James Bond em Tribunal: a batalha pelos direitos de 007 envolve alfaiates reais, chapéus históricos e fatos de ski “espião-pronto”

A vida de James Bond nunca foi fácil no grande ecrã, mas agora o famoso espião enfrenta uma missão digna de um thriller jurídico: salvar o seu próprio nome. A Danjaq — a empresa norte-americana que, em conjunto com a britânica Eon Productions, controla os direitos de merchandising da marca 007 — está a travar uma disputa legal para manter o domínio da identidade do agente secreto mais famoso do cinema.

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O inimigo: um magnata austríaco no Dubai

A ameaça vem de Josef Kleindienst, um promotor imobiliário austríaco que está a erguer o luxuoso resort Heart of Europeem ilhas artificiais no Dubai. Kleindienst argumenta que várias marcas registadas associadas a Bond — incluindo o nome, o código “007” e a frase icónica “Bond, James Bond” — têm sido subaproveitadas comercialmente e, por isso, deveriam ser consideradas caducas.

Se conseguir provar a “não utilização” durante cinco anos, poderá reclamar a posse destas marcas na União Europeia.

A defesa de 007: alfaiates reais, chapéus lendários e ski de ação

Para responder, os advogados da Danjaq reuniram um dossier de 227 páginas, que parece saído de um guião de espionagem. Entre as provas estão algumas das mais prestigiadas casas de moda e acessórios britânicas e internacionais que continuam a explorar o universo Bond:

  • Turnbull & Asser, alfaiate de Jermyn Street, fornecedor oficial de camisas para Sean Connery em Dr. No (1962) e, mais tarde, para Pierce Brosnan e Daniel Craig. Também é o camiseiro pessoal do rei Carlos III, que usou uma das suas peças na coroação em 2023.
  • Lock & Co. Hatters, a chapelaria mais antiga do mundo, fundada em 1676. Foi responsável pelo chapéu que surge na cena de abertura de Dr. No e pelo inseparável chapéu mortal de Odd Job em Goldfinger (1964). Hoje vende edições especiais como o trilby Dr. No (£537) ou o Vesper (£662).
  • Bogner, marca desportiva de luxo, que filmou as primeiras cenas de ski de ação em On Her Majesty’s Secret Service (1969) e criou momentos épicos em The Spy Who Loved Me e For Your Eyes Only. Em 2023 lançou a coleção “Bogner X 007”, com preços entre 290 e 2.300 dólares.
  • N.Peal, referência em caxemira desde 1936, que desenhou peças icónicas usadas em No Time to Die (2021), como as calças de combate vendidas a £245.

Este arsenal de marcas pretende provar que Bond continua a ser um nome vivo e altamente explorado no mercado.

Amazon ao leme da franquia

A batalha legal surge numa fase de transição delicada para a saga. Desde 2021, a Amazon detém a MGM e, recentemente, adquiriu também o controlo criativo da franquia, antes nas mãos de Barbara Broccoli e Michael G. Wilson.

O próximo filme terá realização de Denis Villeneuve (Dune) e argumento de Steven Knight, criador de Peaky Blinders. A produção está a cargo de Amy Pascal (SkyfallSpider-Man) e David Heyman (Harry PotterBarbie). A escolha do novo James Bond, no entanto, ainda não foi anunciada — prolongando a maior pausa entre filmes desde a fundação da saga.

O veredicto em suspense

Enquanto Kleindienst insiste que a sua luta pretende “garantir que Bond não morre” e continua relevante, a Danjaq fala num “ataque sem precedentes” à identidade multibilionária da franquia.

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Uma coisa é certa: entre tribunais, alfaiates reais e chapéus mortais, James Bond continua a ser tão cobiçado fora do ecrã quanto dentro dele.

Steve Coogan e Baby Cow Vencem Processo de Direitos de Autor sobre Sitcom

A produtora de Steve Coogan, Baby Cow, foi declarada inocente de plágio no caso envolvendo a sitcom Live at the Moth Club e a série do YouTube Shambles, do comediante Harry Deansway. A decisão foi proferida pela juíza Amanda Michaels no Tribunal Superior de Londres, encerrando a disputa sobre os direitos de autor.

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O Caso em Resumo

Harry Deansway, que apresentou o processo sob o nome legal Joshua Rinkoff, alegava que a série de 2022 Live at the Moth Club, exibida na UKTV, copiava elementos do seu programa de 2013, Shambles. Ambas as produções combinavam stand-up comedy com elementos de sitcom, o que, segundo Deansway, constituía uma violação dos seus direitos de autor.

