Trump Volta a Atacar a ABC e Jimmy Kimmel — E a Tempestade Política Não Parece Abrandar

Um presidente em confronto directo com a televisão norte-americana

Nos Estados Unidos, a relação entre Donald Trump e os meios de comunicação voltou a aquecer — e, desta vez, o alvo principal é a ABC e o comediante Jimmy Kimmel. Na madrugada de quinta-feira, poucos minutos depois de terminar o mais recente episódio de Jimmy Kimmel Live!, o presidente norte-americano recorreu ao Truth Social para exigir que a estação “tire o trapalhão do ar”. Foi mais um capítulo num conflito que já leva vários meses e que parece longe de terminar.

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Esta nova investida surge na mesma semana em que Trump se mostrou irritado com a correspondente da ABC na Casa Branca, Mary Bruce, devido às suas perguntas durante uma reunião no Salão Oval. A resposta do gabinete de imprensa presidencial foi um memorando de 17 pontos onde enumera o que considera serem anos de parcialidade do canal.

Kimmel reage com humor, mas Trump não acha graça nenhuma

O ataque mais recente de Trump contra Kimmel aconteceu horas depois de o comediante ter aberto o seu programa com um monólogo contundente sobre o presidente. Nos primeiros dez minutos, Kimmel focou-se no escândalo Epstein e na decisão recente do Congresso de divulgar mais material da correspondência do milionário condenado por abuso sexual. Com o habitual humor mordaz, referiu que o país seguia atentamente a evolução do “Furacão Epstein” e deixou uma provocação histórica: “Estamos cada vez mais perto de responder à pergunta: o que sabia o presidente e quantos anos tinham as mulheres quando ele soube?”

O comentário ecoava a célebre pergunta do senador Howard Baker durante o caso Watergate, mas a referência não caiu bem na Casa Branca. Às 00h49, Trump publicou o ataque: “Porque é que a ABC Fake News continua a dar palco ao Jimmy Kimmel, um homem sem talento e com audiências miseráveis?”

É importante recordar que Kimmel já tinha enfrentado uma suspensão temporária em Setembro, após comentários polémicos sobre o activista republicano Charlie Kirk. A decisão gerou uma onda de indignação pública e a ABC acabou por voltar atrás — algo que Trump não esqueceu.

A guerra com a ABC intensifica-se — e não se limita a Kimmel

Kimmel não é o único humorista de late-night visado recentemente: no fim-de-semana anterior, Trump pediu que a NBC despedisse Seth Meyers. Mas o conflito central mantém-se com a ABC, que viu o presidente atacar não apenas o seu entretenimento, mas também o seu jornalismo.

Além da crítica feroz à correspondente Mary Bruce — a quem chamou “péssima repórter” — o gabinete de imprensa da Casa Branca divulgou uma carta em que acusa a ABC News de “não ser jornalismo”, classificando-a como “uma operação de propaganda democrata mascarada de rede de televisão”.

Entre as queixas listadas surgem episódios que remontam ao primeiro mandato de Trump, como a afirmação incorrecta de George Stephanopoulos sobre o caso E. Jean Carroll — que levou a Disney, empresa-mãe da ABC, a pagar 15 milhões de dólares para encerrar um processo por difamação — e críticas de correspondentes da estação a membros da Administração Trump.

Até ao momento, a ABC não comentou as declarações do presidente. No entanto, a estação sublinhou que Jimmy Kimmel é parte da divisão de entretenimento, não da redacção noticiosa — uma distinção que Trump continua a ignorar.

Um ataque político ou estratégia eleitoral?

Numa altura em que o clima político norte-americano está cada vez mais polarizado, estas trocas de acusações revelam mais do que simples irritação presidencial. Mostram um padrão de confronto com a comunicação social que Trump tem vindo a reforçar — e que, como os episódios com Kimmel e a ABC demonstram, continua a ser um dos seus instrumentos preferidos para unir a sua base de apoio.

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Se a ABC vai “tirar o trapalhão do ar”, como Trump pede, é altamente improvável. Mas uma coisa parece certa: a guerra declarada entre a Casa Branca e os media está longe de terminar — e cada novo monólogo de late-night tem potencial para reacender a chama.

Crise na BBC: Direção Demite-se Após Escândalo Envolvendo Reportagem Sobre Donald Trump

A saída de Tim Davie e Deborah Turness mergulha a BBC na maior polémica dos últimos anos, após acusações de manipulação numa reportagem sobre o discurso de Trump.

A BBC vive um dos seus momentos mais conturbados em décadas. O diretor-geral da estação pública britânica, Tim Davie, e a presidente executiva da BBC News, Deborah Turness, apresentaram as suas demissões este domingo, na sequência de uma polémica reportagem que visava o então presidente norte-americano, Donald Trump.

O caso teve origem num episódio do programa de investigação Panorama, transmitido em outubro de 2024, que analisava o impacto político de Trump nas vésperas das eleições presidenciais norte-americanas. A peça foi acusada de apresentar de forma enganosa um discurso do ex-presidente, datado de 6 de janeiro de 2021 — o mesmo dia em que o Capitólio foi invadido por centenas de apoiantes trumpistas.

Segundo o jornal The Daily Telegraph, a BBC terá editado excertos do discurso, misturando frases distintas e insinuando que Trump teria instigado os seus apoiantes a “lutar como demónios” ao marchar para o Capitólio. Contudo, o contexto original das declarações mostrava que o ex-presidente se referia a “encorajar os corajosos senadores e representantes no Congresso”. A confusão gerou um escândalo mediático de grandes proporções, com acusações de manipulação e enviesamento político.

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Pressão política e demissões em cadeia

O presidente da BBC, Samir Shah, descreveu a situação como “um dia triste para a BBC”, elogiando Davie como “um excelente diretor-geral nos últimos cinco anos”. Ainda assim, admitiu que a pressão pública e política tornou insustentável a sua permanência.

Em mensagem interna aos colaboradores, Tim Davie reconheceu que “erros foram cometidos” e que “o debate atual em torno da informação da BBC contribuiu para esta decisão”. Já Deborah Turness, na carta que acompanhou a sua demissão, afirmou que a controvérsia atingiu um ponto que “prejudica a integridade e reputação da BBC News”.

A ministra britânica da Cultura, Lisa Nandy, classificou o caso como “extremamente grave” e anunciou que Samir Shah será ouvido por uma comissão parlamentar. Em declarações à BBC News, Nandy foi além do caso específico, afirmando que “a BBC enfrenta uma série de alegações muito sérias, incluindo o risco de preconceito sistémico nas suas decisões editoriais”.

Acusações da Casa Branca e novo caso Ofcom

A polémica não se ficou pelo Reino Unido. Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca, reagiu duramente às revelações, considerando tratar-se de uma montagem “deliberadamente desonesta” e de “informações 100% falsas”. O episódio volta a alimentar a narrativa de Donald Trump de que os grandes meios de comunicação internacionais “têm uma agenda contra ele”.

Este escândalo surge semanas depois de a Ofcom, o regulador britânico dos meios de comunicação, ter censurado a BBC por outra reportagem — desta vez sobre Gaza —, na qual o narrador era filho de um dirigente do Hamas, facto que não foi revelado aos espectadores. A Ofcom considerou o caso uma “violação das regras de difusão” e uma “fonte substancial de engano”.

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O futuro da BBC em xeque

As demissões de Davie e Turness representam um duro golpe para a credibilidade da estação pública britânica, num momento em que enfrenta concorrência feroz de plataformas digitais e críticas de parcialidade vindas tanto da direita como da esquerda.

