“Red Card”: Halle Berry e Djimon Hounsou Juntam‑se em Thriller Explosivo Passado em África

O criador de Bad Boys, o argumentista de Green Book e o realizador de Rust juntam-se para contar uma história baseada em factos verídicos sobre tráfico humano, futebol e redenção.

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Preparem os passaportes e os nervos — Halle Berry e Djimon Hounsou vão embarcar numa missão de vida ou morte entre as savanas do Quénia e as ruas labirínticas de Casablanca, em Red Card, um thriller internacional com pedigree de Hollywood e raízes bem assentes na realidade africana.

Um elenco de peso para uma história com impacto

Djimon Hounsou interpreta Max Elmi, um ranger veterano que combate caçadores furtivos na reserva da Maasai Mara. Mas a sua luta pessoal começa quando o filho — uma jovem promessa do futebol — desaparece depois de cair nas mãos de um agente desportivo sem escrúpulos, envolvido numa rede de tráfico humano. Ao lado de Max estará Dane Harris, um agente especial (cujo casting ainda está por revelar), e Amanda Bruckner, supervisora do FBI interpretada por Halle Berry.

Com o apoio das autoridades internacionais, os protagonistas enfrentam um submundo perigoso que os leva dos pacatos vilarejos quenianos até às vielas fervilhantes de Casablanca. Uma jornada emocional e física que mistura ação, drama familiar e crítica social.

O filme é inspirado em factos reais e conta com o apoio do National Centre for Missing & Exploited Children, assim como da Soloviev Foundation.

Argumento assinado por nomes consagrados

O argumento é da autoria de George Gallo — criador da saga Bad Boys e argumentista de Midnight Run — e de Nick Vallelonga, vencedor do Óscar por Green Book. A realização fica a cargo de Joel Souza, que regressa após o trágico incidente ocorrido durante as filmagens de Rust, onde perdeu a vida a diretora de fotografia Halyna Hutchins. Souza, que também realizou o thriller policial Crown Vic, descreve o novo projeto como “uma história emocionante que acreditamos que vai prender audiências em todo o mundo”.

Halle Berry e Djimon Hounsou: trajectórias marcantes

Djimon Hounsou, nomeado duas vezes para os Óscares (por Blood Diamond e In America), tem uma carreira repleta de grandes títulos como GladiadorGuardiões da GaláxiaCaptain Marvel e Um Lugar Silencioso: Parte II (e o recente Day One). Já Halle Berry fez história em 2002 ao tornar-se a primeira mulher afro-americana a ganhar o Óscar de Melhor Actriz, com Monster’s Ball. A sua carreira versátil inclui desde filmes de ação (X-MenDie Another Day) até ao drama (Gothika) e até a sua estreia na realização com Bruised.

Produção, rodagem e o que aí vem

Red Card será produzido por Anjul Nigam (Crown Vic), Robert Menzies (Fatman) e Ava Roosevelt, autora de The Racing Heart e uma das criadoras da história original. As filmagens estão previstas para o último trimestre deste ano. O papel de Dane Harris continua em fase de casting, prometendo uma adição importante ao trio central.

A distribuição para o mercado norte-americano será gerida em conjunto pela Range Select e a Stoic (que também tratará das vendas internacionais).

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Com um tema atual e urgente, e um elenco de luxo, Red Card promete não ser apenas mais um thriller — será um alerta cinematográfico que alia entretenimento a consciência social.

Djimon Hounsou Expõe a Realidade de Hollywood: “Ainda Luto Para Sobreviver”

Apesar de ter sido nomeado duas vezes para os Óscares e de ter participado em alguns dos maiores blockbusters das últimas décadas, Djimon Hounsou revelou que ainda luta para se sustentar financeiramente em Hollywood.

O ator beninense, conhecido pelas suas performances em filmes como Gladiador (2000), Diamante de Sangue (2006) e Amistad (1997), fez esta confissão numa entrevista recente à CNN’s African Voices Changemakers, onde denunciou o racismo sistémico e a falta de oportunidades justas na indústria do cinema.

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Um Talento Subestimado e Mal Pago

Com uma carreira que já ultrapassa as duas décadas, Djimon Hounsou afirmou que, apesar do reconhecimento crítico, ainda enfrenta dificuldades financeiras.

