“Kiss of the Spider Woman”: Jennifer Lopez Encanta em Novo Musical Que Mistura Glamour, Paixão e Prisão 🎭🕷️

Bill Condon reinventa o clássico de Manuel Puig com um elenco irresistível e números musicais de cortar a respiração — um hino ao poder do escapismo em tempos sombrios.

Os tempos são duros, o mundo parece cinzento — e talvez por isso Kiss of the Spider Woman chegue no momento perfeito. A nova adaptação do romance de Manuel Puig, realizada por Bill Condon (DreamgirlsChicago), é uma homenagem vibrante à força da arte como refúgio, ao poder da imaginação e à necessidade de sonhar, mesmo quando a realidade é uma cela escura.

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Entre o real e o imaginário

A história passa-se em 1983, na Argentina, em plena Guerra Suja, quando cerca de 30 mil pessoas foram mortas ou presas. Entre elas estão Valentín (interpretado por Diego Luna), um prisioneiro político, e Luis Molina (Tonatiuh), encarcerado por causa da sua sexualidade.

Para escapar ao horror do quotidiano, Molina recorre à fantasia: descreve ao seu companheiro de cela o enredo de um dos seus filmes favoritos — Kiss of the Spider Woman, um musical protagonizado pela deslumbrante Ingrid Luna (Jennifer Lopez), onde há dança, intriga, romance e uma pitada de feitiço mortal.

Mas enquanto o diretor da prisão o pressiona para extrair informações de Valentín, Molina vê-se dividido entre a lealdade e o amor nascente que floresce dentro das paredes frias da prisão.

Glamour à moda antiga com alma latina

Baseado no livro e no musical da Broadway de Terrence McNally, este novo Kiss of the Spider Woman aposta em pleno na vertente musical — uma explosão de cores, ritmo e emoção.

Bill Condon recria a magia dos musicais clássicos, evocando o espírito de An American in Paris e Singin’ in the Rain, com um toque exuberante digno de Pedro Almodóvar. A fotografia de Tobias Schliessler alterna entre o tom sombrio da prisão e os mundos coloridos da fantasia cinematográfica que Molina inventa para sobreviver.

Para os fãs dos musicais clássicos, o filme é um banquete de referências: há ecos de Gentlemen Prefer BlondesTop HatThe Band WagonSummer Stock e até uma piscadela a Cat People de Paul Schrader.

Jennifer Lopez como nunca a vimos

Vestida com vestidos bordados à mão, ondas loiras ao estilo de Veronica Lake e batom vermelho que combina com o esmalte, Jennifer Lopez domina cada momento em que surge no ecrã. A sua Ingrid Luna é simultaneamente musa e espectro, mistura de glamour e melancolia.

Lopez ilumina o filme com energia, humor e um magnetismo irresistível. O seu papel é também simbólico: representa o escape de Molina — tanto para um mundo de fantasia como para a aceitação da sua identidade.

Diego Luna, mais contido, equilibra a narrativa com uma interpretação delicada e emocional, enquanto Tonatiuh é a revelação — um Molina encantador e vulnerável, capaz de alternar entre o riso e a dor num piscar de olhos.

Um musical de resistência

Diferente da versão de Héctor Babenco (1985), protagonizada por Raul Julia e William Hurt, esta nova leitura é mais ousada e mais política. Ao regressar a Buenos Aires e transformar o enredo num musical latino-americano, Condon devolve à história o seu contexto original e um sabor autenticamente emocional.

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É kitsch, sim — mas de um kitsch glorioso, cheio de alma e nostalgia. Kiss of the Spider Woman (2025) lembra-nos que o escapismo não é fraqueza, é sobrevivência.

E, como Molina e Valentín descobrem entre danças e silêncios, até na escuridão há espaço para o amor e para a arte.

Eddie Murphy Revela os Seus Piores Filmes — E Defende “Norbit”: “Não É Assim Tão Mau!” 😂🎬

Entre Óscares e Razzies

A carreira de Eddie Murphy é uma montanha-russa de êxitos e… alguns desastres cinematográficos. Entre Beverly Hills CopComing to America e Dreamgirls, há também produções que o próprio ator reconhece não terem corrido bem. Mas atenção: quando o assunto é Norbit (2007), Murphy não aceita que se fale mal — mesmo que o filme tenha sido arrasado pela crítica e acusado de lhe ter custado o Óscar que parecia certo depois do sucesso de Dreamgirls.

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Numa entrevista à Complex, Murphy foi desafiado a escolher o seu “Monte Rushmore” de filmes… mas preferiu falar dos quatro piores. Acabou por nomear apenas dois: The Adventures of Pluto Nash (2002) e Holy Man (1998). Foi então que defendeu com unhas e dentes Norbit:

“Eu adoro Norbit. Eu escrevi o filme com o meu irmão Charlie, e nós achamos que é engraçado. Recebi nomeações para pior ator da década, pior ator e pior atriz… vá lá, o filme não é assim tão mau!”

A escolha errada… em nome do conforto

Murphy confessou ainda um dos grandes “ses” da sua carreira: podia ter feito Rush Hour com Jackie Chan, mas preferiu Holy Man. A razão?

“Tinha dois guiões: Rush Hour, cheio de ação e correria, e outro em que estaria de robe, em Miami. Pensei: isto é óbvio! E fomos para Miami fazer um filme horrível, mas que foi fácil.”

Os preferidos do próprio

Quando o tema são os melhores filmes que já fez, Murphy não hesita: The Nutty ProfessorComing to AmericaShrek e Dreamgirls. Um alinhamento que mistura comédia física, animação, romance e até drama musical — prova de que a sua versatilidade é tão grande quanto a sua propensão para arriscar… mesmo que nem sempre acerte.

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Seja como for, para Murphy, Norbit nunca será um erro. Talvez uma incompreensão. E quem sabe, daqui a uns anos, não ganhe até estatuto de “clássico kitsch”.