No entanto, a Baby Cow, representada pelo seu diretor de comédia Rupert Majendie, refutou vigorosamente a acusação. Durante o julgamento, vários comediantes ligados ao projeto da Baby Cow, como Ellie White (The Windsors) e a dupla Alexander Owen e Ben Ashenden (Jurassic World Dominion), testemunharam em defesa da produtora, afirmando que quaisquer semelhanças eram pura coincidência.

Decisão Judicial

A juíza Amanda Michaels concordou com a defesa de Baby Cow, concluindo que as semelhanças entre as duas produções não eram suficientes para sustentar a alegação de plágio. A decisão reforçou que Live at the Moth Club era uma criação independente, e rejeitou as acusações de que Majendie teria usado a sua relação profissional e social com Deansway para copiar a ideia.

Importa sublinhar que Steve Coogan, fundador da Baby Cow e conhecido pelo icónico personagem Alan Partridge, não foi mencionado diretamente no caso e não teve qualquer envolvimento no programa em questão.

Implicações para a Indústria de Comédia

Este veredicto destaca a importância de provar a originalidade no mundo criativo, especialmente em géneros como a comédia, onde estilos e formatos semelhantes podem emergir de forma independente. Apesar do resultado desfavorável, o caso sublinha os desafios enfrentados por criadores ao tentarem proteger as suas ideias num meio competitivo e em constante evolução.

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M. Night Shyamalan Acusado de Plágio – Julgamento de $81 Milhões Ameaça Apple TV+ e “Servant” ⚖️🔥

M. Night Shyamalan, o mestre dos thrillers psicológicos e das reviravoltas inesperadas, está no centro de um processo multimilionário que ameaça manchar a sua reputação.

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A realizadora Francesca Gregorini acusa Shyamalan e a Apple TV+ de terem copiado elementos essenciais do seu filme de 2013, The Truth About Emanuel, para criar a série “Servant”, uma das produções mais bem-sucedidas da plataforma.

Agora, a batalha legal chegou a tribunal, e os jurados terão de decidir se Servant é uma obra original ou um caso flagrante de plágio que pode custar aos acusados 81 milhões de dólares.

O Que Está em Causa? Uma História de Terror ou Coincidência? 🎭👶

De acordo com Patrick Arenz, advogado de Gregorini, Servant não existiria sem The Truth About Emanuel. Durante a sua argumentação inicial, mostrou cenas dos dois projetos para evidenciar as semelhanças, destacando os seguintes pontos:

✔️ Ambas as histórias centram-se numa mãe emocionalmente instável que cuida de um boneco como se fosse um bebé real.

✔️ Uma babysitter torna-se cúmplice da ilusão, sem nunca desmentir a realidade à mãe.

✔️ Os temas abordam luto, trauma e a linha ténue entre realidade e fantasia.

🗣️ “Este é um caso simples. Não haveria ‘Servant’ sem ‘Emanuel’.” – Patrick Arenz, advogado da acusação.

Já a defesa, representada por Brittany Amadi, argumenta que a série foi concebida antes do lançamento de Emanuel e que os criadores de Servant nunca tiveram contacto com a obra de Gregorini.

🗣️ “A Sr.ª Gregorini está à procura de um jackpot. Ela quer $81 milhões por um trabalho que não fez.” – Brittany Amadi, advogada da defesa.

A questão-chave é: as semelhanças são pura coincidência ou houve apropriação criativa?

Apple TV+ e Shyamalan em Risco? 📺⚖️

O caso foi inicialmente arquivado em 2020, pouco depois da estreia de Servant, mas foi reaberto em 2022 pelo Tribunal de Apelação, que encontrou indícios suficientes para justificar um julgamento.

Desde então, a defesa da Apple e de Shyamalan tentou bloquear a ação legal sem sucesso. Em novembro, a juíza Sunshine Sykes rejeitou o último recurso da Apple, obrigando a empresa a enfrentar o júri federal.

Agora, Shyamalan, produtores e executivos da Apple TV+ terão de testemunhar, enquanto os jurados assistem ao filme The Truth About Emanuel e aos três primeiros episódios de Servant para compararem diretamente as obras.

A Apple arrisca perdas financeiras significativas, especialmente numa altura em que está a investir fortemente no streaming e em conteúdos originais.

Plágio ou Inspiração? A Defesa Contra-Ataca 🔥🖊️

A equipa de defesa insiste que Servant e The Truth About Emanuel não são obras semelhantes e que a acusação está a tentar “apropriar-se de ideias que pertencem ao domínio público”.

Os seus principais argumentos são:

🛑 Os géneros são diferentes: Servant é um thriller sobrenatural, enquanto Emanuel é um drama emocional sobre amadurecimento.

