Dwayne Johnson arrisca tudo em The Smashing Machine: “Estava demasiado assustado para explorar este lado”

Conhecido por ser o herói musculado que salva o mundo em superproduções como Jumanji ou Red Notice, Dwayne “The Rock” Johnson está prestes a mostrar uma faceta completamente diferente em The Smashing Machine. O biopic realizado por Benny Safdie (um dos irmãos por trás de Uncut Gems) leva o ator para um território mais cru, vulnerável e, segundo o próprio, assustador.

Da ação familiar ao retrato cru de um campeão problemático

Em entrevista à Vanity Fair, Johnson admitiu que talvez papéis mais “gritty” nunca lhe tenham surgido porque ele próprio tinha medo de os enfrentar.

“Era muito real. Estava mesmo assustado e pensei: não sei se consigo fazer isto. Talvez estas oportunidades não viessem ter comigo porque eu estava demasiado assustado para explorar este lado.”

No filme, Johnson interpreta Mark Kerr, lendário lutador de MMA e duas vezes campeão do UFC, mas também uma figura marcada por problemas pessoais, dependências e fragilidades emocionais — tudo muito distante do habitual carisma inquebrável do ator.

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13 próteses para se transformar em Mark Kerr

Para o papel, The Rock submeteu-se a um processo de caracterização intenso, com cerca de 13 a 14 próteses diferentesque alteraram subtilmente a sua aparência.

“Passei três ou quatro horas em frente ao espelho a ver tudo mudar. Quando cheguei ao set, já era Mark Kerr. Sentia-o na forma como andava, como falava e até como olhava para a vida.”

Uma parceria poderosa com Emily Blunt

Ao lado de Johnson estará Emily Blunt, numa colaboração que promete acrescentar camadas emocionais ao drama. A dupla, já testada em Jungle Cruise, regressa agora em registos muito diferentes, longe do escapismo da Disney e muito mais próximos da dor e intensidade do cinema independente.

Estreia nos festivais e nos cinemas

The Smashing Machine terá a sua estreia norte-americana no Festival de Toronto a 8 de setembro, antes de chegar às salas de cinema no dia 3 de outubro. O filme, produzido pela A24, insere-se na tradição do estúdio de reinventar atores populares em registos inesperados — e poderá até abrir caminho para que Johnson entre, pela primeira vez, na corrida aos prémios.

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✨ Ao que tudo indica, The Rock decidiu deixar cair a persona de herói invencível para mostrar a fragilidade de um homem em pedaços. E isso pode ser o maior combate da sua carreira.

Festival de Veneza 2025: Julia Roberts Estreia-se e Estrelas Não Faltam na Passadeira Vermelha

Programação da 82.ª edição inclui filmes de Guillermo del Toro, Kathryn Bigelow, Noah Baumbach, e uma poderosa homenagem a David Bowie

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A 82.ª edição do Festival de Cinema de Veneza foi oficialmente anunciada e promete ser uma das mais mediáticas e politicamente relevantes dos últimos anos. De Julia Roberts, que se estreia no festival, a George Clooney, Emma Stone, Cate Blanchett ou Jude Law, o certame decorre de 27 de agosto a 6 de setembro com uma programação recheada de estrelas e filmes que prometem marcar a temporada de prémios.

Julia Roberts estreia-se com Guadagnino

A icónica actriz norte-americana Julia Roberts marca presença pela primeira vez no festival para a estreia de After the Hunt, de Luca Guadagnino, produzido pela Amazon. O filme, sobre um caso de agressão sexual numa prestigiada universidade americana, será exibido fora de competição. “É a primeira vez que Julia Roberts desfilará na passadeira vermelha de Veneza, estamos muito felizes em tê-la”, afirmou o diretor artístico Alberto Barbera.

Competição oficial: de Putin a Frankenstein

Vinte e uma longas-metragens concorrem ao prestigiado Leão de Ouro, incluindo:

  • The Wizard of the Kremlin, de Olivier Assayas, sobre a ascensão de Putin, com Jude Law no papel principal;
  • Frankenstein, de Guillermo del Toro, com Oscar Isaac, Jacob Elordi, Mia Goth e Christoph Waltz, numa luxuosa produção da Netflix;
  • Jay Kelly, de Noah Baumbach, uma comédia coescrita com Greta Gerwig e protagonizada por George Clooney;
  • Father Mother Sister Brother, de Jim Jarmusch, com Adam Driver e Cate Blanchett;
  • The Smashing Machine, de Benny Safdie, com Dwayne Johnson e Emily Blunt.

Politicamente contundente: o caso Hind Rajab

O filme mais politicamente carregado será The Voice of Hind Rajab, de Kaouther Ben Hania, que reconstrói o caso real da menina palestiniana de seis anos morta pelas forças israelitas durante a guerra em Gaza. “É um dos filmes que mais impacto terá no público”, garantiu Barbera.

Estreia mundial e homenagens

O festival abrirá com La Grazia, de Paolo Sorrentino, com Toni Servillo, cujo enredo permanece em segredo. A actriz Kim Novak receberá o Leão de Ouro de Carreira. No segmento de clássicos restaurados, será exibido Aniki Bóbó, de Manoel de Oliveira.

Júri de luxo

O júri da competição principal será presidido por Alexander Payne e inclui nomes como Fernanda Torres, Zhao Tao, Stéphane Brizé, Maura Delpero, Cristian Mungiu e Mohammad Rasoulof.

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Com uma seleção que cruza géneros, geografias e gerações, a 82.ª edição do Festival de Veneza afirma-se como um dos grandes acontecimentos cinematográficos do ano.