A sucessão na liderança promete ser complexa. Internamente, há vozes que pedem uma reforma profunda das práticas editoriais; externamente, há quem veja esta crise como mais um episódio da longa batalha pela independência e neutralidade do serviço público britânico.

Uma coisa é certa: a BBC, instituição centenária e símbolo do jornalismo imparcial, entra agora numa nova era de escrutínio — talvez a mais exigente da sua história recente.

As 18 Mentiras de Trump no 60 Minutes: CBS Paga para Reconciliar-se com o Ex-Presidente, que Transforma o Regresso num Festival de Falsidades

Depois de um acordo milionário entre a CBS e a equipa de Donald Trump, o ex-presidente voltou ontem ao 60 Minutes— e respondeu com 90 minutos de distorções, números inventados e ataques às instituições. Hoje, a imprensa independente contabiliza pelo menos 18 mentiras ditas em direto.

60 Minutes voltou ontem a receber Donald Trump, quatro anos depois do confronto tenso com Lesley Stahl, que terminou com o então presidente a abandonar a entrevista a meio. Desta vez, porém, o ambiente foi bem diferente — e não por acaso.

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Em 2024, a CBS celebrou um acordo judicial confidencial com a equipa de Trump, resolvendo um processo movido pelo ex-presidente que acusava o canal de difusão enganosa e “corte manipulativo” da sua entrevista de 2020. O settlement, segundo fontes citadas por vários meios americanos, envolveu uma compensação financeira substancial e o compromisso da CBS em conceder uma nova entrevista “sem interferências editoriais”.

Ontem à noite, essa entrevista foi finalmente para o ar — e o resultado foi, no mínimo, paradoxal: o programa histórico de jornalismo de investigação converteu-se num palco de desinformação televisiva, com Trump a repetir pelo menos 18 afirmações falsas ou enganosas, segundo as análises publicadas esta manhã por CNN, BBC, The Guardian, PolitiFact e Associated Press.

O regresso da desinformação em horário nobre

Durante cerca de 90 minutos de conversa (dos quais 28 foram emitidos em antena), Norah O’Donnell tentou manter o tom cordial e seguir o guião de uma entrevista “neutra”. Trump, por sua vez, aproveitou a ocasião para repetir narrativas falsas e teorias conspiratórias já desmentidas há anos.

Logo no arranque, afirmou que:

  • “A eleição de 2020 foi roubada”, sem apresentar provas;
  • “A inflação desapareceu”, embora os dados oficiais mostrem uma taxa homóloga de 3%;
  • “Os preços das compras estão a descer”, quando o índice de preços dos alimentos subiu 2,7% no último ano;
  • e que “17 biliões de dólares” estariam a ser investidos nos EUA, o dobro do número publicado pela própria Casa Branca.

Em poucas frases, Trump conseguiu distorcer a economia, a política externa e a história recente — e fez tudo isso sem interrupções significativas.

O momento mais surreal: “Cada barco abatido mata 25 mil americanos”

Entre as pérolas mais notórias, o ex-presidente declarou que cada barco de tráfico de droga destruído pelo exército norte-americano equivalia a “25 mil mortes americanas”.

CNN Fact Check classificou a frase como “absurda”: em 2024, os EUA registaram 82 mil mortes por overdose, e os barcos visados nas operações não transportavam fentanil (nem são essa a rota habitual). Como resumiu um professor da Johns Hopkins University:

“É como dizer que quatro barcos equivalem a resolver quatro anos de crise de opioides. Não tem qualquer ligação com a realidade.”

Guerras imaginárias e factos reinventados

Trump afirmou também que “acabou com oito guerras” — listando conflitos que nunca existiram, como “Egipto e Etiópia”, ou que continuam ativos, como “Israel e Hamas”.

Outras declarações falsas incluíram:

  • Que “Joe Biden deu 350 mil milhões à Ucrânia” (quando o total auditado é inferior a 100 mil milhões).
  • Que “25 milhões de migrantes” entraram nos EUA sob Biden (o número real é menos de 11 milhões de encontros, muitos com expulsão imediata).
  • Que “os democratas querem 1,5 biliões de dólares para apoiar imigrantes ilegais”, confundindo um pacote orçamental geral com programas de imigração que nem sequer abrangem indocumentados.

Também garantiu que quase “50% dos presidentes” invocaram o Insurrection Act, quando o Brennan Center for Justice confirma que apenas 17 em 45 o fizeram — e que a Presidential Records Act lhe permitiria guardar documentos da Casa Branca, o que é legalmente falso.

A CBS entre a diplomacia e o dano reputacional

A emissão de ontem foi, em teoria, parte de um esforço da CBS para “normalizar relações” com Trump — mas acabou por gerar críticas severas à postura da estação.

Jornalistas e académicos consideraram que a entrevista “decorreu num tom quase deferente”, sem o habitual contraponto incisivo do 60 Minutes, e que o canal “subestimou a capacidade de Trump em usar o palco mediático como megafone político”.

Apesar disso, a CBS publicou a transcrição integral e 73 minutos de vídeo não editado no seu site, num gesto de transparência que procura mitigar a controvérsia. Norah O’Donnell, por sua vez, descreveu o encontro como “intenso, imprevisível e exaustivo”.

A lição do dia seguinte

Hoje, praticamente toda a imprensa independente nos EUA fala da mesma coisa: as 18 mentiras de Trump em horário nobre. Não é apenas uma contagem simbólica — é um retrato do estado atual da política americana, onde o discurso factual disputa espaço com o espetáculo e a retórica.

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A ironia é que, num programa célebre por entrevistas históricas, Trump conseguiu transformar o 60 Minutes num exercício de fact-checking em tempo real — e a CBS, talvez sem querer, num palco de desinformação supervisionada.

John Oliver Arrasa Trump Pelo Baile “Great Gatsby” Enquanto Milhões Ficam Sem Apoio Alimentar

O apresentador de Last Week Tonight criticou o ex-presidente por organizar uma festa luxuosa em Mar-a-Lago no mesmo dia em que o seu governo suspendeu os benefícios alimentares para 42 milhões de americanos.

Enquanto milhões de famílias norte-americanas ficaram sem apoio alimentar, Donald Trump decidiu vestir o fato de Jay Gatsby e dar uma festa de Halloween em Mar-a-Lago. O contraste — entre a opulência dourada da festa e o desespero de quem depende do programa SNAP (Supplemental Nutrition Assistance Program) — não passou despercebido a John Oliver, que dedicou boa parte do episódio deste domingo de Last Week Tonight a desmontar o absurdo da situação.

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O comediante britânico, conhecido por misturar sátira e indignação em doses precisas, não poupou palavras:

“Não é só insultuoso”, começou Oliver, “é também um murro no estômago para qualquer aluno do secundário que acabou de escrever um ensaio de 4.000 palavras sobre O Grande Gatsby como uma reflexão sobre o colapso do Sonho Americano — e depois liga a CNN e vê que afinal é apenas um livro sobre ricos a fazerem festas.”

“A Little Party Never Killed Nobody”?

O tema da festa, revelou Oliver, era “A Little Party Never Killed Nobody” — “Uma pequena festa nunca matou ninguém”. A ironia, claro, não lhe escapou:

“Pois, é verdade. Uma pequena festa pode não matar ninguém. Mas um Grand Old Party [jogo de palavras com GOP, o Partido Republicano] é perfeitamente capaz de destruir milhões de vidas — e, infelizmente, eles não parecem dar uma única porcaria de mármore e ouro sobre isso.”

A crítica de Oliver surge após o governo Trump ter suspenso os benefícios alimentares do SNAP a mais de 42 milhões de americanos, alegando restrições legais sobre o uso de fundos de contingência do Departamento da Agricultura.