“Estou há mais de 20 anos a fazer filmes, com duas nomeações para os Óscares e participações em vários blockbusters, mas ainda luto para sobreviver. Sou definitivamente mal pago.”

Segundo o ator, mesmo após a sua estreia de grande impacto em Amistad, de Steven Spielberg, sentiu-se discriminado e ignorado pela indústria. Embora tenha sido nomeado para os Globos de Ouro, não recebeu uma indicação aos Óscares, algo que ele acredita estar relacionado com xenofobia e racismo.

“Na altura disseram que eu tinha acabado de sair do barco e das ruas. Mesmo tendo feito aquele filme com sucesso, não me viam como um ator digno de respeito.”

Racismo Sistémico e Oportunidades Desiguais

Hounsou já havia falado anteriormente sobre as dificuldades que enfrenta para conseguir papéis e salários justos, comparando-se a colegas que, com menos prestígio, conseguiram construir fortunas.

“Vejo pessoas no negócio que têm muito menos prémios e reconhecimento do que eu, mas que estão muito mais confortáveis financeiramente. Sinto-me enganado, tremendamente enganado.”

O ator lamenta que Hollywood ainda o veja como um estrangeiro, mesmo depois de tantos anos e sucessos. Ele já teve reuniões com estúdios onde ouviu frases como:

“Pensávamos que tinhas feito Amistad e depois desapareceste. Não sabíamos que estavas aqui como um verdadeiro ator.”

Segundo Hounsou, a luta pela diversidade e equidade na indústria do cinema ainda tem um longo caminho a percorrer.

Futuro Promissor, Mas Ainda com Desafios

Apesar das dificuldades, Djimon Hounsou não desiste e continua a trabalhar em novos projetos. O ator vai protagonizar vários thrillers, incluindo o filme de terror The Monster, dirigido por Darren Lynn Bousman (Saw), um filme de tubarões ao lado de Phoebe Dynevor, intitulado Beneath the Storm, e o intenso The Zealot, com Kodi Smit-McPhee.

Recentemente, também apareceu em sucessos como Shazam! Fúria dos Deuses e Gran Turismo, mas ainda não encontrou um projeto que, segundo ele, “lhe pague o que merece”.

“Nunca fiz um filme que me pagasse de forma justa.”

A questão levantada por Hounsou ressoa num momento em que a indústria de Hollywood enfrenta discussões sobre equidade salarial e representatividade racial. A sua história serve como um lembrete de que, mesmo com talento e reconhecimento, muitos artistas ainda enfrentam barreiras para obter o devido sucesso financeiro e profissional.

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Stephen King elogia “Um Lugar Silencioso: Dia Um” com crítica sucinta e impactante

“Um Lugar Silencioso: Dia Um”, o mais recente filme da popular saga de terror, estreou nos cinemas em junho e já conquistou a aprovação de Stephen King. O aclamado autor de terror, cujas obras incluem clássicos como “Carrie” e “A Coisa”, deixou a sua marca com uma crítica breve, mas incisiva, no seu perfil do Twitter.

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Michael Sarnoski e John Krasinski são os responsáveis por trazer este novo capítulo à vida. A franquia, que começou em 2018 com uma história original de Scott Beck e Bryan Woods, segue uma família que deve viver em completo silêncio para evitar criaturas mortais que caçam pelo som. O primeiro filme e a sua sequela receberam aclamação crítica, e “Um Lugar Silencioso: Dia Um” não é exceção, destacando-se com um impressionante score de 96% no Rotten Tomatoes.

A prequela conta com um elenco talentoso, incluindo Lupita Nyong’o, Joseph Quinn e Djimon Hounsou. Stephen King, um dos primeiros a assistir ao filme, descreveu-o no Twitter como “Aquele raro ‘grande filme de Hollywood’ que é tanto íntimo quanto detalhado. (E o gato é o verdadeiro protagonista)”. Esta observação sucinta sublinha a qualidade do filme e a sua capacidade de equilibrar elementos pessoais e narrativos num cenário de grande escala.

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King é conhecido por ser um crítico direto e a sua opinião positiva acrescenta peso à recepção já favorável do filme. A saga “Um Lugar Silencioso” continua a ser um exemplo notável de como o terror pode ser tanto emocionante quanto emocionalmente ressonante.