“Ainda Estou Aqui”: O Filme Brasileiro Premiado em Veneza e nos Óscares Estreia no TVCine Top


As estreias de setembro no TVCine Top começam com um dos filmes mais marcantes e premiados dos últimos anos: Ainda Estou Aqui. Realizado por Walter Salles (Central do BrasilDiários de Che Guevara), o drama biográfico chega ao canal na sexta-feira, 5 de setembro, às 21h30, também disponível no TVCine+.

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A história transporta-nos para 1971, no auge da ditadura militar brasileira. Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres) vê a sua vida desmoronar-se após o desaparecimento do marido, um deputado progressista levado pelos militares. Mãe de cinco filhos, recusa-se a ceder ao silêncio imposto pelo regime e inicia uma batalha solitária para provar o assassinato de Rubens. Inspirado nas memórias do filho mais novo, Marcelo Rubens Paiva, o filme ergue-se como um poderoso retrato da resistência feminina face à repressão e à violência política.

A história transporta-nos para 1971, no auge da ditadura militar brasileira. Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres) vê a sua vida desmoronar-se após o desaparecimento do marido, um deputado progressista levado pelos militares. Mãe de cinco filhos, recusa-se a ceder ao silêncio imposto pelo regime e inicia uma batalha solitária para provar o assassinato de Rubens. Inspirado nas memórias do filho mais novo, Marcelo Rubens Paiva, o filme ergue-se como um poderoso retrato da resistência feminina face à repressão e à violência política.

Ainda Estou Aqui conquistou o Óscar de Melhor Filme Internacional em 2025, tornando-se ainda o primeiro filme brasileiro nomeado para Melhor Filme. Antes disso, já tinha sido premiado em Veneza, onde arrecadou o troféu de Melhor Argumento. A interpretação de Fernanda Torres foi igualmente histórica: a atriz tornou-se a primeira brasileira a vencer um Globo de Ouro, 25 anos depois de a sua mãe, Fernanda Montenegro, ter sido nomeada para o mesmo prémio. Montenegro surge também no filme, numa participação especial como Eunice Paiva numa fase mais avançada da sua vida.

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Mais do que uma evocação da repressão, Ainda Estou Aqui é uma celebração da coragem e da persistência contra a injustiça. Um filme imprescindível, que não só eterniza uma história de resistência, mas também consagra o cinema brasileiro no panorama mundial.

📅 Ainda Estou Aqui estreia 5 de setembro, às 21h30, em exclusivo no TVCine Top e no TVCine+.

“Ainda Estou Aqui” Conquista Portugal: Filme Brasileiro É o Mais Visto no Fim de Semana de Estreia

O cinema brasileiro alcançou um novo marco em Portugal. Ainda Estou Aqui, realizado por Walter Salles e protagonizado por Fernanda Torres, foi o filme mais visto no fim de semana de estreia, com um impressionante total de 37.233 espectadores entre quinta-feira e domingo. O sucesso é tanto que a obra ultrapassou gigantes como Mufasa: O Rei LeãoSonic 3 e Vaiana 2 nas bilheteiras portuguesas.

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Um Sucesso Inédito no Cinema Brasileiro em Portugal

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA), o filme foi exibido em 83 salas de cinema em todo o país, gerando 246.583 euros em receita de bilheteira. Este é o melhor desempenho de sempre para uma estreia de um filme brasileiro em Portugal, consolidando a relevância de Walter Salles no cenário internacional.

Historicamente, os filmes brasileiros têm encontrado dificuldades para alcançar números expressivos em Portugal. Até então, o maior sucesso foi Nada a Perder 2, de Alexandre Avancini, que atraiu 114.975 espectadores em 2019. Ainda Estou Aqui parece destinado a quebrar esse recorde, evidenciando um crescente interesse do público português por produções brasileiras de qualidade.

Uma História de Resistência e Superação

Ainda Estou Aqui mergulha no período sombrio da ditadura militar no Brasil (1964-1985), recuperando a trágica história de Rubens Paiva, político que foi preso, torturado e morto, e de sua esposa, Eunice Paiva, uma ativista incansável. Selton Mello e Fernanda Torres interpretam os papéis principais, trazendo à vida uma narrativa profundamente emocional e histórica.

Baseado no livro de memórias homónimo de Marcelo Rubens Paiva, o filme aborda não apenas a brutal repressão e os atos de tortura sofridos por Rubens Paiva, cujo corpo nunca foi encontrado, mas também a incrível força e resiliência de Eunice, que lutou pelos direitos humanos até o fim da sua vida. A história combina tragédia pessoal com uma reflexão sobre a resistência e superação perante as adversidades.

Um Marco Cultural e Político

O impacto de Ainda Estou Aqui vai além das bilheteiras. A narrativa resgata uma parte dolorosa e importante da história brasileira, conectando-a ao público internacional e reforçando a importância de relembrar e discutir os eventos da ditadura militar. A receção calorosa em Portugal destaca o apelo universal da história e a qualidade do cinema brasileiro.

