Anthony Hopkins: “A Raiva e a Vingança Foram o Meu Combustível”

Em entrevista à BBC, o lendário actor britânico reflete sobre a infância difícil, a solidão e as lições que moldaram uma das carreiras mais marcantes da história do cinema — de O Silêncio dos Inocentes a The Father.

Sir Anthony Hopkins, hoje com 87 anos, continua a provar que a grandeza artística nasce muitas vezes das feridas mais profundas. Numa entrevista concedida à BBC, o actor galês falou sobre o lançamento da sua autobiografia, We Did OK, Kid, e revisitou um passado marcado pelo isolamento e pelo bullying — experiências que, segundo o próprio, acabaram por alimentar a sua determinação.

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“Fui um miúdo solitário, sempre posto de parte. A raiva e a vingança foram o meu combustível”, confessou Hopkins, lembrando-se dos tempos de infância no País de Gales.

O rapaz que se tornou lenda

Hoje, é difícil imaginar que esse rapaz tímido se tornaria num dos actores mais respeitados da história do cinema. Com duas estatuetas da Academia e papéis icónicos como Hannibal Lecter em O Silêncio dos Inocentes, o mordomo devastado de As Asas do Silêncio (The Remains of the Day) ou o pai com demência em The Father, Hopkins é um exemplo vivo de reinvenção e longevidade artística.

Na entrevista, o actor afirmou que nunca planeou o sucesso:

“Não posso levar crédito por nada disto. Não planeei nada. Acordo de manhã e penso: ‘Ainda cá estou’. E continuo sem perceber porquê.”

Essa humildade, porém, contrasta com a lucidez e o fascínio com que fala sobre a condição humana:

“É um milagre estar vivo. Como é possível que o mesmo ser humano seja capaz de criar Beethoven e Bach… e também Auschwitz? Essa dualidade sempre me fascinou.”

De O Leão no Inverno a O Silêncio dos Inocentes

A carreira cinematográfica de Hopkins começou graças a Peter O’Toole, que o recomendou para O Leão no Inverno(1968). A contracenar com Katharine Hepburn, recebeu dela o conselho que moldaria o seu estilo para sempre:

“Não actues. Apenas diz as falas. Sê verdadeiro.”

Essa abordagem — discreta, contida, quase minimalista — viria a definir o seu método. O próprio Hopkins explicou à BBC:

“Ser calmo. Ser económico. Não mostrar nada. Simplificar, simplificar, simplificar.”

Foi esse domínio do silêncio e da subtileza que tornou o seu Hannibal Lecter ainda mais assustador: um monstro que não precisava de gritar para ser aterrador.

Um artista completo

Além de actor, Anthony Hopkins é também pintor e compositor, e continua a tocar piano regularmente. A BBC descreveu-o como “um homem de arte total, em quem música, poesia e cinema se misturam naturalmente”.

Mesmo à beira dos 88 anos, o actor sente-se mais vivo do que nunca:

“A vida é simples. Fui movido pela raiva e pelo medo, mas aprendi a rir disso tudo. O que vem a seguir? Não sei. Mas estou pronto.”

Hopkins não gosta de se perder em discursos grandiosos sobre “a arte de representar” — prefere resumir tudo a um princípio: autenticidade. E talvez seja por isso que, ao longo de décadas, o público continua a acreditar em cada gesto e cada olhar seu.

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Jennifer Lawrence Confessa Que Era “Irritante” em Entrevistas Antigas e Entende Por Que o Público se Cansou Dela

A atriz reflete sobre a fama, o desgaste da exposição e o reencontro com o prazer de representar no novo filme 

Die My Love

Jennifer Lawrence já não é a mesma que tropeçava nos Óscares ou fazia piadas desajeitadas em tapetes vermelhos. Numa entrevista reveladora à The New Yorker, a atriz vencedora de um Óscar confessou que hoje sente vergonha de muitas das suas antigas aparições públicas e compreende por que razão o público acabou por “rejeitar” a sua personalidade.

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Tão hiperativa, tão embaraçosa”, disse, ao rever excertos de entrevistas antigas. “Era mesmo a minha personalidade — mas também um mecanismo de defesa. Eu achava que, se me mostrasse desastrada e autodepreciativa, o público me aceitaria. Agora olho para aquela pessoa e penso: ‘Que irritante!’.”

“Perdi o controlo sobre o meu ofício por causa da imprensa”

Lawrence admitiu que detesta o processo de promoção de filmes, sentindo que a pressão mediática a afasta da essência de representar. “Cada vez que faço uma entrevista, penso: ‘Não posso continuar a fazer isto a mim mesma’. Sinto que perco o controlo sobre o meu trabalho quando tenho de fazer imprensa.”