🛑 A ideia do “boneco como substituto de um bebé” não é exclusiva de Gregorini. Existem diversas referências na cultura popular e estudos sobre como “reborn dolls” são usados para lidar com o luto.

🛑 As primeiras versões do guião de Servant datam de anos antes do lançamento de Emanuel.

Por outro lado, a acusação sustenta que a série apenas ganhou forma e interesse comercial após a estreia de Emanuel. O advogado da acusação, Patrick Arenz, argumenta que os primeiros rascunhos de Servant continham elementos chocantes e irrelevantes, como violência sexual e pornografia, e só depois de Emanuel foi que o argumento incorporou a trama da mãe iludida e da babysitter cúmplice.

Se for provado que Shyamalan ou outros membros da produção tiveram acesso ao filme de Gregorini e basearam-se nele, a Apple poderá enfrentar uma sentença pesada.

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Hollywood de Olho no Caso: Qual o Impacto Para a Indústria? 🎬🤯

Este julgamento levanta questões fundamentais sobre propriedade intelectual em Hollywood.

⚠️ Até que ponto uma ideia pode ser “propriedade” de um criador?

⚠️ Quando é que uma inspiração legítima se torna plágio?

⚠️ As grandes plataformas de streaming protegem suficientemente os direitos dos criadores independentes?

Se Gregorini vencer, outros realizadores independentes podem sentir-se encorajados a processar grandes estúdios por alegado plágio. Se perder, será mais um caso em que as gigantes do entretenimento se saem impunes de acusações de apropriação criativa.

O resultado poderá ter repercussões diretas na forma como a indústria lida com acusações de cópia e na proteção dos direitos de autor

Conclusão: Um Final Inesperado para Shyamalan? 🤔

Com um julgamento previsto para durar duas semanas, tudo pode acontecer. Se o júri considerar que Servant copiou The Truth About Emanuel, a Apple e Shyamalan terão de pagar 81 milhões de dólares – um golpe enorme tanto para o realizador como para o serviço de streaming.

Por outro lado, se a defesa conseguir provar que as semelhanças são coincidência e que a série tem méritos próprios, Gregorini sairá de tribunal sem qualquer compensação financeira.

A questão agora é: será este o maior “plot twist” da carreira de Shyamalan? Ou estará Hollywood prestes a ver um dos seus maiores nomes cair num escândalo de plágio?

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Elon Musk processado pelos produtores de “Blade Runner 2049” por violação de direitos de autor

A produtora Alcon Entertainment, responsável pelo filme “Blade Runner 2049”, entrou com um processo judicial contra Elon MuskTesla e Warner Bros. Discovery, acusando-os de violação de direitos de autor. O processo, apresentado no tribunal distrital de Los Angeles, alega que Musk e a Tesla utilizaram imagens geradas por inteligência artificial que reproduzem cenas icónicas do filme durante o lançamento do Robotaxi autónomo da Tesla, em outubro de 2024.

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Segundo a Alcon, Musk e a sua equipa utilizaram imagens que replicam cenários e personagens de “Blade Runner 2049” sem autorização, após a própria Warner Bros. Discovery ter solicitado, e sido recusada, permissão para usar tais elementos durante o evento. A queixa da Alcon aponta que uma das imagens mais reproduzidas durante o evento — que foi transmitido globalmente e teve milhões de visualizações — foi uma recriação de uma das cenas mais emblemáticas do filme, com um personagem inspirado em Ryan Gosling e o seu veículo futurista Spinner.

O processo acusa Elon Musk e as suas empresas de infringir diretamente os direitos de autor e de utilizar a marca “Blade Runner 2049” de forma indevida para promover o Robotaxi, associando assim o produto Tesla à estética do filme sem o devido consentimento. A produtora sublinha que a violação não se limita apenas a questões comerciais, mas também a problemas de imagem, já que a ligação entre Musk e o filme não foi autorizada pela Alcon, devido ao comportamento polarizador do empresário, conhecido pelas suas declarações políticas e sociais controversas.

A Alcon destaca que tem mantido a marca “Blade Runner” como uma das mais valiosas da sua propriedade intelectual, tendo gasto centenas de milhões de dólares na criação e manutenção da marca. O processo menciona também que a Alcon está atualmente envolvida na produção da série “Blade Runner 2099” para a Amazon Prime, e que o uso indevido das imagens do filme pode causar confusão e prejuízos para os seus parceiros de marca.

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A empresa procura uma indemnização financeira não especificada, além de uma injunção que impeça Musk e a Tesla de utilizarem quaisquer elementos relacionados com “Blade Runner 2049” no futuro.

A Tesla e a Warner Bros. Discovery ainda não responderam oficialmente às acusações.