🎸 Coastal: Neil Young Revelado pela Lente de Daryl Hannah

Estreado a 17 de abril de 2025, Coastal é o mais recente documentário sobre Neil Young, realizado por Daryl Hannah, sua esposa e colaboradora criativa. O filme acompanha a digressão a solo de Young pela costa oeste dos EUA, oferecendo uma visão íntima do músico canadiano em palco e nos bastidores. 

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🎥 Uma Janela para a Alma de Neil Young

Descrito por Hannah como “uma janela para a alma de Neil”, Coastal destaca-se pela sua abordagem pessoal e contemplativa. O documentário apresenta performances de temas raramente tocados ao vivo, intercaladas com momentos de introspeção durante as viagens de autocarro entre concertos. A escolha estética do preto e branco confere-lhe um tom nostálgico, embora tenha gerado opiniões divergentes entre os críticos. 

🚌 Entre a Estrada e o Palco

Grande parte do filme é dedicada às viagens de autocarro, onde Young partilha conversas descontraídas com o motorista Jerry Don Borden. Estas interações oferecem uma perspetiva única sobre o quotidiano do artista, embora alguns espectadores possam sentir falta de uma exploração mais aprofundada da relação entre Young e Hannah, que permanece atrás da câmara. 

🎶 Música e Reflexão

As atuações ao vivo são o ponto alto de Coastal, com Young a demonstrar a sua autenticidade e paixão pela música. Momentos como a interpretação de “Mr. Soul” num órgão de tubos e uma versão instrumental de “Don’t Think Twice, It’s All Right” de Bob Dylan destacam-se pela sua intensidade emocional. 

🗣️ Receção Crítica

A crítica tem sido mista. Enquanto alguns elogiam a sinceridade e o retrato íntimo de Young, outros consideram o ritmo do documentário demasiado lento e a ausência de uma narrativa mais estruturada como pontos fracos. Ainda assim, para os fãs de longa data, Coastal oferece uma experiência envolvente e pessoal.

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🎬 “Greed is Good”… mas os bastidores de Wall Street foram tudo menos tranquilos

Quando Oliver Stone realizou Wall Street em 1987, o mundo ainda não sabia que estava prestes a assistir a um dos retratos mais icónicos da ganância americana — mas também não fazia ideia do caos que se passou atrás das câmaras. Sim, o filme foi um sucesso. Sim, Michael Douglas brilhou como Gordon Gekko e até levou um Óscar para casa. Mas o caminho até ao “Greed is good” foi tudo menos dourado.

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Um maestro despedido, uma actriz mal escalada e um realizador impiedoso

Comecemos pela música. A ideia original era contar com Jerry Goldsmith, um dos compositores mais respeitados de Hollywood. Mas Oliver Stone não ficou nada impressionado com o que ouviu. Resultado? Goldsmith foi despedido, mesmo depois de já ter recebido um pagamento chorudo. “Ele ficou mesmo insultado”, admitiu Stone mais tarde, reconhecendo que tal atitude lhe valeu uns quantos inimigos no sindicato dos músicos. Na época, substituir um compositor já contratado era algo praticamente impensável.

A solução apareceu de forma pouco ortodoxa: Stewart Copeland, o baterista dos The Police, entrou em cena e entregou uma banda sonora eficaz — e rápida. “Lembro-me de ter uma ligação qualquer com ele, mas já não sei bem qual”, confessou Stone. A urgência falou mais alto, e Copeland salvou o dia.

Charlie Sheen teve de escolher… entre Jack Lemmon e o próprio pai

Um dos momentos mais curiosos da produção foi quando Oliver Stone ofereceu a Charlie Sheen a oportunidade de escolher o seu “pai cinematográfico”. A escolha era entre Jack Lemmon, uma lenda de Hollywood, ou… Martin Sheen, o seu pai na vida real. Charlie escolheu o sangue — e a química entre pai e filho no ecrã ficou para a história.

Daryl Hannah e o papel que nunca devia ter sido seu

Nem todas as escolhas do realizador correram tão bem. Stone admitiu mais tarde que foi demasiado orgulhoso para substituir Daryl Hannah, mesmo quando toda a equipa achava que ela estava mal escalada para o papel de Darien. Pior ainda: Sean Young, que queria desesperadamente o papel, fez questão de causar tensão no set, chegando atrasada e mal preparada — e não se coibiu de dizer a Stone que Hannah devia ser despedida. A má energia resultou numa participação reduzida de Young no filme. Karma imediato.

Michael Douglas: de produtor a vilão lendário

Na altura, Michael Douglas era mais conhecido como produtor do que como ator, o que causou alguma hesitação por parte dos estúdios. “Ele vai querer mandar no filme”, diziam a Stone. Mas o realizador confiou nele — e ainda bem. Douglas entregou uma das melhores interpretações da sua carreira, muito por culpa de… Oliver Stone.

Num momento de provocação calculada, o realizador entrou no camarim do ator e perguntou-lhe: “Estás a drogar-te? Pareces alguém que nunca representou na vida.” Douglas ficou chocado… e motivado. Voltou a trabalhar as falas, estudou obsessivamente a personagem e levou Gekko a um novo nível — culminando naquele momento icónico em que diz: “Greed, for lack of a better word, is good.

Um filme mal compreendido… ou demasiado bem compreendido?

Apesar de todo o subtexto crítico, Stone confessou mais tarde algo revelador:

“Quando fiz o filme, achava que a ganância não era boa. Mas aprendi que as pessoas gostam mesmo de dinheiro. Gostam de quem faz dinheiro. Até admiram o vilão com dinheiro — mesmo quando quebra a lei.”

Quase 40 anos depois, Wall Street continua a ser citado, estudado, e até mal interpretado por alguns dos mesmos executivos que o filme satiriza. É, talvez, o exemplo perfeito de uma obra que pretendia criticar… mas que acabou por inspirar.

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📺 Onde verWall Street está disponível para aluguer na Apple TV, e passa regularmente no canal FOX Movies.