O desgaste da exposição não é novidade. A atriz tornou-se um fenómeno global após Jogos da Fome e Silver Linings Playbook, mas entre 2012 e 2018 fez 16 filmes em seis anos — uma maratona que resultou em cansaço, críticas e uma série de fracassos de bilheteira.

Toda a gente se fartou de mim — e eu também”, contou à Vanity Fair em 2021. “Cheguei a um ponto em que nada do que fazia era bem visto. Se eu aparecia numa passadeira vermelha, perguntavam porque é que não tinha ficado em casa.”

Do cansaço à paz interior

A rejeição pública levou-a a fazer uma pausa de dois anos. “Durante a maior parte da minha vida fui uma pessoa que queria agradar a todos”, confessou. “O trabalho fazia-me sentir que ninguém podia estar zangado comigo. Mas percebi que não podemos encontrar paz na aprovação dos outros.”

Agora, com 35 anos, Lawrence diz estar finalmente “em paz” com o seu lugar dentro — e fora — de Hollywood. “Hollywood é muito. Acho que teria aguentado, mas também teria ficado muito infeliz.”

O regresso com Die My Love

Jennifer Lawrence regressa ao cinema com “Die My Love”, um psicodrama realizado por Lynne Ramsay e co-protagonizado por Robert Pattinson. O filme, que teve estreia mundial em Cannes, segue uma mulher cuja vida entra em colapso ao tentar equilibrar o casamento e a maternidade.

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O projeto nasceu de uma sugestão de Martin Scorsese, que encorajou Lawrence a aceitar o desafio. “Ele disse-me: ‘Isto é o tipo de papel que deves fazer. Arrisca. Deita fora qualquer noção de conforto e vai com tudo’”, contou a atriz.

Die My Love chega aos cinemas através da MUBI a 7 de novembro, e promete marcar uma nova fase na carreira de Lawrence — menos “hiperativa”, mais introspectiva, e decididamente dona do seu próprio ritmo.

Demi Moore Conta Porque Acha que Tom Cruise Ficou “Envergonhado” com a Sua Gravidez Durante as Filmagens de A Few Good Men

A atriz recorda os bastidores de um dos seus maiores sucessos e a pressão de ser mãe e estrela ao mesmo tempo

Demi Moore, que estava grávida de oito meses quando filmou A Few Good Men (1992), revelou recentemente que Tom Cruise, seu colega de elenco, pareceu sentir-se “um pouco envergonhado” com a situação. Durante o festival The New Yorker Festival, a atriz contou que percebeu algum desconforto da parte do protagonista de Top Gun durante os ensaios das cenas.

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“Eu estava bem com isso, sinceramente”, contou Moore, citada pela People. “Mas percebia que o Tom estava meio embaraçado. Ele não sabia bem como agir, talvez porque naquela altura não havia muitas atrizes grávidas a trabalhar.”

“Porque não podemos ter as duas coisas?”

Na época, a estrela de Ghost sentia que o meio cinematográfico ainda não aceitava a ideia de uma mulher poder conciliar a maternidade com uma carreira de sucesso. “Era algo que simplesmente não fazia sentido para mim”, explicou. “Por isso, decidi desafiar essa ideia. Porque não? Porque não podemos ter as duas coisas?”

Contudo, essa determinação trouxe também uma pressão acrescida. Moore confessou que se obrigou a treinar intensamente durante a gravidez para manter a forma física para o papel — algo que hoje considera excessivo. “Olho para trás e penso: ‘Mas o que raio estava eu a pensar? E o que é que estava a tentar provar?’”, admitiu.

Uma época diferente para as atrizes de Hollywood

A atriz reconhece que, felizmente, o panorama mudou. “Naquela altura, não era comum ver uma mulher a amamentar e, logo a seguir, a ensaiar uma cena. Hoje em dia há mais apoio e compreensão, mas naquela época isso era visto quase como uma afronta”, disse.

Moore, que teve três filhas com Bruce Willis, acabaria por afastar-se de Hollywood durante algum tempo, depois da morte da mãe e do fim do casamento. “Houve um momento em que percebi que o sucesso já não me bastava”, confessou numa entrevista à Glamour. “Precisava de estar com as minhas filhas, de viver outra fase da minha vida.”

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Enquanto Tom Cruise continua a ser um dos maiores nomes da indústria, Demi Moore volta agora a revisitar o passado com um olhar mais maduro — e, talvez, com a serenidade de quem já não precisa de provar nada a ninguém.

🎬 Tom Cruise quer filmar até aos 100 anos — e não vai parar por aqui

Aos 62, o ator recusa a reforma e promete continuar a fazer cinema — ação, drama, comédia e, quem sabe, até musicais

Tom Cruise não tem planos para abrandar. Aos 62 anos, o ator declarou recentemente que pretende continuar a fazer filmes até aos 100 anos, afirmando:

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“Nunca vou parar. Nunca vou deixar de fazer ação, nunca vou deixar de fazer drama, filmes de comédia — estou entusiasmado” . 

