O Que Brad Pitt Nunca Contou Sobre Once Upon a Time… in Hollywood: A Verdade Por Detrás de Cliff Booth

🎬 Brad Pitt foi Cliff Booth, o duplo silencioso e imperturbável em Once Upon a Time… in Hollywood (2019). Mas por detrás da personagem, existe uma história digna de um filme à parte — recheada de reviravoltas, improvisos que se tornaram icónicos e até carros emprestados por velhos amigos de Quentin Tarantino.

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Neste artigo, abrimos os bastidores do nono filme de Tarantino para revelar curiosidades e momentos insólitos que ajudam a perceber como nasceu esta performance que valeu a Pitt o seu primeiro Óscar de actor.


“You’re Rick f**king Dalton!” — A frase improvisada que veio do passado

A frase que Cliff grita a Rick Dalton (Leonardo DiCaprio) num momento de crise — “You’re Rick f**king Dalton! Don’t you forget that.” — foi completamente improvisada por Brad Pitt.

Segundo o próprio actor, a inspiração veio de um momento marcante da sua juventude. Nos anos 90, quando ainda era um actor em início de carreira e cheio de dúvidas, um veterano disse-lhe exatamente essa frase, substituindo o nome. Foi um daqueles conselhos à antiga, meio rudes, mas sinceros. Pitt guardou a frase consigo — e entregou-a a Cliff Booth.


O papel que quase foi de Tom Cruise… e quase não foi de ninguém

O mais curioso? Brad Pitt quase nem fez parte do filme. Tarantino queria-o para um papel misterioso — segundo rumores, um detective a investigar os assassinatos. Pitt rejeitou. As negociações caíram. Quentin considerou Tom Cruise. Também não avançou.

Meses depois, Tarantino voltou à carga. Só que desta vez o convite foi para um papel diferente: o do duplo Cliff Booth. Pitt disse que sim. E ainda bem. A química entre ele e DiCaprio tornou-se um dos grandes trunfos do filme.


O Cadillac de Reservoir Dogs e o elogio que Brad (quase) censurava

Atenção aos olhos mais atentos: o Cadillac creme que Cliff Booth conduz ao longo do filme não foi alugado por produção. É o carro de Michael Madsen, actor-fétiche de Tarantino, e o mesmo que aparece conduzido por ele em Reservoir Dogs (1992). Um pequeno grande detalhe que só os mais fanáticos notaram.

E há mais: aquele momento em que Bruce Lee (Mike Moh) comenta que Cliff “é demasiado bonito para ser duplo”? Essa linha foi sugerida por Burt Reynolds durante uma leitura de guião. Reynolds ia interpretar George Spahn, o dono do rancho, mas faleceu antes das filmagens — tendo sido substituído por Bruce Dern.

Curiosamente, Brad Pitt não gosta de falas que aludem à sua aparência — e teria vetado a frase. Mas como veio de Burt Reynolds, uma lenda, não teve coragem de a cortar. Tarantino confirmou: “Se a linha não fosse do Burt, nunca teria entrado.”


Cannes, a t-shirt que desaparece… e os aplausos

Na estreia mundial de Once Upon a Time… in Hollywood, no Festival de Cannes, houve um momento que ficou na memória de quem assistiu: a cena em que Cliff Booth, já com 55 anos, tira a t-shirt no telhado para arranjar uma antena de televisão. O público reagiu com um misto de assobios, aplausos e risos nervosos. Pitt, sem esforço, mostrou que continua a ser um dos grandes ícones do cinema — mesmo quando não quer que se fale nisso.


O que torna Cliff Booth tão memorável?

Talvez seja o mistério. Ou a lealdade cega ao seu amigo. Ou a tranquilidade perigosa que faz dele tão carismático quanto inquietante. Mas uma coisa é certa: Cliff Booth nasceu de improvisos, recusas, homenagens a ídolos perdidos e muita intuição. É Tarantino no seu melhor — e Brad Pitt no auge da sua confiança.

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Rick Dalton Está de Volta! Brad Pitt, Fincher e Tarantino Juntam-se Para Continuação de “Era uma Vez em… Hollywood”

O que parecia ser uma brincadeira de 1 de abril revelou-se tudo menos mentira: Rick Dalton, o carismático duplo interpretado por Brad Pitt em Era Uma Vez em… Hollywood, vai mesmo regressar ao grande ecrã — com argumento de Quentin Tarantino e realização de ninguém menos que David Fincher. Sim, leu bem. Já pode ir buscar o Negroni.

