🎬 Jenna Ortega Parte o Silêncio: Porque Abandonou Realmente o Universo Scream

Depois de meses de especulação, Jenna Ortega quebrou finalmente o silêncio sobre a sua saída da popular saga Scream, e a resposta está longe das habituais “incompatibilidades de agenda”. A verdade é outra — mais pessoal, mais política… e mais humana.

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Em entrevista recente à revista The Cut, a atriz de 22 anos revelou que o verdadeiro motivo que a levou a abandonar o papel de Tara Carpenter não foi o dinheiro, nem os compromissos com Wednesday. Foi o despedimento polémico de Melissa Barrera, sua parceira de ecrã e irmã na ficção, que precipitou a sua decisão.

“A situação com a Melissa estava a acontecer e tudo estava a desmoronar-se”, confessou Ortega. “Se Scream VII não fosse com aquela equipa de realizadores e aquelas pessoas de quem me apaixonei, então não me parecia a escolha certa para mim, naquele momento da minha carreira.”

🩸 De irmãs no ecrã a aliadas fora dele

A saída de Melissa Barrera, motivada por publicações nas redes sociais em que demonstrava apoio à Palestina durante a guerra em Gaza, gerou grande polémica. A atriz foi acusada pela produtora Spyglass de “incitamento ao ódio” e “distorção do Holocausto” — acusações pesadas que levaram à sua demissão imediata em 2023.

Jenna Ortega, solidária com a colega, abandonou o projeto no dia seguinte. E mais tarde fez questão de lhe prestar apoio pessoalmente.

“Falámos durante algum tempo”, disse Barrera numa entrevista. “Adoro-a imenso. Foi muito solidária comigo, e somos irmãs para a vida.”

Num gesto que ecoa o espírito do slasher original — onde a lealdade pode salvar (ou perder) uma vida — Ortega demonstrou que, para lá dos papéis, há valores que não abdica. 👏

🎬 Fim de um ciclo, início de outro

Ortega admite também que está a tentar afastar-se dos franchises e procurar histórias originais e realizadores emergentes. Depois de integrar sagas como ScreamWednesdayBeetlejuice Beetlejuice e X, a atriz sente que é tempo de “apostar em narrativas novas”.

“Já fiz parte de muitas franquias, o que é incrível por fazer parte de um legado”, explicou. “Mas estou a tentar dar prioridade a novos realizadores e histórias originais.”

Aliás, o seu mais recente projeto, Death of a Unicorn, é precisamente um desses casos: um guião improvável com… unicórnios. Sim, unicórnios. “Nunca pensei fazer um filme com unicórnios, mas um guião original é entusiasmante”, disse com um sorriso.

🔪 O estado atual do massacre

Com a debandada de Ortega, Barrera, e até do novo realizador Christopher Landon (que abandonou o projeto dizendo que era “um sonho tornado pesadelo”), Scream VII foi completamente reconfigurado. Mas a produção não baixou os braços.

Para salvar o barco (ou a casa infestada por Ghostface), o estúdio trouxe de volta os três rostos clássicos da sagaNeve Campbell, Courteney Cox e David Arquette, que vão retomar os papéis de Sidney Prescott, Gale Weathers e Dewey Riley. E não é tudo — dois assassinos Ghostface do passado, Matthew Lillard e Scott Foley, também estão confirmados para o sétimo filme.

A estreia está marcada para 2026, mas a pergunta continua no ar: conseguirá Scream VII manter a relevância sem o sangue novo (e os gritos potentes) de Jenna Ortega e Melissa Barrera?

🎬 Scream VII chega aos cinemas em 2026, com promessas de nostalgia, sangue e mais reviravoltas do que um filme do Shyamalan.

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🦄 “Death of a Unicorn”: Paul Rudd e Jenna Ortega brilham numa sátira negra absolutamente insana (e surpreendentemente emocional)

O que acontece quando se atropela um unicórnio? E se esse momento surreal for o catalisador para uma comédia negra sobre ganância, sátira social e unicórnios vingativos? Death of a Unicorn, novo filme da A24 realizado por Alex Scharfman, responde a esta pergunta improvável com humor ácido, crítica social e uma criatura mítica que desafia convenções.