Estas declarações foram feitas durante a estreia de Missão: Impossível – O Acerto Final em Nova Iorque, onde Cruise enfatizou a sua paixão contínua pelo cinema. 


🏃‍♂️ O segredo da longevidade cinematográfica

Conhecido por realizar as suas próprias acrobacias, Cruise mantém uma rotina rigorosa de treino físico e dieta equilibrada, o que lhe permite continuar a desempenhar papéis exigentes fisicamente. Atualmente, está envolvido em vários projetos, incluindo possíveis sequelas de Top GunDias de Tempestade e No Limite do Amanhã, bem como uma colaboração com o realizador Alejandro G. Iñárritu . 

🎭 Mais do que um herói de ação

Embora seja amplamente reconhecido pelos seus papéis em filmes de ação, Cruise expressou interesse em explorar outros géneros, incluindo musicais. Em 2012, demonstrou as suas capacidades vocais em Rock of Ages, e recentemente manifestou vontade de voltar a esse tipo de projetos . 

🌟 Inspirado, mas não insubstituível

Apesar de ser uma das últimas grandes estrelas de cinema, Cruise rejeita essa designação, afirmando:

“Há tantos outros atores talentosos por aí, e quero vê-los brilhar” . 

Demonstrando apoio a colegas mais jovens, expressou entusiasmo por trabalhar com talentos emergentes como Michael B. Jordan e o realizador Ryan Coogler. 

🎥 O legado continua

Com Missão: Impossível – O Acerto Final a estrear nos cinemas a 23 de maio de 2025, Cruise encerra uma era, mas não a sua carreira. O filme, que marca o seu último desempenho como Ethan Hunt, é apenas mais um capítulo na sua trajetória cinematográfica . 

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Bill Murray Admite Ter Sido “Preguiçoso” e Reflete Sobre Personagens Destrutivos 🎭✨

Bill Murray, ícone de Hollywood com uma carreira marcada por papéis memoráveis em filmes como Groundhog Day e Lost in Translation, revelou recentemente que não tem sido proativo em procurar trabalho como ator. Durante uma conversa no Sundance Film Festival, o ator reconheceu que esteve num período de estagnação, mas afirmou sentir-se renovado após colaborar em projetos independentes recentes.

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Um Regresso ao Cinema 🎥

Murray, que voltou aos holofotes em 2023 com papéis em Ant-Man and the Wasp: Quantumania e Ghostbusters: Frozen Empire, partilhou que a sua participação em filmes independentes, como a comédia Riff Raff e o drama The Friend, despertou nele o desejo de explorar novos materiais.

“Eu vivi como um peixe no fundo do mar, à espera que algo caísse. Se caísse na minha boca, eu comia,” confessou Murray, sublinhando a falta de esforço nos últimos anos.

No entanto, a sua pausa na carreira não foi apenas autoimposta. Em 2022, a produção de Being Mortal, dirigida por Aziz Ansari, foi suspensa devido a acusações de comportamento inadequado no set. Murray comentou na época que o incidente foi um “mal-entendido” e que procurou cooperar com a investigação.

Personagens Destrutivos e Reflexão Pessoal 🌀

Durante a conversa no Sundance, Murray refletiu sobre os papéis que interpreta frequentemente, homens que, apesar do seu charme, causam destruição ao seu redor.

“É sempre interessante interpretar alguém que causou danos. Eu também já causei danos,” admitiu Murray, sem entrar em detalhes sobre a sua vida pessoal.

Ele explicou que esses papéis funcionam quase como uma penitência, uma forma de aceitar a responsabilidade pelos seus atos, mesmo que os danos causados sejam inconscientes.

Em Riff Raff, Murray interpreta um ex-criminoso cujo passado volta para o assombrar, enquanto em The Friend assume o papel de um escritor que, após cometer suicídio, deixa o seu aprendiz para cuidar do seu cão.

Humor, Mortalidade e Legado 🎭

Murray também abordou tópicos como a mortalidade e a sua longevidade em Hollywood, com o seu habitual humor autodepreciativo. Questionado sobre o medo de morrer, disse ao público:

“Quem aqui tem medo de morrer? Vocês precisam superar isso. É uma perda de tempo.”

Ele também refletiu sobre os seus projetos antigos, admitindo que nem tudo resiste ao teste do tempo, mas destacando What About Bob? como um exemplo de uma comédia que ainda funciona.

“Vi-o pela primeira vez em 15 anos e pensei: ‘Que raio, isto ainda é engraçado.’”