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Segundo a revista The Hollywood Reporter, o projeto está em desenvolvimento avançado na Netflix e poderá arrancar com as filmagens já no final deste verão. Brad Pitt está confirmado e Tarantino entregou a caneta (mas não a alma) a Fincher, que assume a realização daquele que está a ser descrito não como uma sequela, mas como um “derivado” da obra de 2019.

Uma continuação… mas não exatamente

Se está a pensar “mas então não era The Movie Critic o tal décimo e último filme de Tarantino?”, não está errado. O realizador de Pulp Fiction e Kill Bill já tinha anunciado o fim da sua carreira cinematográfica com esse título, que, entretanto, foi abandonado. Este novo projeto, apesar de nascer do mesmo universo, não entra na sua contagem oficial.

Aliás, esta nova produção não será sequer uma sequela directa. É, segundo fontes próximas, uma história que decorre no mesmo universo, focando-se no destino da personagem de Brad Pitt, Cliff Booth, após os acontecimentos do verão de 1969. Será, portanto, um mergulho ainda mais profundo no “Tarantinoverso de Hollywood”, um cocktail agridoce de nostalgia, violência coreografada e metalinguagem cinematográfica.

A génese: tudo começou com… obsessão

Tarantino não é homem de fazer as coisas pela metade. Para escrever o argumento de Era Uma Vez em… Hollywood, criou biografias detalhadas de Rick Dalton e Cliff Booth — as suas carreiras, histórias, fracassos, filmes falsos, casamentos falhados e até talk shows nos quais apareceram. Essa mitologia foi em parte explorada no romance homónimo publicado em 2021, onde o realizador brincou com linhas temporais e desenvolveu ainda mais os bastidores do universo que criou.

Foi desse material que surgiu este novo filme. Segundo o THR, Brad Pitt ficou impressionado com uma parte do argumento que detalhava a vida de Cliff Booth depois dos eventos do filme original. Entusiasmado, perguntou a Tarantino se permitiria que outra pessoa realizasse. O cineasta respondeu algo como “depende de quem for” — e quando Pitt sugeriu David Fincher, Tarantino deu luz verde.

A trindade dos titãs: Tarantino, Fincher e Pitt

Se havia dúvidas sobre o peso deste projeto, elas dissipam-se com esta trindade: Tarantino a escrever, Fincher a realizar e Pitt a protagonizar. Relembre-se que o trio Pitt-Fincher já nos deu obras-primas como Se7en – Sete Pecados MortaisClube de Combate e O Estranho Caso de Benjamin Button.

Este novo projeto, ainda sem título oficial, será produzido e distribuído pela Netflix, onde Fincher mantém um contrato exclusivo. Tarantino, por seu lado, apesar de Era Uma Vez em… Hollywood ter sido lançado pela Sony, manteve os direitos sobre as personagens — o que lhe permite explorar este universo fora dos estúdios originais.

E Leonardo DiCaprio?

Ainda não se sabe se Leonardo DiCaprio regressará como Rick Dalton — personagem central do filme de 2019. A sua ausência nos anúncios oficiais indica que, para já, o foco está todo em Cliff Booth. Mas se há coisa que aprendemos com Tarantino, é que ele adora surpreender. E no mundo de Hollywood (real ou fictício), nunca se diz nunca.


O que esperar?

🎥 Um filme que aprofunda a mitologia de Era Uma Vez em… Hollywood

🎬 Argumento de Tarantino, realização de Fincher — combinação de sonho

🎭 Brad Pitt no centro da narrativa como Cliff Booth

🕵️‍♂️ Uma história à parte, mas que prolonga o fascínio daquele verão de 1969

🍿 Estreia prevista para 2025 ou 2026 na Netflix (com filmagens ainda este ano)


Depois da morte (ou não) de Booth? Da ascensão (ou não) de Dalton? Este é o tipo de cinema que promete homenagear Hollywood… com um sorriso cínico, uma garrafa de whisky e, provavelmente, uma pancadaria bem coreografada no final.

Bem-vindos de volta ao Velho Oeste dos anos 70. Cliff Booth nunca saiu — só estava à espera que alguém lhe ligasse.

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