Atores e realizadores unem-se em protesto contra a guerra em Gaza
Mais de 1.300 profissionais do cinema, entre atores, realizadores, produtores e argumentistas, assinaram um compromisso público onde declaram boicotar festivais, instituições e empresas de cinema israelitas. O movimento, liderado pelo coletivo Film Makers for Palestine, acusa essas entidades de estarem “implicadas em genocídio e apartheid contra o povo palestiniano”.
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Entre os nomes mais conhecidos que subscrevem o apelo estão Olivia Colman, Javier Bardem, Susan Sarandon e Tilda Swinton, a par de figuras como Riz Ahmed, Miriam Margolyes, Juliet Stevenson e Ken Loach.

Do lado dos realizadores e produtores
O boicote conta também com a assinatura de cineastas como Yorgos Lanthimos (The Lobster), Asif Kapadia (Senna, Amy, Diego Maradona), e produtores premiados como James Wilson (duas vezes vencedor de BAFTA), Robyn Slovo(Tinker, Tailor, Soldier, Spy) e Rebecca O’Brien, colaboradora de Ken Loach em I, Daniel Blake.
Em declarações à Sky News, O’Brien foi clara: “Recuso que o meu trabalho seja usado para branquear um genocídio. Durante décadas, festivais e empresas israelitas desempenharam um papel em mascarar e justificar crimes de guerra.”

Israel rejeita acusações
O governo israelita tem reiterado que as suas ações em Gaza são uma forma de autodefesa, rejeitando a qualificação de genocídio. O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel classificou como “mentirosa e mal fundamentada” a declaração da International Association of Genocide Scholars, que na semana passada considerou que o país está a cometer genocídio no enclave.
Ecos históricos e apelos a uma indústria ativa
A declaração inspira-se no movimento Filmmakers United Against Apartheid, fundado em 1987 por Martin Scorsesee Jonathan Demme, quando mais de 100 cineastas recusaram exibir os seus filmes na África do Sul durante o regime do apartheid.
O compromisso atual exorta a indústria a “recusar o silêncio, o racismo e a desumanização, e a fazer tudo o que for humanamente possível para acabar com a cumplicidade na opressão”.
Contexto da guerra em Gaza
Segundo as autoridades de saúde locais, mais de 64 mil palestinianos já morreram em Gaza desde o início do conflito, desencadeado pelo ataque do Hamas a Israel, em que 1.200 pessoas foram mortas e cerca de 250 feitas reféns. Atualmente, estima-se que 48 reféns continuem detidos em Gaza, sendo que apenas 20 estarão vivos.
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Entretanto, as Forças de Defesa de Israel (IDF) preparam uma intensificação da ofensiva, depois de o governo prometer conquistar controlo total da Faixa de Gaza.