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O Futuro de Bill Murray 🌟

Apesar de um período marcado por controvérsias e introspeção, Bill Murray demonstra vontade de continuar a sua carreira, agora com um foco renovado. O ator, conhecido pela sua capacidade de equilibrar comédia e drama, parece pronto para mais uma fase criativa, abraçando tanto a leveza como o peso das suas escolhas no ecrã e fora dele.

Leonardo DiCaprio Ainda Recorda River Phoenix como o “Melhor Ator da Sua Geração”

Leonardo DiCaprio partilhou uma história emotiva sobre o seu ídolo de juventude, River Phoenix, falecido tragicamente em 1993, aos 23 anos. Phoenix, uma estrela promissora conhecida por filmes como Conta Comigo e Garotos de Programa, foi uma inspiração para DiCaprio desde o início da sua carreira. Em entrevista à Esquire, DiCaprio recordou a noite em que o conheceu numa festa em Silver Lake, pouco antes de Phoenix sucumbir a uma overdose.

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DiCaprio descreveu o encontro como “uma experiência existencial” e revelou que nunca tinha sentido uma conexão tão intensa com outro ator. “Ele era o maior ator da minha geração”, disse DiCaprio, que viu no breve encontro com Phoenix um momento transformador na sua própria trajetória. Para o ator de Titanic, a influência de Phoenix permanece até hoje, lembrando-o da vulnerabilidade e autenticidade que um artista pode trazer para o ecrã.

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Embora nunca tenha tido a oportunidade de trabalhar com o seu ídolo, DiCaprio continua a ver Phoenix como uma figura crucial na sua formação como ator, uma lembrança que perdura como um tributo ao talento e à sensibilidade de um dos jovens mais promissores da sua geração.

Michael Caine Elogia Tom Cruise como “Uma das Últimas Verdadeiras Estrelas de Cinema”

Michael Caine, com uma carreira de mais de 60 anos no cinema, revelou recentemente a sua admiração por Tom Cruise, a quem descreveu como “uma das últimas verdadeiras estrelas de cinema”. Em declarações no seu novo livro de memórias, Caine recordou o primeiro encontro com Cruise em 1983, quando o jovem ator lhe fez várias perguntas sobre como construir uma carreira sólida. O veterano ator britânico ficou impressionado com a ambição de Cruise, que já então demonstrava uma determinação notável.

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Caine, vencedor de dois Óscares e conhecido por filmes como Ana e as Suas Irmãs e As Regras da Casa, considera que Cruise mantém o estatuto de estrela de cinema, uma figura que atrai público apenas pela sua presença no ecrã. “Hoje, existem poucas pessoas que têm esse magnetismo. Nos tempos de John Wayne e Cary Grant, havia muitas estrelas assim, mas hoje é raro”, refletiu Caine.

O ator também partilhou um episódio tocante em que a sua esposa, Shakira, organizou um jantar surpresa para o seu 90.º aniversário, convidando Tom Cruise, que o emocionou com a sua presença. As palavras de Caine sublinham a admiração que sente por Cruise e reforçam o impacto duradouro que o ator de Missão Impossível tem na indústria cinematográfica.

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Halle Berry Reflete Sobre Carreira Após 23 Anos de Ganhar o Óscar

Halle Berry, a primeira afro-americana a ganhar o Óscar de Melhor Atriz, partilhou recentemente alguns pensamentos sobre a sua carreira desde essa vitória histórica em 2001. Em entrevista à The Hollywood Reporter, a atriz revelou que, apesar do prestígio de ter ganho a estatueta dourada, não tem tido o “luxo” de escolher papéis destinados apenas a prémios.

A vitória de Halle Berry com o filme “Monster’s Ball – Depois do Ódio” foi considerada um marco na história do cinema, mas a atriz revelou numa entrevista em 2022 que esperava que o seu triunfo abrisse mais portas para mulheres de cor. “Infelizmente, ainda estou à espera de alguém ao meu lado”, lamentou a atriz, referindo-se à falta de diversidade nas nomeações para os Óscares desde a sua vitória.

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Na entrevista recente, Berry foi ainda mais longe, explicando a variedade de papéis que tem desempenhado ao longo dos anos. Segundo a atriz, as opções de trabalho para mulheres negras em Hollywood ainda são bastante limitadas. “Nunca tive o luxo de apenas fazer interpretações e filmes dignos dos Óscares. As minhas opções são frequentemente muito limitadas”, disse.

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A atriz, conhecida pelos papéis em filmes como “Operação Swordfish”“Catwoman” e “BAPS”*, destacou que a sua carreira tem sido guiada pela paixão pela arte de representar, e não pela expectativa de conquistar mais prémios. “Ganhei aquele Óscar há 23 anos. Para mim, sempre foi sobre o trabalho e o amor pelo ofício, não sobre tentar repetir essa vitória.”