“Histórias de Bondade”: Yorgos Lanthimos Volta a Surpreender com Três Fábulas Inquietantes Sobre o Livre-Arbítrio

Emma Stone, Willem Dafoe e Jesse Plemons protagonizam a nova viagem provocadora do realizador de Pobres Criaturas

Preparem-se para mergulhar em mais um universo estranho e fascinante criado por Yorgos Lanthimos. O realizador grego, responsável por obras como A Favorita e Pobres Criaturas, regressa com Histórias de Bondade, um tríptico cinematográfico desconcertante que estreia em exclusivo no TVCine Top, no domingo 10 de agosto, às 21h00.

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Três histórias, um mundo em colapso

Em Histórias de Bondade, Lanthimos volta a explorar os limites da identidade, da moral e da liberdade. O filme apresenta três histórias entrelaçadas que desafiam convenções e nos confrontam com os abismos da psique humana:

  • Um homem aparentemente sem escolha tenta desesperadamente assumir o controlo da própria vida;
  • Um polícia é atormentado pela suspeita de que a sua mulher — outrora desaparecida — já não é a mesma pessoa;
  • E uma mulher embarca numa procura surreal por alguém destinado a tornar-se um líder espiritual.

Tudo isto com o habitual toque de humor negro, um estilo visual inconfundível e um ritmo narrativo que deixa o espectador permanentemente em alerta.

Um elenco de luxo e prémios já conquistados

Como se a assinatura de Lanthimos não bastasse, o elenco eleva ainda mais a fasquia. A sua colaboradora habitual Emma Stone volta a brilhar, acompanhada por Willem DafoeMargaret QualleyHong Chau e um absolutamente extraordinário Jesse Plemons, cuja performance valeu o Prémio de Melhor Ator em Cannes 2024 e uma nomeação ao Globo de Ouro de Melhor Actor.

É mais uma demonstração do talento caleidoscópico de Plemons, aqui a interpretar múltiplas facetas com uma subtileza e intensidade notáveis.

Para quem gosta de ser desafiado

Histórias de Bondade não é um filme “fácil” — e ainda bem. É cinema que provoca, que inquieta e que recusa dar respostas prontas. Para os fãs de Lanthimos (e para quem procura experiências cinematográficas fora do convencional), esta é uma estreia obrigatória.

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Marque na agenda: domingo, 10 de agosto, às 21h00, no TVCine Top e no TVCine+. Prepare-se para questionar tudo — até a própria noção de bondade.

Cannes Entre o Génio e o Escândalo: 7 Filmes Que Dividiram o Festival 🎬🔥

De ovação a vaias, de lágrimas a saídas a meio: quando Cannes vira campo de batalha entre público e cinema

Cannes é o berço da cinefilia sofisticada… mas também um dos maiores palcos de polémica cinematográfica do mundo. Todos os anos, há filmes que fazem o público levantar-se para aplaudir durante dez minutos — ou sair a meio, encolhido de desconforto. Eddington, de Ari Aster, é só o mais recente exemplo de uma longa tradição de cinema que arrisca, que provoca — e que muitas vezes divide.

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Aqui ficam 7 filmes que incendiaram o Festival de Cannes, pelas melhores (ou piores) razões:


🎞️ Irreversível(2002), de Gaspar Noé

O filme começa ao contrário e contém uma das cenas mais violentas e perturbadoras de sempre. Protagonizado por Monica Bellucci e Vincent Cassel, Irreversível levou centenas de pessoas a abandonar a sala. Gritos, desmaios e protestos marcaram a sessão.


Está disponível para streaming no Filmin e para aluguer no Prime Video

🎞️ The House That Jack Built (2018), de Lars von Trier

Depois de anos banido de Cannes, Von Trier regressou… e trouxe consigo um serial killer que decapita, tortura e ri-se disso tudo. Algumas pessoas saíram a meio em protesto. Outras ficaram… para aplaudir de pé. Cannes puro.

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The Neon Demon (2016), de Nicolas Winding Refn

Estética obsessiva, canibalismo metafórico e a vacuidade do mundo da moda. Refn, que já dividira opiniões com Only God Forgives, levou Cannes ao limite com esta fábula sombria onde Elle Fanning brilha… e sangra.

🎞️ Titane (2021), de Julia Ducournau

Uma mulher engravida de um automóvel. E isto é só o começo. Titane levou a Palma de Ouro, mas houve quem saísse em choque. Outros viram nela uma revolução estética, brutal e corporal. Amor ou ódio, não há meio-termo.

🎞️Enter the Void (2009), de Gaspar Noé

Sim, ele de novo. Uma viagem psicadélica pela vida e morte em Tóquio, do ponto de vista de uma alma fora do corpo. Imagens estroboscópicas, câmaras flutuantes e um público a sair zonado — literal e emocionalmente.

🎞️ Holy Motors (2012), de Leos Carax

Denis Lavant muda de personagem como quem muda de camisa — de banqueiro a mendigo, de criatura CGI a assassino. Um exercício surrealista, enigmático, que deixou críticos maravilhados… e espectadores a perguntar “o que é que eu acabei de ver?”.

🎞️ Climax (2018), de Gaspar Noé (sim, outra vez)

Começa como um musical… e acaba como um pesadelo ácido. Um grupo de bailarinos numa festa que descamba em terror colectivo. Foi aplaudido, vaiado e, claro, abandonado por alguns.


Eddington está em boa companhia

Ari Aster junta-se agora a este panteão de realizadores que não jogam pelo seguro. Com Eddington, trouxe para Cannes uma mistura explosiva de sátira política, drama social e estética de western contemporâneo. E como todos os anteriores, foi aplaudido de pé… e também abandonado a meio.

Porque no fim, é isso que faz de Cannes o que é: um festival onde o cinema é levado até ao limite, onde os cineastas ousam — e onde o público responde, sem filtros.

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