Um país dividido entre champanhe e filas no banco alimentar

A medida gerou indignação e múltiplas ações judiciais de estados e cidades, tentando forçar a administração a desbloquear os 6 mil milhões de dólares reservados para emergências. Dois juízes federais já ordenaram a utilização desses fundos, mas o governo insiste que “precisa de mais orientação jurídica” — um processo que poderá atrasar os pagamentos por várias semanas, mesmo no melhor cenário.

Entretanto, bancos alimentares em todo o país registam um aumento drástico de procura, enquanto Trump continua a culpar os democratas pelo impasse orçamental que levou ao encerramento parcial do governo.

Na sua rede Truth Social, o ex-presidente chegou a afirmar que seria “uma honra fornecer o financiamento, tal como fiz com os militares e a polícia” — uma frase que, para John Oliver, resume perfeitamente o cinismo da administração: “Grande Gatsby, versão MAGA: um império de ouro e espelhos que ignora a fome à sua volta.”

A sátira como resistência

Com o seu humor ácido e lucidez desconcertante, Oliver voltou a transformar o noticiário em crítica social — lembrando que, por detrás das festas de luxo e das manchetes políticas, há milhões de pessoas a lutar apenas por um prato de comida.

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E enquanto Trump dança entre colunas douradas ao som de “A Little Party Never Killed Nobody”, o resto da América pergunta-se quem paga a conta dessa festa.

Trump Chama Seth Meyers de “Lunático Sem Talento” — e os Comediantes Agradecem o Material

O ex-presidente dos Estados Unidos voltou a atacar o humorista Seth Meyers, desta vez por piadas sobre… catapultas navais. A saga Trump vs. Comediantes ganha mais um episódio, digno de “Saturday Night Live”.

Donald Trump está em plena forma — pelo menos no que toca a insultos nas redes sociais. Desta vez, o alvo é Seth Meyers, apresentador do Late Night da NBC, que ousou gozar com o seu mais recente discurso sobre… catapultas em porta-aviões.

Num longo desabafo publicado na sua rede Truth Social, Trump chamou Meyers de “a pessoa menos talentosa da história da televisão”, acrescentando que ele seria “o pior intérprete, ao vivo ou gravado”.

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O motivo da fúria? Uma sequência de piadas que o comediante fez sobre o fascínio de Trump por catapultas elétricas e a sua promessa de restaurar o uso de catapultas a vapor nos navios da marinha norte-americana.

“Catapultas a vapor para salvar a América”

Durante uma visita às tropas no Japão, Trump afirmou saber “muito sobre estes navios” e prometeu um decreto presidencial para “voltar às catapultas a vapor, porque as elétricas são uma estupidez cara”.

Meyers, naturalmente, não resistiu:

“O homem passa mais tempo a pensar em catapultas do que o Wile E. Coyote!” — brincou o apresentador, numa referência ao personagem dos Looney Tunes.

E foi mais longe, imitando a voz de Trump:

“Nós costumávamos amarrar os nossos soldados aos foguetes, e eles adoravam. Mas depois tudo ficou woke, e disseram que já não se pode amarrar uma pessoa a um foguete. Vamos trazer esses tempos de volta!”

O público riu. Trump, claro, não.

“Um lunático sem talento”

Na sua publicação, o ex-presidente respondeu sem qualquer sentido de humor:

“Vi o programa pela primeira vez em anos, e o tipo é um lunático verdadeiramente perturbado. Por que é que a NBC desperdiça dinheiro num tipo destes?”

Trump acrescentou ainda que Meyers “não tem talento”, “não tem audiências” e é “100% anti-Trump, o que provavelmente é ilegal” — uma observação que, ironicamente, gerou ainda mais gargalhadas entre os comediantes americanos.

A eterna guerra com os “late nights”

Esta não é a primeira vez que Trump entra em guerra com o mundo da comédia televisiva. Em Agosto, já tinha atacado Meyers depois de saber que a NBC renovara o contrato do apresentador, chamando-lhe “criança insegura com a personalidade de uma almofada molhada”.

Mas Seth Meyers não está sozinho. A lista de humoristas que fazem de Trump o seu tema favorito inclui Jimmy Kimmel, Stephen Colbert, Jon Stewart e John Oliver, todos alvos recorrentes da fúria presidencial.

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E, de certa forma, Trump parece estar a cumprir o seu papel — porque, tal como os melhores punchlines, ele nunca desilude em entregar material.

Episódio seguinte: “A Vingança das Catapultas”?

Entre insultos e promessas absurdas de política naval, a saga Comediantes vs. Trump continua a ser uma das séries mais duradouras da televisão americana — com novos capítulos semanais, transmitidos em direto e, claro, sem qualquer sinal de fim à vista.

South Park Ri-se de Si Própria: “A Série Está Horrível Por Causa da Política” — Diz Stan no Episódio Especial de Halloween

O episódio “The Woman in the Hat” mergulha no caos político com Trump, cripto-moedas, fantasmas na Casa Branca e uma boa dose de auto-crítica ao próprio South Park.

O especial de Halloween de South Park trouxe tudo o que os fãs esperam da série… e ainda mais loucura do que o habitual. No episódio “The Woman in the Hat”, transmitido a 31 de Outubro, Stan dá voz a uma queixa que muitos espectadores têm feito nos últimos anos: “South Park está uma seca por causa desta porcaria política toda.”

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A frase, que soou como uma piscadela de olho aos críticos do rumo recente da série, marca o início de uma trama deliciosamente absurda — mesmo para os padrões de South Park. Stan decide criar uma nova cripto-moeda chamada South Park Sucks Coin e envia o primo do Kyle, o insuportável Kyle Schwartz, para pedir a Donald Trump protecção para o seu novo esquema digital.

Trump, Espíritos e Cripto-Caos na Casa Branca

Enquanto isso, Trump — que continua a ser presença regular na temporada — tenta livrar-se de uma entidade que o assombra na Casa Branca: a própria Melania, aqui transformada num fantasma de chapéu misterioso. Para resolver o problema, o ex-presidente recorre à ajuda da procuradora Pam Bondi, que conduz uma sessão espírita digna de um spin-off de terror.

Mas o susto não acaba aí. Outro fantasma a vaguear pelos corredores da Casa Branca é Brendan Carr, antigo presidente da FCC, que aparece disfarçado de múmia depois de “perder a liberdade de expressão” — uma referência irónica a um episódio anterior, onde sofreu um “acidente intencional” durante uma discussão política.

Auto-Paródia e Crítica Social

Com este episódio, os criadores Trey Parker e Matt Stone voltam à sua especialidade: usar o absurdo para satirizar tudo e todos — incluindo eles próprios. A série, que ao longo das últimas temporadas tem mergulhado em temas como as eleições, redes sociais e cultura woke, mostra aqui uma rara auto-consciência sobre a sua própria saturação política.

Ao mesmo tempo, não poupa críticas ao universo das memecoins, ao populismo digital e ao eterno circo mediático em torno de Trump. É South Park a ser South Park: grotesca, provocadora e hilariante.

Uma Temporada Caótica, Mesmo à Moda da Série

O episódio chega após várias alterações no calendário da 28.ª temporada — com adiamentos, mudanças de data e até uma estreia surpresa. Segundo o Comedy Central, a série deverá retomar agora o ritmo quinzenal, com novos episódios a 12 e 26 de Novembro e a 10 de Dezembro.

