Trump Quer Impor Tarifas de 100% a Filmes Estrangeiros: Hollywood em Alerta

Uma medida inédita e polémica

Donald Trump voltou a lançar faíscas na indústria do entretenimento. O presidente norte-americano anunciou, na sua rede Truth Social, a intenção de impor uma tarifa de 100% sobre todos os filmes produzidos fora dos EUA. Caso se confirme, será a primeira vez que uma taxa deste género será aplicada ao setor audiovisual.

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Sem indicar prazos ou mecanismos concretos, Trump justificou a medida acusando outros países de “roubarem” a indústria cinematográfica americana:

“Foi como roubar doces a um bebé. A nossa indústria de cinema foi saqueada por outros países. Vou resolver este problema com uma tarifa de 100% sobre todo e qualquer filme feito fora dos EUA.”

A ofensiva contra a concorrência internacional

A proposta não surge do nada. Já em maio, Trump tinha avisado que pretendia combater os incentivos fiscais oferecidos por outros países para atrair produções de Hollywood. Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Hungria, Canadá — e até Portugal, em menor escala — têm-se tornado destinos populares para grandes produções, desde Missão Impossível a Velocidade Furiosa, passando por Avatar e James Bond.

Marvel, por exemplo, rodou grande parte dos seus filmes em Atlanta, mas transferiu o próximo Avengers para os estúdios Pinewood, em Londres, além de filmagens no Bahrain.

Uma indústria fragilizada

O anúncio surge num momento delicado. Hollywood ainda tenta recuperar de cinco anos turbulentos: pandemia, mudanças no consumo devido ao streaming e greves de atores e argumentistas em 2023 que paralisaram a produção.

Hoje, menos de um em cada cinco filmes ou séries exibidos nos EUA é produzido na Califórnia, segundo dados da FilmLA.

Reações de Hollywood e pedidos de alternativa

A primeira vez que Trump lançou a ideia, em maio, gerou reuniões de emergência e uma carta conjunta da Motion Picture Association (que representa os cinco maiores estúdios), sindicatos e até atores como Jon Voight e Sylvester Stallone — dois aliados do presidente.

O apelo foi claro: em vez de tarifas, pediam um plano federal de benefícios fiscais para manter a produção no país. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, chegou a admitir colaboração com Trump para um pacote de 7,5 mil milhões de dólares em créditos fiscais.

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O que está em jogo

A medida, se avançar, poderá provocar uma rutura no mercado global, encarecendo o acesso a produções estrangeiras e levantando dúvidas sobre a exibição de filmes não americanos nos EUA. Para Trump, é uma questão de “segurança nacional”. Para Hollywood, o receio é que a indústria fique ainda mais isolada e menos competitiva a nível mundial.

Mel Gibson Perde Casa nos Incêndios de Los Angeles e Prevê o Colapso da Civilização

O ator Mel Gibson viu a sua casa em Malibu ser consumida pelas chamas dos devastadores incêndios de Los Angeles. Durante uma entrevista ao The Joe Rogan Experience, Gibson já tinha expressado a sua preocupação com o colapso iminente da civilização, apontando para os incêndios como um sinal de decadência social e governativa.

Poucas horas depois, chegou a confirmação: a sua residência em Malibu foi destruída pelo fogo, tornando-se mais uma vítima entre as mais de 1.100 estruturas arrasadas na Califórnia.

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Gibson e a Teoria do Colapso

Durante a conversa com Joe Rogan, Mel Gibson citou o livro Collapse de Jared Diamond, uma obra que analisa o declínio de civilizações ao longo da história. O ator acredita que os sinais de colapso já estão presentes na sociedade moderna e que a destruição em Los Angeles é apenas um reflexo disso.

“Todos os sinais precursores de um colapso estão presentes na nossa época. Não demora muito para uma civilização entrar em colapso.”

Pouco depois, Gibson recebeu um vídeo do seu filho a mostrar o seu bairro em chamas, descrevendo o cenário como “um verdadeiro inferno”.

“O meu filho enviou-me um vídeo da vizinhança e está tudo a arder. Parece um inferno.”

Infelizmente, as piores previsões confirmaram-se e a sua casa acabou por ser destruída pelas chamas.

