sangue (2006) e Amistad (1997), fez esta confissão numa entrevista recente à CNN’s African Voices Changemakers, onde denunciou o racismo sistémico e a falta de oportunidades justas na indústria do cinema.

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Um Talento Subestimado e Mal Pago

Com uma carreira que já ultrapassa as duas décadas, Djimon Hounsou afirmou que, apesar do reconhecimento crítico, ainda enfrenta dificuldades financeiras.

“Estou há mais de 20 anos a fazer filmes, com duas nomeações para os Óscares e participações em vários blockbusters, mas ainda luto para sobreviver. Sou definitivamente mal pago.”

Segundo o ator, mesmo após a sua estreia de grande impacto em Amistad, de Steven Spielberg, sentiu-se discriminado e ignorado pela indústria. Embora tenha sido nomeado para os Globos de Ouro, não recebeu uma indicação aos Óscares, algo que ele acredita estar relacionado com xenofobia e racismo.

“Na altura disseram que eu tinha acabado de sair do barco e das ruas. Mesmo tendo feito aquele filme com sucesso, não me viam como um ator digno de respeito.”

Racismo Sistémico e Oportunidades Desiguais

Hounsou já havia falado anteriormente sobre as dificuldades que enfrenta para conseguir papéis e salários justos, comparando-se a colegas que, com menos prestígio, conseguiram construir fortunas.

“Vejo pessoas no negócio que têm muito menos prémios e reconhecimento do que eu, mas que estão muito mais confortáveis financeiramente. Sinto-me enganado, tremendamente enganado.”

O ator lamenta que Hollywood ainda o veja como um estrangeiro, mesmo depois de tantos anos e sucessos. Ele já teve reuniões com estúdios onde ouviu frases como:

“Pensávamos que tinhas feito Amistad e depois desapareceste. Não sabíamos que estavas aqui como um verdadeiro ator.”

Segundo Hounsou, a luta pela diversidade e equidade na indústria do cinema ainda tem um longo caminho a percorrer.

Futuro Promissor, Mas Ainda com Desafios

Apesar das dificuldades, Djimon Hounsou não desiste e continua a trabalhar em novos projetos. O ator vai protagonizar vários thrillers, incluindo o filme de terror The Monster, dirigido por Darren Lynn Bousman (Saw), um filme de tubarões ao lado de Phoebe Dynevor, intitulado Beneath the Storm, e o intenso The Zealot, com Kodi Smit-McPhee.

Recentemente, também apareceu em sucessos como Shazam! Fúria dos Deuses e Gran Turismo, mas ainda não encontrou um projeto que, segundo ele, “lhe pague o que merece”.

“Nunca fiz um filme que me pagasse de forma justa.”

A questão levantada por Hounsou ressoa num momento em que a indústria de Hollywood enfrenta discussões sobre equidade salarial e representatividade racial. A sua história serve como um lembrete de que, mesmo com talento e reconhecimento, muitos artistas ainda enfrentam barreiras para obter o devido sucesso financeiro e profissional.

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Adam Somner: A despedida de um gigante do cinema

O mundo do cinema despede-se de Adam Somner, um dos assistentes de direção mais reconhecidos e respeitados da indústria, que faleceu aos 57 anos após uma longa batalha contra o cancro. Com uma carreira que abrange mais de 75 créditos, Somner trabalhou ao lado de realizadores como Steven SpielbergRidley Scott e Martin Scorsese, deixando uma marca indelével em algumas das maiores produções de Hollywood.

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Uma carreira brilhante por trás das câmaras
Somner participou em filmes icónicos como “Gladiador”“The Wolf of Wall Street”“Birdman” e “There Will Be Blood”, sendo nomeado para um Óscar pelo seu trabalho como produtor em “Licorice Pizza”. Conhecido pela sua capacidade de gerir produções complexas, foi uma figura essencial nos bastidores, garantindo que as visões dos realizadores se tornassem realidade.

Homenagens emocionadas
Grandes nomes do cinema, como Spielberg e Scorsese, prestaram tributo à sua memória, destacando não apenas o seu profissionalismo, mas também a sua humanidade e paixão pelo cinema. “Adam era mais do que um assistente de direção, era um parceiro criativo indispensável”, afirmou Spielberg.

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Um legado duradouro
Embora tenha partido cedo, Adam Somner deixa um legado inspirador para futuras gerações de cineastas e profissionais da indústria, mostrando que o trabalho por detrás das câmaras é tão importante quanto o que vemos no ecrã.

Ridley Scott Revela os Bastidores Tensos de “Gladiador” e as Dúvidas de Joaquin Phoenix

Durante uma recente entrevista, o realizador Ridley Scott partilhou uma história inédita sobre os bastidores de Gladiador, o épico que protagonizou Russell Crowe como Maximus e Joaquin Phoenix como o vilão Commodus. Segundo Scott, Phoenix, que tinha ainda uma carreira em ascensão na época, sentiu-se extremamente inseguro e chegou a afirmar que não conseguia continuar. A situação gerou tensão, com Crowe a considerar a hesitação de Phoenix “terrivelmente pouco profissional”.

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Scott explicou que teve de agir como “um irmão mais velho ou uma figura paternal” para convencer Phoenix a permanecer no projeto, que acabou por consagrá-lo e garantir-lhe uma nomeação ao Óscar. A experiência em Gladiadorpareceu marcar profundamente a relação entre Scott e Phoenix, ao ponto de colaborarem novamente no drama histórico Napoleão, de 2023.

Este episódio foi recentemente discutido depois de Phoenix ter desistido de um projeto com Todd Haynes, uma decisão que obrigou o realizador a adiar indefinidamente as filmagens. Apesar das dúvidas de Phoenix ao longo da carreira, Scott defendeu o ator, sublinhando a sua dedicação e talento, que resultaram em uma das performances mais memoráveis de Gladiador.

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