Na semana anterior, South Park já tinha causado polémica ao mostrar Trump numa relação falhada com Satanás (que, para complicar, está grávida), enquanto Peter Thiel, co-fundador da Palantir, embarcava numa busca pelo Anticristo.

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Se havia dúvidas de que South Park ainda sabe rir-se do mundo — e de si própria —, “The Woman in the Hat” dissipou-as todas. A série pode brincar com política, cultura pop e até com as suas próprias críticas, mas continua a fazer o que sempre fez melhor: transformar o caos moderno em comédia impiedosamente certeira.

Kimmel desafia Trump para um “teste de QI” com AOC e Jasmine Crockett — televisão a piscar o olho ao game show

No mais recente monólogo do Jimmy Kimmel Live!, Jimmy Kimmel propõe — em tom satírico — um “teste de QI” televisivo com Donald Trump frente-a-frente com as congressistas democratas Alexandria Ocasio-Cortez e Jasmine Crockett. O clipe foi publicado nas páginas oficiais do programa nas redes sociais.  

As punchlines que incendiaram a plateia

Kimmel monta a ideia como espectáculo e salpica-a com one-liners que o vídeo regista de forma inequívoca: chama a Trump “fat Albert Einstein”, precisamente por ele se apresentar, recorrentemente, como “um dos maiores génios de todos os tempos”. Em modo vendedor de prime time, promete ainda que seria “the greatest television show of all time”. E, a picar o calcanhar preferido do ex-presidente, atira: “What’s the thing you love most, above else… above family… that’s right, ratings… they’ll be huge — they will be bigger than the night after you tried to cancel me.”  

John Oliver arrasa nova ofensiva de Trump: “Vi episódios suficientes de JAG para saber que isso não é o procedimento”

O humorista britânico voltou a atacar duramente a administração de Donald Trump, criticando tanto os bombardeamentos a embarcações no Caribe como a demolição parcial da Casa Branca para construir um salão de baile “estilo Versailles de clínica estética”.

O sempre afiado John Oliver voltou ao programa Last Week Tonight com um dos seus monólogos mais ferozes dos últimos tempos.

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O alvo? Donald Trump e as decisões cada vez mais bizarras da sua nova administração — desde ataques militares sem explicação no Mar das Caraíbas até à destruição do East Wing da Casa Branca, tudo ao som de piadas cirúrgicas e sarcasmo britânico no ponto.

🎭 “Medspa Versailles”: o novo capricho de Trump

Oliver começou por comentar a recente notícia de que Trump planeia demolir parte da Casa Branca para construir um salão de baile de 8.300 metros quadrados, um projecto de 300 milhões de dólares supostamente financiado por “doações privadas”.

“Um espaço em estilo melhor descrito como Versailles versão clínica de estética”, ironizou o apresentador.

“A demolição da Casa Branca — uma metáfora que, se alguma coisa, é demasiado óbvia.”

🚤 “Interceptar, não afundar”: críticas aos ataques no Caribe

Mas o tom rapidamente passou do cómico ao indignado.

Oliver condenou as operações navais dos EUA no Caribe, onde, segundo o governo, embarcações suspeitas de tráfico de droga foram atacadas e destruídas sem aviso prévio, resultando em mais de 40 mortes.

“A administração não apresentou provas públicas das suas alegações”, disse o humorista.

“Mas mesmo que as tivesse, eu vi episódios suficientes de JAG para saber que a abordagem normal é interceptar os barcos e prender os suspeitos — não assassiná-los sem qualquer devido processo.”

Oliver acusou Trump de agir como “juiz, júri e carrasco de cidadãos estrangeiros”, num estilo que classificou de “arrogante e perigoso”, criticando também a passividade do Congresso e dos tribunais norte-americanos.

💀 “Vamos apenas matar pessoas” — o horror nas próprias palavras de Trump

O apresentador também reagiu à declaração de Trump de que pondera lançar ataques terrestres na Venezuela, afirmando que não pedirá autorização ao Congresso, porque “vamos apenas matar pessoas. Vão ficar… mortas”.

“É o tipo de frase que esperamos ouvir de um assassino em série — ou do génio por trás da limonada energética da Panera Bread”, brincou Oliver, arrancando gargalhadas do público.

🥞 “Onde está o meu maldito cheque?”

No final, Oliver recuperou um momento anterior do programa, em que comentara um vídeo bizarro de George Santos, o ex-congressista envolvido em escândalos, filmado num IHOP (a popular cadeia americana de panquecas).

O comediante encerrou com uma metáfora ácida:

“Trump nomeou-se a si próprio juiz, júri e executor, e é revoltante que nem o Congresso nem os tribunais queiram travá-lo.

Vivemos num país que supostamente tem freios e contrapesos — e, citando a nova diva porta-voz do IHOP: ‘Onde está o meu maldito cheque?’

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Com o seu humor corrosivo e timing infalível, John Oliver volta a ser a voz mais incómoda da televisão americana, lembrando que, por detrás das gargalhadas, há sempre um alerta sério sobre o estado da democracia.

Ben Stiller Critica o “Clima Difícil” Para a Comédia Durante a Era Trump 2.0 🎭🇺🇸

O actor e realizador defende que os humoristas devem continuar a “falar verdade ao poder”, apesar do medo e da censura

Ben Stiller, conhecido tanto pelas suas comédias icónicas como por trabalhos mais sérios, lamentou o que considera ser um período de grande hostilidade à liberdade de expressão humorística durante o segundo mandato de Donald Trump.

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Em entrevista à revista Radio Times, o actor de Zoolander e realizador da série Severance descreveu o momento atual como “um tempo desafiante para a comédia”.

“Vivemos num mundo em que arriscar na comédia é cada vez mais difícil. E vemos isso claramente no nosso país”, afirmou.

“Mas acredito que é fundamental que os comediantes continuem a fazer o que fazem — a falar verdade ao poder e a dizer o que querem. Isso é o mais importante.”

Da polémica com Jimmy Kimmel ao caso “Zoolander”

Os comentários de Stiller surgem pouco depois da suspensão temporária de Jimmy Kimmel pela ABC, na sequência de piadas sobre a morte do ativista conservador Charlie Kirk. A decisão da Disney provocou um intenso debate sobre liberdade de expressão e censura política, com várias figuras de Hollywood — incluindo Stiller — a criticarem a medida.

O actor publicou na rede X/Twitter:

“Isto não está certo.”

Stiller recordou ainda que também já foi alvo de pressões políticas e culturais para “apagar” o passado. Em Zoolander(2001), o então magnata Donald Trump surge brevemente num cameo, dizendo:

“Sem Derek Zoolander, a moda masculina não seria o que é hoje.”

Desde então, várias pessoas pediram que Stiller retirasse o cameo de Trump em reedições do filme, mas o actor recusou:

“Já me pediram para editar o Donald Trump fora de Zoolander, mas no fim do dia, aquilo foi um momento que existiu e aconteceu. Não vou reescrever a história.”

Entre o legado familiar e a liberdade artística

Stiller deu a entrevista enquanto promovia o documentário da Apple TV, Stiller & Meara: Nothing Is Lost, um retrato íntimo dos seus pais, os comediantes Jerry Stiller e Anne Meara. O projecto, profundamente pessoal, é também um tributo à tradição da comédia como forma de resistência e reflexão social.

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O actor sublinha que, mesmo em tempos de polarização, a comédia continua a ser uma arma poderosa para expor verdades desconfortáveis — e que abdicar desse papel seria um erro histórico:

“A comédia sempre existiu para provocar, questionar e fazer pensar. Se deixarmos de o fazer por medo, deixamos de ser livres.”