O Ataque a Gavin Newsom e a Gestão dos Incêndios

Apesar da tragédia pessoal, Mel Gibson não poupou críticas ao governador da Califórnia, Gavin Newsom, insinuando que os impostos dos cidadãos foram mal geridos e que a falta de prevenção contribuiu para a extensão dos incêndios.

“Acho que Newsom disse que ia cuidar das florestas e manter tudo sob controlo, mas não fez nada.”

Joe Rogan concordou, acusando o governo de priorizar o combate à crise dos sem-abrigo em vez da gestão florestal, e Gibson respondeu com ironia:

“Acho que todos os nossos impostos foram para o gel para o cabelo do Gavin.”

Uma Perda Pessoal, Mas Uma Solução Alternativa

Apesar da destruição da sua casa em Malibu, Mel Gibson demonstrou resiliência e algum desapego, revelando que tem uma segunda residência na Costa Rica, onde poderá refugiar-se.

“Tenho uma casa na Costa Rica — adoro lá estar.”

A tragédia, no entanto, levanta questões sobre a forma como as celebridades e os residentes comuns lidam com a destruição causada pelos incêndios na Califórnia. Gibson, como muitos outros, perdeu um lar, mas a sua situação financeira privilegiada permite-lhe reconstruir a vida noutra parte do mundo — um luxo que a maioria das vítimas não tem.

O Colapso da Sociedade ou Apenas Mais um Desastre?

As declarações de Mel Gibson sobre os incêndios e o futuro da civilização mostram o seu pessimismo em relação ao estado do mundo. Contudo, para além de teorias do colapso, a verdade é que a Califórnia continua a enfrentar anos consecutivos de incêndios devastadores, colocando milhares de vidas em risco e evidenciando falhas na gestão ambiental e urbanística do estado.

Seja um sinal de apocalipse, como Gibson sugere, ou apenas mais uma tragédia evitável, os incêndios de Los Angeles trouxeram destruição sem precedentes — e nem as estrelas de Hollywood escaparam.

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Agora, resta saber se a recuperação será possível ou se, como o ator prevê, este é apenas o início do fim.

Governo da Califórnia Anuncia Aumento de Benefícios Fiscais para Salvar a Indústria Cinematográfica de Hollywood

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, revelou recentemente um plano audacioso para revitalizar a indústria cinematográfica de Hollywood. A proposta envolve duplicar os benefícios fiscais disponíveis para produções de cinema e televisão, aumentando o orçamento anual para 750 milhões de dólares. Com esta medida, Newsom pretende tornar a Califórnia o estado líder nos Estados Unidos em incentivos fiscais, superando rivais como Nova Iorque e outros estados que têm atraído produções cinematográficas devido aos seus próprios incentivos.

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A proposta visa garantir que Hollywood recupere o ritmo de produção afetado pela pandemia da COVID-19 e pelas greves recentes, que interromperam várias filmagens e colocaram em risco o trabalho de milhares de profissionais da área. Desde a criação do programa de incentivos fiscais em 2009, estima-se que a iniciativa tenha gerado mais de 26 mil milhões de dólares em atividade económica e criado cerca de 197 mil postos de trabalho na Califórnia. Caso aprovada, esta expansão entrará em vigor em julho de 2025, com uma duração de cinco anos.

Durante uma conferência de imprensa em Los Angeles, Newsom afirmou: “Este é um investimento crucial no futuro da nossa indústria do entretenimento.” Ele reconheceu a importância de garantir a competitividade da Califórnia, especialmente num contexto de concorrência global, onde países e outros estados dos EUA também oferecem incentivos significativos para atrair produções. Além dos empregos diretos, o governador salientou que a produção cinematográfica traz benefícios indiretos para a economia, apoiando empresas locais como fornecedores de catering, empresas de transporte e pequenas lojas.

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Com o crescimento das plataformas de streaming e a procura por conteúdo original, Newsom acredita que este plano fortalecerá Hollywood e incentivará os estúdios a retomar e expandir projetos na Califórnia. Se aprovada, esta medida promete revitalizar a indústria cinematográfica e solidificar o estatuto da Califórnia como o coração da produção de filmes nos Estados Unidos