Estreando esta sexta-feira nos EUA e no Reino Unido, o filme junta Paul Rudd e Jenna Ortega — num inesperado par pai-e-filha — numa jornada bizarra, cómica e, ao mesmo tempo, estranhamente comovente.

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O início de um pesadelo (mitológico)

Tudo começa com um acidente de carro. Ridley (Jenna Ortega) e o seu pai Elliot (Paul Rudd) atropelam uma criatura improvável: um unicórnio bebé. O que poderia ser uma ocorrência mágica rapidamente se transforma num dilema ético e num campo minado de interesses corporativos, quando a descoberta do animal fantástico pode representar uma oportunidade de ouro para agradar ao patrão bilionário de Elliot.

A premissa já é, por si só, digna de uma curta absurda ou de um conto à Kurt Vonnegut — e não por acaso, o próprio Scharfman é fã confesso do autor. Mas Death of a Unicorn vai muito além do seu ponto de partida surreal, construindo um universo satírico sobre classes sociais, ganância e a obsessão contemporânea em controlar tudo, até a natureza mais pura e mitológica.

Sátira sem subtilezas, mas com propósito

Escrito por Scharfman em 2019, antes da pandemia, o argumento já mergulhava numa visão crítica da elite económica e das suas dinâmicas de poder. Mas, como o realizador reconhece, o mundo ficou ainda mais insano desde então — e, como tal, seria quase ingénuo escrever sátira subtil em 2025.

“Vivemos tempos descarados, em que o homem mais rico do mundo tem um escritório na Casa Branca. A realidade já é caricata o suficiente. Por isso, este filme tem de ser direto, e talvez até catártico”, explica Scharfman.

E é isso que faz de Death of a Unicorn tão refrescante: a sua recusa em filtrar ou suavizar as suas ideias. É, como diz o próprio realizador, uma comédia negra com “justiça restaurativa violenta” — onde os unicórnios, criaturas tipicamente associadas à inocência e à pureza, surgem como forças brutais da natureza contra um sistema que tenta aprisioná-las.

Jenna Ortega e Paul Rudd: química improvável, mas eficaz

No centro do caos, Jenna Ortega destaca-se como Ridley, a única personagem com um fio de consciência ética no meio da loucura. Ela é a âncora emocional do filme — e a voz do público — confrontada com um grupo de milionários excêntricos, vaidosos e, por vezes, absolutamente patéticos.

Paul Rudd, por sua vez, oferece uma das performances mais dúbias e divertidas da sua carreira recente: um pai que sabe que tudo à sua volta está errado, mas que continua a sorrir educadamente e a tentar agradar. Will Poulter é um destaque à parte, com uma interpretação hilariante de um “tech bro” mimado e narcisista, símbolo máximo da geração que acha que a fortuna equivale a sabedoria.

Um unicórnio à vista de todos

Scharfman faz questão de não esconder o seu monstro — e ainda bem. Ao contrário de tantos filmes de terror modernos que preferem manter a criatura nas sombras, Death of a Unicorn vai a fundo na construção do seu animal místico, combinando efeitos práticos com CGI e recorrendo até a marionetas realistas no set. O resultado é uma criatura crível, física e memorável.

“As pessoas querem ver. Querem uma criatura que possam estudar, admirar e até temer. Por isso, ao longo do filme vamos mostrando cada vez mais até o unicórnio estar, literalmente, a descer as escadas da mansão em plena luz do dia”, revela o realizador.

Ecos de John Carpenter e Buñuel

Cinefilamente falando, Death of a Unicorn bebe de muitas fontes: dos creature features dos anos 70 e 80, como The Thingde John Carpenter, à sátira social de Buñuel (O Anjo Exterminador) e Altman (Gosford Park). Mas o que verdadeiramente distingue este filme é a sua ousadia em misturar todos esses tons — horror, comédia, drama e absurdo — sem perder o equilíbrio narrativo.

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Com diálogos inteligentes, personagens marcantes e uma crítica mordaz ao capitalismo moderno e à exploração da natureza, o filme da A24 tem tudo para se tornar um dos títulos mais falados do ano — e, talvez, um futuro clássico de culto.