Com este resultado impressionante, Ainda Estou Aqui não só reforça a reputação de Walter Salles como um dos maiores realizadores do Brasil, mas também posiciona o cinema brasileiro como uma força crescente no mercado internacional.

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“Ainda Estou Aqui” – O Filme Brasileiro Que Está a Caminho dos Óscares e Que Todos Precisam de Ver

O cinema brasileiro está mais uma vez sob os holofotes da temporada de prémios de Hollywood, e tudo graças a Ainda Estou Aqui, o aclamado filme de Walter Salles que conquistou o público e os críticos. Inspirado numa história real da ditadura militar no Brasil, o filme não só resgata um capítulo sombrio da história do país, como também reflete sobre a atual fragilidade da democracia.

Após vencer o prémio de Melhor Argumento no Festival de Veneza, a produção está agora na corrida para uma nomeação ao Óscar de Melhor Filme Internacional, com grandes hipóteses de conseguir ainda mais nomeações, incluindo para Melhor Atriz. Mas o que torna Ainda Estou Aqui tão poderoso?

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Uma História de Resistência em Tempos de Opressão

O filme é baseado na história real de Rubens Paiva (interpretado por Selton Mello), um político de esquerda que foi sequestrado e desapareceu durante a ditadura militar brasileira. A narrativa foca-se na luta incansável da sua esposa, Eunice Paiva, para descobrir a verdade sobre o paradeiro do marido e obter justiça.

Fernanda Torres, que dá vida a Eunice na juventude, descreve o filme como uma obra que vai além da História:

“É um filme sobre o presente.”

Segundo Torres, o filme dialoga diretamente com o Brasil atual, onde figuras políticas chegaram a exaltar a ditadura e a relativizar os horrores do passado.

Walter Salles também reconhece que a intenção inicial do projeto, iniciado em 2016, era revisitar o passado para entender o presente. Mas, à medida que a extrema-direita começou a ganhar força no Brasil, tornou-se evidente que a história de Eunice Paiva era mais relevante do que nunca.

A Relevância Global da Narrativa

Apesar de ser um filme profundamente enraizado na história brasileira, Ainda Estou Aqui ressoou em audiências internacionais. Nos festivais de cinema pelo mundo, a receção foi semelhante à do Brasil, provando que a luta pela verdade e pela democracia é um tema universal.

O realizador recorda um episódio marcante:

“Sean Penn viu o filme no dia da eleição de Donald Trump e, quando o apresentou em Los Angeles, disse que o sorriso de Eunice Paiva era um exemplo de resistência para o que estava a chegar nos EUA.”

A analogia entre o passado da ditadura brasileira e o crescimento do autoritarismo em outros países é inegável. A ascensão de governos que flertam com discursos extremistas e tentam reescrever a história é um fenômeno que se repete, e Ainda Estou Aqui serve como um lembrete de como o preço da liberdade nunca deve ser esquecido.

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Walter Salles, o Mestre do Cinema Brasileiro Está de Volta

Após 15 anos afastado da realização, Walter Salles regressa em grande estilo. O cineasta, responsável por clássicos como Central do Brasil(1998) e Diários de Che Guevara (2004), mostra mais uma vez o seu talento para contar histórias de impacto emocional profundo.

O filme conta ainda com um detalhe simbólico: Fernanda Montenegro, lenda do cinema brasileiro e mãe de Fernanda Torres, interpreta a versão idosa de Eunice Paiva. A atriz, nomeada ao Óscar por Central do Brasil, traz uma camada extra de emoção à narrativa.

Para Salles, Ainda Estou Aqui também tem um significado pessoal. Na adolescência, o realizador frequentava a casa dos Paiva e viveu de perto a brutalidade do regime:

“O dia em que Rubens foi sequestrado para nunca mais ser visto, deixou uma forte impressão. Qualquer que fosse a inocência que tivéssemos, foi perdida naquele dia.”

O Caminho Para o Óscar

A 16 de janeiro, Ainda Estou Aqui chega aos cinemas portugueses, trazendo consigo a expectativa de uma nomeação ao Óscar. A lista de finalistas para Melhor Filme Internacional já inclui a produção, e no dia 17 de janeiro saberemos se a nomeação se confirma.

Salles, no entanto, mantém uma postura realista:

“Os prémios ajudam a trazer mais gente para ver filmes, e isso é ótimo. Se a nomeação acontecer, seria maravilhoso. Se não, a vida continua.”

Mas uma coisa é certa: Ainda Estou Aqui já conquistou o Brasil e o mundo. Agora, resta saber se também conquistará Hollywood.

Conclusão

Mais do que um filme histórico, Ainda Estou Aqui é uma reflexão poderosa sobre a resistência contra regimes opressores e sobre a importância da memória coletiva. Em tempos de polarização política, esta obra surge como um lembrete de que a luta pela verdade e pela justiça não pode ser esquecida.

Seja qual for o destino nos Óscares, uma coisa é garantida: este é um filme que ficará para a História.