Jimmy Kimmel revela: “Soube que ia ser retirado do ar… na casa de banho” 🚽📺

O momento insólito

Jimmy Kimmel contou como descobriu, da forma mais improvável, que o seu programa seria retirado do ar pela ABC. O episódio aconteceu em meados de setembro, quando a estação decidiu suspender temporariamente o Jimmy Kimmel Live!após um monólogo polémico sobre o suposto assassino de Charlie Kirk e a reação da direita norte-americana.

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Segundo relatou a Stephen Colbert no The Late Show, Kimmel recebeu a chamada crucial enquanto estava… na casa de banho.

“Disseram-me: ‘Queremos baixar a temperatura. Estamos preocupados com o que vais dizer esta noite e decidimos que o melhor será tirar o programa do ar.’”

Na altura, o público já estava sentado, o chef convidado Christian Petroni tinha começado a cozinhar e o músico Howard Jones preparava-se para atuar. O programa foi cancelado em cima da hora, e até as almôndegas com polenta acabaram no lixo.

O medo de não voltar

Kimmel confessou que pensou que a sua carreira televisiva tinha acabado:

“Pensei: pronto, acabou. Estou acabado. Achei mesmo que nunca mais voltava a estar no ar.”

O público presente foi mandado para casa, e apenas Howard Jones chegou a gravar uma música para um episódio futuro — ironicamente, “Things Can Only Get Better”.

O regresso com força

Após alguns dias fora do ar, e apesar das pressões políticas — incluindo ameaças da FCC de retirar licenças de transmissão a canais afiliados da ABC —, Kimmel regressou com um monólogo emocionado e audiências em alta.

Colbert também partilhou a sua experiência

Na mesma conversa, Stephen Colbert revelou que também soube do fim anunciado do seu Late Show de forma inesperada, quando estava de férias. O apresentador confessou que teve dificuldade em dar a notícia ao público e chegou a enganar-se várias vezes no discurso.

A decisão da Paramount, que justificou o cancelamento com motivos “puramente comerciais”, foi recebida com ceticismo. Muitos consideram que terá sido uma cedência política para agradar à administração Trump, que precisava de aprovar a fusão da Paramount com a Skydance.

Trump, o alvo comum

Tanto Colbert como Kimmel têm sido críticos frequentes de Donald Trump — algo que o ex-presidente não esqueceu. Trump celebrou publicamente o fim do programa de Colbert e, mais tarde, a suspensão de Kimmel, embora tenha criticado a ABC quando este regressou ao ar.

Kimmel respondeu com humor, recebendo Colbert e Seth Meyers no seu programa numa noite especial, posando juntos para uma fotografia com a legenda: “Olá, Donald!”

“O programa que a FCC não quer que vejas”

Entre piadas e provocações, Kimmel apresentou Colbert como “o apresentador de talk show noturno vencedor de um Emmy que, graças à administração Trump, agora está disponível por tempo limitado”. E rematou com ironia:

“Estou muito honrado por estar com os meus colegas fracassados e sem talento dos programas noturnos. Convidar o Stephen foi apenas uma maneira divertida de irritar o presidente.”

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Trump Quer Impor Tarifas de 100% a Filmes Estrangeiros: Hollywood em Alerta

Uma medida inédita e polémica

Donald Trump voltou a lançar faíscas na indústria do entretenimento. O presidente norte-americano anunciou, na sua rede Truth Social, a intenção de impor uma tarifa de 100% sobre todos os filmes produzidos fora dos EUA. Caso se confirme, será a primeira vez que uma taxa deste género será aplicada ao setor audiovisual.

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Sem indicar prazos ou mecanismos concretos, Trump justificou a medida acusando outros países de “roubarem” a indústria cinematográfica americana:

“Foi como roubar doces a um bebé. A nossa indústria de cinema foi saqueada por outros países. Vou resolver este problema com uma tarifa de 100% sobre todo e qualquer filme feito fora dos EUA.”

A ofensiva contra a concorrência internacional

A proposta não surge do nada. Já em maio, Trump tinha avisado que pretendia combater os incentivos fiscais oferecidos por outros países para atrair produções de Hollywood. Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Hungria, Canadá — e até Portugal, em menor escala — têm-se tornado destinos populares para grandes produções, desde Missão Impossível a Velocidade Furiosa, passando por Avatar e James Bond.

Marvel, por exemplo, rodou grande parte dos seus filmes em Atlanta, mas transferiu o próximo Avengers para os estúdios Pinewood, em Londres, além de filmagens no Bahrain.

Uma indústria fragilizada

O anúncio surge num momento delicado. Hollywood ainda tenta recuperar de cinco anos turbulentos: pandemia, mudanças no consumo devido ao streaming e greves de atores e argumentistas em 2023 que paralisaram a produção.

Hoje, menos de um em cada cinco filmes ou séries exibidos nos EUA é produzido na Califórnia, segundo dados da FilmLA.

Reações de Hollywood e pedidos de alternativa

A primeira vez que Trump lançou a ideia, em maio, gerou reuniões de emergência e uma carta conjunta da Motion Picture Association (que representa os cinco maiores estúdios), sindicatos e até atores como Jon Voight e Sylvester Stallone — dois aliados do presidente.

O apelo foi claro: em vez de tarifas, pediam um plano federal de benefícios fiscais para manter a produção no país. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, chegou a admitir colaboração com Trump para um pacote de 7,5 mil milhões de dólares em créditos fiscais.

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O que está em jogo

A medida, se avançar, poderá provocar uma rutura no mercado global, encarecendo o acesso a produções estrangeiras e levantando dúvidas sobre a exibição de filmes não americanos nos EUA. Para Trump, é uma questão de “segurança nacional”. Para Hollywood, o receio é que a indústria fique ainda mais isolada e menos competitiva a nível mundial.

Jimmy Kimmel Regressa ao Ar Entre Lágrimas e Polémica: “Nunca Foi Minha Intenção Fazer Piada com a Morte de Charlie Kirk” 🎤📺

Um regresso emotivo

Jimmy Kimmel voltou finalmente ao seu programa, Jimmy Kimmel Live!, depois de uma semana afastado na sequência das polémicas declarações sobre o assassinato do influenciador conservador Charlie Kirk.

Visivelmente emocionado, Kimmel abriu a emissão quase em lágrimas, sublinhando:

“Não acho que haja nada de engraçado nisto. Nunca foi minha intenção fazer piada com a morte de Charlie Kirk, nem culpar um grupo específico pelo que foi claramente a ação de um indivíduo perturbado.”

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O apresentador admitiu ainda que os seus comentários anteriores puderam soar “mal cronometrados ou pouco claros, ou talvez ambos”.

Perdão e contraste político

Kimmel aproveitou o momento para elogiar Erika Kirk, viúva do influenciador, que no memorial público perdoou o assassino do marido. O gesto, descreveu o humorista, foi “um ato de graça desinteressado que me tocou profundamente”.

O contraste foi evidente em relação ao Presidente Donald Trump, que no mesmo serviço fúnebre declarou: “Eu odeio o meu adversário e não lhe desejo o melhor.”

Guerra aberta com as estações e com Trump

No regresso, Kimmel também criticou as afiliadas da ABC que se recusaram a transmitir o programa durante a sua suspensão:

“Isso não é legal. Isso não é americano. É antiamericano.”

Recorde-se que apesar de a Disney, dona da ABC, ter anunciado o regresso do talk-show após a onda de protestos vindos de Hollywood e de políticos democratas, grupos de comunicação como a Sinclair Broadcast Group e a Nexstaranunciaram que não exibiriam o programa.

