Éden, o novo filme de Ron Howard com Ana de Armas e Sydney Sweeney, é baseado numa história real?

O realizador de O Código Da Vinci regressa com um drama histórico sobre uma colónia utópica nas Ilhas Galápagos — um paraíso que rapidamente se transforma num pesadelo.

O realizador de O Código Da Vinci regressa com um drama histórico sobre uma colónia utópica nas Ilhas Galápagos — um paraíso que depressa se transforma num pesadelo.

O novo filme de Ron HowardÉden, já estreou no Prime Video e promete ser um dos títulos mais comentados da temporada. Protagonizado por Ana de ArmasSydney Sweeney e Jude Law, o filme explora os limites da utopia, da moral e da sobrevivência humana — e sim, é inspirado em factos verídicos.

🏝️ O que conta Éden

A história transporta o espectador para as Ilhas Galápagos, nos anos 1920 e 1930, onde um grupo de idealistas alemães decide abandonar a civilização europeia e construir uma comunidade alternativa numa ilha remota. A promessa era de liberdade e pureza espiritual. O resultado foi isolamento, rivalidade e tragédia.

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O filme acompanha oito pessoas que chegam à ilha de Floreana, mas apenas metade sobrevive.

A colónia, inicialmente guiada por ideais de autossuficiência e harmonia, desmorona-se em meio a ciúmes, disputas e violência.

Enquanto Ana de Armas interpreta a baronesa Eloise von Wagner de Bousquet, uma mulher carismática e hedonista que abala o equilíbrio do grupo, Sydney Sweeney dá vida a Margret Wittmer, que tenta manter a estabilidade da família num ambiente cada vez mais hostil.

Jude Law assume o papel de Friedrich Ritter, o médico visionário que idealiza a comunidade, ao lado de Vanessa Kirby e Daniel Brühl, num elenco de luxo que dá corpo a um dos episódios mais enigmáticos da história europeia.

⚰️ A verdadeira história por trás do filme

Sim, Éden é baseado em factos reais.

O enredo inspira-se no chamado “Mistério de Floreana”, ocorrido nas Ilhas Galápagos na década de 1930.

Na altura, o médico alemão Friedrich Ritter e a companheira Dore Strauch deixaram Berlim para fundar uma colónia utópica no meio do Pacífico. A ideia atraiu novos moradores — entre eles o casal Heinz e Margret Wittmer e a autoproclamada “baronesa” Eloise von Wagner de Bousquet.

Mas o sonho rapidamente se transformou em um pesadelo de rivalidades, desaparecimentos e mortes misteriosas. Até hoje, os acontecimentos reais permanecem envoltos em especulação, tornando-se uma das histórias mais fascinantes e sinistras do século XX.

Na adaptação, Ron Howard e o argumentista Noah Pink exploram o tema como um estudo sobre a natureza humana, contrastando o paraíso natural das Galápagos com a decadência moral dos seus habitantes.

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🎥 Onde ver Éden

O filme, já apontado como possível candidato aos Óscares de 2026, está disponível no catálogo do Prime Video em Portugal e no Brasil, sem custos adicionais para os subscritores.

Com uma atmosfera densa e interpretações intensas, Éden transforma uma história quase esquecida num retrato poderoso da ambição, da fé e da loucura humana.

TIFF 2025: Chris Evans, Sydney Sweeney, Angelina Jolie e Vince Vaughn lideram a lista quente de estreias

Um mercado cauteloso mas esperançoso

50.º Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF) abre com um ambiente de “otimismo cauteloso”, como descrevem os vendedores no arranque de mais uma temporada de aquisições. As atenções dividem-se entre a secção artística e o mercado, que volta a reunir estúdios, plataformas de streaming e novos distribuidores em busca do próximo grande título.

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Entre os filmes mais aguardados estão projetos com Chris Evans, James McAvoy, Vince Vaughn, Amanda Seyfried, Angelina Jolie e Sydney Sweeney, numa edição repleta de estrelas a tentar seduzir compradores.

Streamers, salas e novas regras do jogo

Depois de anos marcados por negócios milionários fechados a alta velocidade, o cenário mudou. Hoje, tanto streamers como distribuidores analisam cuidadosamente o retorno sobre investimento:

  • Apple prefere desenvolver conteúdos in-house.
  • Amazon foca-se em direitos internacionais.
  • Netflix ainda investe pesado em aquisições globais — pagou 20 milhões de dólares por Hit Man de Richard Linklater e 11 milhões por Woman of the Hour, de Anna Kendrick, no TIFF 2023.

Já os distribuidores independentes enfrentam dificuldades acrescidas, sobretudo aqueles sem parcerias pay-one com plataformas. Ainda assim, players como Sony Pictures Classics (Netflix)Searchlight (Hulu)Focus Features (Peacock)Neon (Hulu) e A24 (HBO Max) mantêm espaço para investir.

Novos compradores em cena

Há também espaço para novidades: Black Bear Finance e Row K, apoiados pela Media Capital Technologies e liderados por Megan Colligan (ex-Paramount), entram este ano no circuito com vontade de mexer no mercado.

Além disso, o “novo Paramount” de David Ellison já assumiu o objetivo de lançar 15 filmes em 2026 e 20 por ano no futuro — um sinal de vitalidade que pode mexer no panorama.

Casos de estudo recentes

Um bom exemplo do impacto de uma compra certeira foi The Brutalist, estreado em Veneza e comprado pela A24 por 10 a 15 milhões. O filme rendeu 16,4 milhões de dólares no mercado doméstico e conquistou 10 nomeações ao Óscar, incluindo Melhor Filme, arrecadando três estatuetas, entre elas Melhor Ator para Adrien Brody.

Em contraste, Eden (de Ron Howard, com Sydney Sweeney, Jude Law e Ana de Armas), após críticas mornas no TIFF, demorou quase um ano a chegar às salas via Vertical Entertainment.

O que esperar em 2025

O festival abre com o documentário John Candy: I Like Me (Amazon MGM), mas os olhares estão também sobre Motor City, de Potsy Ponciroli, com Ben Foster e Shailene Woodley. O gangster thriller, notável por ter pouco diálogo, estreou em Veneza e chega agora a Toronto para testar o seu poder no mercado.

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Outros títulos vão tentar atrair distribuidores com olho no Óscar ou no box office, sabendo que, no pós-pandemia, o sucesso já não se mede apenas pelo número pago no calor do festival, mas pela estratégia de lançamento a longo prazo.