Do lado político, Trump voltou ao ataque na sua rede Truth Social, escrevendo:

“Não consigo acreditar que a ABC lhe devolveu o programa. Ele não é engraçado, tem más audiências e passa lixo democrata positivo em 99% do tempo. Vamos testar a ABC nisto.”

Kimmel não deixou passar em claro: “Ele tentou cancelar-me e, em vez disso, obrigou milhões a ver o programa”, ironizou no monólogo.

O que desencadeou a suspensão

A polémica começou a 15 de setembro, quando Kimmel comentou no programa a exploração política da morte de Kirk:

“Chegámos a novos patamares vergonhosos com a turma MAGA a tentar desesperadamente caracterizar o jovem que assassinou Charlie Kirk como algo diferente de um deles e a fazer de tudo para ganhar pontos políticos com isso.”

Nessa mesma noite, acrescentou ainda que a forma como Trump reagiu à morte de Kirk se parecia mais “com a de uma criança de quatro anos a chorar pela morte de um peixinho dourado”.

Entre liberdade de expressão e pressão política

A suspensão de Kimmel abriu um debate aceso sobre liberdade de expressão e influência política nos media norte-americanos. Para uns, o apresentador foi vítima de censura; para outros, ultrapassou os limites do respeito em circunstâncias trágicas.

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O certo é que o regresso de Jimmy Kimmel aconteceu sob forte escrutínio, mas também com o apoio público de centenas de celebridades e figuras políticas — entre elas Barack Obama —, que consideraram a suspensão um “momento sombrio para a liberdade de expressão na América”.

A Volta de Jimmy Kimmel: Entre a Liberdade de Expressão e o Boicote de Afiliadas

O comentário que incendiou Hollywood e Washington

Jimmy Kimmel, um dos rostos mais reconhecíveis da televisão norte-americana desde 2003, viu o seu late-night showsuspenso depois de um monólogo polémico. No programa emitido a 15 de setembro, o apresentador ironizou a forma como apoiantes do movimento Maga exploraram politicamente o assassinato de Charlie Kirk, fundador da organização de direita Turning Point.

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As palavras de Kimmel provocaram uma tempestade. Do lado conservador, o Presidente Donald Trump aplaudiu a suspensão, classificando-a como uma “vitória para a decência”. Do outro, Hollywood reagiu em peso: nomes como Jennifer Aniston, Meryl Streep e Robert De Niro assinaram uma carta aberta a defender o apresentador, considerando a decisão “um momento sombrio para a liberdade de expressão em nossa nação”.

Disney recua e traz Kimmel de volta

Perante a pressão crescente, a Disney — dona da ABC — anunciou que Jimmy Kimmel Live! regressaria já esta terça-feira, 23 de setembro.

“Sentimos que alguns dos comentários foram inoportunos e insensíveis”, reconheceu a empresa em comunicado, explicando que a suspensão visava evitar inflamar ainda mais um momento delicado para o país. Após dias de conversas com Kimmel, o canal decidiu devolver-lhe o palco.

Mas nem todos vão ver o regresso

Se para os fãs parecia que o caso estava resolvido, a Sinclair Broadcast Group veio deitar mais lenha para a fogueira. A gigante mediática, que controla 39 afiliadas da ABC em todo o país — incluindo a importante WJLA-TV de Washington, D.C. —, anunciou que não transmitirá o programa.

Segundo a empresa, Jimmy Kimmel Live! será substituído por programação jornalística até que as negociações com a ABC cheguem a uma conclusão. Na prática, isto significa que uma fatia significativa dos lares norte-americanos poderá não ter acesso ao regresso de Kimmel.

E não é só a Sinclair que está na equação. A Nexstar, dona de 32 afiliadas da ABC, afirmou estar a “monitorizar a situação” sem confirmar se manterá o programa no ar. Juntas, Sinclair e Nexstar representam cerca de um quarto da distribuição nacional da ABC.

Um equilíbrio delicado

Entre a pressão conservadora, a defesa apaixonada de artistas e a necessidade de não perder mercado, a Disney enfrenta um verdadeiro número de circo em cima da corda bamba. O caso Kimmel tornou-se mais do que uma polémica televisiva: é hoje um campo de batalha sobre liberdade de expressão, influência política e a forma como os media navegam num país cada vez mais polarizado.

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Seja visto como provocador ou como defensor da sátira política, Jimmy Kimmel volta ao ecrã com o peso de saber que cada piada pode ter consequências muito para lá da televisão.

Angelina Jolie em San Sebastián: “Amo o meu país, mas não o reconheço neste momento” 🇺🇸🎬

A política americana na mira de Hollywood

Angelina Jolie marcou presença no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián e acabou por surpreender mais pela sua visão política do que pelo glamour habitual. Questionada sobre a actual situação da liberdade de expressão nos Estados Unidos — especialmente após a suspensão do programa de Jimmy Kimmel pela ABC — a actriz hesitou longos segundos antes de responder.

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“Amo o meu país, mas não o reconheço neste momento”, declarou a estrela norte-americana, visivelmente cautelosa nas suas palavras. Sem citar nomes directamente, Jolie mostrou-se preocupada com o rumo político dos EUA, onde episódios recentes, como o fim da emissão de Stephen Colbert e a polémica em torno dos comentários de Kimmel sobre o assassinato de Charlie Kirk, incendiaram o debate público.

“São tempos muito difíceis”

Em conferência de imprensa, a actriz acrescentou: “Tudo o que divide ou limita a expressão pessoal e a liberdade de cada um parece-me extremamente perigoso”. E reforçou a sua visão internacionalista e igualitária do mundo. Apesar da prudência, foi impossível não associar as suas declarações a Donald Trump, frequentemente acusado de hostilizar figuras de Hollywood que assumem posições políticas diferentes.

“São momentos muito graves, em que devemos ter cuidado com o que dizemos. Mas não posso deixar de afirmar que estamos a viver tempos muito, muito difíceis”, sublinhou Jolie, sem querer seguir o caminho de colegas como Tom Hanks, abertamente criticados pelo ex-presidente norte-americano.

Do discurso político ao cinema

Depois da reflexão séria, Jolie voltou ao que a levou ao País Basco: a promoção do filme Couture, realizado por Alice Winocour (MustangRevoir Paris). No drama, interpreta uma cineasta em luta contra uma doença grave, apoiada pelo companheiro, interpretado por Louis Garrel. O pano de fundo é a azáfama de uma Fashion Week, cujo brilho contrasta com a tragédia pessoal da protagonista.

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Foi a primeira vez que Angelina Jolie marcou presença em San Sebastián, e a sua passagem ficou marcada não só pela exibição do filme, mas também por declarações que dificilmente passarão despercebidas no debate político norte-americano.

South Park Vai Longe Demais? Satanás Surge ‘Grávido’ de Donald Trump no Novo Episódio 👹🤰🇺🇸

A sátira política volta em força

“South Park” nunca foi conhecido por meias palavras — e a nova temporada está a provar isso mesmo. Depois de décadas a chocar e a provocar gargalhadas desconfortáveis, Trey Parker e Matt Stone voltam a pegar no atual presidente dos EUA como alvo principal.

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O mais recente episódio, intitulado “Wok Is Dead”, exibido na passada quarta-feira, mostra Donald Trump envolvido numa relação com… Satanás. E como se não bastasse, o Senhor das Trevas aparece grávido do presidente.

A cena que está a dar que falar

No episódio, jornalistas perguntam a Satanás sobre o alegado romance com Trump. A resposta é digna da ousadia habitual da série:

“Adorava poder deixá-lo, mas estou grávido.”

É este tipo de humor provocatório que mantém “South Park” na linha da frente da cultura pop: misturar política, absurdo e polémica em doses iguais.

Uma temporada marcada pelos ataques a Trump

Esta não é a primeira vez que a nova temporada ataca diretamente o presidente. Logo no arranque, com o episódio “Sermon on the Mount”, a série já tinha conquistado recordes de audiência, tornando-se o episódio mais visto desde 1999.

Parker e Stone sempre tiveram o talento de transformar figuras políticas em personagens recorrentes da sua sátira feroz. Agora, com Trump, parecem ter encontrado material inesgotável para novas histórias — e o público responde, com números que provam que, em 2025, “South Park” continua mais relevante do que nunca.

South Park continua a desafiar limites

Há quem considere exagerado, há quem veja como genialidade satírica. A verdade é que, ao fim de tantos anos, “South Park” continua a desafiar os limites do que é aceitável na televisão. E, convenhamos, a imagem de Satanás grávido de Donald Trump dificilmente será esquecida tão cedo.

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Emma Thompson Conta Como Recusou um Convite de Donald Trump: “Podia Ter Mudado a História Americana” 🎬🇺🇸

Emma Thompson voltou a arrancar gargalhadas no Festival Internacional de Cinema de Locarno ao relembrar um episódio insólito da sua vida: o dia em que Donald Trump a convidou para jantar.

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A atriz britânica, que recebeu o Leopard Club Award na 78.ª edição do festival, partilhou a história durante um painel no sábado, 9 de agosto, confessando que o momento aconteceu no final dos anos 90, enquanto filmava Primary Colors – Escândalos do Candidato (1998), obra inspirada na campanha presidencial de Bill Clinton em 1992.


Uma chamada inesperada no camarim

“O telefone tocou no meu camarim e era o Donald Trump”, contou Thompson, citada pelo Hollywood Reporter. “Pensei que fosse uma piada. Ele disse: ‘Gostava muito que ficasse num dos meus belos imóveis, e talvez pudéssemos jantar’.”

O convite surgiu num dia peculiar: foi precisamente quando o divórcio de Thompson com Kenneth Branagh ficou oficialmente concluído. Curiosamente, Trump também estava recém-divorciado da sua segunda mulher, Marla Maples.

“Aposto que ele tem pessoas a procurar por todo o lado divorciadas simpáticas para convidar”, brincou a atriz. “Ele encontrou o número do meu camarim! Isso é perseguição!”


“Podia ter mudado o rumo da história”

A atriz, entre risos, disse que na altura recusou o convite, mas não resistiu a especular sobre o impacto que um simples jantar poderia ter tido:

“Podia ter saído para jantar com Donald Trump. Podia ter mudado o rumo da história americana.”

Esta não foi a primeira vez que Thompson contou a história. Em 2017, numa entrevista ao apresentador sueco Fredrik Skavlan, a atriz recordou ter agradecido a chamada de forma cortês antes de desligar, sem aceitar o encontro. O próprio apresentador não perdeu a oportunidade de brincar:

“Podias ser a primeira-dama. Podias ter conseguido travá-lo!”

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Entre prémios, memórias e humor britânico, Emma Thompson mostrou mais uma vez que sabe cativar plateias tanto dentro como fora do ecrã — mesmo quando o guião envolve uma chamada inesperada de um futuro presidente dos Estados Unidos.

Margaret Cho Ataca Dean Cain: “Nunca Vais Ser Branco” — A Nova Polémica do Superman Conservador 🦸🇺🇸

O “Superman” que trocou a capa por farda da ICE

Dean Cain, eternamente associado ao papel de Clark Kent na série dos anos 90 Lois & Clark, voltou a ser notícia — e não pelo cinema. Depois de se assumir como fervoroso apoiador de Donald Trump e de criticar abertamente a nova versão de Superman de James Gunn por considerar “anti-Trump” o facto de o herói ser descrito como um “imigrante”, Cain mergulhou de cabeça noutra polémica: protagonizou um vídeo de recrutamento para o ICE (Immigration and Customs Enforcement), a agência norte-americana responsável pela detenção e deportação de imigrantes.

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No vídeo, o ator apela a que os americanos se juntem à agência para prender “centenas de milhares de criminosos perigosos”, incluindo “terroristas, violadores, assassinos, pedófilos, membros da MS-13, traficantes de droga…”. Porém, segundo dados da TRAC, cerca de sete em cada dez migrantes detidos pelo ICE não têm registo criminal nos EUA.

A resposta de Margaret Cho — e é tudo menos suave

A comediante Margaret Cho, conhecida pelo seu humor ácido e ativismo político, não poupou críticas. Num vídeo no Instagram, dirigiu-se diretamente a Cain:

“Porque é que te juntarias ao ICE e incentivarias outros a fazê-lo quando os teus antepassados foram internados durante a Segunda Guerra Mundial? Tu és japonês, nem sequer és branco… Eu conheço-te, e tu não és branco.”

Cho recordou que Cain nasceu Dean Tanaka (o pai é de ascendência japonesa) e ironizou sobre a tentativa de “participar em atividades de brancos” para ganhar aceitação:

“Nunca vais ser branco, por mais racista que sejas… Sempre Wong, nunca white.”

Cain mantém-se firme

O ator, que também se apresenta como agente da autoridade e vai ser nomeado “agente honorário” do ICE, afirma não ter qualquer vergonha das suas origens e rejeita a ideia de reparações históricas pelo internamento de cidadãos nipónicos nos EUA durante a Segunda Guerra Mundial. Cain é também presença habitual na Fox News, onde reforça a sua posição contra políticas “woke” e a favor de medidas duras contra imigração ilegal.

De herói ficcional a figura controversa

Esta não é a primeira vez que Dean Cain troca o universo dos super-heróis pela arena política. As suas críticas ao Superman de James Gunn — que elogiou a herança imigrante da personagem — já tinham provocado divisões entre fãs. Agora, com a colaboração pró-ICE e o apoio público a Trump, Cain parece determinado a consolidar uma imagem de “Superman MAGA”, mesmo que isso lhe valha ataques diretos de figuras públicas como Margaret Cho.

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Se na ficção Clark Kent lutava pela “verdade e justiça”, na vida real Dean Cain parece ter escolhido uma batalha bem diferente — e com muito mais pólvora ideológica.

“Bons Genes” ou Mau Gosto? Sydney Sweeney no centro de polémica que mistura moda, política e racismo

A atriz de Euphoria foi interpelada por um manifestante na estreia de Americana, enquanto a polémica em torno do seu anúncio para a American Eagle continua a incendiar as redes… e a política americana.

Sydney Sweeney não é estranha aos holofotes — mas desta vez, os flashes foram acompanhados por gritos e controvérsia. A atriz de Euphoria foi abordada por um manifestante na estreia do seu mais recente filme, Americana, em Hollywood, e tudo por causa… de um par de jeans. Ou melhor, de um trocadilho com “genes”.

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“Parem com aquele anúncio, é racismo!”

A cena ocorreu no passado domingo, à porta do bar Desert 5 Spot, com inspiração country, onde decorreu a estreia de Americana. Assim que Sydney Sweeney saiu do carro, foi interpelada por alguém que lhe gritou: “Pára, aquele anúncio é racista!”. A atriz manteve o silêncio e seguiu diretamente para o interior do evento, onde posou ao lado da colega de elenco Halsey.

Em causa está uma campanha publicitária para a marca American Eagle, na qual Sweeney protagoniza um vídeo viral onde diz:

“Genes são passados dos pais para os filhos. Muitas vezes determinam características como cor do cabelo, personalidade, até a cor dos olhos. Os meus jeans são azuis.”

Ora, a conjugação entre a palavra “genes” e o facto de Sweeney ser uma mulher loira, de olhos azuis, bastou para desencadear uma onda de indignação online, com acusações de que o anúncio promove eugenia e ideias associadas à supremacia branca.

Celebrar a beleza ou promover ideologias perigosas?

Artistas como Doja Cat e Lizzo não perderam tempo a criticar o anúncio. Lizzo, por exemplo, respondeu com ironia nas redes sociais, partilhando uma fotografia em ganga com a legenda: “Os meus jeans são negros”. Já Sweeney, por sua vez, optou por não comentar publicamente — uma postura que tem mantido, mesmo enquanto a polémica escala.

Acrescentando combustível à fogueira, veio à tona recentemente que a atriz se registou como eleitora do Partido Republicano na Florida, pouco antes de Donald Trump regressar à Casa Branca. E foi o próprio presidente norte-americano quem se apressou a tomar partido… e a elogiar o anúncio.

Trump aprova: “Agora adoro o anúncio dela!”

Questionado por um jornalista quando se preparava para embarcar no Marine One, Trump não hesitou:

“Ela está registada como Republicana? Ah. Agora adoro o anúncio dela!”

Mais tarde, nas redes sociais, o antigo presidente (e agora novamente presidente) subiu o tom:

“Sydney Sweeney, uma Republicana registada, tem o anúncio mais HOT do momento. É para a American Eagle, e os jeans estão a voar das prateleiras. Força, Sydney!”

Trump aproveitou ainda para criticar marcas como a Jaguar e a Bud Light pelas suas campanhas “woke”, em contraste com a abordagem “autêntica” de Sweeney.

A cultura pop como campo de batalha político

O caso tornou-se rapidamente num símbolo da guerra cultural em curso nos Estados Unidos. Conservadores como o vice-presidente JD Vance usaram a controvérsia como arma contra os Democratas, acusando-os de exagerar e de transformar qualquer mulher loira num alvo político.

“O meu conselho político para os Democratas é continuarem a chamar nazi a toda a gente que ache a Sydney Sweeney atraente”, disse Vance num podcast.

Já o polémico Piers Morgan foi ainda mais longe:

“A polémica em torno da Sydney Sweeney é a prova de que a esquerda woke perdeu completamente o norte. Chamam nazi a qualquer pessoa que celebre a beleza ou o sex appeal. O woke morreu — agora só nos rimos da estupidez deles.”

E a American Eagle?

A marca, por seu lado, recusou-se a recuar e defendeu o anúncio:

“‘Sydney Sweeney Has Great Jeans’ sempre foi sobre os jeans. Os dela. A sua história. Continuaremos a celebrar a forma como cada pessoa veste os seus AE jeans com confiança. Bons jeans ficam bem em toda a gente.”

Americana chega aos cinemas a 15 de Agosto

Com todo este ruído mediático, o filme Americana (que, ironicamente, também é um western moderno sobre identidade e fronteiras culturais) estreia nos Estados Unidos a 15 de Agosto. Resta saber se o público vai conseguir separar o filme da figura que o protagoniza — ou se Sydney Sweeney se tornou, involuntariamente, a nova face de uma batalha ideológica que não tem fim à vista.

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Se quiser ver o video no Youtube não está traduzido em Português

🎭 Bill Maher responde a sátira de Larry David: “Insultar 6 milhões de judeus mortos”

O comediante Bill Maher criticou severamente o ensaio satírico de Larry David, intitulado My Dinner With Adolf, publicado no The New York Times, que comparava a sua recente reunião com Donald Trump a um jantar com Adolf Hitler. Maher considerou a analogia “insultuosa para os 6 milhões de judeus mortos” e afirmou que usar referências ao Holocausto em debates políticos é inadequado. 

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📝 A sátira de Larry David

No ensaio, David descreve um jantar fictício com Hitler, onde o ditador é retratado de forma surpreendentemente afável. Embora não mencione Maher ou Trump diretamente, o texto é amplamente interpretado como uma crítica à descrição de Maher sobre o seu encontro com Trump, no qual o comediante afirmou que o ex-presidente foi “gracioso e comedido”. 

O editor de opinião do New York Times, Patrick Healy, esclareceu que o objetivo do ensaio era destacar os perigos de interpretar encontros pessoais como reflexos precisos do caráter de figuras públicas controversas. 


🎙️ A reação de Maher

Em entrevista ao programa Piers Morgan Uncensored, Maher expressou desagrado com a comparação: 

“Acho que é um pouco insultuoso para os 6 milhões de judeus mortos. Hitler deve permanecer no seu lugar na história como o maior símbolo do mal.” 

Maher defendeu a sua decisão de se encontrar com Trump, argumentando que relatar honestamente a experiência não equivale a apoiar o ex-presidente. Ele enfatizou que continua a ser um crítico de Trump e que o encontro foi uma tentativa de promover o diálogo entre lados opostos. 


🤝 Amizade em risco?

Apesar da tensão, Maher expressou esperança de reconciliação com Larry David, seu amigo de longa data: 

“Não quero tornar isto constantemente pessoal entre mim e o Larry. Podemos voltar a ser amigos.” 

Até o momento, David não comentou publicamente sobre a reação de Maher. 

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🍽️ Larry David Imagina Jantar com Hitler para Criticar Encontro de Bill Maher com Trump

Larry David não tem papas na língua — nem quando está a brincar, nem quando está a ser mortalmente sério. E no seu mais recente ensaio publicado no The New York Times, o criador de Seinfeld e Curb Your Enthusiasm mistura ambos os registos de forma cirúrgica.

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Com o título provocador My Dinner With Adolf (O Meu Jantar com Adolf), David aponta diretamente à decisão do comediante Bill Maher de ter um “simpático jantar” com Donald Trump. A resposta veio em forma de sátira — e o impacto foi imediato.


🗣️ Uma sátira com pontaria afinada

No ensaio, Larry David constrói uma narrativa absurda onde imagina um jantar cordial com Adolf Hitler, usando o encontro fictício como espelho crítico da atitude de Maher. A mensagem é clara: a simpatia pessoal não deve ser usada como desculpa para branquear figuras com historial político e moral profundamente questionável.

“O que é mais perigoso do que um déspota? Um déspota que te faz rir enquanto te rouba a democracia,” poderia muito bem ser o subtexto da crítica de David.

Sem nunca mencionar Trump diretamente durante grande parte do texto, David desmonta a ideia de que é possível separar uma figura pública das suas ações, apenas porque, em privado, “é um tipo porreiro para se estar à mesa”.


📺 A cruzada anti-Trump de Larry David

Esta não é a primeira vez que Larry David se manifesta contra Donald Trump. Já em 2024, numa entrevista a Chris Wallace na CNN, referiu-se ao ex-presidente como “um sociopata”, “doente” e “um bebé” por recusar aceitar os resultados das eleições de 2020.

“Ele deitou 250 anos de democracia pela janela. É insano,” disse David na altura, com a contundência que lhe é característica.

Com o ensaio agora publicado no The New York Times, o comediante reforça a ideia de que figuras públicas devem ser responsabilizadas — mesmo quando são colegas de profissão.


🤝 Entre comediantes, nem sempre há piadas

A crítica de Larry David a Maher causou desconforto no mundo da comédia americana, mas também levantou um debate importante: até que ponto figuras públicas podem conviver com líderes polémicos sem legitimar as suas ações?

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O ensaio de David é, no fundo, um alerta disfarçado de provocação — e lembra-nos que, mesmo nos círculos da comédia, há limites que não devem ser ignorados em nome da “boa disposição”.